Back to black - A história de uma Black escrita por Anne Lestrange


Capítulo 6
Bola de cristal


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos no mesmo dia, tenho que aproveitar as férias. *-*
Espero que gostem meus amores!



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Ted encarou Ana e Dora, foi ai que eu descobri o quanto ele podia ser encantador, o cabelo dele começou a mudar de um loiro para um vermelho escarlate como fizera no trem e foram precisos apenas alguns segundos para as bochechas de Dora ficarem vermelhas escarlates assim como os cabelos de Ted.

– Tenham um bom dia senhoritas. - Ted se levantou e saiu em direção a uma mesa no canto oposto da sala.

Dora e a Anastacia se sentaram nas cadeiras ao meu lado, foi preciso algum tempo até as bochechas de Dora voltarem a sua cor normal.

– Não acredito que você estava falando com aquele sangue ruim. – Anastácia entortou o nariz. – Na verdade não sei nem como ele ousa falar com a gente nesse tom insolente.

– Não seja tão cruel Ana. Ele não é tão ruim assim. – Eu disse e ela me olhou em choque.

– Ele é um sangue ruim. – Ela deu ênfase na palavra, como se me contasse que ele tinha uma doença altamente contagiosa. – E ainda por cima é um lufano.

– Mas ele até que tem um bumbum bem bonitinho. – Dora estava olhando para o lado oposto da sala onde Ted Tonks estava de pé de costas para nós. Eu segui o olhar de Dora e senti minhas bochechas queimarem imediatamente. Realmente ele era bem bonito.

– Ai por Merlim! Cada coisa que eu escuto. – Ana revirou os olhos.

– Mas vai dizer que ele não tem um bumbum bem bonitinho? – Dora segurou o rosto de Anastacia e o virou em direção a Ted Tonks.

– Ok, pode ser. – Ana disse se dando por vencida e corando um pouco. – O que tinha naquele suco de abobora hoje de manhã? Se o Evan descobre que estou olhando para o bumbum de um sangue ruim ele me mata. – Anastácia cobriu o rosto com as mãos e Dora e eu rimos.

– Nossa aula de hoje... – O professor entrou na sala na maior empolgação assustando todos os alunos. – Vamos estudar as Bolas de Cristal. – Ele explicou tudo sobre o assunto, de onde vieram, quem a inventou, como usar e mais blablabla.

– Ele tá olhando pra você. – Dora murmurou pra mim.

– Quem? O quê? – Eu perguntei distraída.

– Onde? Quando? – Ana também entrou na conversa.

– O sangue ruim não para de olhar pra cá. – Dora respondeu ainda em múrmuros.

– Vai ver que ele escutou você falando do bumbum dele e agora está gamadão em você. – Eu disse com um sorriso, olhei de canto do olho para o Ted para confirmar o que Dora disserá, ele não tirava os olhos de nossa mesa.

– Parece mais que ele está gamadão em você Andy.

– Em mim? Sai pra lá! – Eu respondi irritada. - Mais respeito, eu sou uma Black, não lembra? – Eu disse com um tom superior. Será que ele estava afim de mim?

Senhorita Black que tal ser a primeira a analisar sua bola de cristal. – O professor disse com empolgação vindo em direção a nossa mesa. Por que ele sempre me escolhia para ser sua cobaia?

O professor de adivinhação se chamava Escarpito Capputtilo, ele era italiano e deve ter sido um homem muito bonito com seus vinte e poucos, mas aos setenta ele estava mais para um velho gagá muito empolgado. Eu não via nada nessas bolas de cristal, borras de café, ou seja lá o que fosse de adivinhação, então eu simplesmente inventava. Muito raramente eu identificava o formato de alguma coisa, então peguei minha bola de cristal nas mãos e olhei fixamente para ela, pronta para inventar uma história. Quando comecei a ver uma menina, ela tinha cabelos roxos e brincava com uma varinha. Eu olhei ao redor para ver se minhas amigas também estavam vendo alguma coisa na minha bola de cristal, mas elas só me olharem esperando que eu inventasse a minha visão. Olhei novamente a bola de cristal e a garotinha ainda estava lá, a cor dos cabelos dela mudou par um tom de laranja, ela era metamorfomaga. Então uma mulher que parecia uma versão da Bella mais velha veio e abraçou a criança e tirou a varinha de sua mão. O que tinha naquele suco de abobora hoje de manhã? Eu devo estar tendo alucinações.

