Chapter 5:

Elas estavam cara a cara, bem próximas, ambas com os olhos arregalados. Um misto de medo, vergonha, surpresa, invadia Emma. Já em Regina o que predominava era o susto, a surpresa.

- Ér... Você está bem? Eles te machucaram? –perguntou Emma tentando parecer profissional.

- Não, mas ou menos, só me prensaram nessa rocha, mas estou bem – respondeu Regina.

- Preciso pegar seu material – informou Emma – Mas minha maleta está no carro e eu preciso prender esses digníssimos que estão caídos no chão.

- E você não tem uma equipe?

- Não, o prefeito disse que como aqui nunca acontece crimes não há por que eu ter uma equipe. Mas eu vou ligar pra emergência, e eles vão vir recolher seu material pra mim...

- Que material?

- Tirar foto da onde eles te machucaram, tirar digitais, e eles vão limpar seus ferimentos.

- Hum... Vou deixar você trabalhar – disse se levantando.

- Antes, me conta o que aconteceu. – pediu Emma pegando um bloco de notas e uma caneta.

- Bom, eu estava andando, caminhando, e eu os vi, mas ainda estava longe, e eu queria continuar minha caminhada, aí quando passei perto deles, um deles me puxou, chamou o outro, e eles tentaram me agarrar... Se você não tivesse chegado talvez eu pudesse ter sido, sabe, certo?

- Sei... Obrigada Srta Mills – agradeceu Emma enrolando para anotar, não queria parecer apaixonada quando a olhasse.

Regina se levantou e começou a caminhar, depois de dar meia dúzias de passos ouviu Emma falar:

- Bem vinda de volta... E se cuida, espera no quiosque a ambulância.

Regina assentiu e voltou a andar. No caminho ela não parava de pensar na ex loira. Em como, mesmo morena, ela continuava linda, delicada e ao mesmo tempo desengonçada... Ela ficou feliz por Emma ter a achado, a final, ela poderia ter passado uma situação ruim ali com aquelas pessoas. Quando ela olhou pra Emma se sentiu segura, queria abraçá-la e beijá-la, falar que sentia falta dela, e poder falar que ela estava bonita, mas que preferia ela de cabelos loiros...

Ela pensou no quanto a mulher aparentemente tinha mudado, e que seria impossível que Emma a amasse, como Ruby havia falado. Era tudo lorota!

Ela chegou no quiosque, se sentou e depois de alguns minutos a ambulância veio e a levou para o hospital. Lá ela ligou para sua namorada e contou que tinha acontecido, deixando-a nervosa, fazendo com que ela fosse ao hospital ver como Regina estava.

Emma algemou dois jovens que estavam estirados no chão e praia e periciou o lugar. Seria fácil resolver esse caso, não tinham muitas pessoas na cidade, e ela sabia quem são as pessoas que usam drogas e tals.

Ela passou o resto da tarde ali, depois ela levou as coisas para a delegacia, e foi ao hospital pegar o material de Regina. Ao pisar lá uma funcionária já veio falando:

- Xerife a gente não sabia se podia liberar a Srta Mills, portanto ainda não a liberamos, e ela ta brava com isso... Podemos liberá-la?

- Eu preciso somente perguntar uma coisa pra ela – respondeu Emma.

- Claro, me acompanhe.

Elas seguiram por um corredor e logo entraram na primeira sala, onde encontraram Regina e sua namorada se beijando.

- Com licença – pediu a enfermeira. – A Xerife gostaria de dar uma palavrinha com você Srta Mills.

- Com certeza, entre Miss Swan! – pediu Regina se distanciando da namorada.

- Pode nos dar licença um instante? – perguntou Emma a namorada de Regina.

- Fale o que tem que falar na minha frente, por favor. – pediu a namorada lançando um olhar mortífero para Emma.

- Srta Mills como eles eram? Os que te agarraram? – perguntou Emma ignorando a mulher.

- Um deles era alto, branco, com os braços feridos, acho que eles usavam rogas injetáveis, tinha olhos castanhos. O outro era moreno, forte, careca, com olhos escuros, cheirava ruim – respondeu Regina.

- Certo – respondeu Emma anotando as coisas que Regina havia dito. – Obrigada, com licença. – pediu se retirando.

Assim que xerife saiu a namorada de Regina disse:

- Ela é feia, você merece coisa melhor que ela amor, você tem a mim...

- Ela não era assim... Mas você está certa, tenho você, te amo minha Laurinha – respondeu Regina beijando a namorada.

Emma, ao sair do hospital entrou em seu fusquinha e suspirou... “Ela é tão linda... Ela é tão amável... Ela é tudo... Se ela não quiser ficar comigo, tudo bem, eu a amo, e quero que ela seja muito feliz, independente ao lado de quem for” – pensou Emma suspirando novamente. Ela ligou o fusca, sorriu e foi para o loft.

Ela estava atrasada para o jantar. Mas por uma boa causa. Estava trabalhando. Mas assim que entrou em casa se arrependeu amargamente por não ter avisado os pais. Eles estavam preocupados, e ela ainda levaria bronca por isso.

- Tem celular pra que? – perguntou David.

- Desculpa, esqueci de avisar, estava trabalhando... – respondeu Emma indo dar um beijo na mãe e no pai. – Fui tentar pegar aqueles drogados e os traficantes, mas tive surpresas no caminho e fiquei periciando algumas coisas...

- Algo sério filha? – perguntou o pai.

- A Srta Mills estava sendo agarrada por dois homens, acho que iam estuprá-la, mas eu cheguei lá, e um bando deles fugiu, alguns de tão drogados ficaram deitados no chão, já os levei pra delegacia, e agora, eu to tentando achar quem tentou estuprar a Srta Mills...

- Agora é oficial? Ela voltou mesmo? – perguntou Mary Margareth.

- É... Voltou... Bom, vou tomar um banho – disse se virando e indo para o quarto.

Lá no quarto ela se jogou na cama e ficou pensando na morena por um tempo, até que se levantou e foi tomar banho.

Não adiantara ficar morena, com cabelo liso e repicado. Ela ainda não esquecera Regina.