Depois De Panem escrita por Leila Edna Mattza


Capítulo 4
Strange Images


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeee!!! Podem me matar, eu deixo. Me desculpem pela minha incompetência e demora, caros leitores. Fico felizes que não tenho me abandonado.
Mas chega de enrolação, vamos para a história.
Boa leitura!
P.s.: Eu descobri o nome do Snow depois de ler A Esperança DE NOVO! Já está corrigido. Mas, cara, o nome Coriolanus é muito doido!



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- Annabeth? Annabeth? Annabeth! – Leo já estava gritando.

- O que, o quê?! – Ela tirou os olhos do livro.

- O que é que você tanto lê nesse livro? – Leo perguntou. – Você não fica cinco minutos longe dele!

- Ah, desculpe. – Ela disse, sorrindo. Leo ainda era o mesmo de antes. – É apenas uma leitura interessante. – Voltou-se para o livro.

Leo ficou um minuto em silêncio, antes de perguntar:

- Quem o deu a você?

- Rachel. – Ela respondeu, sem tirar os olhos das páginas.

Leo sorriu.

- Aquela louca de meia-idade? – Perguntou, rindo.

- Leo! Ela não é louca.

- Ela era dois dias atrás.

Annabeth respirou fundo.

- Se você lesse este livro, entenderia.

Leo riu nervosamente.

- Vai basear a sanidade de uma pessoa num livro que ela pode ou não ter escrito? – Ele perguntou.

- A questão – ela se virou para ele – É que esse livro é importante para ela, eu, você, e todos os outros tributos.

- O quê? – Agora Leo estava confuso. – O que nós e os outros tributos temos a ver com aquela mulher?

Annabeth não respondeu. Seus olhos estavam nas páginas novamente. Leo suspirou, e já ia se afastar, quando Annabeth ficou tensa. Sua respiração estava rápida, os olhos arregalados, relendo as frases. As mãos tremiam, embora seus dedos estivessem brancos com a força que usava para segurar o livro. Não pode ser...

- Annabeth? – Leo chamou, preocupado.

- Não, não, não... – Ela murmurava, e já começava a suar.

Leo se aproximou dela, ficando atrás do sofá, para que pudesse ler.

         “E ela estaria disposta a fazer qualquer coisa, a matar qualquer um, servir qualquer um, por ele. A última coisa que tinha de Jason.

         Ouviu alguma coisa. Um canto alarmado. Um gaio tagarela, ou talvez um tordo, tinha visto alguma coisa, e estava avisando os outros. Ele estava chegando. Quem Annabeth esperava.

         No meio do mato, uma figura surgiu. Vestida num terno branco e elegante, sapatos de couro preto sem nenhum arranhão, cabelos negros, e frios olhos azul-gelo. Ele sorria, mas Annabeth sabia que não era assim. Eles tinham negócios a tratar.

         - Olá, minha querida Annabeth - ele disse. - Como tem passado?

         - Não me enrole, Coriolanus. Posso ajudar você, por um preço. Meu filho deve viver em conforto, paz e segurança. Você me entendeu?

         - Claramente. - Ele sorriu. Como esta mulher poderia ser tão tola e ingênua? Aquilo não era uma barganha. Ele havia entendido, mas não quer dizer que faria, certo?

         Annabeth respirou fundo.

         - Então me diga o que fazer, Presidente Snow.

         Ele deu um sorriso maléfico. Tinha muitos planos. Muitos planos, para apenas um objetivo: Matar Perseus e Reyna, a qualquer custo. Chegou perto de Annabeth, mas ela permaneceu firme. Snow pôs uma rosa branca em suas mãos, e sussurrou em seu ouvido:

- Apenas atraia Perseus e Reyna para onde eu mandar. Eu cuido do resto.”

Leo engoliu em seco, afastando-se. Annabeth finalmente virou seu olhar para ele. Os olhos castanhos dele, geralmente alegres e brincalhões, estavam cheios de medo e traição, olhando para a loura, como se dissessem Como você pôde?

- Leo... – Ela começou a dizer, mas não conseguia achar palavras.

- Não... – Ele disse. – Como... Você... A culpa é sua... Toda sua...

- Leo! – Annabeth estava alarmada.

- Piper... – Ele não lhe deu ouvidos. – Frank... Hazel... Reyna... Percy...

- Leo, por favor, deixe-me explicar!

- Não! – Ele gritou, fazendo-a recuar. – A culpa é sua! Eu deveria ter sabido! Você nos traiu desde o começo! Se não fosse por você, nada disso estaria acontecendo!

As lágrimas de culpa rolavam pelo rosto de Annabeth.

- Eu sei disso, Leo. – Ela sussurrou. – Por favor, me perdoe.

