Hermione andou em direção a ele. Draco estava sentado, bebendo cerveja amanteigada da garrafa.

– Bonito, Granger. Mas pra onde nós vamos não precisa disso. – Draco apontou para a touca e o cachecol da garota. Hermione se sentou.

– Para onde vamos, então?

Draco sorriu sarcástico.

– Não vou te contar. Você vai ter que ver.

Hermione reparou que Draco carregava uma mochila somente quando ele se levantou. O garoto esticou a mão para ela.

– Vamos? – Hermione segurou a mão dele e se levantou. Soltaram as mãos. Draco a conduziu para a porta dos fundos do pub. Ao fechar a porta, ele esticou a mão para a garota, novamente. Hermione segurou a mão dele.

– E agora?

– Vamos aparatar.

– Você sabe aparatar? – Draco riu.

– Não sou tão burro quanto parece, Granger. Confie em mim. Eu conduzo. Só... Segure minha mão.

Hermione segurou a mão do garoto e fechou os olhos.

Uma luz estranha passou pelas suas pálpebras. Ela sentiu calor. E depois um cheiro salgado. E depois ouviu o barulho do mar.

Abriu os olhos.

Ela e Draco haviam aparatado em uma praia. Um pequeno bangalô de madeira estava situado na orla de uma floresta tropical multicolorida. Ela contemplava um mar cristalino, em uma praia de areia branca. Não havia nada no horizonte.

– Draco... onde estamos?

– Na Ilha Malfoy. Nome tosco, não é? Papai “mandou fazer” para a minha mãe. Creio que fiz perto do Taiti, mas é inlocalizável, por magia e sem. – Hermione piscou.

– Seu pai... Mandou fazer uma ilha para a sua mãe?

– Foi. – Draco andava em direção ao bangalô. Ele parou. – Vem, Granger.

Hermione foi atrás dele, e entraram na casa. Era fresca, agradável. Tinha uma cama de casal com lençóis brancos. Era bem simples. Draco jogou uma sacola na cara dela, e apontou para o quarto.

– Ali é a suíte do casal. Te espero lá fora.

Hermione andou sem entender nada até lá, e fechou a porta. Depois virou o conteúdo da sacola na cama.

Ela fitou estarrecida uma canga florida, um protetor solar, chinelos e, principalmente, um biquíni. Um biquíni preto.

Ela o levantou na altura dos olhos.

– Há não. Isso não. Aí já é demais.

Minutos depois, ela andou até a praia. Usava uma camiseta preta lisa, de mangas curtas, enorme. Devia ser de algum homem que tivesse esquecido lá. Draco já havia montado esteiras e cadeiras de praia. Hermione parou. Draco usava somente um calção, deixando a mostra um físico invejável. Ele a viu e sorriu malicioso. Depois, levantou uma sobrancelha.

– Por quê a minha camiseta?

“Claro, só podia ser dele”.

– Eu não tava muito a fim de ficar de roupa de banho na sua frente.

– Vai Granger. Não seja fresca. Você nem deve ser tão bonita assim. Grande coisa.

Hermione se irritou e tirou a camiseta, jogando na areia. Ela vestia o biquíni preto. Draco parou de falar.

– O quê você estava dizendo?

– Nada. – Draco riu. E chegou mais perto dela. – Passou protetor solar?

– Não estou a fim de fritar com o um pastel. Então, sim. – Ele passou o braço pela cintura dela.

– Fica bem em você. – Ele olhou pro biquíni dela.

Hermione bateu nele.

– Não vai falar de mim?

– Não, Malfoy. Você já é muito egocêntrico. Não preciso falar nada.

– Aé? – Um brilho divertido passou pelos olhos dele. Ele pegou Hermione e a jogou por cima dos ombros. Com um saco de batatas.

– Draco! Me solta! – O garoto caminhava em direção ao mar, e logo a água já batia em seus joelhos. Ele pegou a garota e a soltou no mar. Hermione voltou à tona.

– Seu Trasgo! Podia ter me avisado, quase me afoguei. – Ela se apoiou nos ombros de Draco. Ele a puxou pela cintura. Logo se beijavam. Mas a sensação era diferente. Foi quente, salgado; mas fresco. Devia ser o mar. Quando se separaram, Hermione colocou suas mãos no peito do garoto e o empurrou para trás. Ele caiu com tudo na água, e afundou no mar. Voltou à tona segundos depois.

– Pelas Calças de Merlin! Chega com essa brincadeira. – Draco balançou s cabelos, água voou em Hermione. Ela caminhou para a praia e se deitou em uma cadeira. Draco a seguiu.

– Legal esse lugar. – Hermione pegou uma garrafa de suco de abóbora gelado, que ele lhe alcançava. Draco se deitou em uma esteira ao seu lado.

– É sim. Nunca trouxe ninguém aqui. – Hermione o olhou, cética. Ele tinha fechado os olhos. – Nem sei como vai ser, da próxima vez que eu vier aqui. Quase nunca venho. Mas como você é branca feito bicho de goiaba,achei que ia aproveitar.

– Hey! – Hermione riu.

Hermione ficou olhando o garoto. O sol se refletia nos cabelos louros. “Era lindo, sim”. Seus olhos cinzentos se abriram.