– Então Senhorita Black? O que está vendo?

– Ãnn... eu vejo... vejo fumaça e muito, muito fogo, alguém está queimando no meio desse fogo. - Eu inventei.

– E... – O professor perguntou. Como assim “e”? Por Merlim, essa aula era ridícula. Espremi os meus olhos e olhei fixo para a bola de cristal, a versão mais velha da Bella continuava lá com a garotinha que mudava a cor do cabelo a cada segundo.

– Então mais fumaça e CABUUUM! Uma explosão. – Eu falei com minha melhor voz teatral.

– Muito bem Senhorita Black. Muito bem! Com certeza é uma das minhas alunas com mais clarividência. – Dora e Ana seguraram o riso, nós sempre nos divertíamos fazendo os deveres de adivinhação. Acho que esse era o único motivo de eu ainda estar nessa aula, inventávamos as histórias mais bizarras sobre nosso futuro e sempre, realmente sempre tirávamos nota máxima em nossas atividades o que podia ser considerado mais bizarro ainda.

Professor Capputtilo me aplaudiu e pediu que todos os outros alunos verificassem o que conseguiam ver em suas bolas de cristal. Coloquei minha bola de cristal em cima da mesa e tentei esquecer o que realmente tinha visto nela. Será que Bella teria uma filha? Ela sempre disse que não queria crianças que elas só incomodam e essas coisas, mas acho que o futuro sempre pode mudar não é? Respirei fundo e peguei meu livro de orgulho e preconceito e recomecei a lê-lo por de baixo da mesa, enquanto isso Dora e Ana analisavam suas bolas de cristal.

– Queria conseguir ver alguma coisa nessa jossa. – Dora resmungou chacoalhando a sua bola de cristal.

– Cuidado ai, não quero morrer acertada por uma bola de cristal! – Ana reclamou e eu continuei a ler.

Elizabeth Bennet era uma das protagonistas do livro, ela tinha um carinho muito grande pelas suas irmãs o que me fez me ver nela. Li a parte que Darcy o pesonagem que se apaixona por Elizabeth escreveu para pedir suas desculpas a jovem e era tudo tão cordial e romântico ao mesmo tempo. Nunca fui muito fã de histórias de amor, mas quem sabe essa não era a hora para começar a gostar? Aquele livro havia sido escrito por uma trouxa de acordo com Ana, mas pensei comigo mesma como aquela história poderia ter acontecido com qualquer bruxo de puro sangue. Tirei os olhos do livro viajando em meus pensamentos e mais uma vez encontrei o olhar Ted na minha mesa. Tira uma foto que dura mais sangue ruim! Minha consciência arrebatou.

Consegui ler mais algumas páginas durante a aula seguinte, história da magia com os grifinórios. Aquela manhã do primeiro dia estava perfeita para morrer de tédio. Depois do almoço decidimos ir ao lago e aproveitarmos o sol até a nossa próxima aula que seria só no fim da tarde.

– Andyvocêprecisameajudarporqueeuestouferrado! – Eu estava deitada na grama de olhos fechados ao lado de Dora e Ana. Quando escutei a voz do meu primo, abri os olhos e lá estava ele diante de mim, muito mais alto daquele ângulo, os cabelos bagunçados de um jeito charmoso como sempre, Sirius nunca mudava.

– Fala direito pirralho! – Ana reclamou, ela gostava de reclamar de todo mundo, com o tempo a gente se acostuma.

– Oquevocêfezdessafez? – Eu perguntei imitando o jeito de Sirius falar.

– Eu preciso de um lugar pra me esconder! – Ele disse com urgência na voz.

– O que você fez Sirius? – Eu disse ainda deitada na grama.

– Levanta dai e me ajuda, por favor. Se me tirar dessa vou ser seu escravo pelo resto do ano. – Ana e Dora soltaram uma exclamação de admiração ao ouvirem a palavra “escravo”. Eu sorri do mesmo jeito que meu primo sorria quando estava prestes a aprontar alguma.

– Tudo bem, escravo! Trato feito. – Eu disse pegando a mão que ele estendera para mim.


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Notas finais do capítulo

Estou deixando a Andy muito má? Ela é uma Black ela foi criada pra ser do mal que nem a Bellinha, não é? :P
O que acham que o Sirius aprontou na primeira manhã de aula? *-*



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