Back In Time escrita por Hunter Demigod


Capítulo 3
On The Past


Notas iniciais do capítulo

Hey peeps, aqui está mais um capítulo para vocês ^^
Enjoy!



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Eu estava parada no meio da rua parecendo uma idiota. Eu olhava para minha mãe, muito mais nova. Castiel disse que havíamos voltado 17 anos... Minha mãe tinha 18 anos... Eu nem havia nascido ainda.

Os olhos dela me fitaram com curiosidade e estranhando eu estar encarando ela. Reconheci as outras duas que estavam com ela. Stela e Laura... Elas iam lá em casa as vezes. Stela ia com Dean nas viagens de trabalho que ela fazia... Laura passava a maior parte do tempo com Castiel, eu as via raramente... Elas também pareciam mais jovens.

-O que foi, garota? Tá olhando o que? Quer me desenhar? Tirar foto? Autógrafo? –Stela perguntou com toda a delicadeza que ela nunca teve

Sacudi a cabeça um pouco. Não era possível estar acontecendo aquilo...

-Me desculpem... Eu... Eu só... Achei que conhecia vocês de algum lugar... –falei com uma voz baixa, quase inaudível

Minha mãe deu um tapa no ombro de Stela e ela gritou um “ai” nada discreto. Não era a toa, afinal, minha mãe tinha uma mão bem pesada as vezes...

-Me desculpe por ela, ela é assim mesmo. –minha mãe falou e sorriu amigável para mim –Você disse que achava que nos conhecia...

Tinha duas opções. Primeira: Dizer a verdade e revelar que eu era a filha dela e que tinha supostamente voltado no tempo para salvar ela e o papai e fazer com que ela me ache uma louca varrida... Ou, eu poderia simplesmente dizer que eu me enganei... E ainda tinha uma terceira opção que seria correr dali, mas renderia o mesmo resultado que a primeira opção.

-Eu me enganei, desculpem. –menti. E estava tudo indo bem até eu fazer a merda de falar a seguinte frase: -É que você parece com minha mãe.

Ela me olhou sem saber o que fazer. Muito legal você falar isso pra uma pessoa, mesmo que ela seja realmente sua mãe.

-Ahn... Obrigado. –ela disse meio sem jeito

-Tas ficando velha, ein? –Laura falou rindo e Stela acompanhou

Minha mãe rolou os olhos.

-Bem, eu acho que é melhor eu ir... –falei e saí caminhando deixando as três para trás

O problema era, para onde eu iria? Se bem que isso era tudo um sonho não demoraria muito para que eu acordasse, certo? É claro! Eu poderia até seguir minha mãe e ir conversar com ela, era tudo um sonho... Não era?

Olhei em volta. Não parecia um sonho. Meu sonhos são reais, mas nem tanto. Continuei caminhando e examinando os bolsos atrás de dinheiro. Talvez eu achasse um hotel barato... Mas eu não tinha dinheiro. Se o Castiel pôde me trazer até aqui, poderia ter deixado alguma coisa pra mim, não é? Bufei e sentei na calçada com o rosto entre as mãos. Eu tinha quinze anos, não merecia passar por isso.

Ouvi uma gritaria e pessoas correndo do caminho por onde eu vim. Resolvi ver o que estava acontecendo e forcei minhas pernas a correr até lá. Tive uma surpresa quando vi o que estava acontecendo e agora me perguntava ainda mais se não era um sonho.

Ali, na frente da minha mãe de olhos arregalados e a respiração falha como se houvesse levado um susto, estava meu pai. Mas não era possível. Era a mesma aparência. Como ele poderia não mudar nada em dezessete anos? Isso é, com certeza, ilógico.

Na frente deles tinha um homem que olhava para minha mãe com raiva e, se minha mente não estava me enganando, os olhos dele ficaram pretos por um instante. O que diabos estava acontecendo?

-Saia daí, Gabriel. –o cara dos olhos pretos pediu

Meu pai não se moveu.

E, como minha sorte só faz piorar –culpa da minha mãe que sempre foi uma completa azarada- o cara dos olhos pretos sorriu e se virou para mim. Olha, se você acha que sabe o que é medo, tinha que ter sentido o que eu senti naquela hora... Ou melhor, tinha que ter visto.

Por um segundo, a cara do homem se transformou numa figura tão assustadora que o bicho papão não chega nem aos pés dele. E não foi só isso não, a face do meu pai mudou também, sendo que a do meu pai era incrivelmente linda. Ei, não estou tarando meu pai, ok? E juro que pude ver asas...

O cara-feia além de ficar me olhando como se fosse um ninfomaníaco ainda veio para cima de mim e me prendeu pelo pescoço me impossibilitando de fazer qualquer movimento. Meu pai olhou para ele sem entender muita coisa –como sempre- e depois olhou para mim.

-Me entregue Bruna que eu solto a garota. –o cara-feia se pronunciou ainda me segurando

Meu pai inclinou um pouco a cabeça, confuso. Provavelmente estava se perguntando o que é que eu tinha haver com isso tudo. Que pai desnaturado, não reconhece nem a própria filha. Tudo bem que ainda faltavam dois anos para eu nascer, mas mereço mais consideração.

Meu pai levantou as mãos e se afastou da minha mãe a entregando sem mais nem menos. Graças a isso, uma Bruna West se encontrava olhando de olhos e boca arregalados como se perguntasse o que estava fazendo. Só percebi que meu pai tentava ignorar isso.

-Ok, calma... Eu entrego ela. –meu pai falou

Minha mãe parecia decepcionada e ao mesmo tempo parecia querer fuzilar ele com o olhar. Geralmente, era engraçado ver aquilo, mas, devido a situação...

-Porém... –meu pai disse levantando o indicador e olhando na minha direção

Entendi na mesma hora. Eu e meu pai tínhamos uma ligação estranha, eu geralmente entendia o que ele queria dizer com um simples olhar, era como se pudesse saber o que ele pensava.

Em segundos uma faca estranha estava voando na minha direção e, com um reflexo de origem totalmente desconhecida, eu a peguei e num golpe rápido eu acertei o peito do cara que, ao ser esfaqueado pela lamina, brilhou numa cor alaranjada assustadora e caiu morto no chão.

Arregalei os olhos ao perceber a burrice que eu havia feito. Eu havia matado um cara! Ok, podem colocar Man Down pra tocar por que era a trilha sonora perfeita. Só que ao invés de uma arma eu tinha usado uma faca pra matar o cara e... Ok, como eu poderia estar pensando numa música numa hora dessas?

Minha mãe arregalou os olhos para mim e as pessoas em volta de nós estavam murmurando coisas e olhando para mim. Pude ver claramente quando uma mulher idosa digitou o número da polícia no seu celular. Legal, eu ia ser presa? Mas antes que qualquer coisa pudesse acontecer eu ouvi meu pai gritar.

-Incêndio!

Todos olharam para trás –inclusive a mentecapta aqui- para ver onde era o tal incêndio. Demorei dois segundos, que foi o tempo que meu pai precisou pra me puxar pelo braço me tirar dali, para eu perceber que não tinha nenhum incêndio.


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Notas finais do capítulo

Rewiens?