Quatro Elementos: O Confronto escrita por Amanda Ferreira


Capítulo 30
Maldição


Notas iniciais do capítulo

Oláaa! Postando adiantado graças as ideias e porque demorei um tempão para postar o cp anterior. Entãaao aproveitem. Foto de hoje da diva Claire.
Perdão se tiver erros, porque corri com a correção.
Boa leitura amores!



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Rick

Desci da moto e caminhei sem muita pressa pela grama verde. Um cheiro de queimado me atingiu com tanta força que minha cabeça doeu. Talvez seja o álcool, mas o cheiro era mesmo insuportável e acredite em mim, para um dominador do fogo é dez vezes pior.

Olhei em volta vendo o sol descer no horizonte e minha mente girava tentando se focar em que horas eram. Na boate estava tão escuro!

Do lado esquerdo da casa do Felipe, uma casa estava totalmente destruída por chamas. Uma van branca estava capotada, moveis queimados por ali e...

– Claire? - estreitei os olhos tentando enxergar melhor em meio a fumaça.

Ela cambaleou puxando alguma coisa com si, depois olhou na minha direção e estendeu a mão levemente como se acenasse. Andou passos lentos na minha direção e parou alguns segundos para... descansar?

Ela se aproximou o suficiente para que eu pudesse notar que estava mais magra, olheiras profundas, os cabelos embaraçados presos num rabo mal feito, uma roupa sem combinação e estava pálida, bem pálida.

Encarei-a por um momento tentando me lembrar se ela já estava assim da ultima vez em que nos vimos e se estou certo não estava tão... mal.

– Desculpa ter... - ela parou para respirar como se tivesse corrido uma maratona inteira. - Obrigado por ter vindo.

Sua voz parecia frágil assim como ela. Cada vez que piscava ou se forçava a respirar era como se fosse desmontar.

Minha voz sumiu. Fiquei apenas encarando-a tendo uma estranha sensação. Ela forçou um sorriso, mas depois olhou para os pés.

– Achamos uma garota na casa incendiada. - falou tentando arrumar a própria roupa. - A FEM já a estava caçando e...

Ela parou fechando os olhos com força. Colocou uma das mãos na testa e ficou quieta.

Me aproximei um passo hesitante.

– O que foi? - minha voz saiu mais preocupada do que eu mesmo pensei que estava.

– Nada. - resmungou. - Eu só me esforcei demais.

– Com o que? - olhei involuntariamente para a van capotada.

– Dominação. - ela respirou lentamente. - Eu só... só preciso de um minuto.

A olhei de novo. Parecia ainda mais pálida.

– Claire, você não parece nada bem. - estiquei a mão tocando seu braço.

Ela abriu os olhos e me fitou. Meu coração bateu mais forte ao ver o familiar olhos cor de mel, mas tinha algo faltando.

– Eu te chamei porque eu preciso tirar eles daqui. - falou e notei ela desviar o olhar do meu. - Não consigo sozinha.

– Tudo bem. - falei.

– Obrigado Ri. - ela se virou e andou lentamente de volta a casa queimada.

A segui ouvindo perfeitamente cada impulso de sua respiração e as batidas frenéticas do seu coração. Ela parou, de repente e respirou devagar demais soltando o ar varias vezes seguidas. Tossiu e levou os dedos para massagear as têmporas.

– Claire? - tentei parecer gentil. - Você está bem?

Ela assentiu rapidamente e ouvi puxar a respiração com mais força. Tossiu de novo e posso jurar que sua respiração parou por um instante.

– Tem certeza? - perguntei.

Ela se virou lentamente e balançou a cabeça. Seus olhos estavam cheios de lagrimas e a dor era evidente na sua expressão.

Me aproximei involuntariamente, ela soluçou e começou uma respiração estranha. Como se isso fosse difícil.

– O que foi?

