Back In Time escrita por Hunter Demigod


Capítulo 4
In Home Again


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui está mais um para vocês, sweethearts!
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/388304/chapter/4

O mais estranho veio a seguir.

Um segundo depois eu estava em casa! Isso mesmo que você ouviu. Em casa. Achei que finalmente tinha acordado do sonho até que eu vi que minha mãe ainda tinha a aparência de uma garota de 18 anos. Hoje não era, definitivamente, meu dia.

Foi aí que eu me toquei que, do mesmo jeito que o Castiel tinha feito mais cedo, meu pai tinha meio que me ‘teletransportado’ para casa. Isso realmente não era normal. A noite já havia chegado e as luzes da casa estavam acesas. Minha mãe me olhava com curiosidade, uma sobrancelha arqueada e, se posso dizer, ciúmes. Era fácil reconhecer minha mãe com ciúmes... O que ela estava pensando? Que eu ia roubar o papai dela? Provavelmente, minha mãe é meio maníaca as vezes... Observação mental: nunca deixar ela saber que eu a chamei de maníaca...

-Ok, garota, quem é você? –meu pai perguntou com os braços cruzados

“Sou tua filha, idiota. Reconhece não? Olha pra mim direito!” foi o que pensei em responder. Mas, ao invés disso...

-Como assim? –perguntei

-Qual é, eu sei que você é um anjo. Mas quero saber por que nunca vi você antes. –ele disse

Ok, eu queria realmente saber qual era o nome da droga que ele usava.

-Anjo? Você é louco? Fumou alguma coisa? –graças a Deus ele não sabia que era meu pai, se não, já teria levado uns bons gritos...

-Qual é, não tente mentir, vadia. Quem é você? Qual seu nome? –ele disse rindo

Vadia? VADIA? Olha, eu esperava tudo do meu pai, menos isso. E mais uma vez eu tive que me lembrar que ele não sabia quem eu era.

-Olha aqui, não me chame de vadia. –falei com raiva

-Prefere filha da puta? –ele perguntou

Papai tava com raivinha, era?

-Sinceramente, se fosse você, não me chamaria de filha da puta... –disse

-E por que não? –ele se aproximou e eu estava começando a ficar com medo dele

Por que você tá chamando sua mulher de puta, seu idiota. Foi o que eu pensei. Mas, ao invés de falar, só dei de ombros e continuei encarando ele.

Ele revirou os olhos e virou para minha mãe.

-Ela não vai falar o nome... –minha mãe murmurou

-Meu nome é Miles. –me pronunciei

Mesmo de costas pude ver que meu pai ficou tenso quando eu disse meu nome... Não só ele como minha mãe também. Por mais que eu não soubesse o que era, eu sabia que meu nome tinha algum significado para eles, principalmente para meu pai. E acho que não foi uma boa ideia ter dito ele, por que meu pai se virou com uma expressão de pura raiva, que fez minhas pernas vacilarem de medo, e me segurou pelos ombros me jogando sem delicadeza alguma numa parede.

-Isso é alguma brincadeira? –ele perguntou numa voz baixa e ameaçadora enquanto ainda me encarava

Foi depois disso que eu percebi que ele nunca havia ficado realmente bravo comigo, por que ele nunca havia ficado desse jeito. Os olhos dele, da mesma cor que os meus pareciam escurecidos de tanto ódio.

Tudo que eu consegui fazer foi ficar balançando a cabeça freneticamente em negação e o olhando de olhos arregalados enquanto tremia de medo. Ele pareceu não se convencer e continuou me empurrando contra a parede, machucando um pouco meus braços. A força era tanta que eu só via a hora da parede quebrar.

Fui salva pela minha mãe –como sempre- que tocou no ombro de Gabriel fazendo com que ele afrouxasse um pouco as mãos nos meus ombros.

-Seu nome é realmente esse? –ela perguntou

Assenti como uma maluca com a cabeça esperando que meu pai me soltasse. O que não aconteceu. Ele me olhou como se procurasse alguma coisa em mim e inclinava levemente a cabeça para os lados.

-Não consigo entrar na mente dela... –ele falou por fim

Entrar na minha mente? Ok, podia ficar mais estranho? Meus olhos se encheram de lágrimas ao ver quem havia aparecido na sala, vinda diretamente da cozinha. Eu a reconhecia pelas fotos que a mamãe me mostrava de vez em quando. Os mesmos cabelos pretos e olhos castanhos como os da minha mãe, a mesma feição... Loren Hudson. Minha avó. Meu coração pareceu querer sair do peito ao vê-la ali. E ficou pior ainda quando eu ouvi a voz dela.

-O que diabos está acontecendo?

