A Promessa Do Yin Yang ( EM HIATUS ) escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 5
Capítulo 05 - Eu Sou Quem Você Procurava




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Já haviam se passado alguns dias desde então que Ikuto levara a Amu para a sua casa. E nada, completamente nada foi igual como das outras vezes. Como uma melodia de uma única nota. E isso estava o incomodando muito. Já que ele não saberia qual seria o próximo passo que a rosada daria – ou a próxima coisa que sem querer ela iria quebrar. Já que a mesma é muito desastrada.

Suspirou cansado pela decima vez.

— Por que você mora sozinho? – Perguntou a garota aparecendo do nada, e o moreno nem tinha percebido a sua presença próxima. Levou um pequeno susto, claro que não fez transparecer.

— Não moro sozinho. – Disse pegando o controle da sua tevê, e assim passando os canais.

— Hm... – Ela sentou-se em uma das cadeiras que estavam na sala. Pôs as mãos em cima dos joelhos, ficou encarando tudo a sua volta enquanto balançava freneticamente as pernas. – E sua família?

— Estão longe.

— Você gosta de alguém? – Ela o encara.

— O que? – O rapaz para com o que estava fazendo e a olha nos olhos, depois de alguns pequenos segundos, volta com o olhar para a tela. – Não.

— Pensei que gostasse, já que deixa aquele quarto que estou sempre arrumado... – Um silencio foi estabelecido. E  o moreno de olhos safiras quase agradeceu por isso. – Você gosta de animais? Eu amo todos os animais! Quero dizer, nem todos. – Sorriu.

— Eu esqueci o quanto você é tagarela quando não se lembra de nada... – murmurou para si mesmo. – Vou  no mercado comprar uns suprimentos.  – Ele joga o controle para a menina. – Enquanto isso assista.

O rapaz saiu assim deixando a garota de cabelos róseos sozinha. A mesma passava de canal em canal, nada de interessante se passava. Depois de alguns minutos, deixou em qualquer canal e foi até a cozinha beber um copo d’agua. Sentou-se novamente e ficou assistindo algum filme que passava no canal que havia deixado. Ela ficava sem entender com a seguinte cena: em um quarto, provavelmente de um hospital, no qual tinha uma paciente deitada na maca, falava manhosamente, como se tivesse gostando de algo, para o doutor que sorria de canto.

Ikuto apenas abriu a porta e foi direto para a cozinha deixar as comprar em cima da mesma quando a mesma pergunta.

— Doutores não deveria cuidar dos pacientes? – Pergunta ela ainda encarando a tevê fixamente.

— Uhum. – Respondeu o rapaz tirando as compras da sacola.

 – Então porque ele estar batendo nela ... E ela tá fazendo cara de que tá gostando?  Será que ela fez algo de errado?

— Você está assistindo filme pornô? – Perguntou ele, encarando-a da entrada da cozinha. Ela abaixa a cabeça por se sentir culpada, como se estivesse fazendo algo de errado.

— Bem... Só é isso que esta passando... – Respondeu. Fazendo com que ele suspirasse.

— Queria dizer que, quando se estar assistindo esse tipo de filme. – Ele coça a cabeça, um pouco desconfortável. Não esperava isso. Não dela. – Em nenhum momento se assiste quando têm pessoas por perto, e que não se comenta sobre ele. Entendeu?

— Sim. – respondeu envergonhada. Não pelo o conteúdo que se passava na tela a sua frente, e sim que o moreno de olhos safira provocava isso.

A campainha toca fazendo o mesmo suspirar. – que por algum motivo, ele hoje ta fazendo muito isso e logo poderia virar uma mania – Ikuto vai até a porta abrindo-a (ainda podendo ouvir os gemidos da atriz atrás)  e assim dando de cara com Utau sua irmã, acompanhada por Kukai. Ambos entram sem nenhuma permissão e assim dando de cara com uma garota assistindo um filme indecente.

— É isso que você faz? Senta pra assistir filmes pornô com um anjo? – Pergunta a sua irmã o encarando nos olhos seriamente.

— Não posso falar disso. – Respondeu a rosada ainda prestando atenção nas cenas.

