Kingu escrita por Van senpai, Amaterasu Mordekaiser


Capítulo 4
Enquanto chovia


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo de Kingu! Sim sim, irão aparecer novos personagens no elenco, mas mistério estão se revelando!



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Os homens foram imaginados “livres” para que pudessem ser condenados” – Friedricb Nietzscbe.

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Haviam-se passado quatro dias após a destruição de Uingusu, os alunos foram notificados que não teriam aulas até a reforma completa do colégio, assim a concentração de jovens em Sora se tornou abundante. Van, Draig e Luiz se mudaram para a mansão Kuroi, por um pedido de Matheus, caso os outros Reis tentassem atacar outra vez, eles estariam protegidos dentro da mansão, neste período de tempo os três foram introduzidos ao mundo dos Reis – Apenas Van que ficou informado, já os ouros dois já sabiam de tal mundo. Van não havia pedido explicação de como ou quem realmente era Luiz, pois o garoto parecia já estar naquele mundo há muito tempo assim como Draig. O dia estava chuvoso, não havia quaisquer pessoas nas ruas agora, molhadas de Sora, menos uma.

Uma silhueta cambaleava pelos becos escuros e desagradáveis da cidade, segurava seu braço direito que parecia estar ferido, seu cabelo longo de cor violeta balançava freneticamente a cada movimento que a silhueta fazia.

Tenho que chegar lá o mais rápido possível...” – Pensava a silhueta se encostado em uma parede. –“Eles conseguiram acerta o meu braço, o sangue esta vertendo muito rápido, não tenho muito tempo até desmaiar por falta de sangue.” – Ela então voltou a andar, segurando com firmeza sua mãe em seu braço, realmente o sangue verta rapidamente, manchando quase toda sua manga.

A chuva começava a cair fortemente, molhando as folhas das arvores do parque central de Sora, Van seria uma das poucas pessoas que ainda andavam nesta chuva selvagem que pegou todos de surpresa, nem mesmo os meteorologistas poderão prever sua chegada tão inesperada, isso aborreceu o garoto, segurava o guarda chuva com sua mão direita que enquanto na esquerda segurava um saco de compras.

– Porque Rin veio logo pedir pra mim? - Perguntava-se o garoto enquanto ouvia as gotas d’ agua acertarem violentamente seu guarda chuva. – Eu poderia estar treinando para entender melhor essa coisa de Rei e aquela voz... – Van lembra-se daquela voz que ouviu na batalha contra Kumo, ele nunca tinha ouvido aquela voz, mas fora como se ela estivesse perto dela por toda sua vida. – Dann não é? Parece que essa coisa de “Alma da Espada” e algo realmente importante. – Van e os outros dois haviam começado seu treinamento há três dias, e como ele poderia classificar aquilo, ele devia ser o pior entre os três, não sabia como manter uma postura correta de batalha, não sabia controlar sua energia e nem ao menos conseguia suportar sequer um ataque direto da Rebellion de Luiz.

O garoto passava pelo parque central de Sora, estava completamente vazio assim como ele pensava, ninguém seria louco de vir aqui enquanto caia uma chuva rigorosa como aquela, mas para todos, até mesmo Van, esta foi à primeira vez que choveu assim na cidade, de certo modo era de se estranhar tal fato. O garoto parou de andar em visualizou o céu negro sobe sua cabeça, as gotas rigorosas caiam dela infinitamente, acabou pensando no dia do enterro de sua mãe, aquele dia choveu da mesma forma, lembrava-se de ter pedido tudo em sua vida, perde a única pessoa que o amou, mesmo nos dias tenebrosos que passaram, sua mãe sorria como se ainda houvesse esperança de um dia sua vida melhorar, mas aqueles dias haviam passado, agora, assim como Vagner o disse, ele era um das nove chaves da esperança humana.

– Que coisa não? Nem eu mesmo sabia que isso iria acontecer comigo. – Ironiza o garoto voltando a visualizar o parque a sua frente. – Me lembro de quando eu vinha aqui com a minha mãe. – Van por um momento viu ele quando era criança, pulando e sorrindo enquanto sua mãe estava sentada em um banco próximo o observando, aquele cabelo longo de cor violeta balançado com o vento enquanto a mesma sorria. – Eu ainda vou ir atrás dele mãe, só espere. – Diz ele voltando a andar em direção à mansão Kuroi. – E melhor eu me apressar, se não a Rin vai me matar. – O garoto começa a apressar os passos quando vê uma mão entre alguns arbustos. – Mas o que? – Van se aproxima pare ver o que era então vê uma garota caída no chão, seu braço direito estava completamente ensanguentada, o longo cabelo violeta estava molhado, assim como sua roupa.

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– Onde esta o Van? Precisamos dele para treinar. – Diz Vagner no escritório, Draig e Luiz estavam uma sala subterrânea abaixo da mansão, um lugar onde o Vagner e Matheus criaram para treinar os novos Reis.

– Eu o mandei ir comprar alguns ingredientes para fazer a janta, desculpe-me se eu interrompi algo Vagner-sama. – Desculpava-se Rin se curvando, o Rei suspira.

– Não há problema nenhum, mas ele tem que treinar mais que os outros. – Comenta Vagner se sentando no sofá.

– Por quê? Algo de errado com o Van-san? – Pergunta Rin.

– Não que seja um problema, mas ele mal consegue permanece em pé por um minuto durante uma luta contra Draig ou Luiz. – Diz ele suspirando.

– Van-san e tão fraco assim? – Diz Rin pensativa.

– Não diria que é fraco você sentiu, a energia vinda do garoto quando estava lutando contra o tal Kumo, mas há algo que faltando.

– O que seria?

– Eu não sei, ele tem mais energia que a maioria dos outros, até mesmo de mim e do Matheus, mas é uma muita energia que ele não consegue distribuir adequadamente, é isso acaba trazendo problemas para ele. – Analisa o Rei das sombras sobre Van, tanto ele quanto Matheus estavam conversando sobre algum tipo de problema que o garoto poderia ter.

Vagner visualiza da janela do escritório a forte chuva que batia em Sora, mesmo vivendo por séculos ele nunca viu uma chuva como essa, mesmo em Sora, aquilo era estranho.

– De qualquer modo ainda tenho que treinar aqueles dois. – Fala Vagner se alevantando do sofá e indo em direção à porta.

– Vagner-sama onde esta o Matheus-sama? – Pergunta ela vendo o homem parar de andar e ficar imóvel.

– Ele esta treinando aqueles dois na sala, ele realmente esta empenhando em os torna Reis. – Comenta Vagner dando um sorriso de canto.

– Vagner-sama, sabe que dia será amanha? Rhuan-sama vai conseguir voltar com alguma informação de Rafaela-sama? – Questiona Rin, sabia que não deveria torna naquele assunto, pois ambos Vagner e Matheus não haviam superado totalmente a perde delas. – Se o senhor não quiser falar esta tudo bem. – Desculpava-se ela.

– Não se preocupe, quando Van chegar o mande para a sala de treinamento. – Diz Vagner com tom sério saindo do cômodo.

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– Mais rápido Luiz! – Mandava Matheus defendo de mais um ataque direto de Rebellion, o mesmo usa a bainha de Kazemori para se defender. – Coloque energia nos seus ataques, não só força. – Diz ele jogando a espada de Luiz para os ares, o mesmo com sua pena direita acerta um golpe no estomago do garoto, fazendo o loiro ser jogado para trás.

– Minha vez! – Grita Draig se aproximando do Rei, sua corrente estava completamente em chamas. – Vamos ver se você consegue se desviar dessa! – O alaranjado tenta um ataque horizontal usando sua corrente ninja, Matheus coloca sua Katana na direção do golpe, a corrente se enrola na bainha.

– Seus ataques a longo alcance são muito fracos e fáceis de prever. – Matheus aproveita que a corrente esta totalmente enrolada em sua Katana e o puxa com toda sua força, Draig se surpreende, ele usou seu próprio ataque contra ele mesmo, o Rei do Vento soca a cara do garoto jogando para trás e bater violentamente em uma rocha próxima.

