Percy Jackson E Os Cavaleiros Do Zodíaco. escrita por Matheus Henriques


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Dedicado a Karoline Tavares, sem ela não haveria fic.



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 Os dois espectros estavam vindo na direção de Tenma e Percy, que estavam lado a lado. A mulher de armadura se ajoelhou como se estivesse com dor e disse:

-O cosmo de Ayacos-sama se foi... Ele... Ele foi derrotado.

 Percy se sentiu bem com aquilo. Manigold e Dohko haviam cumprido seu dever, agora era a vez de Percy.

 Lune olhou assustado para Violate e rugiu, então ribombeou seu chicote na direção de Nico e o menino deu um golpe rápido com a espada e investiu contra o chicote que se cortou ao meio. A expressão de Lune de supresa foi tudo o que Percy precisava para recuperar as forças e a confiança em seu plano.

-O-Oque? Como...? – Ele gaguejou e rugiu: Você... Arrebentou...

 Nico fez um movimento tão rápido na direção de Lune que Percy levou um tempo para entender: Nico dera um pulo para frente e fincara sua espada negra nas axilas desprotegidas do homem de cabelos grisalhos. Lune arregalou os olhos e caiu no chão, morto.

-Lune...? – Murmurou a mulher que ainda estava ajoelhada.

-Tenma, agora! - gritou Percy enchendo-se de confiança.

 Tenma o olhou e ascentiu, depois gritou:

-Meteoro de Pégasus!

 Percy convocou um pouco da água que estivera guardando do rochedo, ele fizera o possível para concentrá-la bem debaixo dos espectros.

 Em segundos meteóros azuis e água com pedras tomaram o lugar onde há segundos estavam os espectros.

Está dando certo. Pensou Percy.

 Se passaram alguns segundos e o três apareceram no chão, aparentemente inconscientes... Aparentemente.

-Bakka. – Murmurou Valentine. – Você acha que um simples banho pode nos derrotar? Vou ensinar a você o que é um ataque de verdade. – O homem levantou a mão e murmurou: Doce Chocolate.

Alguns espíritos começaram à vir da direção do homem, pareciam harpias e estavam com fome, bem mais assustadoras que as do Acampamento Meio-Sangue. Percy começou a sentir uma dor mortal, era como se todos os seus ossos estivessem queimando e alguns animais comendo sua carne, embora ele não visse nada no próprio corpo, era alguma coisa interna.

-O-O que está acontecendo? – Cuspiu Percy, baixo. – E-Eu não consigo me mexer.

 Ele soltou um grito de dor e Valentine disse:

-Sabe? Você disse que nunca gostou de harpias, bem, não me supreendo, elas gostam de devorar almas. As almas tem um sabor doce para as harpias, agora mesmo elas estão devorando a sua alma estúpida, daqui a pouco você cairá morto.

 Percy desistiu de tentar se mover, ele não conseguia pensar em nada. Os espíritos pareceram dar uma trégua e Percy conseguiu virar o corpo na direção dos pilares, apenas para começar a ser devorado de novo, agora era pior ele sentia que não tinha chance, estava vendo sua vida se esvair de suas mãos como areia.

 Ele olhou para os amigos, Tenma estava fazendo o possível para derrotar seu oponente, Sylphid parecia controlar o vento ao seu redor, pois tudo estava voando, o cabelo de Tenma estava avoaçado e se movia rapidamente, o menino parecia estar todo cortado. Percy olhou para Nico, para a supresa de Percy o menino conseguira destruir os dois pilares e agora estava lutando contra Violate, ela se recuperara do choque e lutava ferozmente.

 Nico também estava em desvantagem, a mulher investiu contra ele e o garoto caiu no chão. Percy localizou um movimento no chão. Annabeth estava acordada envolvendo a mãe nos braços, ela olhou na direção de Percy, estava chorando, estava precisando de Percy. Percy olhou nos olhos cinzentos e profundos da garota e percebeu que não era por ele prórpio que lutava, nem sequer por Atena. Percy lutava por Annabeth.

