Valenfield Diary escrita por Lucilla Valentine


Capítulo 30
Darkness Surrounding


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Mais um capítulo espero que gostem.
Desculpa a demora...
Boa leitura...



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~Três anos depois~

~Narrador on~

– Mamãe, já estamos chegando? – Pergunta Erick enquanto brincava com seu ursinho de pelúcia.

– Calma querido, falta apenas alguns quilômetros. – Responde a mãe sem tirar os olhos da estrada.

– Ainda falta muito para eu conhecer o meu pai?

– Não filho, mas primeiro tenho que conversar com ele.

– Sobre o que?

– Algumas coisas pessoais meu anjinho.

Enquanto ela olhos de relance para o filho, percebeu o tanto que ele era parecido com o pai.

“Talvez seu pai possa me perdoar algum dia por eu não ter lhe falo que estava grávida.” – Pensou e depois virou a atenção para a rua.

~Casa dos Redfield’s~

Claire estava terminando de preparar o café da manhã enquanto esperava seu irmão sair da cama. Ele tinha acabado de voltar ontem do hospital após ter um leve queda de pressão. A ruiva resolveu ligar a televisão e colocar nas noticias locais.

Noticia urgente! – Falou o repórter. – Esta manhã, às 8:30, um acidente de carro na altura da entrada de Washington. Ainda não sabemos de todos os detalhes, só sabemos que uma mulher de trinta anos viajavam com seu filho de três anos. Infelizmente ela e a criança ainda estão presos nas ferragens. – E começou a mostrar imagens do acidente. – Acabamos de saber eu o acidente foi provocado quando o carro da moça derrapou na pista e bateu de frente com um ônibus de turismo. Os nomes das vitimas são: Ninah Gilbert e Erick Redfield Gilbert.

Assim que Claire ouviu esses nomes, imediatamente desligou a televisão. Ela sabia muito bem quem era a mulher e a criança.

~Flashback on~

– Você está o que, Ninah? – Claire ouviu perfeitamente o que a garota tinha falado, mas não estava acreditando no que tinha ouvido.

– Isso mesmo que você ouviu Claire, eu estou grávida do seu irmão e não sei o que fazer. Acho que vou abordar.

– Pelo amor de Deus, não faz isso. Conversa com Chris, talvez ele entenda e...

– Não Claire. Ele vai achar que eu fiz isso só para pegar o dinheiro dele e eu não quero que ele pense que sou uma interesseira.

– Você quer que eu converse com ele?

– Não precisa. Meus tios moram na Califórnia, vou ficar por lá até a criança crescer, quando eu achar está na hora eu procuro vocês. Adeus Claire Redfield.

– Adeus Ninah.

~Flashback off~

– Ninah...

– Claire, você me chamou?

– Não. Mas já que você apareceu, o café está pronto.

– Obrigada. – Ele se senta e percebe o jeito estranho de Claire. – Claire, aconteceu alguma coisa?

– Não! Está tudo perfeitamente bem. – Ela dá uma risadinha sem graça.

– Hum...

– Ah, você tem psicóloga hoje.

– Eu não quero ir a psicólogo. Isso é coisa de louco.

– Chris, quem cuida de loucos são psiquiatras.

– É a mesma coisa.

Claire revira os olhos.

– Você está melhor Chris?

– Bem, estou um pouco melhor. – Responde enquanto levava a xícara até a boca. – Ah, a psicóloga disse que era bom para o meu recuperamento se algum parente da família pudesse ir comigo na sessão de hoje. Será que você poderia ir comigo?

– É claro que eu posso ir. – Diz a ruiva sorrindo.

– Então... o que estava passando na TV?

– Um acidente de carro na entrada da capital.

– Alguém morreu?

– Por enquanto não. Espero que fique tudo bem...

– Eu também. Bem eu vou subir para mudar de roupa.

– Ok.

A ruiva tirou as louças da mesa e colocou na maquina de lavar louças e voltou imediatamente para a televisão, ligando-a para ver se ainda estava passando a noticia do acidente, mas já tinha acabado e agora estava em um programa sobre saúde.

~Horas depois~

Os irmãos Redfield estavam sentados na sala de espera do consultório de psicologia. Chris estava mais nervoso do que sua primeira consulta com o psicólogo, a dois meses atrás.

Sua irmã, vendo que ele estava inquieto, perguntou:

– O que você tem Chris?

– Estou um pouco nervoso.

– Não precisa ficar nervoso, é uma consulta como outra qualquer.

– Você não entende.

– Entendo sim. Você acha que eu não me preocupo com você, mas eu me preocupo muito e tudo isso que aconteceu não foi culpa sua. Você fez de tudo para proteger Jill e se você ficar com esse pensamento na cabeça que a morte dela foi sua culpa, isso vai te destruir por dentro. Entendeu Christopher Redfield?

Chris observa tudo em silencio e abaixa a cabeça por um momento. Claire, percebendo que foi um pouco dura demais, abraça o irmão e fala mais calmamente.

– Hey Chris, não foi minha intenção magoá-lo, mas você fica com essa idéia perturbadora que foi você quem provocou tudo isso e isso me machuca porque eu não gosto que você fique se crucificando por algo que não foi você.

– Mas Claire, eu poderia ter evitado tudo. Eu poderia ter pedido pra ela embora, ela mesmo sentiu uma coisa ruim sobre essa missão e eu ainda permiti que ela fosse comigo mesmo eu sabendo do perigo que essa missão representava.

