– Mas que bela história de amor. Uma pena pra você, isso não é real. – diz Natasha andando no meio de seu grupo.
 – Não fale assim Na, pode realmente ser amor verdadeiro. – sorri Mabelle esperançosa.
 – Tenho que concordar com a Na. Não acho que ele vai lembrar, os homens são sempre assim.
 – Eu não penso dessa forma, acho que ainda posso encontrar novamente algum dia. Queria saber onde ele esta. – como Mabelle, Sindy estava esperançosa para um dia rever seu "príncipe encantado".
 – Mas qual o nome desse tão adorável rapaz? – pergunta Natasha irônica.
 – É Castiel. Castiel Collins. – responde a garota sorrindo de orelha a orelha.
As duas do grupo começam a rir e cochichar enquanto Natasha apenas pensa com um sorriso medonho no rosto.
 – Agora penso, seu grande amor pode aparecer a qualquer momento. Não ligue para o que disse mais cedo. – continua com o sorriso colocando medo em Sindy que não estava entendendo.
 – Sindy, vamos para a sala. Já estamos atrasadas para a aula... – Mabelle pega no braço da amiga e a arrasta para dentro da escola.
 – Está pensando em juntar os dois? – pergunta a ruiva.
 – É claro, eu não seria uma boa amiga se não fizesse isso. – a morena sorri de canto e sai dando risada da pobre garota.

 Mais tarde na escola fariam uma festa envolta da fogueira para comemorarem mais um ano que estava começando. Aquilo para os alunos não era muito bom e muito menos para os professores já cansados das mesmas caras e gracinhas. Mas mesmo assim todos os alunos do ensino médio foram para a fogueira.
 – É bem legal não é Sindy? – diz Mabelle dançando com as músicas que tocavam de fundo.
 – Odeio isso, estamos acostumados com coisas modernas e nos colocam na frente de uma fogueira chata.
 – Não precisa ser assim, só querem nos agradar Natasha.
 – Não me agrada. Mas responda Sindy, gosta disso?
 – Acho interessante, na minha escola não tinha essas coisas. – responde a garota.
 – Ah, que ótimo. – Natasha diz com um sorriso irônico estampado no rosto. – Sindy, o que acha de darmos uma volta?

 Do outro lado da fogueira aquele mesmo grupo de meninos conversavam.
 – O que acham que somos? – diz Dajan.
 – Ah, cala a boca, comemore estamos começando mais um bom ano nessa merda! – Castiel resmunga achando que será outro ano em que nada de bom vai acontecer.
 – Vocês são muito pessimistas. Pensem no lado bom, ano que vem é o último.
 – Pois é, ano que vem! Ainda temos que suportar esse Lysandre.
 – Vou parar de tentar ajudar.
 – Seria ótimo!
Kentin chega montado em um bicicleta preta com uns desenhos de caveira e com Armin montado atrás.
 – O que é isso? – pergunta Castiel.
 – Gostaram? Como não podemos dirigir ainda meu pai comprou essa belezinha aqui pra mim. – fala com um sorriso no rosto.
 – E veio o Armin de brinde? - zomba Dajan.
 – Calem a boca seus otários! Vocês ainda pegam carona com seus pais!
 – Mas grande coisa ter uma bicicleta. – Armin desce ainda com seu chapéu.
 – Pelo menos eu fico com um corpinho top.
 – Que ridículo. – murmura Lysandre.
 – Fala na cara idiota! – grita Kentin se aproximando de Lysandre querendo bater nele.
 – Ei, Castiel... – se aproxima Natasha com seu grupo atrás.
 – Que é?
 – Tenho uma surpresa pra você.
 – Ah, e o que é? – ele se aproxima da garota com cara de entediado.
 – Isso. – Natasha puxa Sindy pelo braço a deixando na frente do garoto.
 – Castiel! – diz Sindy surpresa.
 – Sindy! O que está fazendo aqui? – também surpreso dá um grande sorriso para a garota sem lembrar de seus amigos.
 – Meu pai foi transferido! Não sabia que iria te encontrar aqui! Senti tanto sua falta!
 – Eu também! – o garoto quase abraça ela mas seus amigos se aproximam esperando uma coisa diferente dele e ele percebe isso. – Quer dizer, é claro que sentiu né? Fazer o que. Mas agora já to em outra, foi mal aí.
Os amigos soltam gargalhadas pelo fora que a menina leva.
 – O que aconteceu com você? Você não é o Castiel que conheci! – diz a menina indignada com a resposta do garoto.
 – Talvez tenha conhecido outro então.
 – Eu te odeio! – ela sai correndo e sua amiga Mabelle vai atrás.
 – Parabéns Castiel. – sorri Natasha.
 Castiel encara Natasha magoado por sua atitude mas para ele às vezes era mais importante a opinião de seus amigos.

– Sindy não fica assim! Todos eles são assim! Não ligue para isso! – ela pega um lencinho de dentro de sua bolsa e limpa as lágrimas da amiga.
– Obrigada Mabelle. – ela limpa o nariz com o lencinho e o estica para devolver.
– Pode ficar pra você Sindy. – sorri. – Olha, hoje as meninas vão dormir em casa, acho que ia ser bom pra você ir junto, que tal?
– Claro. Vou sim.