 Percy de repente caiu no chão, livre. Um urro de dor atrás de si chamou sua atenção. Percy viu um garoto com uns vinte anos, ele possuia as asas mais incríveis que Percy já vira. Elas eram negras e roxas, e a bota de aço do rapaz tinha garras na frente, a armadura era magnífica: Vermelha, roxa e com detalhes amarelos. O rapaz estava com um dos pés encima da cabeça de Valentine, e com uma das mão no chão.

-Olá, Percy Jackson. – Disse o rapaz, sem olhar para ele. – Eu sou Kagaho de Benu. Vim salvar você.

 O garoto deu um salto e levantou voo de novo. Percy se deu conta de que seus amigos ainda estavam em desvantagem. Ele olhou para Annabeth, ela estava sendo atacada por Violate assim como Atena, que estava inconsciente e Nico. Percy tinha de salvar Annabeth.

 Tenma de alguma forma recuperou forças e conseguiu lançar mais uma chuva de meteóros reluzentes contra Sylphid e o espectro deu um salto para trás ao ser atingido, Tenma aproveitou o momento de fraqueza dele e partiu para cima do homem. O punho de Tenma começou a pegar fogo, um fogo azul, Percy se perguntou se Leo podia fazer a mesma coisa, aquilo era legal. Tenma começou a socar o homem vorazmente. Soco atrás de soco, e Tenma gritava. Depois Tenma saiu de cima do homem e o deixou lá, Percy sabia que ele havia matado o espectro.

 Percy olhou para Annabeth mais uma vez, agora Violate estava se dedicando a acertar Atena mas Annabeth resistia protegendo a mão. Nico caíra no chão.

 Percy gritou, mas não era mais de dor. Era de raiva. Ele queria viver em paz, com Annabeth, e tudo aquilo o atrapalhava, ele não aguentava mais. Ele gritou ainda mais alto e localizou seu poder em toda a rocha. Um explosão de pedras e água começou desde a ponta da rocha até os pilares, a rachadura pareceu evitar Annabeth e a mãe, evitou Nico e Tenma e pegou em cheio Violate e Sylphid.

 Percy olhou para trás, percebeu que Valentine também havia sido pego pelo terremoto. Percy nunca se sentiu mais poderoso, nem mesmo quanto havia mergulhado no Rio Estige. Ele só sentira esse poder uma vez, quando Hefesto o mandara atrás dos Telquines num vulcão. Mas isso era bem maior, daquela vez era lava, agora se tratava de água. Percy usou de novo o poder e sentiu que todo o rochedo era seu.

 Ele viu Kagaho em cima de Cheshire, ainda no mesmo lugar, caído. Kagaho não parecia gostar dele, Percy não sabia por quê, ele ouviu Kagaho dizer para Cheshire:

-Eu não vou matá-lo, como disse que iria... Mas não tenho nenhuma obrigação de salvá-lo. – E voou dando uma piscadela para Percy.

 Percy se concentrou em seu poder de novo, ele não deixaria Cheshire ali, para morrer. O garoto não parecia fazer nenhum mal, apenas cumpria ordens.

 Ele fez com que Tenma, Nico, Atena, Annabeth e Cheshire viessem na sua direção em cima de uma onda. E depois convocou o terremoto. Toda superfície se rachou e explodiu, Percy  sentiu uma explosão de poder dentro de si. Ele se viu em queda livre em cima da rocha e convocou o máximo de água que conseguiu e a usou como uma espécie de amortecedor por debaixo da pedra em que se encontravam. Percy caiu no chão quando a pedra atingiu o solo com um estrondo.

 Ele se levantou com dificuldade, estava começando a sentir o peso do seu prórpio poder. Dohko e Manigold chegaram correndo assustados.

-Atena-sama! – Chamou Manigold.