Tossiu de novo, levando a mão na boca. Depois respirou como estivesse mesmo com falta de ar. Vi algumas lagrimas escorrem no seu choro silencioso. Ela respirou puxando com tanta força o ar que pareceu ficar mais branca.

– Claire? - estiquei as mãos e segurei seu rosto a fazendo me encarar. - O que está acontecendo?

Ela puxou a respiração de novo e de novo. Eu conseguia ouvir seu coração bater com tanta rapidez que era quase impossível. Podia sentir seus pulmões lutando para recolher o oxigênio. Seus olhos me encararam ,mas senti que ela não estava ali. Lagrimas desciam e ela respirava o máximo que podia.

Eu ouvi tudo: seu coração dar uma ultima batida, sua respiração ir e não voltar, seus olhos se fecharem e seu corpo cair para frente. Segurei-a com tanta força que a marca das minhas mãos ficou nos seus braços.

– Claire? - encarei seu rosto pálido. - Não, não, não.

Eu sabia que ela não me chamaria só para colocar corpos numa van capotada.

– Claire por favor. - repliquei, mas eu não a ouvia mais.

Nada. Nada.

Ergui seu corpo do chão e corri em direção a casa de madeira da Kate. Empurrei a porta com um chute, mas foi o suficiente para abri-la. Olhei a pequena sala de estar e calculei que o sofá era o lugar mais confortável ali. Coloquei a Claire com todo o cuidado que consegui. Me ajoelhei ao seu lado e coloquei a cabeça no seu peito para ter certeza de que estava ouvindo certo.

– Não faz isso. - cheguei perto do seu rosto e nada entrava ou saia. - Por que não está respirando?

Pressionei seu peito com as mãos. Uma, duas, três, quatro vezes e nada. Segurei seu nariz e levei minha boca na sua soprando ar para dentro do seu corpo.

– Vamos lá. - soprei mais uma vez. - Não faz isso comigo Claire. Vamos, vamos.

Senti uma dor se espalhar pelo meu corpo.

– Não. - encostei a testa na sua barriga e tentei pensar.

Então ela respirou num som sufocante. Se debateu furtivamente e fui obrigado a segurar seus pulsos. Seus olhos se arregalaram como se tivesse acordado de um pesadelo.

– Graças a Deus! - resmunguei puxando-a num abraço.

– O que... - ela sussurrou.

– A desculpa. - me afastei rapidamente recebendo um olhar confuso e curioso.

Ela assentiu e puxou algumas mechas do cabelo para atrás da orelha.

– Pensei que você... estivesse morrendo. - falei.

– Eu morri. - ela sussurrou olhando o sofá. - Por um segundo.

– O quê?

– Eu vi eles Rick. - ela me encarou com os olhos repletos de medo.

– Viu quem Claire? - me aproximei tentando ser paciente.

– Os mortos. - ela falou engolindo em seco. - Eu vi os mortos.

***

Bianca

Estacionei com todo o cuidado que consegui. Sou uma péssima motorista.

– Está ficando fera nisso hein. - o Felipe falou do banco do passageiro.

O encarei fazendo cara feia e ele deu de ombros como se fosse inocente.

Olhei pelo retrovisor e vi um par de olhos azuis impacientes.

– Relaxa ai Vick. Já chegamos. - falei.

– Na minha nova prisão? - perguntou.

– Abrigo Vi. - O Felipe se adiantou respondendo por mim. - Devia agradecer e não reclamar.

Ela abriu a boca para responder, mas o Felipe saiu batendo a porta e indo abrir a porta de trás pegando-a pelo pulso e a tirando para fora.

Desci fechando a porta e me deparei com a verdadeira merda. A casa da nossa vizinha estava totalmente destruída, uma van branca( que reconheci como da FEM) estava capotada em frente e a porta da nossa cada estava escancarada.

– Mais que diabos. - o Felipe resmungou arrastando a Vick com ele.