— Hahahaha! – riu-se o ruivo. – Isso é novidade! Você tá querendo que ela aprenda algo?

— Ela não entende o que se passa entre eles. – Respondeu o mais velho. Chamando-os para ir a cozinha para que assim pudessem conversar. – Decidi contar pra ela sobre sua origem...

— O que? – Exclama a garota loira. – Se você fizer isso, e os poderes de anjo dela despertar, os amiguinhos dela irão vim novamente para busca-la! E não vai adiantar você sempre ficar mudando de casa!

— É cara, ela é quase um GPS para eles. – Comentou o ruivo sentado em uma das cadeiras.

— Sabe Ikuto... – Utau fica séria. – Você nunca parou para pensar em desistir desta promessa? Você não vê como é impossível você ficar com ela. Sem contar que toda as vezes que a mesma é levada para o Paraiso, ela é castigada? Claro que não como a nós demônio somos. Ela vira quase um pássaro preso em uma gaiola, e quando ta livre novamente, ela arruma sempre um jeito de vim atrás de você e começa tudo novamente...

— Utau, eu prometi a ela. Ela cuidou de mim quando vocês me deram as costas! – Ele abaixa a cabeça. – Ela me alimentou quando vocês, por ordem do rei, não poderiam me dar nenhuma migalha de carne ou gotícula de sangue. Eu quase a matei por ceder às tentações, e ela estava sempre lá, me esperando com aquele sorriso ridiculamente idiota em seu rosto! – Quando a sua irmã abriu a boca para falar algo, o mesmo diz: - A única coisa que posso fazer a ela, é manter esta promessa que a fiz. Você e nem ninguém vai me fazer quebra-la.

— Calma. – Intromento-se Kukai. – O que sua irmã ta tentando dizer: você não acha que ela sofreu demais por essa promessa? Se ela continuar assim, ela nunca vai poder nascer em um corpo humano ou ser livre. Cara, todas as vezes que ela vem a terra, as asas dela diminui. Isso é uma grande punição! – O ruivo se levanta fiando de frente ao seu amigo, ele leva sua mão até o ombro do moreno. – Se você quer continuar a cuidar e proteger ela, deixa em paz.

— Vocês querem que eu a abandone depois de tudo que ela me fez? – Ikuto os encaram raivoso.

— É exatamente isso que estamos querendo dizer. – Seu amigo de olhos verdes o respondeu, o encarando seriamente em seus olhos safiras. – Você já cuidou dela por vários anos, Ikuto. Que essa seja a ultima vez que vocês se vejam até os companheiros venham. Estamos indo.

A loira abaixa sua cabeça, odiava essa ideia. Não tanto quando o seu irmão, o qual iria sofrer mais com a separação.  Ela adorava a garota da outra raça, a considerava uma grande amiga, mesmo com o pouco tempo que passavam juntas. Kukai a considerava uma irmã caçula a qual que sempre quis ter, adorava fazer competições de quase tudo. Iria sentir falta disso, pensaram.

Tsukiyomi Ikuto quebrar uma promessa? A qual ele mesmo fez? Não era de seu caráter. E mesmo que fosse não o faria. Não depois de tudo o que ela fez por ele... Não com a garota que sempre tem um sorriso idiota no rosto, que sempre tem pensamentos positivos e que está bem com tudo. Ou não? Realmente esta tudo bem ela ficar com ele? Mesmo que custe sua liberdade ou suas asas?

— O que você tá fazendo pirralha? – Pergunta Utau para Amu. A mesma estava puxando a gola de sua blusa e olhando por dentro e depois para os seios da atriz.

— Acho que alguém esta com inveja! – Comentou o ruivo.

— Já chega de tevê por hoje. – Diz o moreno desligando o aparelho. – Por que não vai se arrumar? Gostaria de te levar ao um passeio.

— Sério? – Rapidamente a rosada pula da cadeira, ficando de pé. Depois que viu a confirmação do mais velho, logo correu para o quarto.

Seu amigo e sua irmã se despediram e uma luz negra em formato de um circulo os cobrindo, assim desaparecendo dos olhos safiras. Ele esperou por alguns minutos até Amu aparecer com um vestido rodado na tonalidade vermelha e uma fita na cabeça da mesma cor com uma sandália de salto pequeno. Ambos caminharam em silencio, só parando para tomar um sorvete.

