Confiar escrita por Mrs Dewitt


Capítulo 35
• Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

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Hermione, Gina e Harry aparataram na rua atrás do Cabeça de Javali. Narcisa já estava lá. Só a reconheceram por causa de seus cabelos, pequenas madeixas loiras por fora do capuz da capa negra refletindo a luz dos postes de iluminação. Ninguém falou nada. Hermione tremia, Gina estava pálida e Harry já tinha aprendido a esconder suas emoções quando necessário. Narcisa estendeu a mão em direção a Hermione, que depois de dar a mão a Harry, que segurou a mão de Gina, a segurou. Depois de um pequeno turbilhão e toda aquela sensação desconfortável a que eles já estavam acostumados, se viram no meio de altas árvores, a luz da luz cheia se filtrando entre as árvores. Hermione soltou a mão de Narcisa e Harry e deu um passo a frente. Ouviram um ruído a trás e se viraram. Narcisa se fora. Estavam sozinhos.

- E agora, Harry? – Gina ainda não tinha soltado a mão do namorado, e o primeiro som da noite os arrepiou. Gina sussurrou – O quê fazemos agora?

- Vamos achar o Malfoy. – Harry se abaixou atrás de um arbusto, e seguiu de gatinhas. Hermione e Gina o seguiram. Depois de um tempo, o joelhos de sua jeans já estava rasgado e sujo. Harry parou.

- Shh. Estão ali. – O moreno apontou para uma clareira no meio da mata. Uma fogueira ardia malignamente, iluminando os rostos mascarados dos Comensais da Morte presentes. No meio do círculo, Voldemort andava, distribuindo missões. Harry estremeceu ao ver os ofídicos olhos vermelhos. Cada vez que ele mandava alguém fazer alguma coisa, essa pessoa aparatava. Logo só restavam dois comensais na clareira.

- Ora ora ora. – Voldemort andava, as mãos cruzadas nas costas. – O quê temos aqui?

- Draco Malfoy, Milorde. – Belatriz tremia de contentamento. – Trouxe-o para o senhor.

Voldemort andou em direção a uma pilha de alguma coisa cor de pele no chão. Draco tinha sido jogado na terra, coberta de agulhas de pinheiro. Estava sem camisa, o peito e as costas cheio de cortes. Ele não olhou para Voldemort, que o cutucou com o pé, como se sentisse nojo.

- O quê o Sr. Malfoy filho faz aqui, Belatriz? – Ele falou, sem tirar os olhos do loiro.

- Ele desobedeceu as suas ordens, Milorde. Pensei que talvez o senhor gostasse de se vingar dele. – O olhar de Belatriz trazia toda a sua ansiedade, sua ânsia de que ele disse ‘sim’. Mas Voldemort não viu, não olhara para ela.

- Draco Malfoy – Ele sussurrou. – Não fez o quê eu pedi? Tsc tsc. Não vou sujar minhas mãos com sangue traidor. – Ele pisou no rosto do garoto, depois deu as costas para ele, se virando para Lúcio Malfoy. – Seu filho não tem jeito, Lúcio. E sabe o quê se faz com um animal que não presta, Lúcio?

- Eu disse isso! Eu disse isso, senhor! – Belatriz parecia que ia dar pulinhos de contentamento, mas Voldemort lhe endereçou um olhar de extremo desprezo. Belatriz deu um passo para trás. Ele voltou seus olhos vermelhos para Lúcio Malfoy.

- Mata-se.

E o Lord das Trevas desaparatou.

Hermione não pode deixar de suspirar de alívio. Voldemort não iria matar Draco.

- Você vai fazer isso, Lúcio? – Belatriz se virou para o Sr. Malfoy. – Ou faço eu? Talvez você não tenha coragem de acabar com essa deformação que você chama de filho.

Lúcio não disse nada. Fitou a Comensal, depois o filho, sem nenhuma emoção. E aparatou.