-Eu estou bem, Manigold. – Disse a garota de cabelos roxos, ela tinha os maiores olhos que Percy já vira. Incrivelmente intensos e verdes. – Percy me salvou destruindo o rochedo e Tenma acabou com um dos espectros. Nico quebrou os Pilares que me sugavam o poder, e Annabeth me protegeu depois disso.

-Percy, você fez isso? – Perguntou Dohko. – Você destruiu o rochedo?!

-Sim... – Disse Percy, um pouco incomodado. Ele estava tonto e acabado.

-Ei, peguem o garoto – Percy apontou para Cheshire. – Mas não o façam mal, temo que ele não faça nada por querer, ele só recebe ordens e cumpre.

Tenma estava de pé, ofegante. Ele retrucou:

-Ele socou a minha cara. Espero que pague por isso, embora eu já tenha tratado de retribuir a gentileza.

-E quanto ao Kagaho? – Perguntou Percy. – Ele não tinha uma armadura dourada nem prateada... Mas me salvou.

-O Kagaho?! – Perguntou Manigold. – Mas ele é um espectro... De Benu. Como ele...?

-Bem, ele cuidou do Valentine, o que me deu tempo para concentrar meu poder na rocha.... E Nico, onde está Nico? Ele estava aqui agora mesmo, quando caíamos.

-Ele se foi, Percy Jackson. O pai dele o tomou de volta. Tudo o que ele tinha de fazer era cumprir a missão dele. – Responde a deusa Atena.

Aquilo pegou Percy de surpresa. O próprio pai o prendera de novo na jarra dos gigantes gêmeos. Aquilo fazia com que Percy se sentisse mal, ele agora gostava ainda menos de Hades.

 Percy se deixou cair, ele se esgotara com aquela rocha.

-Preciso descansar... – Ele disse.

Annabeth apareceu por cima dele e segurou sua cabeça, ela estava ajoelhada ao lado dele.

-Nunca vou te deixar, sabidinha. – Murmurou tocando seu rosto.

-Eu sei, Cabeça de Alga. – Ela disse em resposta.

 Percy estava mais fraco que  nunca, ele deitou a cabeça nas pernas de Annabeth e desmaiou.

Final:

 Percy acordou em sua cabine no Argo II, se perguntando se tudo não passara de um sonho. Mas percebera que estava fraco demais. Annabeth entrou em sua cabine com ambrosia e néctar que deixou cair assim que o viu de pé.

-Percy! Ah, meus deuses! – Ela disse correndo para abraçá-lo. – Minha mãe disse que você não acordaria tão cedo, mas você dormiu por três dias, Percy! Eu temi tanto...

-Três dias?! Já chegamos em Roma então? – Disse Percy com raiva de si mesmo. Ele dormira durante três dias, imaginava o que perdera.

-Não, Percy. – Disse Annabeth sorrindo. – Minha mãe como divindade grega não pode me ajudar diretamente, mas a Atena-sama do Santuário não tem nenhuma restrição. Então ela decidiu que a gente poderia voltar sem perder tempo, agora é como se você estivesse acordando naquela manhã em que minha mãe havia sumido.

-Sua mãe pode nos ajudar então? – Disse Percy ansioso. – Quero dizer: Na nossa missão.

-Não, Percy. – Respondeu de novo Annabeth. – Ela está no meio de uma Guerra Santa, seria puro egoísmo meu pedir alguma coisa quando todo o mundo corre perigo.

Percy assentiu mas disse:

-Então ainda estamos longe de Roma...? – E suspirou. Annabeth deu um tapa em Percy e riu, o abraçando.

-O que está fazendo aqui, Srta. Chase? – Perguntou o treinador Hedge entrando no quarto em rompante. – E que bagunça é essa, Jackson?! Trate de arrumar isso já. Venha Annabeth, preciso de você. Ainda temos de salvar o mundo, oras, não é hora de ficar se abraçando, até Roma esse é um longo caminho. E vocês não fazem ideia de como foi a minha noite... Não dormi nada!


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