Matheus olha ao seu redor, aqueles dois tinham ótimos golpes e um belo controle sobre suas energias, mas não conseguiam canaliza corretamente como ele fazia, já estava treinando há alguns dias foram poucos os progressos que eles conseguiram ter, mas a questão da energia do Van ainda lhe dominava a cabeça. Matheus suspira.

– Vocês ainda não entenderam a essência de suas espadas, vocês apenas as usam como armas. – Diz ele, Luiz se alevanta do chão, suportando o forte golpe que levou no estomago, ele estende sua mão e Rebellion vai a sua direção, o loiro a apanha e a usa como um suporte para se alevantar. – Vamos para por aqui, mais tarde continuaremos. – Todo o lugar começa a se desfazer, as rochas sumiam e o céu artificial do lugar também, o lugar se transforma em um cômodo de cor azul escuro completamente vazio. Matheus vai em direção à única porta do lugar.

– Que saco, a gente mal aguenta cinco minutos com ele! – Exclama Draig logo após a saída de Matheus do recinto. - E o pior é que ele nem sequer tirou a lâmina dele da bainha. -Luiz concorda com um aceno de cabeça.

– Ele diz que usamos nossas espadas como armas, eu ainda não consegui entender. – Fala Luiz olhando para sua Rebellion. – O que estamos fazendo de errado? – Questiona ele.

– Até eu não sei, meu tio também falava sobre “Você tem que ouvir a voz de sua espada”, mas até hoje nunca ouvi a do Doragon. – Draig olha para sua corrente. – Mas pelo menos não somos tão ruins quanto o Van! – Diz ele e ambos começam a gargalhar.

– Concordo com você. – Responde o loiro ao conseguir parar de rir.

Ambos encerram sua “hilária” conversa, no meio deles um grande retângulo se forma, os dois a atravessam.

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A chuva caia sem piedade, a garota olhava a cidade ser acertada por aquelas gostas de agua, ainda não havia esquecido no dia em que Kumo haviam atacado ela e Van, ela não havia dito nada a ninguém, olhou de relance sobre a pistola em seu criado-mudo, Rose estava relutante entre dizer a seu comandante sobre a Kuroi Tenshin.

– Será que devo...? – Sussurrava ela para si mesma confusa.

Ela havia aceitado fazer parte desse projeto, pois ela prometeu a si mesma, que protegeria aquela cidade, onde nasceu e cresceu, com todas as suas forças, eliminaria todos aqueles que ousassem fazer mal a Sora, mas não sabia que seus amigos seriam a tal “ameaça” como seu capitão.

Se ela dissesse para seu superior, teria seus dos amigos caçados por toda a organização, ela não queria isso, definitivamente não queria, então a garota se decidiu. Não falaria por hora sobre a localização da mansão Kuroi Tenshin.

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Rin encontrava-se na cozinha da enorme mansão, ela havia se decidido lutar a favor da Kuroi Tenshin, Vagner havia amostrado a ela que estava lutando do lado errado, estava apoiando um ideal que criaria um genocídio de escala mundial. Rin sempre viu Gadved como alguém a ser seguido, ele se empenhava em sua missão de proteger a humanidade, assim como o criador dele o fez, mesmo na batalha contra a criatura mais poderosa que alguém podia conhecer, seu poder era tão destruidor que destruiu metade do planeta, seu nome era Ragnarok, a criatura mais temida da humanidade, mesmo assim Gadved não hesitou em quase perde sua vida, foi nesse momento onde os nove reis puseram a prova se realmente poderiam defender o sonho de seu pai, Rin havia visto tudo ao longe, junto com as outras pessoas em um refugio seguro. Ainda se lembrava das palavras de Sarah.

“Não se preocupe, não vamos morrer até que nossa missão esteja completa.”

Eles conseguiram vencer, aprisionaram Ragnarok no submundo, os noves conseguiram trazer a paz para a humanidade, ela os adotou como um exemplo de vida. Mas, anos depois algo aconteceu e Gadved começou haver a humanidade como um inimigo, todos os nove Reis ficaram contra os humanos, contra seu ideal, menos Matheus, Vagner e Tsubasa, mesmo este último tendo morrido por seu ideal.

– Será que tudo vai se repetir naquela época? – Perguntava-se Rin remexendo a colher na panela, estava preparando o jantar do grupo, ela descobriu nesses dias que nenhum dos cinco havia comido algo decente, então decidiu fazer algo para comerem. - Espero conseguirmos deter o Reis. – Disse ela esperançosa.

O som da porta se abrindo e ouvido, a garota ruma para a sala principal, talvez fosse Van que tenha voltado com as compras. Mas se surpreende com que vê.

– Rin-san! Ajude-me! – Pedia Van para a garota, estava totalmente molhado e com uma garota em seus braços, sangue vertia de um ferimento no braço direito da jovem, o olhos do garoto a suplicavam para ajuda-lo.

– O que aconteceu? – Questiona Rin chegando perto do garoto e verificando o ferimento da garota.

– Estava vindo e a encontrei no parque, você pode fazer algo? – Pergunta Van parecendo angustiado.

– Sim, sim, leve ela para meu quarto! – Diz Rin em seguida Van ruma a toda velocidade para o cômodo onde Rin residia, ela olha para uma pequena mesa que tinha no local, encima dela estava às compras que ela tinha mandado Van comprar.

Algumas horas haviam se passado, Rin ainda permanecia dentro de seu quarto junto com a garota desconhecida em momento algum à chuva havia diminuído, parecia que realmente iria chover bastante na cidade, algo extremamente raro de se acontecer.

– Uma garota? – Pergunta Luiz novamente para Van, o garoto havia acabado de relatar o ocorrido para todos.

– Sim, parece que ela foi atacada por alguém... Ou algo. – Comenta Van.

– Por enquanto vamos deixar ela aos cuidados de Rin, apesar de ela ser a única, a saber, sobre medicina aqui. - Diz Matheus sentado na cadeira atrás da enorme mesa do escritório. – Van, daqui a cinco minutos me encontre na sala de treinamento, você, mas que ninguém aqui precisa aperfeiçoar sua habilidade.

– Então não vai ter janta? – Questiona Draig com cara de faminto.

– Infelizmente, sim. – Responde Vagner também com uma cara não muito boa. – É ninguém além da Rin sabe cozinhar aqui.

Todos abaixaram a cabeça, a palavra do Rei das sombras acertou todos ali presentes. Da pior forma possível.

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Rin acabava de terminar o último curativo, se Van não a tivesse encontrado a tempo ela já estaria morta, o ferimento fora profundo e feito por algo pontiagudo, mas algo em especial chamou a atenção da garota, uma coloração arroxeada envolta do ferimento.

– Veneno talvez? – Questiona-se Rin colocando uma mão em seu queixo, a garota de cabelos longos de cor violeta começava a se mexer, surpreendendo Rin. – Ei! Não se mexa se não seu ferimento irá piorar! – Avisa ela a garota, a mesma abre seus olhos.

– Onde... Estou? – Pergunta ela a Rin.

– Calma você esta segura agora. – Responde Rin.

– Como vim parar aqui? Quem me trouxe? – A garota bombardeava Rin por várias perguntas.

– Você estava ferido no parque da cidade, Van a achou e a trouxe a mim para cuidar. – Respondeu novamente Rin, tentando acalmar a garota que parecia assustada com algo. – Não se mova muito, seu curativo ainda é recente, por enquanto fique aqui, vou trazer algo para você comer. – Afirmava a garota de longo cabelo castanho.

Rin vai em direção à porta abrindo-a e olhando de relance para a garota deitada em sua cama, iria relatar que a garota havia acordado para os outros, talvez eles soubessem o que fazer com a garota, mas ainda aquela coloração roxa em volta de seus ferimentos apoderava seus pensamentos, sentia que já virá algo assim, mas não conseguia sequer lembrar-se de onde o virá. Pensaria nisso em outra hora, agora ela rumava em direção ao escritório onde o grupo provavelmente estaria.