-Mãe, será que dá pra voltar outra hora? –minha mãe perguntou

-Não! –falei desesperada, não queria perder de ver minha avó

Mas, assim que falei -ou gritei, tanto faz - todos me encararam com curiosidade. Será que eu só fazia estragar as coisas?

-Por que não, Miles? –meu pai perguntou com o maior desgosto do mundo ao pronunciar meu nome

Posso dizer que eu estava tremendo mais que vara verde de tanto medo? Posso né? Ok. Engoli em seco e tentei formular uma resposta.

-Por que... Bruna, por que você está toda melada de chocolate? –tive que me conter para não chama-la de mãe...

Meu pai arregalou os olhos levemente e se virou para analisar minha mãe que me olhava sem entender nada. Foi nesse momento que eu tentei escapar. Já que eu conhecia a obcessão por doces do meu pai e, tenho que dizer, a obcessão pela minha mãe, essa foi a melhor ideia que tive. E funcionou por que meu pai afrouxou ainda mais as mãos nos meus ombros.

Eu ia conseguir chegar até a porta até sentir uma coisa batendo na minha cabeça com força e eu simplesmente desmaiar.

/POV Miles

***

POV 3ª Pessoa

Era uma noite fria de Dezembro. Miles, com apenas cinco anos de idade corria pela casa com seu pai em seu encalço, tentando pegar o doce que ela havia roubado dela. Não por que não queria dividir com a filha, mas por que o açúcar estava deixando a garota elétrica.

-Miles, volta aqui! –Gabriel gritou

A pequenina apenas riu e continuou a correr do pai que estava ficando impaciente. Ao ouvir os berros vindos da sala, Bruna saiu da cozinha, enxugando as mãos na camisa e vendo a cena que se desenrolava a sua frente. Assim que Miles passou por sua frente, Bruna a segurou levantando ela no ar e tirando o doce das mãos dela.

Miles mexia as mãozinhas tentando pegá-lo novamente mas seu pai o pegou antes e, ofegante, o colocou na boca. Miles cruzou os bracinhos, fazendo uma expressão de raiva e repreendendo o pai. Gabriel sorriu e deu um beijo no nariz da pequena que riu com aquilo.

-Hora de dormir, pequena Miles. –Bruna anunciou ajeitando a garotinha em seus braços e indo em direção as escadas

-Não! Papai, não dexa! –Miles protestou, pedindo ajuda ao pai

-Sinto muito, pequena, mas o que sua mãe fala é lei. –ele falou sorrindo para ela

Depois de subir as escadas, Miles foi colocada em sua cama onde ficou pulando sentada e vendo a mãe lhe cobrir. Bruna a deu um beijo de boa noite e antes de sair do quarto foi impedida por uma Miles que abraçava suas pernas.

-Eu to com medo... –ela falou

Bruna sorriu carinhosamente para Miles e se abaixou para olhar nos olhos dela -Medo de quê?

-Do monstro que vive no meu armário... –Miles sussurrou e olhou para o armário do quarto que um dia foi dela

Seu coração acelerou um pouco com a alegação da filha. Não sabia se era verdade ou se era fruto da imaginação fértil da criança. Mas em todo caso... Bruna sorriu e a pegou no colo.

-Tudo bem, vai dormir comigo hoje... Mas só hoje. –ela disse tirando a filha do quarto

Bruna a levou até o seu, recebendo um olhar confuso de Gabriel que subiu as escadas. Ela colocou Miles na cama e olhou para porta onde Gabriel a olhava desconfiado. Bruna se afastou de Miles e encostou a porta do quarto para falar com Gabriel. A pequena não se conteve e foi espiar na porta a conversa dos pais.

-Ela disse que tem um monstro no armário. –Bruna falou tensa

-Talvez seja imaginação dela, Brubs... –Gabriel alegou

-Talvez... Mas acho melhor conferir...

Gabriel assentiu e foi até o quarto de Miles entrando lá. Miles viu que a mãe já voltava e deu um pulo para a cama rapidamente. Vendo a mãe entrar com um sorriso no rosto.

-Tem um monstro no meu armário? –Miles perguntou

Bruna se deitou ao seu lado e trouxe a pequena para perto de si.

-Claro que não... Monstros não existem. –ela alegou

Um baque surdo pôde ser ouvido do outro quarto fazendo com que a pequena se assustasse e Bruna arregalasse os olhos. Logo após isso, o barulho da porta do quarto de Miles sendo fechada com um barulho alto.

-O que foi isso? –a pequenina perguntou

Bruna engoliu em seco e colocou novamente seu sorriso nos lábios.

-Seu pai deve ter caído... Você sabe como ele é... Agora, vá dormir, meu bem, já está tarde. –ela falou

Miles obedeceu mas sua lembrança naquela noite eram os olhos vermelhos que por vezes vira a observando se deu armário...

/POV 3ª Pessoa


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Rewiens?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Back In Time" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.