– Saímos por 24 horas e os nossos vizinhos são incendiados. - falei seguindo-os.

Antes que entrássemos o Rick apareceu na porta com uma expressão esquisita.

– Rick! - sorri animada e corri na sua direção o abraçando antes que pudesse reclamar como das outras vezes.

Mas para minha surpresa ele retribuiu o abraço e depois sorriu para mim de um jeito carinhoso. Encarei seu rosto e me senti quase bem por tê-lo por perto. Os cabelos estavam mais desgrenhados que de costume, os olhos cintilavam no mesmo tom que me lembro: castanho- avermelhado e o sorriso torto de sempre.

– O que aconteceu aqui? - O Felipe perguntou assim que se aproximou dele. O jeito de dizer "oi! Bem vindo de volta!".

– Seus vizinhos sofreram um ataque da FEM, porque basicamente eles tinham uma filha lobisomem. A Claire ligou para vocês milhões de vezes, mas pelo jeito estavam ocupados demais. - olhou de relance para a Vick. - O Daniel tirou a garota daqui, a Claire desmaiou e eu vim salvar a pátria.

– A Claire desmaiou? - perguntei.

– Parece que a FEM é o nosso problema menos preocupante.

– Com toda certeza. - o Felipe falou suspirando.

– Cadê a Claire? - olhei pela porta. - E o Daniel? A Kate?

– Vem. - o Rick entrou em desanimo na casa e eu o segui rapidamente.

A Claire estava sentada no sofá mudando de canal repetidamente sem ter algo em mente. Me assustei só de olhar para ela. É verdade que já tem alguns dias que não a via, mas estava diferente demais para tão pouco tempo. Parecia cansada só de respirar, estava magra, com olheiras e os cabelos num ninho de rato. A Claire que eu conhecia era cheia de saúde e beleza. Aquela sentada no sofá era depressiva e doente.

Nem precisei perguntar se ela estava bem, porque o Felipe se adiantou falando o que não devia:

– Você está horrível. O que está acontecendo com você?

Encarei-o repreendo tudo o que ele disse, mas ele deu de ombros e praticamente jogou a Vick no outro sofá.

– Tudo de ruim tem acontecido comigo. - a Claire respondeu dando um longo suspiro.

– Bom... tem problemas aqui e nós acabamos de encontrar um novo. - olhei para a ruiva de cara emburrada. - Alguém transformou a Vick.

– Que? - o Rick indagou. - Em sanguessuga? Serio? O que nós fizemos afinal, para sermos castigados assim?

– Mataram uma bruxa original. - uma voz respondeu por nós.

Olhei para a porta e lá estava uma velha amiga sumida a alguns dias. Katherine.

***

Claire

Se eu estava ruim para eles antes, agora com chegada da Kate eu era A destruída, literalmente. Acho que nunca a vi tão linda na vida.

Se ficasse parada por mais de cinco segundos eu poderia jurar que era uma boneca de porcelana. Estava com o corpo impecável numa calça jeans justa e clara, uma bata azul, botas de cano baixo e os cabelos loiros bem mais curtos do que a ultima vez. Picotados acima dos ombros. Seu rosto estava com a pele lisa e perfeita, os lábios rosados e os olhos dourados brilhavam de um jeito chamativo, mas algo em toda aquela beleza incomodava. Como se fosse apenas uma mascara.

Acho que minha boca se abriu automaticamente e bom... não só eu.

– O que você fez? - a Bia se adiantou fazendo a pergunta que todos queríamos ouvir.

– Sobre o que? - a loira perguntou.

– Está.... diferente. - o Rick falou.

Ela olhou para si mesma e nos encarou em seguida. Pude sentir algo naquele olhar como se ela realmente soubesse do que estávamos falando, mas deu de ombros e se sentou ao meu lado.

– Apenas me arrumei mais. - respondeu indiferente.

– E estava se arrumando quando tentei ligar? - perguntei me virando para ela.