- Não. – Ele disse duramente. – Traidora. Se você não tivesse... Os Jogos Vorazes... Eles não existiriam, Annabeth. Poderíamos ter aquela vida normal no Distrito 13. Percy e Reyna poderiam ter se casado. E eu e Piper também. Poderíamos ter voltado para nossos irmãos, poderíamos ter derrubado Snow, e os Jogos não existiriam.

- Leo. – Annabeth o encarou. – Como... como você se lembra de tudo isso?

De repente, Leo parecia confuso.

- Eu... eu não sei. Eu só... – Um pensamento piscou em sua mente, e seus olhos se arregalaram.

- Leo? – Annabeth chamou.

         - Deuses... – Ele murmurou, e então se virou para ela. – Como nós morremos, Annabeth? O que... O que aconteceu com Piper e os outros?

         Annabeth já estava cansada de não saber as respostas.

                                               ********

         Bianca não conseguia dormir. Da última vez que tentara, ela viu a si mesma morrendo dentro de uma máquina, o que era um tanto estranho. Ela não queria repetir a experiência, então simplesmente começou a andar pelo trem.

Decidiu passar no quarto de seu irmão. Ela sempre gostou de observar Nico dormir. Era como se ela nunca mais fosse vê-lo. Sentia como se tivesse cometido um erro que fez com que perdesse o garoto para sempre, embora ela não tivesse ideia de onde viera esses pensamentos.

Ficou surpresa ao ver que seu irmão não estava dormindo. Na verdade, ele estava sentado na beira da cama, com um pedaço de papel nas mãos. Bianca se aproximou lentamente, tentando ver o que era. Mas Nico percebeu e dobrou o papel antes que ela pudesse ver, e voltou-se para ela.

- Oi, Bianca. – Disse. – Não conseguiu dormir?

Ela balançou a cabeça, negando, a sombra de um sorriso em seu rosto. Era interessante como Nico parecia ser o mais velho, de vez em quando, e não ela. Ele era super protetor, o que a fazia se lembrar daquele horrível sentimento de perda.

- O que é esse papel, Nico? – Ela perguntou, se sentando ao lado do irmão.

- Eu achei no meu bolso. – Ele desviou o olhar. – Não era nada.

Mas Bianca não seria enganada tão facilmente. Na velocidade um relâmpago, algo que impressionou tanto a ela quanto ao irmão, ela pegou o papel das mãos de Nico. Desdobrou, e se surpreendeu.

Era uma foto. Bianca pôde perceber Nico, embora ele estivesse com estranhas roupas pretas, um anel de caveira de prata, e uma espada negra presa à cintura. Ela reconheceu as outras pessoas. Perseu e Reyna, do 4; Jason e Piper, do 1; Leo e Annabeth, do 3; Frank e Clarisse, do 2; Hazel, do 11, Thalia, do 5; Will, do 6; Katie, do 7; Jake e Lou Elle, do 9; e outras pessoas que Bianca não conhecia.  Havia três problemas com essa foto.

Primeiro: Como poderia Nico ter tirado uma foto com os outros Tributos? Ele nunca saiu do Distrito 12. As roupas que usava, de jeito nenhum, se poderia ter em seu distrito. E tinha mais. Na imagem, ele parecia ter 18 anos. Ele tinha 13 na realidade. Os outros, também pareciam mais velhos do que realmente eram, talvez na faixa dos 20.

Segundo: Que armas eram aquelas?! Bianca via espadas, arcos, lanças e adagas. Ela só vira esse tipo de arma nos Jogos, e aí estava o terceiro problema:

Ninguém estava atacando ninguém naquela foto. Os Tributos, principalmente os Carreiristas (que estavam todos ali) deveriam estar se matando, certo? Mas não, estavam sorrindo para a câmera, acenando, alguns até implicando uns com os outros. Pareciam um bando de crianças felizes, não criadas para matar.

- Nico. – Bianca chamou, olhando para o irmão, que a encarava em pânico. – Comece a explicar, agora.

Ele engoliu em seco, e desviou o olhar.

- Tem certeza de que você quer saber? – Murmurou.

Bianca franziu a testa.

- Nico, você está começando a me assustar. – Disse, nervosa. – Eu quero saber como diabos uma versão mais velha de você tirou uma foto com os outros Tributos.

Nico respirou fundo.

- Então teremos uma longa conversa. 


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Notas finais do capítulo

Vou tentar fazer todos os capítulos grandes agora. Palavra chave: Tentar.
E aí? Gostaram? Mereço Elísio, Asfódelos, Punição, Tártaro, ou ficar no mesmo quarto que o Octavian? (Tenham piedade, todos odiamos o Octavian, né?)
Comentem! É cedo demais para uma recomendação? Vamos, isso me estimula!
Beijos!