- É, parece que somos só nós dois, Draquinho. – Belatriz riu. – Como sempre. Quem sabe eu não brinque com você mais um pouco? – Ela sorriu diabolicamente. – Por que é assim que se faz, certo? As tias brincam com os sobrinhos.

- NÃO! – Hermione se levantou. – SAÍ DE PERTO DELE BELATRIZ!

- Ou o quê? – Ela ria. – Vai me deter? Parece que a sua namoradinha veio te salvar, Draco.

- Ela não é minha namorada. – Draco se forçou a falar. – É minha noiva.

Hermione não pode deixar de sorrir. Belatriz congelou o sorriso maléfico por alguns segundos. Depois voltou a tona.

- Então vamos ter um funeral duplo! Que beleza! – Ela apontou a varinha para Hermione, e Harry saltou de trás da árvore em que estava escondido, realizando um feitiço que fez com que Belatriz caísse no chão. Hermione correu em direção a Draco.

- Draco, Draco. – Ela passou a mão pelo rosto dele. – Você está bem? Eu vou... eu vou... GINA! CORRE AQUI! – A ruiva veio correndo do seu esconderijo e se ajoelhou ao lado da amiga. – Leva ele para o Largo, e ajuda ele. Eu já vou.

Gina assentiu e aparatou com o garoto. Hermione se virou para Harry.

- Hey HARRY! VAMOS! – Ela esticou a mão para o garoto.

- Ainda não. – Um feitiço atingiu Harry no rosto. O garoto caiu desacordado no chão. Hermione levantou o rosto. Belatriz se levantara. – Três contra um? Não não; isso é injusto.

- Agora sou eu contra você, Belatriz. – Hermione sorriu com ferocidade.

- E no final vai ser somente EU! – A comensal atirou um feitiço contra Hermione, que se atirou no chão.

- Sectusempra!

- Protego!

- Estupefaça!

Ela e Belatriz andavam em linhas paralelas, e logo estavam andando em círculos em volta de um lago. O reflexo das mulheres as imitava, turvo. Era como um grande espelho. O colorido dos feitiços se refletia no lago, e galhos e pedras se partiam quando os feitiços errantes as acertavam. Hermione e Belatriz mal tinham folga para respirar, os cabelos caindo como nuvens em volta do rosto delas, os olhos brilhantes.

- Estupefaça! – Hermione gritou, Belatriz se esquivou, enquanto gritava um “Avada Kedavra”, empoleirada precariamente na beira do lago. Hermione se jogou no chão e gritou, rouca – PETRIFICUS TOTALLUS!

Não sabia por que fizera isso. O feitiço simplesmente veio a sua mente e ela o disse. Belatriz congelou, empoleirada na beira do lago, o olhar aterrorizado. Hermione deveria ter percebido o que aconteceria, mas não percebeu. A estátua viva de Belatriz Lestrange balançou precariamente para frente e para trás, antes de cair nas águas profundas. Afundou pesadamente nas águas turvas, até que Hermione não pode mais distinguir seu vulto do chão lamacento quase invisível do fundo do lago.

A adrenalina latejava pelo corpo de Hermione, que aos poucos entendiam o quê tinha acontecido. Sentiu uma vontade louca de gritar, de sair correndo.

- EU MATEI BELATRIZ LESTRANGE! – Ela gritou histérica. Os olhos febris.

“Não Hermione. Isso não é você. Volte ao normal” Ela sacudiu a cabeça. “O Harry, veja se o Harry está bem”.

Hermione andou até o garoto, e se ajoelhou ao lado dele.

- Harry. – Ela sacudiu-o. – Harry acorda.

O garoto piscou, se levantou e fitou Hermione.

- Que foi que aconteceu, Hermione? Tudo bem? – Ele arrumou os óculos na face.

- Tudo... tudo bem sim. Eu só... – Ela se sentou, colocando a mão na testa. – Eu só... Não tô me sentindo muito...

Hermione tombou no chão coberto de agulhas de pinheiros, a face contra a terra. Inconsciente.


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Notas finais do capítulo

u.u