– Não. - respondeu rapidamente. - Estava caçando.

A encarei recebendo seu olhar de volta.

– Mas o que quis dizer com "mataram uma bruxa original", se foi você quem fez isso? - o Felipe perguntou se sentando no braço do sofá.

Mais uma vez a Bia o repreendeu com o olhar, mas ele a ignorou.

– Todos ajudamos de alguma forma, eu apenas fiz o que estava ao meu alcance. Matar uma bruxa já não é algo bom, uma original então é uma maldição. - a Kate falou.

– Maldição? Por que não falou isso antes? - a Bia se manifestou.

– Porque só agora vi o que está acontecendo. - a Kate respondeu dando um suspiro. - Talvez não tenhamos tanta sorte daqui pra frente.

– Ou seja, estamos amaldiçoados? - perguntei o obvio.

– Isso é sensacional de ouvir. - o Rick resmungou.

A Kate deu de ombros. Senti a cabeça voltar a doer e me levantei.

– Preciso de ar. - falei passando por todos e saindo sem esperar resposta.

Ouvi um Claire no fundo, mas ignorei e segui pela grama verde com mil coisas girando na cabeça. Maldição, dores, fraqueza, visão dos mortos, incêndio, FEM, Rick. Tudo girava e girava e nada parecia se encaixar.

Quando dei por mim já tinha me afastado demais da casa. As arvores me cercavam e quase me senti tonta, mas encostei numa arvore e deslizei ate me sentar no chão. Senti meus olhos arderem e um aperto no peito. Não segurei as lagrimas dessa vez. Senti-as descerem pelo meu rosto insistentemente.

Abracei meus joelhos e chorei como não chorava a muito tempo. Eu não tinha ideia do que aconteceu quando fiquei sem ar. E como assim uma dominadora do ar fica sem ar? Isso não fazia nenhum sentido. E os mortos que vi, o que senti...A dor me consumiu e perdi noção do tempo ate ouvir passos chegando perto.

Fiquei de pé num pulo pronta para correr, mas antes que pudesse fazer isso senti alguém segurar meu pulso e soltei um grito agudo ate para mim mesma.

– Calma. Sou eu.

Olhei em direção a voz e minha dor quase desapareceu. Me aproximei o abraçando com força.

– Ai Dan. - resmunguei.

– Estava chorando? - ele perguntou no meu ouvido.

– Não. - menti, embora minha cara me entregasse.

– Hei. - ele me afastou gentilmente. - O que foi?

Encarei seu rosto. O olhar preocupado de sempre se destacando nos seus olhos de duas cores, os cabelos loiros caindo sobre a testa e o rosto parecendo maduro demais.

– Não é nada. - respondi desviando o olhar.

– Claire... - ele levantou meu rosto.

– Cadê a garota e o Vicente? - mudei de assunto.

– Ficaram na matilha na casa do lago. Ela está bem, mas ainda confusa. - ele respondeu.

– Ótimo. - me afastei do abraço, mas ele segurou meu braço me puxando de volta.

– Me fala o está acontecendo. - pediu.

– Dan...

– Olha pra mim. - ele segurou meu rosto entre as mãos. - Foi ele?

– Daniel eu vou ficar bem.

– Me diz.

– Não. - respondi. - Eu só estou cansada de tudo isso.

Ele não respondeu, apenas continuou me encarando. Senti meu corpo começar a reagir com a proximidade. Um calor subir imediatamente e meu coração bater mais rápido ao encarar a raridade dos seus olhos.

– Eu só... - ele me soltou. - Queria poder te ajudar.

Suspirei ouvindo minha mente reclamar por ele ter se afastado e algo muito maluco me veio.

– Você pode. - sussurrei na esperança de que ele não ouvisse.

– O que? - ele se virou para mim de novo.

– Assim. - me aproximei levantando os pés e segurando o seu rosto. Encarei seus olhos por um segundo e o beijei.