— Hoje o clima estar ótimo! – Comentou a menina.

— Concordo, minha pequena. – Disse um rapaz de olhos avermelhados cabelos negros, o mesmo a abraça por trás, pegando uma mecha do cabelo rosado e assim cheirando. – Doce como sempre.

— Akito! – Disse Ikuto alarmado pegando um dos braços da rosada a puxando para si.

— Maninho, há quanto tempo. – Sorriu. – Vejo que ainda brinca com a comida.

— Já disse para não chegar perto dela. – Sua expressão de assustado foi para raiva, fazendo seus olhos antes safiras, ficarem avermelhados. – Vamos Amu. Vamos para um lugar onde ele não possa entrar.

— E onde seria isso? – Perguntou arqueando uma de suas sobrancelhas, mostrando um sorriso debochado. Adorava ver seu irmão mais novo fugindo dele. Logo Ikuto sorriu debochado, da mesma altura, fazendo com que o mais velho olhasse mais para frente, assim percebendo um templo. – Oras, seu eu não puder entrar, você também não pode. A não ser que...

— É isso mesmo que você estar pensando. Ela me alimentou com o seu sangue puro. – Disse com ar vitorioso. Dito isso, Ikuto da as costas para o seu irmão o deixando com raiva,.

— Bastardo!

Akito não entendia. Não entendia mesmo. Como Ikuto, seu irmão um dos piores demônios que já existiu em todo o reino tem um “banco de sangue puro” ao seu lado, o servindo como bem-quiser! Ele que deveria ter alguém como ela ao seu lado, não o seu irmão que nem sequer é reconhecido pelo o rei. Ele iria provoca-lo, tomando a coisa mais preciosa dele.

Andaram por pouco tempo, e já estavam subindo as grande escadas do Templo, o mesmo era repleto de arvores de cerejeira, era o lugar favorito da garota. E foi onde a promessa dos dois começaram pela primeira vez. Ele se lembrava da felicidade ao encontra-la e a dor quando a perdia. E depois se surpreendeu ao vê-la novamente no mesmo lugar, repetindo-se cada detalhe, cada fala e expressão. Não era cansativo, nenhum pouco. Se ela estava feliz, ele estava bem com tudo.

— Ikuto, você esta bem? – Perguntou Amu o encarando levemente preocupada.

— Escute. Nunca, em hipótese alguma chegue perto daquele homem que você viu agora.

— Ele é uma má pessoa?

— Sim, ele é uma péssima pessoa.

— E você Ikuto, é uma má pessoa?

Aquela pergunta foi como uma corrente gélida. Arrepiando sua espinha. Não saberia como explicar a ela isso. Ele era um demônio, filho do rei. O pior pai que qualquer um poderia ter. Mas, as vezes se sentia que era do bem. Porém, toda vez que se sentia isso, ele era quase como se fosse obrigado a praticar o mal... Matando pessoas e se alimentando dela. Não queria que sua aura demoníaca fosse purificada. Não mesmo.

— Amu... – Chamou a mesma que estava brincando com os pássaros. – Tenho algo importante para lhe contar.

Assim ambos se sentaram em um banco. O Tsukiyomi contou tudo. Que sua origem era demoníaca e que a dela era angelical. Que quando crianças se conheceram e viraram amigos e que suas raças descobriram e que os proibiram de se verem e assim fizeram uma promessa de sempre estarem juntos.

— Então... você... é o meu desejo? – Perguntou a rosada ainda tentando entender toda a historia.

— Sim. Só não faça muito esforço para se lembrar das outras coisas. Se você se lembrar de tudo, como te falei, seu poderes serão despertados...

— E eu terei que partir novamente. – Complementou a frase do moreno e o mesmo concordou.

A única coisa que ele sentiu, foi os braços dela o arrodeando. Era um abraço carinho, confortante e calmo. Ela esbanjava o mais belos de seus sorrisos, e o mais velho alisava carinhosamente sua cabeça.

— Bem-vinda de volta, Amu.


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