Terceiro Capítulo – Beijo.

Chegamos ao restaurante não havia demorado muito. Não era tão longe assim. O lugar não era o mesmo da outra vez, mas era até mais bonito. Não era aquela coisa... Nossaa que restaurante cinco estrelas. Mas não era um lugar de maloqueiro. Sentamos em uma mesa perto da janela. Uma garçonete veio logo em seguida e entregou os cardápios.

- Então o que você ira querer comer? – Ele perguntou sem nem abrir o cardápio.

- Não sei. Acho que... Pizza? Tudo bem pra você? – Ele apenas sorriu e balançou a cabeça em um “sim”.

- Qual?

- Que tal bauru?

- Claro. – Então ele fez o pedido.

- E o que vão querer para beber? – A garçonete perguntou.

- Um suco de... – Ele olhou o cardápio. - ...laranja.

- Um suco de limão. – Eu pedi.

- Ok. Eu já trago para vocês. – A garçonete falou e se retirou.

- E então. – Eu quebrei o silêncio. – O que o Emmett falou para convencer você de nos conhecer? – Fiz a primeira pergunta que apareceu na minha cabeça.

- Ele falou que seria uma boa maneira de desencalhar. – Nós dois rimos.

- Como é ser irmão do Emmett?

- Legal. Chato. Mais ou menos. – Ele parecia estar na dúvida. – Ele é engraçado. As vezes atrapalhado. Ele é doido. – Rimos mais ainda.

- Qual é o seu tipo de pessoa?

- Eu? Sou...romântico, não gosto de confusões. Não sei. – Ele parecia estar sendo sincero. – E você?

- Não sei talvez eu nem me conheça direito pra dizer o que eu sou ou deixo de ser. – Tentei ser mais sincera possível. Às vezes eu não sabia quem eu realmente era. Às vezes tinha dúvida se conhecia a mim mesma. Mas às vezes eu não só sabia quem eu era como queria mudar a mim mesma.

A pizza chegou logo em seguida. A garçonete colocou na mesa e colocou uma pizza para cada um. Depois depositou as bebidas.

Pegamos o garfo e a faca e começamos a comer.

- Espera. Eu já volto. – Eu me levantei e fui ao banheiro. Lavei as mãos e sequei. Voltei para a mesa. – Bom se não se importa eu vou... – E peguei a pizza com as mãos. Eu não tina paciência de ficar cortando “pizza”. Ele me olho como se eu estivesse fazendo alguma coisa errada. – Não precisa ter medo. É bem melhor comer assim do que ficar cortando. Eu não tenho paciência pra isso.

- Mas no meio do restaurante? – Ele estava confuso.

- Que?

- Nada.

- Porque você não tenta. Você já comeu com as mãos? – Ele balançou a cabeça negativamente. Então eu peguei os talheres das mãos dele. – Então vai tentar?

- Não sei. – Eu segurei suas mãos e levei-as até a pizza. Então o fiz segurar o pedaço.

- Agora morde. – Sorri pra ele. Ele mordeu e colocou no prato de volta.

Alguns minutos depois nós terminamos de comer, ele pagou a conta e saímos em direção ao carro.

- E o que achou?

- Foi uma experiência divertida. – Eu balancei a cabeça do tipo “não acredito” e comecei a rir. Ele chegou mais perto de mim e colocou a mão no meu rosto a qual se arrepiou pelo toque. Ele chegou cada vez mais perto até nossos lábios ficarem centímetros de distância. Ele apenas me deu um selinho para ver minha reação. Eu apenas fechei os olhos. Então ele voltou a me beijar. Mais desta vez foi um beijo mais apaixonado. Foi um beijo de aproximadamente 1 minuto. Mas um beijo carinhoso e gostoso. Ele parou e me soltou, parecia estar envergonhado.

- Desculpe.

- Não, tudo bem. – Entramos no carro e ele dirigiu rumo a minha casa. Parou o carro na frente de casa então eu virei e selei nossos lábios de novo. Depois o soltei.

- Tchau. – Falei saindo do carro.