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Madruga em Sora, a pouca movimentação na rua fazia-lhe ter um ar assombroso para seus habitantes, tal fato que todos aqueles que permanecem em suas ruas são os desordeiros, líder de gangues locais assim como facções, Sora em seu passado tinha uma história negra e todos veem hoje como sua continuação, loucos eram aqueles que ainda andavam esta hora, ainda mais chovendo como estava.

Duas silhuetas andavam pelo parque central da cidade no meio da chuva que caia fortemente sobre Sora, uma era pequena, já a outra era quase o dobro do tamanho da primeira, ambos usavam uma enorme capa para se protegerem das gotas de agua que caiam do céu.

– Ei Nii-san, o que faremos agora? Aquela garota conseguiu fugir. – Diz a silhueta pequena para a maior.

– Ela não deve ter ido longe, seu golpe a feriu fatalmente e além do mais sua habilidade de rastreamento usando a chuva adiantará nosso trabalho. – Responde ele a silhueta menor, o mesmo para de andar.

– O que foi?

– Olhe para o chão.

O menor faz o que seu irmão pediu e se surpreende ao ver as gotas de sangue, mas elas estavam começando a desaparecer por conta da chuva que caiu, a agua estava limpando o rastro da garota.

–Alguém a esta ajudando, ela não conseguiria andar, mas do que aquilo. – Diz a silhueta maior – Consegue identificar quem é? – Pergunta ele.

– Não, parece que a agua não o tocou, por isso não consigo dizer aonde ela foi parar, desculpe-me Nii-san. – Desculpava-se a silhueta menor.

– Não se procupe, vamos conseguir acha-la, seguiremos as gotas de sangue até onde der. – Responde a maior voltando a andar e tendo um aceno de cabeço do menor como resposta.

Ambos se viram para rota contraria das gotas de sangue e começam a andar, mas os dois são impedidos por um grupo de pessoas armadas que começavam ao cercar.

– Ei vocês dois, podem passar tudo o que tem de valor e os dois saem sem se machucar! – Avisa o homem do meio, cabelos curtos e crespos, vestia roupas completamente mal usadas, apontava uma pistola para as duas pessoas a sua frente, deveria ser o líder do grupo.

– Saiam da frente, não queremos matar vocês. – Diz a silhueta maior sem quaisquer emoções carregada em sua voz, o menor simplesmente fica calado ao aviso de seu irmão.

– Quem é você para nos ameaçar? Vou perguntar pedir só mais uma vez! Passem logo todo o seu dinheiro! Então não faremos maiores estragos em vocês. – Declara ele arrancado risos de seus companheiros.

Então der repente todos se calam a enorme pressão que sentiram, alguns suavam frio, tudo fica em silêncio, só se era ouvido às gotas de agua que caiam em contato ao chão frio, alguns deram um passo para trás com medo.

– Avisarei só mais uma vez, saiam da nossa frente e não mataremos vocês. – Avisa novamente o maior, o líder do grupo faz uma carranca em resposta.

– Você fala demais! – O homem com extrema força ignora o sinal de perigo que sua intenção o mandou, ele puxa o gatilho de sua arma, a capsula da bala sai do ferrolho indo a contato com o chão, o projetil acerta o coração da silhueta maior, mas o mesmo nem sai do lugar.

A silhueta menor se afasta de seu irmão, ele havia se irritado e não era muito aconselhável lhe irritar.

– Você ignorou meus avisos, agora você e seu grupo sofram com a morte! – O homem estende sua mão para cima, uma forte pressão no ar e sentida pelas pessoas do grupo, algo como uma silhueta de um gigantesco machado se forma na mão do encapuzado.

O mais novo vira o resto para não ver o massacre feito pelo seu irmão, podia-se ver os gritos de desespero e dor vindo dos integrantes do grupo, mas era completamente abafado pelo som da chuva, tornando inaudível para qualquer pessoa, o som de membros sendo decepados e sangue voando por todo local. O menor só volta a olhar quando sente uma mão repousando em seu ombro.

– Vamos, Ikki, você precisa descansar. – Fala o maior para o seu irmão, sua capa estava completamente coberta de sangue, seu olhar cinza frio e sem sentimento repousavam sobre os olhos castanhos e cheios de sentimentos de seu irmão.

– E-e os corpos Ray nii-san? – Pergunta Ikki relutante.

– Deixe-os ai. – Responde Ray, o mesmo volta a andar em direção a saída do parque, Ikki olha para trás e vê a carnificina proporcionada pelo seu irmão, então volta a andar em direção ao mesmo.

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– Então ela finalmente acordou? – Repetia Vagner às palavras de Rin.

– Sim Vagner-sama. – Confirmar ela, Rin então olha ao redor, sentindo a ausência de duas pessoas. – Onde estão Matheus-sama e Van-san? – Questiona ela, Vagner se senta à mesa de jantar, assim como Luiz e Draig.

– Eles estão treinando, como Van foi o último a chegar Matheus decidiu treinar ele o mais rápido possível. – Responde Vagner se servindo, assim como os outros dois, todos ali atacam a refeição a sua frente como se fosse à última vez que comeriam.

– Schua cumicha istcha umcha delcha! – Tenta dizer Luiz cheio de comida na boca.

– Engula primeiro Luiz-san! – Ralha Rin ao garoto, o mesmo engole toda a comida que estava em sua boca de uma só vez.

– A sua comida esta uma delicia Rin-san! – Declara Luiz voltando a devorar a comida.

– Agradeço seu elogio Luiz-san, agora com licença, ire levar um pouco de comida para a garota, ela deve estar com fome. – Diz Rin arrumando alguns pratos e um copo de leite em uma bandeja e rumando em direção a seu quarto.

Talvez se a garota comesse e tentasse dormi, no dia seguinte ela poderia dizer quem fez aquilo a ela e porque fizeram. Essas eram perguntas frequentes que passavam pela cabeça de Rin, mesmo sendo Van quem a pediu para cuidar da garota, Rin não abaixaria sua guarda, talvez fosse o inimigo usando alguma outra tática para chegar perto da Kuroi Tenshin. Rin balança a cabeça negativamente, ela não podia julgar alguém tão precipitadamente, tentaria conversa com ela.

– Com licença. – Fala Rin abrindo a porta do quarto, a garota estava sentada na cama, de costas para Rin visualizava a noite chuvosa. – Esta com fome? – Pergunta ela.

– Ah, sim, claro, se não for algum incomodo. – Responde-lhe a garota, Rin se aproxima do criado-mudo repousando a bandeja sobre ela.

– Meu nome e Rin, qual e o seu? – Questiona Rin para a garota querendo obter algumas informações.

– Me chamo Bruna, muito obrigada por ter me salvado. – Agradece Bruna.

– Não precisa me agradecer. – Verbaliza Rin abanando as mãos freneticamente. – Mas se você realmente que agradecer, você deve falar com o Van-san.

– Van... -san? – Bruna repete o nome do garoto sem entender.

– Sim, foi ele que lhe salvou. – Afirma Rin.

– Então, onde esta Van-san? – Pergunta Bruna se alevantando, ela ainda permanecia com sua roupa de quando fora encontrado mudando somente o curativo em seu braço direito.

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Van tentava novamente um ataque frontal contra seu mestre, mas o mesmo fora defendido com a bainha de Kazemori, Matheus contra-ataca dando uma joelhada no estomago do rapaz, mas Van fora mais rápido percebendo o ataque do Rei, ele se impulsiona para trás usando a bainha de Kazemora, escapando do golpe, que talvez o levasse a nocaute.

– Você ainda é muito lento. – Afirmar Matheus apontando Kazemori ao rapaz que arfava pesadamente. – Você assim como os outros ainda não entendeu a essência de suas armas.