Não sei de onde isso surgiu, mas foi a melhor ideia que já tive em semanas. Para minha sorte ele não fugiu e sim retribuiu. Assim que nossos lábios se tocaram senti um arrepio completo e acho que meu coração parou uma batida.

Desci as mãos para o seu pescoço e senti as suas segurarem na minha cintura me puxando para mais perto. Seus lábios eram macios e agradáveis, tinham gosto de eucalipto exatamente como o seu cheiro. Sua língua pediu espaço e eu abri mais a boca desesperada para deixa-lo entrar.

Deslizei as mãos ate o seu peito e empurrei-o na arvore e me afastei um segundo para respirar, no momento exato em que ele inverteu nossas posições me pressionando na arvore.

Puxei-o pela camisa e nossas línguas se encontraram me causando um choque. Ele mordeu meu lábio inferior e se afastou me olhando de um jeito estranho. Um jeito que nunca vi antes como estivesse esperando por isso a algum tempo.

Sorri com medo de que ele fugisse agora, mas ele sorriu de volta mostrando suas covinhas e se aproximou mais uma vez.

Antes que seus lábios se encostassem nos meus, ele se afastou tão abruptamente que senti ate uma onda de ar a nossa volta, mas ele não saiu sozinho. Foi arrancado de perto de mim por um "tire suas mãos dela!" de uma voz um tanto familiar.

Quando dei por mim o Daniel se levantava colocando uma das mãos na cabeça e o...

– Rick? - minha voz saiu rouca e recebi um olhar repleto de fúria.

O Rick se abaixou puxando o Daniel pela camisa e o encarou por um segundo depois lhe acertando um soco bem dado de direta, um de esquerda e por fim o soltando no chão e lhe dando um chute no estomago.

Fiquei paralisada observando o Rick bater nele como se fosse um saco de pancadas. Minha mente não pensava em nada, ainda estava oca pelo momento anterior.

Vi o Daniel levantar tonto e cair de novo por outro chute do Rick. O cheiro de sangue me trouxe de volta e obriguei meu corpo a se mover. Me aproximei o suficiente para segurar o braço do Rick e tentar para-lo, mas assim que o fiz ele me olhou e algo naquele olhar fez a dor no meu peito voltar. Ele se soltou das minhas mãos com facilidade e se virou para o Daniel que já estava de pé com o nariz sangrando, mas mesmo assim conseguiu pegar o Rick de surpresa lhe acertando um bom soco.

– Para! - falei me sentindo tonta.

Mas me ignoraram se acertando de novo.

– Parem! - gritei em vão e tudo passou em câmera lenta a minha volta.

As mãos do Rick pegaram fogo, ele acertou o Daniel com chamas em punho, o mesmo soltou um gemido e virou o rosto. Gritei o nome do Rick e ele afastou um passo inútil. O Daniel o encarou com metade do rosto queimado, sua pele se puxou tomando cor novamente, se curando na mesma velocidade com que foi queimada.

Pude sentir o Rick tão surpreso quanto eu, mas isso foi o de menos. Os olhos do Daniel mudaram, mas não assumiram o dourado do seu lobo como imaginei, apenas ficaram mais fortes: o azul ganhou um brilho e o castanho também. Ele estalou o pescoço e seu rosto mudou tão rápido que não tive tempo de respirar novamente. Sua pele ficou pálida, presas tomaram o lugar dos dentes perfeitos e não eram presas de vampiros, eram varias espalhadas por toda a boca, como de um lobo, porem mais finas.

Ele encarou o Rick e definitivamente sua expressão não era de um lobo, pois ele não era apenas um lobo. O corpo humano com o rosto de um predador bem parecido com um vampiro. Ele mostrou as presas e um som poderoso e assustador saiu da sua garganta.

Seus olhos bicolores me encararam e fiquei petrifica e só consegui perguntar num sussurro.

– O que você é?


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