Lolita Trickster escrita por Wingates, Isamu H Ikeda


Capítulo 4
Está na hora de se vestir!


Notas iniciais do capítulo

Mais uum!
Boa leitura!



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- QUE HISTÓRIA É ESSA, YUKA!? – Niou e Kirihara falam exaltados, com medo de que o pior acontecesse a um dos dois.

- Como vocês são exagerados, sabia? Não é óbvio? Niou vai se vestir de garota, só isso. – a garota responde no maior desdém.

Akaya olha para o Niou, segurando a risada.

- EU!? Não, Yuka! – o garoto de cabelos brancos se impõe antes que o amigo começasse a rir descontroladamente. 

O menor cobriu sua boca com uma das mãos, já vermelho. Como ele nunca tinha pensado naquilo? Seusenpaiera tão bom em disfarces, e isso não era novidade para ninguém (pelo menos, não naRikkaidai). E era evidente que ele mesmo não poderia se vestir de garota para provocar ciúmes napróprianamorada; então aquela não era uma má ideia. Não mesmo. Poderia até dar certo.

- Vaaaamos, faça isso pelo Akaya!! – Yukari tenta convencê-lo, fazendo a melhor cara de choro que podia.

- Isso é ridículo, nunca vai dar certo... E NÃO RIA, AKAYA!

- T-tá! Não vou rir, prometo. – o garoto leva um susto com a ordem repentina do amigo, contendo sua risada.

- Kuina, faça o seu trabalho! - disse Yukari sentando-se de braços cruzandos enquanto lançava um daqueles olhares intimidadores para Niou.

- Sim, senhora! - prontamente, a amiga da ruiva encostou Niou com cadeira e tudo na parede com uma brutalidade quase comparável uma surra dada pelo Sanada.

A maquiadora impunha ordens a Masaharu, que se sentia em um beco sem saída.

- Yuka. - Akaya chama a prima.

- Hm?

- Onde você arranja essas pessoas?

- EmHarajuko! - ela respondeu com um sorriso felino no rosto enquanto fazia um "v" com os dedos.

- Ah... Isso explica muita coisa. - o garoto suspira, pensando que já deveria ter adivinhado aquilo.

- Você tá passando maquiagem demais! Chega! - Niou reclama ao perceber que a maquiadora talvez estivesse exagerando um pouco (a seu ver).

- Não se mexa! - Kuina ditou em alto e bom som.

- Arg, só podia ser amiga da Yuka mesmo! - fez questão de falar alto para que a ruiva escutasse.

- Algum problema, queridinho? - Yuka virou-se com tamanha rapidez que pareceu fuzilar o outro com o olhar.

- Niou-kun, se continuar se mexendo posso acabar passando delineador líquido dentro do seu olho.

- Mas eu nem disse se tinha concordado com a ideia!!

- Isso não caberia a você decidir, de qualquer forma. Agora fica quieto se não quiser parecer uma obra de Picasso!

- Que injustiça. - cruzou os braços e fechou a cara. Sabia que agora era tarde demais.

- Yuka. - Akaya chama a prima novamente.

- Que é, garoto? Quer se maquiar também?

- N-não!! Eu... Só ia perguntar se você realmente acha que a Amane vai ficar com ciúmes...

- Se eu sentir vontade de agarrar o Niou, com certeza ela vai sentir ciúmes. E além do mais, Kuina é uma ótima maquiadora. Ela faz milagres!

- Pfff, tem certeza que ela vai conseguir transformar o Niou-senpai tanto assim?

- Tenho.

- Hm.

- Ah!! Esqueci que devíamos ter posto as lentes da maquiagem! Niou-kun, levante-se! – diz Kuina de repente.

- Tá... - o garoto se levanta com certa indisposição.

Depois de um certo tempo (algumas horinhas), Yukari e Akaya estavam quase dormindo no sofá depois te tanto esperar. Mas o cochilo logo é impedido pelo anúncio de Kuina:

- Não durmam! Só falta o vestido!

- Vestido!? - Niou protesta. - Não pode ser uma roupa normal? Eu não vou usar vestido.

- Vai ter que ser um vestido.

Kuina havia feito um super tratamendo em Niou. Soltara o cabelo do rapaz e ainda por cima fizera escova naqueles fios rebeldes.

- Por quê!?

- Por que sim, caralho. Colabore. – Yukari interfere.

- Tá, tá... - ele aceita, porque lá no fundo, ela o assustava um pouco.

- Faça esse favor para mim, em troca eu faço algo pra você. - Yuka disse.

- O que, por exemplo?

- O que você quiser, contanto que esteja ao meu alcance.

- Mesmo? - ele cerra os olhos, sorrindo maliciosamente (afinal, isso já é bem normal de tratando de Niou Masaharu).

- Sim, até te beijo.

- Ah... v-vou colocar o vestido, já volto. - ele fica sem graça e com suas bochechas coradas, mas tenta disfarçar mudando de assunto e se dirigindo para outro cômodo onde pudesse se trocar.