– O que isso tem haver? – Pergunta Van enquanto usava Dann como apoio para manter-se em pé. – O que nossas espadas têm que precisamos tanto acha-la? – Questiona novamente o garoto a seu mestre.

Matheus abaixa sua Katana, olhava seriamente para Van.

– Suas vozes. – Responde simplesmente ele ao garoto.

– Vozes? – Questiona Van sem entender o que seu mestre estava tentando dizer.

– As espadas de vocês, assim como a minha e de Vagner, tem uma voz. – Explica Matheus, ele inspirar calmamente. – Nossas espadas não são apenas ferramentas que temos, elas são uma extensão de nosso corpo, ela faz parte de nos e nós fazemos parte dela. – O Rei olha para Kazemori, lembrando-se de Tsubasa e sua morte, assim como Rafaela. – Quando as ouvimos sentimos sua força, nós completamos e nós tornamos invencíveis. – Afirma ele.

– Nossas espadas têm uma... Voz? – Van então se lembrou daquela voz na batalha contra Kumo, mas ele não sentiu quaisquer forças vinda de Dann, o garoto até agora lutava por pura experiência quando ainda era garoto logo após a morte de sua mãe, ele teve que se virar para poder sobreviver.

– Vamos tentar mais uma vez. – Declara Matheus se pondo postura de combate. – Enquanto estivermos lutando, tente encontrar uma emoção que o ligue a sua espada e assim poderá ouvir sua voz. –Aconselha o Kuroi Tenshin.

– Certo. – Afirma Van também se pondo em postura de batalha ou tenta, segurava Dann firmemente em sua mão direita. – Um sentimento, que me conecte com Dann... – Sussurra o garoto fechando os olhos, tentava encontra os mesmos sentimentos que sentirá ao enfrentar o monstro que se Kumo, mas nada lhe vinha à mente.

Matheus avança contra o garoto desferindo um golpe vertical, Van esquiva-se flexionando seu tronco para a direita, deixando sua guarda aberta por alguns segundos, Matheus só precisava desses poucos segundos para poder contra atacar usando sua perna esquerda efetuando um chute, mas para sua própria surpresa, Van usa sua espada como escudo para se defender do golpe proporcionado por seu mestre, agora quem estava com a guarda aberta era o Rei Matheus.

Esse garoto, usou um movimento que não poderia prever.” – Analisa Matheus recebendo um soco em seu estomago, sendo jogado para trás e quicando algumas vezes no chão até poder parar. – “Usar a superfície plana de sua lâmina como um escudo, interessante.” – Matheus observa Van avançar em sua direção com Dann tentando o golpear com um corte horizontal.

O Rei dos ventos defende-se novamente usando Kazemori para impedi-lo, pode observa Van preparando um soco com seu braço livre, Matheus já havia previsto o movimento, o mesmo para o punho do garoto com sua mão esquerda.

– Ainda não entendeu, você ataca sem postura alguma, fácil para poder revidar. – Matheus sem sequer se mexer do lugar joga Van para longe. – Isso é o poder de um Rei quando você consegue ouvir a voz de sua espada, eu nem mesmo precisei me mexer do lugar para acerta-lo. – Declara ele vendo o garoto se alevantar completamente sujo.

Já estava naquela mesma situação há horas, mas para o mundo exterior para só se passar alguns minutos, Van ficou impressionado quando lhe foi amostrado o lugar onde Draig, Luiz e Van iriam treinar, de acordo com a explicação de Vagner, aquele lugar era mais como um mundo paralelo feito de pura energia, amanhecia e anoitecia, até mesmo chovia para poder dar aos usuários o mais próximo de um lugar normal, a gravidade daquele lugar era cinco vezes maior que o da Terra, deixando até mesmo um simples pena pesar que nem um gigantesca rocha.

– Vamos parar, tanto você quanto eu estamos esgotados. – Mentiu Matheus, ele não estava nem sequer usando um por cento de sua força, mas via a dificuldade de Van para continuar em pé, isso deveria ao fato de usar energia em excesso.

Entre os dois um retângulo de cor branca se forma, tanto Van quanto Matheus o olham de forma curiosa, aquilo significava que alguém estava entrando.

– Matheus-sama, desculpe-me interromper sua sessão de treinamento com Van-san, mas Bruna-san quer conhecer seu “salvador”. – Diz Rin ultrapassando o grande retângulo, atrás dela vinha outra garota.

Van para olhá-la de forma minuciosa, coisa que ele não pode fazer quando a viu jogada a beira da morte. Olhos prata expressivos, um longo cabelo violeta que ia até a sua cintura suas pontas eram tingidos de vermelho, seios medianos, um belo corpo esbelto, media cerca de 1,77 cm, cintura fina, coxas fartas, uma “comissão” de trás bem torneada, rosto bem desenhado dando-a uma expressão bastante travessa.

Bruna:

– Então o nome dela e Bruna? – Pergunta Matheus olhando-a, não podia mentir que ela era muito desejável, mas não tanto quanto sua Turner.

– Sim, ela tinha acabado de acordar, Bruna-san queria conhecer o Van-san. – Responde Rin de virando o rosto para olhar o garoto, mas a mesma se surpreende ao ver Van jogando no chão com sangue saindo de seu nariz. – Van-san! – Exclama ela assustada com o garoto, a mesma vai em direção ao garoto, Bruna olha para o garoto, confusa.

– E-estou bem! – Declara ele se alevantando segurando seu nariz com a sua mão direita, tentando para o sangue de sair de seu nariz.

– Então, você e o Van? – Pergunta Bruna olhando-o.

– Sim. – Responde ele. – Ah! Não precisa agradecer! – Afirma ele balançando a mão esquerda freneticamente.

– Van, venha para a sala comer algo, mais tarde continuamos com o seu treinamento. – Fala Matheus entrando pelo “portal”.

– Venha logo, se não aqueles esfomeados vão acabar com tudo! – Declara Rin sorrindo e dando uma piscadela para Van, o garoto cora com a insinuação que a garota o fez, ela atravessa o portal assim como Matheus.

– Então... – Diz Van sem qualquer assunto a conversa. – Porque você estava jogada no meio do parque e ferida? – Pergunta ele, sabia que não deveria tocar em tal assunto, mas sentia a necessidade de ter uma reposta.

– Estou à procura da Kuroi Tenshin. – Responde ela, o garoto abre e fecha os olhos algumas vezes até começar a rir. – O que tem de tão engraçado? – Questiona ela calma, mas por dentro estava um pouco irritada.

– E porque, você já esta na Kuroi Tenshin. – Diz ele em sua defesa, a garota o olha surpresa.

– E-estamos? – Pergunta ela mais uma vez sem realmente ter acredito em tal resposta. – Onde está o líder dela?

– Ele acabou de sair desse lugar, venha, vamos lá com ele, parece que tem assuntos importantes a tratar com o Matheus. – Fala Van se alevantando e indo em direção ao portal. – Vem. – Diz ele mais uma vez, a garota o segue.

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Pela primeira vez em anos aquele lugar pareceu vivo novamente, a sala de janta estava cheia, Rin ria com algumas palhaçadas proporcionadas por Luiz e Draig, Vagner observa aquilo sorrindo, fazia muito tempo desde que poderá sorrir sem ser quando ele tirava sarro de seu irmão, mas ainda faltavam pessoas para poderem completar toda a Kuroi Tenshin, eles somente tinham três novos reis ainda faltavam seis para poder criar a nova geração, Vagner não sabia o que Gadved planejava ou o que estava fazendo naquele exato momento.

– O Van e os outros ainda não chegaram Rin? – Pergunta Vagner a garota.

– Não, Matheus-sama disse que iria ver algumas coisas no escritório, já Van-san e Bruna-san não sei o que foram fazer. – Responde ela, com um sutil tom malicioso, Vagner percebeu e quase se engasgou com a comida.

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A chuva ainda temia em cair, batendo no teto da mansão violentamente, impedindo que o silêncio reina-se naquele escritório. Van permanecia surpreso enquanto Matheus olhava a garota a sua frente de forma séria.

