– Uh, essa foi por pouco. - Doctor falou, enquanto entrávamos na Tardis.

– Ainda bem que a gente conseguiu.- eu disse, recuperando o fôlego - Agora eu preciso me deitar.

– Doctor Donna está cansada?

– Ah, qual foi, eu ainda sou metade humana, homem alien. - falei, dando um soquinho no braço dele.

– Tem certeza que não quer fazer mais nada hoje? Temos o dia livre!

– Sabe, agora que você falou, eu queria visitar o Planeta dos Contos de Fada.

– Você tem certeza? É um lugar muito meloso. Não acho que eu consigo te imaginar lá.

– Eca, sentimentos.– falei brincando - Você me acha fria e calculista?

– Não, não. Pelo contrário. É que, sei lá, você é sempre tão durona.

– Mas eu tenho sentimentos, tá? E eu acho que talvez esse tal Planeta seja um lugar muito bonito, só isso...

– Ah sim, isso é, com certeza.

Silêncio constrangedor. Eu olhei para todos os lados, evitando olhar dentro daqueles enormes olhos castanhos, mas em algum momento o choque aconteceu.

– Você disse que entrou na minha realidade paralela pra entregar a chave de fenda sônica, não foi?

– Exato. - ele respondeu rápido

– Então você estava lá. Você lembra do "ocorrido" no final da noite, no meu quarto?

– Absolutamente.

– Esse "ocorrido", está prestes a acontecer de novo, não está?

– Com certeza.

Eu puxei o Doctor pela gola e ele me trouxe mais pra perto pela cintura. Nos beijamos, como na realidade paralela, só que dessa vez foi mais real, mais intenso.

– Oh meu Deus! - eu falei, entre suspiros

– É, eu sei. - ele ainda estava chocado

– Quer saber? Acho que o planeta dos contos de fada pode esperar.

– Aham, nos temos todo o tempo do mundo! - ele deu uma risadinha.

– É o que? A terceira vez que isso acontece?

– Quarta, se você contar com a vez em que eu estava envenenado.

– Quantos iguais a esse são necessários até que a gente se torne um casal?

– Acho que três é o número pra tudo.

– Três, você tem certeza?

– Eu não faço as regras... - ele disse, com um sorriso lateral

– Okay. - respirei fundo - vem aqui, homem do espaço!

Fim