At Last escrita por Sparkles


Capítulo 3
Eu não quero ser o seu chuchu


Notas iniciais do capítulo

Eu nunca tinha feito uma fic com títulos de capítulo em português. Isso é estranhamente divertido.
Mais um capítulo, weee.



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Abri a porta. Só podia ser ele. Eu sabia que ele não ia deixar as coisas assim. 

- Donna, você pode me explicar o que aconteceu hoje cedo? - era aquele homem do parque, o tal do meu noivo. Tentei agir naturalmente. 

- Ué, eu estava passeando pelo parque. Só isso, hm... chuchu. - acho que foi assim que ele me chamou no parque, não foi?

- Por que você fugiu? Quem era aquele homem?

- Era... um amigo! Que eu não via há muito tempo. Você não conhece. Mas, hm... vamos esquecer essa história - eu disse, tentando fazer com que ele parasse com as perguntas - vamos lá para cima, chuchu. Vai indo, eu vou fazer chá para a gente.

Disse isso e ele foi mesmo. E sim, eu fui mesmo fazer chá. Fiquei perguntando para mim mesma por que eu iria me casar com aquele cara. O que ele fez pra me encantar afinal? Aquela seria uma boa hora de fazer o que quer que tenha sido de novo, porque eu estava me sentindo triste.

Mesmo assim, não iria adiantar. Não era ele quem eu estava esperando bater naquela porta. 

-Onde você tá, Doctor? - eu gritei, jogando a maldita xícara de chá no chão, que se quebrou em mil pedacinhos. Eu tive que catar, é claro. Mas diferente da xícara, não tinha ninguém ali para catar os meus mil pedacinhos.

- Você quer ajuda com isso? - uma voz ao longe gritou

- Não, tudo bem, chuchu.

- Chuchu é um legume tão ruim, por que as pessoas acham isso uma forma bonita de chamar um ao outro? Humanos são tão esquisitos. - disse nada mais nada menos do que Doctor, entrando na cozinha. Ele abriu os braços, esperando um abraço. Corri até ele e lhe dei um tapa.

- Olha aqui, eu acabei de ter a hora mais depressiva da minha vida. Por que você me deixou te dizer tchau? Ah!

- É muito bom te ver de novo, Donna Noble! - ele disse, esfregando a marca do tapa que ficou em seu rosto - Onde está o sorvete que eu mandei você comer? Vamos, pegue um pote e vamos fazer alguma coisa. São quatro e pouco, ainda dá tempo de aproveitar o dia!

- Mas e o meu noivo? Ele tá lá em cima.

Subimos e ele estava lá, de cueca, na minha cama. 

- Ai, tira esse homem daí! Isso tudo é muito estranho. Eu não sei se eu quero me casar com ele.

- Amanhã você vai amar ele de novo. Acho que o máximo que podemos fazer agora é trancar ele ai.

- E como eu vou explicar isso depois?

- Eu sei lá. - e então rimos juntos e saímos correndo de casa.

Aquilo tudo parecia muito errado e muito perigoso, só para variar. 

- Podemos ir ao cinema? - Doctor disse - Eu sempre quis ir em um cinema da Terra.

- O Universo inteiro e você sempre quis ir no cinema! Rá! Você é surpreendente.

Acho que muitos acompanhantes do Doctor já viram e fizeram coisas incríveis pelo Universo, mas ninguém nunca foi com ele ao cinema.

Tinham muitos filmes sérios passando, mas ele quis ver uma animação. Como ele ria! Provavelmente até mais que qualquer criança naquela sala.

Depois dali fomos comer em um restaurante muito caro, de dois andares, que tem perto de casa. Depois que pegamos a mesa, ele foi um segundo ao banheiro e voltou vestido com um terno preto e uma gravata borboleta, muito chique. Fiquei me perguntando se ele tinha carregado aquela roupa no bolso de trás da calça o dia todo, mas certamente era alguma coisa de alienígena. Todas as minhas roupas são fabulosas, é claro, mas eu não estava preparada para tamanha gala.

- Ok, isso tudo é muito legal, mas como você pretende pagar por isso? Usando papel psíquico?

- Até poderia, mas isso seria errado. Na verdade, um amigo meu trabalha na cozinha daqui e ele me deve um favor.

- O cozinheiro daqui é um alienígena?

- Claro! A maioria deles são. Sabe aquele tipo de comida que é tão bom que nem parece que é desse mundo? Então.

Rimos, comemos, conversamos com o cozinheiro, tomamos mais sorvete e por fim, saímos dançando restaurante a fora. Eram quase nove da noite.

- Isso tudo é muito estranho. - eu fui falando enquanto andávamos - É como se amanhã eu fosse acordar num lugar desconhecido, com pessoas que eu nunca falei antes.

- Você tem seu avô e sua mãe.

- E você não vai ter ninguém.

Parei e fiquei olhando para ele, que evitava me olhar nos olhos, porque sabia que era verdade. 

- Por favor, Doctor... - eu continuei - Diga que há uma forma de fazer esse dia durar mais. Por favor.

Dessa vez ele me fitou profundamente e eu não pude adivinhar o que se passava por aquela cabeça, mas torci para que fosse uma solução.


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Notas finais do capítulo

Até que essa fic tá rendendo. No início eu pensava em fazer uma oneshot, mas nhé. Acho que fica melhor desenvolvida assim. :)
Então, o que acharam?
Beijos e obrigada as pessoas lindas que estão lendo!