– Eu realmente ouvi direito? – Perguntou Matheus mais uma vez, as gotas de agua batiam com agressividade na janela atrás dele.

– Sim, eu sou uma das chaves que eles precisam para libertar Ragnarok. – Recomeçou Bruna a falar todo o ocorrido antes de Van acha-la. – Eu consegui escapar do cativeiro onde estava, mas eles, de alguma forma souberam e mandarão dois caçadores atrás de mim, o portal que criei para poder escapar de lá me levou até o lugar mais próximo da Kuroi Tenshin, mas os caçadores me seguiram, tentei lutar contra eles, mas fui ferida, adentrei a cidade a procura de vocês, mas eu havia perdido muito sangue e desmaiado. – A relatou novamente a Matheus, o mesmo somente a ouvia. – Então Van-san me achou e trouxe-me até vocês.

– Então Gadved e os outros estarão querendo libertar Ragnarok? – Questionou o Rei, tendo um aceno em resposta de Bruna.

– Quem e Ragnarok? – Pergunta Van adentrando a conversa.

– Ragnarok foi à criatura que eu e os outros aprisionamos, ela foi uma das causadoras da quase extinção humana. – Responde Matheus.

– Então, estou lhe pedindo, elimine os dois caçadores que estão atrás de mim. – Pediu ela se curvando, Van olha para seu mestre, o mesmo continuava sério.

A chuva parecia nunca querer parar, o som de suas gotas parecia ser algo infinito.

– Não. – Foi tudo que Matheus respondeu, Van olha para seu mestre surpreso, assim como Bruna.

– Porque não?! – Exclama ela.

– Não posso permitir que os garotos se pusessem em perigo, ainda não estão pronto para uma luta séria e se os caçadores foram enviados por uma ordem direta de Gadved, eu não poderei ajuda-la. – Responde Matheus sério. – Gadved ainda não sabe da localização exata da Kuroi Tenshin, e mesmo que você seja uma das chaves para libertar Ragnarok você comprometera nossa localização, e todos os reis iram atacar, nem eu ou Vagner poderemos ir contra eles. – Justificou Matheus sobre sua decisão.

– Entendo então eu partirei o mais rápido possível. – Bruna se dirige para fora do cômodo, ela dá de cara com Vagner, que subia os degraus da escada.

A porta se fecha deixando somente Van e Matheus no escritório, o garoto olhava para seu mestre como se ele fosse um louco.

– Pode o senhor a mandou embora?!- Exclama Van visivelmente furioso.

– Eu já disse, não posso comprometer a nossa localização, os caçadores chegariam aqui em questão de tempo e mesmo que o detivéssemos eles mandariam a sua ultima localização, então Gadved e os outros chegariam aqui e matariam a todos. – Declara Matheus se alevantado de sua cadeira, Van o acompanhava com os olhos, ainda sem acreditar em tal resposta. – Se você que ir atrás dela, vá, mas se passar daquela porta você estará por conta próprio Van. – Diz Matheus na frente do garoto.

Van nem sequer esperou por alguma coisa a mais de seu mestre e saiu do cômodo, Vagner viu o garoto passar por ele rapidamente, já ia o chama-lo até ver seu irmão parado à frente da porta do escritório, ele balançava a cabeça negativamente.

– Acha certo isso o que você fez? – Pergunta Vagner.

– Isso o ajudará, ele luta que nem Tsubasa, sem qualquer postura, usando energia em excesso, mas ainda não atingiu o poder máximo que nem aqueles dois. – Responde Matheus a pergunta de seu irmão. – Além do mais, você já sentiu não?

– Que essa chuva é alguma habilidade de caça? Sim, há um bom tempo.

– Diga aos dois que não sigam Van. – Pediu Matheus.

– E se ele não conseguir e morrer? – Expõe a hipótese Vagner.

– Se isso acontecer, teremos que enfrentar os reis com apenas oito escolhidos. – Responde Matheus simplesmente.

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Van corria pelas ruas do gigantesco setor onde ficava a mansão, a chuva nem sequer havia diminuído, continuava forte e agressiva, molhando suas roupas completamente, mas o garoto não ligava para suas vestes ensopadas ou do porque a chuva continuar sem cessar, sua maior preocupação era em poder achar Bruna, se tudo que Matheus disse for realmente verdade, ele teria que ir atrás dela e protege-la, mesmo ainda não entendo do porque seu mestre tê-la negado ajuda.

– Onde você esta Bruna?! – Exclamava Van cessando seus passos para tentar retomar o folego, a gotas de agua que caiam não perdoavam, então, um estrondo se faz ouvido, o garoto olha para o lugar de onde veio àquela explosão, uma enorme fumaça vinha do parque central não muito longe dali. – Será que...? – Perguntou-se o garoto correndo em direção à cortina de fumaça que subia os céus.

A garota arfava, segurava Aema firmemente em suas mãos, seu olhar se fixava naquelas duas pessoas encapuzadas a sua frente, se não tivesse sentindo a presença deles ela já estaria morta a esse ponto, conseguiu se desviar de um ataque fulminante de Ray, que resultou na destruição de algumas arvores do parque e pode revidar um golpe de Ikki usando seu bastão. Ray segurava em sua mão direta seu feroz machado enquanto seu irmão menor usava apenas um bastão com lâminas em suas pontas.

– Renda-se agora e não a mataremos. – Propôs Ray com voz fria dando um passo a frente. – Caso não queira cooperar, iremos mata-la. – Ameaçou ele, Ikki acenou concordando.

– Vocês sabem o que ira acontecer se eu voltar para aquele lugar?! – Exclama a garota, a chuva fazia seus cabelos arroxeados molharem. – Será o fim do mundo! – A revelou.

Ray dá mais um passo a frente.

– Não ligo o que ira acontecer se você voltar, contanto que paguem... – O maior tirou o capuz, revelando seu cabelo loiro-claro que iam até a altura dos ombros, olhos cinza tão vazios quanto um morto, seu olhar se fixou em Ikki, sabia que tudo que fazia era para o bem de seu pequeno irmão. – Eu não ligo para o que irá acontecer depois. –Disse ele.

– Então vocês terão que me matar. – Afirma ela se pondo em posição de batalha. – Não voltarei para aquele lugar, posso morrer aqui, mas não libertarei aquela criatura! – Declara ela avançando contra Ray.

Bruna golpeia Ray usando seu imenso cajado em um corte horizontal, o caçador usa seu braço direito para impedir que o golpe o acertasse, defendendo-se, a garota tenta o outro lado de seu bastão, mas não pode prever que Ikki usa-se seu bastão para dar uma rasteira em suas pernas, fazendo-a cair no chão e tendo largado Aema com a força do impacto. O caçador olha para a garota jogada a sua frente, ele alevanta o seu machado com facilidade, como se ela fosse feita de papel, e desferi um único golpe vertical, mas Bruna consegue se esquivar rolando seu corpo para a esquerda, ela aproveita a chance e efetua um chute entre as pernas de Ray, fazendo se desiquilibrar e soltar seu machado. Bruna sente a presença de Ikki atrás de si, a mesma ergue sua perna direita e gira seu tronco em noventa graus, efetuando um chute no peito do garoto, lançando-o contra uma das arvores do parque, a garota pula para bem longe daqueles dois.

Droga, não posso contra esses dois, eles tem uma ótima sincronia” – Analisa Bruna olhando pelo canto dos olhos Aema jogada. – “Nem mesmo se que usar Aema em todas as formas eu conseguirei sair viva.” – Bruna salta para o lado, esquivando-se de uma rajada de vento, ela olha para o golpe e se surpreende ao ver que a rajada tinha partido o chafariz do parque em dois.

– Você não poderá contra nós, nem mesmo a Kuroi Tenshin a ajudou, apenas renda-se e você não será morta. – Tentou mais uma vez Ray, mesmo tendo sujado suas mãos várias vezes de sangue, ele nunca quis isso para si, mas depois da morte de seus pais ele tinha que se torna responsável pelo seu irmão.