– Você acha que ela iria ir embora sabendo que o maior inimigo de vocês dois estaria naquela sala querendo matar você? É claro que não! Jill era muito inteligente e jamais teria uma idéia insensata igual a essa. Ela fez o que pode para pode salva-lo mesmo que isso lhe custasse a vida e você tem que entender isso.

– Desculpa Claire, as vezes eu falo as coisas sem pensar.

– Eu te entendo Chris, essa fase não é fácil para ninguém, mas vamos superar isso juntos.

Enquanto isso, a psicóloga sai de sua sala e cumprimenta os dois:

– Bom dia Chris! Olá, você deve ser Claire.

– Sim. Claire Redfield.

– Prazer Claire. Eu sou Andrea Perkins, psicólogo de seu irmão.

As duas dão um aperto de mão caloroso e Andrea continua:

– Você poderia vir no meu escritório Claire? Preciso falar com você à sós.

– Claro. Chris já volto.

A ruiva segue a psicóloga ate o seu escritório e as duas entram no mesmo. Ele era simples e aconchegante, as paredes eram pintadas de marrom claro e era decorado com vários diplomas universitários.

Andrea se sentou à sua mesa e Claire sentou em sua frente.

– Bom – a psicóloga começou. – acho que você sabe o motivo que eu lhe chamei aqui.

– É sobre meu irmão, né?

– Exato. Eu preciso que você responda algumas perguntas com sinceridade. – ela pega um bloco de notas. – Por favor, eu quero que você seja bastante honesta e Chris vai saber de tudo, então não se preocupe com o que vai falar.

– Ok.

Alguns longos minutos depois, Chris já estava ficando nervoso novamente querendo saber o que estava acontecendo dentro daquela sala. Então ele ver Claire saindo da sala.

– Sobre o que vocês falaram?

– Nada – responde a ruiva encolhendo o ombro e sorrindo.

A B.S.A.A. contratou uma psicóloga para Chris após um fato catastrófico dele que quase tirou sua vida.

~Flashback on~

Claire tinha acabado de chegar em casa. Chris estava passando alguns dias com ela após recomendações de seu médico. De repente, ela ouviu alguns grunhidos vindo do quarto de seu irmão, então começou a andar nas pontas dos pés para que sua bota não fizesse ruídos no piso. Quando abriu a porta devagar, viu uma cena horrível.

Chris estava com uma lamina, cortando o seu pulso ferozmente, sem pudor. A mesma cravava forte mente em sua pele, fazendo sangue escorrer do braço e sujar o carpete e suas roupas. Lagrimas escorriam dos olhos de seu irmão.

– Chris!

Ele para imediatamente, Claire corre até ele e tira a faquinha de sua mão.

– Chris, o que deu em sua cabeça?

– Eu simplesmente não sei...

– Por favor não faça mais isso – diz ela se levantando e pegando um kit de primeiros socorros.

Assim que o curativo ficou pronto, Chris abraça fortemente a irmã.

– Me perdoa Claire...

~Flashback off~

– Fico feliz que o seu pulso está bem melhor – Fala Claire sorrindo.

– Sim – Chris abaixa a manga a do moletom, envergonhado.

Andrea sai de sua sala e encara Chris.

– Você está com frio Chris?

– Não.

– Se você quiser, eu posso desligar o ar-condicionado e...

– Eu já disse que não! – Responde secamente.

Na verdade, ele só estava com o moletom por causa das bandagens no braço.

– Vamos entrar, eu tenho que lhe ajudar.

– Eu não quero falar com você, eu não quero falar com ninguém e eu não preciso da sua ajuda. Será que dar pra você assinar a porra de um papel dizendo que eu já estou bem e posso trabalhar! – Chris grita, fazendo Andrea e Claire ficarem paralisadas.

Ele sai do consultório e fica olhando de um lado para outro, sem saber pra onde ir. Tudo que ele queria é ficar sozinho e tentar reorganizar a sua cabeça. Finalmente decidiu ir ao cemitério, ele precisava ficar um pouco “perto” da única pessoa que poderia ajudar ele. Jill Valentine.

Após andar um pouco ele finalmente chega e senta na frente da tumba de sua parceira.

– Oi Jill, desculpe eu não vir mais vezes te visitar, eu estava muito ocupado fazendo coisas estúpidas. Espero que um dia você possa me perdoar por não ter sido capaz de te proteger e de não ter confessado pra você o que já era obvio para todo mundo. Eu sempre te amarei Jill, sempre. Mas agora eu preciso ir, irei trazer flores e te visitar todos os meses. Adeus Jilly.

Enquanto Chris já estava um pouco longe do túmulo de sua amiga, seu celular toca e era um número desconhecido, então ele atende:

– Alô?

– Chris Redfield?

– Ele mesmo

– Aqui é do hospital, seu filho Erick Redfield está aqui. Você poderia dar uma passadinha pra pegar ele?

– Desculpe, mas eu não tenho nenhum filho.

– Você não é o pai de Erick Redfield? Filho de sua ex? Tememos que ela possa morrer a qualquer momento... venha aqui imediamente.

Então a chamada é finalizada.


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Notas finais do capítulo

Eu amei esse capítulo. E ai? Gostaram assim como eu gostei?
Comentem o que acharam.
Beijinhos ^^