- Tchau. – Ele fitava o meu rosto.

Abri a porta de casa, Alice e Rose estavam provavelmente me esperando sentadas no sofá, mas caíram no sono.  Se eu as acordasse, elas iriam falar pra eu contar o que aconteceu e eu estava morrendo de cansaço. Então fui para o meu quarto tomei um banho e fui direto pra cama.

Comecei a ouvir barulhos no corredor.

- Diz que não são elas, diz que não são elas, diz que não são elas... – Bateram na porta.

Eu fiquei calada tentando não fazer nenhum barulho, pelo menos iriam pensar que eu estava dormindo. Mas para a minha infelicidade a porta se abriu lentamente.

Alguém colocou a cabeça pra dentro e para me deixar mais feliz era Rose. Logo embaixo apareceu Alice.

- Bella? – Alice sussurrou.

- Bella? – Rose falou um pouco mais alto. – Eu fechei os olhos – Eu sei que você está acordada, mas pelo menos responde.

Eu me levantei e sentei na cama. Elas entraram. Alice veio correndo e sentou-se ao meu lado. Rose entrou começou a fechar a porta lentamente, correu e sentou-se ao meu outro lado.

- Conta?! – Alice falou.

- Contar o que?

- Dããr... – Alice balançou a cabeça. – Não se faça de mau entendida. Conta.

- O que vocês querem saber?

- Tudo. – Alice abriu um enorme sorriso.

- Bem, - Alice se ajeitou na cama. Rose apenas me fitava esperando. – bem...

- Bemm.... – As duas me incentivaram.

- Conto amanhã agora eu vou dormir. – Me joguei pra trás cobrindo o meu rosto com o cobertor.

Elas não se moveram, e isso me deu medo. Alguém puxou o cobertor com força e o atacou na parede perto da porta.

- Conta! – Aquilo mais parecia uma ordem. Realmente Rose estava entediada.

- Comemos pizza, conversamos sobre algumas coisas e demos um beijinho... E só. – Eu disse tão rápido que quase tropecei nas palavras, mas a ultima parte eu falei mais rápido ainda.

- QUE? – Elas falaram mais alto do que o necessário.

Eu levantei rapidamente da cama e tapei suas bocas. Depois de segundos eu retirei a minha mão.

- Como? O que você falou? Eu não entendi. – Alice falou sem expressão alguma.

-Nos beijamos. – Eu apenas sussurrei.

Rose pulou da cama. Na hora eu fiquei até ofendida. Até parece que eu nunca havia beijado antes. Nem que seja apenas selinho, mas eu já beijei sim.

- E o que você fez? – Rose sentou no chão na minha frente.

- Como assim o que eu fiz?

- Você... hmmm... esqueci a palavra. – Rose começou a estralar o dedo tentando lembrar a tal palavra certa.

- Consentiu, permitiu... – Alice começou a falar várias palavras para Rose.

- Sim...consentiu ta bom. – Rose a interrompeu. – Então você consentiu?

- Onde você ta querendo chegar? – Eu fiz aquela pergunta sem nem mesmo pensar.

- No beijo. – Rose disse sem indiferença.

- É eu acho que sim.

- Como assim você acha? – Rose se assustou. – Então quer dizer que você não quis?

- Sim eu aceitei... – Eu falei impaciente.

- E como é? – Rose olhou maliciosamente.

- Rose. – Eu falei tentando fugir do assunto. – Boa noite pra vocês. – Eu empurrei Rosalie e Alice pra fora do meu quarto. Peguei o cobertor e voltei para a cama.

Minhas irmãs são muito curiosas. Eu deveria ter mais cuidado com elas. Ri comigo mesma.

Não consegui dormir direito pensando naquele beijo. Será que eu estava fazendo o que era certo? Será que não estava indo de cabeça?

Aquelas perguntas ficaram me martelando na cabeça a noite inteira. Já passava das 3 horas quando eu finalmente consegui dormir.

Mesmo assim aquilo não me deixou, eu sonhei com ele, com o beijo, com seu carinho, com seu toque.