– Por favor, Bruna-san, não queremos lhe matar, apenas renda-se. – Agora quem pediu fora o irmão de Ray, Ikki, o garoto já havia se recuperado do golpe que sofrera, não parecia ter levado maiores danos, sua voz lhe mostrava que realmente não queria a matar.

– Desculpe Ikki-chan, não poderei fazer isso, não serei cumplice do exterminou da humanidade! – Responde ela pegando Aema do chão e se pondo novamente em posição de batalha. – Mesmo nós conhecendo a tempo, não poderei atender seu pedido.

O som da chuva dominava aquele lugar, o silêncio não poderá ser ouvido, mas cada um pensava em suas próprias vidas.

– Entendo então adeus. – Pronuncia-se Ray desaparecendo do campo de visão de Bruna, ela o buscava por todos os cantos, até mesmo tentava usar a chuva a seu favor, tentando ouvir o som de seus passos, mas tudo que ouvira era somente o som das gotas que caiam do céu, Ikki abaixa sua cabeça.

– Que velocidade insana... – Sussurra Bruna na defensiva, não sabia onde o inimigo atacaria todos os seus ângulos tinham brechas, Ray estava mais rápido que dá última vez.

– Apagar. – Diz uma voz fria atrás de Bruna, a mesma não conseguiu se virar e defender-se, ele estava em sua retaguarda, mas não havia tempo de reação, mesmo usando Aema a velocidade de Ray era mil vezes melhor que a dela.

Então realmente vou morrer aqui.” – Pensou Bruna fechando os olhos. – “Mãe, pai, vou poder me reencontrar com vocês novamente.” – Ela deu um pequeno sorriso mental, visualizando sua antiga casa, onde vivia pacificamente com sua família. – “Sabem, eu consegui conhecer o tal Matheus que tanto vocês falavam mesmo ele não sendo o que pensei também outras pessoas bem engraçadas; e também uma boa amiga, pelo menos, não vou ser usada para dar fim à humanidade” – A garota somente esperava por sua morte eminente, mas então um grito desconhecido se propôs em seus pensamentos.

Acorde Dann! – Gritou a voz, então Bruna abriu seus olhos, surpresa, pode ver Van segurando o machado de Ray, o garoto segurava Dann fortemente usando ambas as mãos.

– V-Van-san?! – Exclamou ela surpresa.

– Sai dai! – Disse Van tento seus pés afundados no concreto pela força do machado do caçador, a garota rapidamente saiu de trás do garoto, então o mesmo deslizou sua lâmina pelo metal do machado, dando-o a chance de escapar do ataque brutal de Ray, assim que o machado tocou o chão uma gigantesca cratera se fez no concreto.

Tanto Van quanto Bruna afastavam-se a uma distancia segura, Ikki olha para seu irmão também surpreso, perguntava-se como alguém conseguiu aguentar a força de Kasaki mesmo que por apenas alguns segundos.

– Quem e você? – Pergunta Ray olhando para Van, retirando em seguida Kasaki do concreto.

– Eu sou Van e não deixarei que vocês a levem! – Responde o garoto apontando Dann para Ray.

Ikki se junta ao irmão, os olhos cinza visualizavam os olhos agora vermelhos de Van, o cabelo embranquecido por causa de sua transformação era recebido pelas gotas da chuva, então, pela primeira vez naquele dia, um trovão se ouviu cortando os céus.

– Saia do caminho se não quiser morrer. – Avisou Ikki, seu irmão permanecia em silêncio fixando seu olhar em Van.

– Não irei a lugar nenhum. – Van responde a Ikki.

Bruna o olha pelo canto do olho, confusa.

– O que você esta fazendo aqui? – Pergunta ela em um sussurro, mas não tirava sua atenção daqueles dois a sua frente.

– Não concordo com a reposta do Matheus, por isso vim aqui te proteger, não esta vendo? – Responde o garoto tendo o silêncio em resposta.

– Idiota. – E tudo que Bruna diz até voltar sua visão a Ray.

O caçador estava calado, bastante calado, olhava para Van como um empecilho em seu trabalho, não poderia ter erros, teria que eliminar o garoto, Ray já tinha ouvido falar dele de seu contratante, Gadved, um dos novos Reis. Então como tal, ele teria que levar a sério, o ar novamente ficou pesado parecendo pesar toneladas para Van e Bruna, fazendo-os arfarem, uma aura arroxeada começou a emanar do corpo de Ray, seu machado começou a tomar uma coloração roxa.

– Van, um dos nove Reis. – Pronuncio Ray chamando a atenção de Van. – Mesmo você não fazendo parte da minha missão, meu contratante ficará feliz em dar a noticia que um dos empecilhos que ele tanto fala estiver morto. – Ele aponta seu machado para o garoto, o mesmo aperta Dann em suas mãos. – Ikki.

– Sim? – Respondeu o menor.

– Vamos levar a sério agora. – Disse Ray, o garoto se assusta com o pedido de seu irmão, mas não retruca, Ikki retira seu capuz revelando seus cabelos curtos esverdeados, olhos também verdes, havia uma marca circula em sua testa com um “X” no meio.

– Sim, Ray-niisan. – Assim como Ray, outra aura desprendeu do garoto, sua coloração era azulada, seu bastão de duas lâminas também começou a ser rodeada pela aura.

Como se tudo se acontece em um piscar de olhos, tanto Ray quanto Ikki estavam a centímetros de Van e Bruna, ambos não puderam ver seus movimentos, Van tenta se defender do ataque direto da Kasaki de Ray, mas o impacto o fez se jogado para trás, chocando-se com o que resta do chafariz, Ikki efetua um corte diagonal contra Bruna, a mesma defende-se colocando Aema na frente do golpe, formando um “x” entre os bastões, ela pode ver o provável movimento do garoto, um chute usando sua perna direita, a garota solta uma de suas mãos de seu bastão e consegue parar o chute de Ikki, mas fora pega desprevenida por uma cabeçada do proporcionada pelo garoto, fazendo-a cambalear para trás, Ikki aproveita sua brecha e efetuava rapidamente uma rasteira na garota, a fazendo cair no chão, pelos olhos do garoto, tudo acontecia em câmera lenta, então, ainda vendo a oportunidade a sua frente, ele soca o estomago desprotegido da garota, a jogando longe, a mesma quica algumas vezes no chão até conseguir parar, cuspindo sangue logo em seguida.

– Mesmo tendo muito apreço com você, Bruna-san, não posso deixa-la viva. – Diz o garoto, Bruna se alevanta lentamente usando Aema, ela sabia da força daquela pequena criança a sua frente, tal comparado a fortes guerreiros no submundo.

– O mesmo para você, Ikki-chan. – Responde ela sorrindo girando seu bastão velozmente. – Por causa disso sinta a fúria de minha Aema! – Grita ela parando de girar seu bastão e em seguida a transformando em um enorme leque, então com um único movimento ela balança o leque em direção a Ikki, fazendo uma enorme bola de ar ir em direção ao garoto.

– Não brinque comigo! – Exclama ele girando assim como Bruna seu bastão, fazendo a bola de ar desaparecer.

Agora as coisas complicaram” – Pensou ela avançando contra Ikki.

Em outro canto do parque, uma luta entre lâminas acontecia de forma brutal e sangrenta, Van já tinha adquirido alguns cortes por seu corpo, o pior deles foi em seu abdômen, um corte extenso diagonal, Ray também não ficava atrás, havia um corte em seu braço esquerdo, um longo e reto, vertia muito sangue do ferimento.

– Porque quer tanto matar a Bruna?! – Exclama Van defendendo-se de um corte horizontal de Ray, o mesmo e arrastado alguns centímetros.

