- Hermione, você sabe dançar?

- Dançar?

- É, dançar. Valsa. – Draco se levantou e começou a dançar com uma parceira invisível uma coisa que mais parecia bailão.

- Não. – Hermione riu. A cena era ridícula.

- Vai aprender. – Draco parou e fez uma mesura, estendendo a mão. Logo que Hermione a segurou, ele a puxou para perto e colocou-a na posição certa. Quando Draco colocou a mão nas costas dela, Hermione sentiu um arrepio.

- Certo. Agora, siga meus passos. Não olhe para os pés. E tente não pisar nos meus pés, Granger. Eu preciso deles. Não quero ter que inventar explicações caso eu chegue manco na escola.

Hermione piscou no pé dele com força. Draco riu do esforço da garota.

- Malfoy, por que está me ensinando isso? – Draco a girou.

- Porque vamos ao baile.

- Que baile?

Draco a esticou, depois a puxou de volta, fazendo com que seu braço se enrola-se. Hermione soltou as mãos e as colocou, juntas, no pescoço do rapaz. Draco a segurou pela cintura. Eles se balançavam ao ritmo de uma música inexistente.

- Madame Rosmerta convenceu o diretor a usar o salão de Hogwarts para fazer um baile de comemoração dos 300 anos do Três Vassouras. Vai ser uma festa para os estudantes.

- Mas vão nos ver juntos.

- Não. Vai ser um baile de máscaras. – Hermione mostrou a língua para ele. – E acho bom você ir bem bonita.

- Por quê? Ninguém vai saber que sou eu.

- Eu vou saber.  – Hermione riu.

- Mas você vai ter que fazer uma coisa. – Hermione o olhou, cínica.

- O quê? – Draco a olhou, curioso.

- Vai ter que ter uma rosa vermelha na lapela.

Draco girou os olhos.

- E o quê mais? Quer um buquê para colocar no pulso? Ou quer que eu use cartola?

Hermione jogou a cabeça para trás e riu.

- Mas você tem que fazer uma coisa por mim, também.

- O quê?

- Você vai ao jogo da Sonserina. Contra a Grifinória. Na quinta.

- Mas é claro que eu vou. Meu melhor amigo vai jogar. Não sei se lembra, mas ele é o Harry Potter.

Draco a olhou, sério.

- Você tinha que estragar o nosso momento com essa bobagem do Potter.

- Nosso momento? Agora é nós?

Draco aproximou seu rosto do dela, e olhou fundo nos olhos dela.

- Sempre teve nós.

Hermione corou e desviou o olhar.

- Que horas os portões de Hogwarts se fecham?

- Às 19h. Não se preocupe, Granger. Vamos chegar na hora. Somos monitores. – Draco riu.

- Nem parece que foi hátrês dias... – Hermione olhou sonhadora para o céu. Draco a olhou intrigado.

- O quê foi há três dias?

- Você me falou. Que gostava de mim.

- Foi há quatro dias.

- Não. Foram três.

- Quatro.

- Não importa. Parece que estamos juntos a tanto tempo já. – Hermione sorriu.

- Agora nós estamos juntos? – Draco imitou a voz de Hermione. – Agora é nós?

Hermione riu e o soltou.

- Já volto.

Draco andou até o bangalô e voltou com um violão. Não era o seu violão preto. Esse era marrom claro, meio gasto.  E na outra mão trazia uma flor rosa, tropical. Draco se juntou a Hermione, que estava sentada nas ceiras da praia. Ele se sentou na frente dela, afastou o cabelo da garota e colocou a flor no cabelo dela.

- O quê foi isso? – Hermione arrumou a flor no cabelo.

- Só não se acostuma, eu não costumo ser fofo assim sempre. Sou lindo, não fofo. Mas garanto que, se eu quiser, conquisto cada uma das garotas de Hogwarts. – E sorriu cinicamente.

- Idiota.

Ficaram na praia até o sol se pôr. Hermione se levantou da esteira e andou até a beira do mar.

- Não é lindo? As cores todas refletidas na água...

Draco parou atrás da garota, e passou os braços pela cintura dela. Hermione virou o rosto. Draco estava pensativo. “Ele sabe pensar”. Hermione riu sozinha. Draco olhou para ela.

- Que foi?

- Nada. – Hermione sorriu, cínica.

Hermione se virou e aproximou seu rosto do do garoto. Se beijaram. Draco a levantou e deu um pequeno giro antes de deixar a garota botar os pés na areia molhada da praia. O céu estava rosa e uma brisa passava.. Se separaram sem fôlego e encostaram as testas.

Sorriram.

- Hermione?

- Sim? – Ela afastou uma mecha de cabelo da testa.

Draco pareceu hesitar. No entanto, tomou uma decisão.

- Quer namorar comigo?