- Olha lá, hein Yuka. Assim o Yagyuu-senpai fica com ciúmes! Hehe. - Akaya diz, aproveitando-se da situação.

- Você beijaria mesmo ele? - perguntou Kuina.

- Talvez. Somos amigos e eu faço tanta maldade com ele que talvez eu devesse fazer isso ou... Sei lá.

- Hmm. - o primo da ruiva faz uma cara confusa.

De repente, os três ouvem um apelo do andar de cima.

- Alguém pode vir me ajudar? É impossível colocar isso aqui!! - Niou grita, aparentemente sofrendo com a vestimenta.

- Eu vou lá, espero que ele não rasgue... É da minha irmã. - disse Kuina indo acudi-lo.

- Agora mais 3 horas de espera, no mínimo. - Akaya reclama.

- Nem tanto... Se ele não tiver feito besteira.

- Com certeza fez. Nem a Amane demora tanto assim pra se arrumar... Acho que é porque ela já é tão linda... que não precisa fazer muita coisa... - o garoto acaba confessando, porque se sentia seguro para desabafar com a prima.

- Hmm... Às vezes você parece tão diferente.

- Diferente como?

- Bom, só o que posso dizer é que tanto eu como você mudamos. Você está mais alegre e feliz. Já eu...

- Você... não tá feliz?

- Ah! Esquece, esquece! Não é nada, sério! - a garota tentava disfarçar.

- Sua besta, você não me engana, Yuka!

- Não é nada. Eu estou bem.

- Hm. Tudo bem, então... - ele finge acreditar. -Nee, Yuka...

- Hm?

- Você já conhece a Amane há um tempo... Já viu ela ficar com ciúmes?

- Hm...

Infelizmente, todas as lembranças que Yukari tinha de Amane eram de momentos simples. Brincadeiras, estudos, diversão... Talvez elas nunca tivessem tido uma experiência desse tipo. Mas humanos são humanos afinal, dependendo da pessoa com toda certeza Ayanami teria ciúmes.

- Não se preocupe, vai dar certo. Bobão. - ela concluiu ao dar um soquinho na cabeça do mais novo.

- Tomarameeeesmo, hein. Só acreditei nessa sua ideia maluca porque você é a melhor amiga dela e a conhece muito bem! E não conta pra ela, mas... eu sempre tive vontade de ver a Amane enciumada. - ele diz, rindo de leve.

- Eu te entendo... - ela sorrira. - Mas sim? Kuina fez do Niou a mulher dela no banheiro? Saiam daí!

- É!! Andem logo com isso!!

- Esse negócio é apertado e ridículo!! - Niou gritou.

- Se você colaborasse, não apertaria! - resmungou Kuina.

- Como eu posso colaborar!? Eu já nem estou respirando direito!

- Pare de reclamar ou eu aperto outra coisa...

- S-sua louca!

- Pronto! Morreu? Não, então ótimo!

- Mas eu tô... horrível!!

- Nada... Se fosses uma mulher de verdade, eu te pegava.

- Louca.

- Tão delicado, você...

-Puri.

Depois de alguns puxões e ajustes no vestido, Kuina anuncia o "novo" Niou Masaharu.

Assim que o garoto desce as escadas, Yukari e Akaya ficam incrédulos.

- Masa... Ko! - disse Yukari dando enfase no "ko" e caindo na gargalhada.

- Masako coisa nenhuma!! - o garoto agora vestido de garota protesta já com o rosto todo vermelho de vergonha.

- Masako-chaaaaan!! - Akaya provoca, rindo exageradamente com a prima.

- Masako, você é tão gatinha. - Yuka passou-lhe uma cantada.

- Pode parar. - ele vira o rosto, ainda encabulado.

- Own, tão fofo! Merece um beijinho. Não é, Kuina?

- Com toda certeza!

As duas o prendem, como em um sanduíche humano, e cada uma beija uma das bochechas de Niou e tiram uma foto com o celular.

Akaya se enconlhe no sofá e ri absurdamente. Era como se todas as brincadeiras que o senpai lhe tinha feito até então se voltassem contra ele. Kirihara se sentiu vingado.

- Tá, tá, já chega! Então, qual é o plano? - Depois da foto, Niou afasta-se das amigas loucas (ainda corado).

- Você, Akaya, encontro, Amane, ciúmes.

- Agora? - ele perguntou, com medo da resposta.

- Claro.

- Mas eu não tô... "enfeitado" demais?

- Lolitas são assim, ué.

- Mas eu não posso simplesmente sair por aí desse jeito!

- Ninguém vai te reconhecer.

- Ela tem razão,senpai. - diz Akaya.

Niou viu que não havia outra saída. Estava maquiado, de vestido, como uma verdadeira lolita. Encarou Yukari, Akaya e Kuina. Respirou fundo e sua expressão dizia: “Vamos lá”.


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