– Não e nada pessoal, só quero o dinheiro para poder dar a meu irmão uma vida que ele mereça! – Responde Ray efetuando um chute no estomago do garoto, fazendo cuspir sangue, o caçador aproveita que a cabeça de Van estava exposta e acerta uma ajoelhada o fazendo alevantar sua cabeça violentamente. – Por que ele é a minha família! – O caçado acerta um soco em cheio no peitoral de Van, atingindo a ferida que já estava lá, fazendo verter ainda mais sangue e o jogando longe.

Outro trovão cortou os céus, Ray olhava para seu oponente, não sabia como alguém como ele conseguiu aguentar tanto tempo em uma batalha com ele sem ao menos entender sua própria espada, ao longe Van se alevantava, usando Dann como apoio.

– Esse foi o único método que achou para dar a seu irmão uma vida? – Pergunta Van se pondo em pé, segurando Dann. – Seu argumento e muito fraco.

Ray olha para seu oponente com ódio.

– Quem e você para disser isso? Foi você que começou a matar com apenas treze anos? Foi você que matou pais de famílias, pessoas que eram felizes por apenas desejo de um egoísta em troca de dinheiro para dar a minha única família uma vida digna?! - Declara ele avançando contra Van.

Ray tenta acerta Van com um corte reto, lento, porém poderoso, o garoto de cabelos brancos vendo o ataque, esquiva-se para a direita, fazendo a lâmina de Ray passar direto acertando o chão, mas não pode acompanhar o chute que veio em seguida, acertando seu estomago, Van segura a perna de Ray, o mesmo o olhar surpreso, o garoto tenta um corte usando Dann, mas Ray escapou de seu golpe curvando sua cabeça para trás, o caçador usa sua outra perna alevantando-a no ar acertando o queixo do garoto, o jogando pelos ares.

– Não me venha falar que tenho um argumento fraco! – Grita ele fazendo um corte no ar com Kasaki, algo parecido com uma onda de vento acerta Van no ar, o jogando para mais alto ainda, e em seguida cair no chão, Dann escapa de suas mãos, caindo bem próximo a sua cabeça.

As gotas de agua misturavam-se com o sangue daqueles dois, a terra agora lamacenta estava totalmente destruída pelos golpes de Ray, Van continuava jogado no chão, o sangue vertia sem parar de seu longo corte diagonal no abdômen.

– Não me venha dar moral, se nem mesmo você entendeu sua espada. – Declarou Ray dando um pulo no ar indo em direção a Van, então tudo pareceu andar em câmera lenta, as gotas pareciam tão viseis naquele momento que dava a sensação de toca-las.

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– Então, não vou poder proteger Bruna, não vou poder vingar minha mãe, porque não consegui entender Dann? – Perguntava-se Van, o garoto estava de olhos fechados, questionando-se do porque aquilo estar acontecendo, mesmo sabendo que não era o melhor entre os três. – O que eu preciso fazer? O que eu tenho que fazer?!

– Compreender. – Respondeu uma voz, Van abriu seus olhos e se viu em um lugar totalmente desconhecido, não sabia se estava em pé ou deitado, se estava no chão ou flutuando, tudo parecia ser mover, mas ao mesmo tempo parecia estar parada, a cor azulada era tão viva que parecia ter desejo próprio.

– Quem... Disse isso? – Perguntou Van, então, bem a sua frente um enorme rosto se formou.

– Eu. – Respondeu a “coisa”.

– Quem e você? – Perguntou novamente o garoto.

– Eu sou Dann, a sua espada. – Respondeu o ser. – E nesse momento você esta em meu universo.

– Porque estou aqui? – Questionou novamente.

– Porque eu ouvi o seu pedido. – Respondeu Dann.

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– Por quê?

– Por que você tem um desejo. – Disse Dann. – Você quer proteger aquela garota mais que tudo, mas também que vingar a morte de sua mãe, mas agora você tem mais um objetivo não é? – Perguntou pela primeira vez o ser.

– Quero... Quero me torna forte, para proteger... O mundo. – Respondeu Van entre pausas. – Não quero... Ser fraco e não poder cumprir... Com o meu sonho.

– Você consegue sentir Van? Sentir que eu e você estamos conectados? – Os olhos de Dann brilharem em rubro. – Que estamos ligados até a sua morte? Você quer poder? Não quer completar seu sonho? – Perguntou ele.

– Sim... Sim...

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– SIM! – Um feixe de luz azulado cortou o céu chuvoso, Ray fora jogado pela força do impacto, tendo quicado algumas vezes no chão até se estabilizar.

– O que esta acontecendo? – Perguntou-se Ray olhando o feixe, pode ver a sombra do corpo de Van alevantar-se, como se flutuasse no ar, seus olhos brilharem em vermelho.

– Eu entendi! – Gritou Van segurando Dann, o corte que havia em seu abdômen havia sumido, deixando somente uma cicatriz. – Eu não preciso pensar em controla-lo! Então era isso Matheus? E isso que é estar ligado com sua espada? – Dizia Van no meio do feixe de luz, o vento fazia algumas arvores voarem. – Mestre! Eu sou Dann! – O feixe então se cessa, deixando um enorme buraco no céu nublado. – O que? Você ainda não veio? – Provocou o garoto para o caçador, o mesmo avança em sua direção.

Ray usa Kasaki para efetuar um corte reto, usaria toda sua força neste movimento, mas para seu pavor, Van havia parado seu ataque colocando Dann acima de sua cabeça, o chão tremeu e uma cratera se fez debaixo dos dois, mas o garoto não havia sequer se movido. Ray o olhava surpreso.

– Minha vez! – Declara Van acertando um soco no peito de Ray, o jogando longe o suficiente para bater em algumas arvore que haviam sobrevivido até agora em seu combate.

– O que aconteceu? Que energia é essa?! – Exclama Ray.

– Não sei... Digamos que agora eu consegui aprender a lição! – Responde Van sorrindo em correndo em direção ao caçador, o mesmo corre também sua direção.

Van tenta um corte diagonal usando Dann, assim como Ray usando Kasaki, o impacto de suas lâminas foi tanta que um forte onde ar se fez, fazendo até mesmo a terra tremer violentamente.

Bruna sentiu o tremor, olhou rapidamente para o lugar onde Van e Ray lutavam, também havia percebido o feixe de luz azulado que cortou o céu.

– O que foi isso? – Perguntou Ikki também surpreso com os fatos que acabaram de acontecer.

Bruna limpa o canto de sua boca onde escorria um pouco de sangue.

– Ei Ikki-chan, você entendeu o que eu quis dizer com que eu era uma das nove chaves da libertação do ser mais poderoso, não é? – Perguntou ela erguendo Aema. – Sei que você entendeu diferente de seu irmão, você não reprimiu seus sentimentos.

– Eu... Eu. – Tentou Responder, mas as palavras lhe faltaram.

– Sei que você não quer que seu irmão continue a fazer serviços de caçador. – Disse ela. – Sei que você não quer que ele se torne no que esta pensando.

– Ele diz... Diz que faz tudo isso por ser o responsável por nós. – Respondeu Ikki, cambaleante em suas palavras. – Diz que é para me dar um futuro bom, diferente do dele, mas... – Seu bastão lhe escapou das mãos, algumas lagrimas saiam de seus olhos. – Mas... Mas eu não quero que ele se torne um monstro como aquele homem. – Disse ele olhando para baixo, lagrimas caiam de seus olhos esverdeados.

Aema desaparece das mãos de Bruna, ela se aproxima do garoto e o abraça, o surpreendendo.

– Não lute por algo que não quer. – Disse Bruna se afastando um pouco do garoto. – Agora vamos, temos que impedir que aqueles dois se matem. – Ela se alevanta, mas e quase levada por uma onda de ar vinda do lugar onde os dois batalhavam. – Acho que devemos nós apressar.

– Sim. – Respondeu o pequeno correndo em direção ao campo de batalha.

Faíscas saiam do contato das lâminas, a batalha frenética se igualava a chuva selvagem que ainda teimava em cair em Sora, Van e Ray mediam forças com suas espadas, seus braços tremiam com a força que exerciam então em um impulso ambos se distancia um do outro.

Mas o que droga aconteceu com esse garoto?” – Ray faz um corta horizontal no ar, mandando outra bola de ar em direção a Van, mas o mesmo se defende girando Dann rapidamente.

– Ei, Ryan. – Chamou Van, o caçador olha para o mesmo. – Vamos acabar logo com isso, o próximo movimento vai ser o decisivo! – Uma pequena onda elétrica passou pela lâmina de Dann.

– Você morrera nesse último movimento, Van o escolhido. – Respondeu Ray acumulando toda força de sua aura em Kisaka.

O garoto de cabelos brancos e o caçador de cabelos loiro claro se encaravam, olhos cinza contra olhos vermelhos, Dann contra Kisaka, aquele seria o movimento que decidiria quem sairia vivo daquela batalha que decidiria a vida de Bruna.

– Vamos Dann! – Grita Van correndo em direção a Ray, a lâmina de Van começou a ficar azulada.

– Vamos mata-lo Kisaka! – Grita Ryan correndo em direção a Van, o machado do caçador começou a ter a coloração arroxeada.

Ambos se aproximavam rapidamente um do outro, tudo pareceu andar em câmera lenta, faltava pouco para suas laminas entrarem em contato uma com a outra.

– Ray-niisan! – Grita Ikki, fazendo tanto Van quanto Ray se surpreenderem.

Ambos se desconcentram fazendo perderem a postura, Van e Ray passam direto um pelo outro.

– Ikki, o que esta fazendo aqui? Você matou a Bruna? – Perguntou Ray até sentir algo escorrendo por seu peito, seu sangue vertia de um raspão de uma lâmina, provavelmente de Van.

– Se eu estivesse morta não estaria falando agora, Ray. – Respondeu Bruna aparecendo entre o resto de uma arvore assim como Ikki. – Van, esta tudo bem? – Perguntou ela.

– Mais ou menos. – Respondeu o garoto se ajoelhando e tocando no peito, alevantou a palma de sua mão, o sangue escorria entre seus dedos, olhou para o ferimento, era somente um arranhão.

Ikki corre em direção a Ray.

– Ei irmão, não precisamos fazer isso. – Disse o mais novo.

– O que esta falando? Você sabe o quanto isso e importante para você! – Responde o mais velho.

– Não preciso disso! – Exclamou Ikki. – Não quero que meu irmão se torne um monstro como aquele homem que matou nossos pais, se eu for ter que renegar meu futuro para não vê-lo se transformar em um assassino frio, assim eu farei! – Afirmou o mais novo, deixando Ray surpreso, a chuva enfim parou de cair, Ikki finalmente havia desativado sua habilidade.

– Ikki...

– Ei Ray. – Chamou Van. – Ouça seu irmão, desculpe-me por achar que seu argumento era fraco, mas agora sei que você fez tudo isso por ele. – Disse o garoto se alevantando com ajuda de Bruna.

– Ei irmão, vamos embora. – Pediu Ikki, Ray hesitou nesse momento, se fugissem e não terminasse o trabalho, o contratante iria atrás de seu irmão e provavelmente o matar, mas o caçador viu o olhar de seu irmão, um olhar que ele lutava todo dia para manter, então se decidiu.

– Sim, vamos. – Respondeu Ray a seu irmão, o céu começou a retorna a seu tom azulado, amostrando que um novo dia havia começado. – Ei Bruna. – Chamou ele, a garota teve sua atenção. – Você tem um belo namorado.

Um silêncio se fez no local, Van mesmo não estando em boas condições pulou do chão corado, assim como Bruna.

– ELE NÃO É MEU NAMORADO/ELA NÃO É MINHA NAMORADA!

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Matheus observava o céu azulado retornar a sua cor normal, sorriu com isso, sua escolha não havia corrompido a chances da humanidade deixar de existir, a porta do escritório se abre, revelando Vagner entrando assim como mais duas pessoas que o acompanhavam.

– Ah! Você finalmente chegou. – Falou Matheus se virando para seu antigo amigo. – Rhuan, há quanto tempo, vejo que trouxe um aluno.

– Sim, faz oito meses que você me pediu para buscar informações, nesse período eu achei esse garoto bem interessante. – Respondeu Rhuan se referindo ao garoto ao seu lado, provavelmente dezesseis anos. – Esse e Arthur.

– Prazer em conhecê-los, Matheus-sama, Vagner-sama. – O garoto saudou-se formalmente.

– Não precisa disso, apenas me chame de Matheus. – Respondeu o Rei do Vento – Então, enquanto as informações? – Perguntou ele, em seus olhos havia um brilho que há muito tempo se perdeu.

– Sim, sobre sua Turner, Rafaela. – Pronuncio Rhuan. – Ela está aqui em Sora.

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O vento gelado daquele imenso deserto era mortal, diziam às lendas que quase nenhum homem sequer havia sobrevivido durante aquela tempestade que atacava os viajantes, andavam cautelosamente entre a neve, suas botas afundavam naquele imenso mar branco.

– Estamos quase perto! – Disse o encapuzado à frente apontando para um enorme portão congelado, parecia ser de ferro, mas estava totalmente enferrujada por causa do tempo.

– Apresse-se. – Respondeu outra encapuzada, seu longo cabelo rosa balançavam por causa da violenta tempestade congelante.

– Temos que chegar lá o mais rápido possível. – Disse outro encapuzado, vestia algo embaixo do capuz que o cobria, sua voz não saia como de alguém normal, saia abafada e grave.

– Sim, sim. – Disse o primeiro encapuzado. – Chegamos. – O avisou abrindo uma pequena bolsa que carregava tirando de dentro dela um velho papel, ele aproximou-se mais do gigantesco portão de ferro, abaixo de sua base havia escrituras gregas. – “Nas noites mais escuras, eu serei o dono de seus pesadelos, nos confins de sua mente, eu saberei seus segredos, sentirei seu medo no fundo de seus olhos, pois eu sou o redentor do mal, a criatura criada a partir do pai, eu sou Fernando O lâmina negra.” – Pronunciou o encapuzado que segurava o papel, o portão começou a reagir, abria-se vagarosamente, quebrando qualquer gelo que impedia a passagem.

Em seu interior era enorme, havia desenhos no chão similar a um redemoinho, era completamente negro, parecia que aquele lugar podia usar os seus medos contra você, os outros dois encapuzados adentram o local.

– Eu pararei por aqui, não entrarei neste lugar amaldiçoado, agora, se puderem me pagar. – Disse o encapuzado que ficou para trás, o vento o arrancou o capuz revelando um homem trinta e poucos anos, careca e havia algumas rugas em seu rosto.

– Peguem. – A encapuzada retira seu capuz, revelando seu belo rosto e o longo cabelo rosa, ela retira de seu bolso uma pequena bolsa de dinheiro e o joga para o homem, mas erra e cai entre na neve.

– Obrigado! – Agradeceu ele correndo para a nave a procura de sua recompensa, estava tão absorto em seus pensamentos enquanto procurava seu ouro que não viu o terceiro encapuzado chegar por trás e o corta cabeça com uma lâmina presa em suas mãos, o mesmo carrega o corpo morto e o arrasta para dentro do templo.

– Humanos tão fáceis de enganar. – Disse o terceiro encapuzado jogando o corpo do homem no meio do redemoinho, o sangue começava a colorir o desenho, deixando o redemoinho antes negro agora avermelhado.

O templo começou a tremer novamente, resquícios negros desprendem das paredes daquele lugar se juntando no meio do redemoinho, começava a tomar a forma humana.

– O prisioneiro esta libertado! – Grita Samui contemplando a libertação de uma das criaturas mais temidas por todos.

–-------------------------------------- Kingu: Kuroi Tenshin --------------------------------------------


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Notas finais do capítulo

Van consegue ouvir a voz de sua espadaInformações sobre Rafaela são trazidas por RhuanLuiz e Draig conseguiram fazer o mesmo que Van?Uma temivel criatura foi liberta, o que será da Kuroi Tenshin agora?Deixem review!