“Como seria entrar em um jogo? Como seria viver todas essas aventuras?” – se perguntava sempre o pequenino Armin que ainda tinha muito a aprender sobre o mundo... da magia, claro.
Pensar e agir como um personagem qualquer de jogos de vídeo games não era a coisa ideal a se fazer na idade dele. Sim, tudo bem ter seus gostos e pensar em coisas diferentes dos outros mas segurar uma varinha e um chapéu pontudo na cabeça no meio do pátio da escola por impulso não era normal, principalmente para seus colegas de escola que o zoavam constantemente.
– O que vocês estão olhando mortais? Estou treinando! – dizia o garoto para a grande platéia que o envolvia.
– Armin... – a velha se aproximava do bruxo que estava tentando treinar.
– Sim? – perguntou com cara de sonso.
– Pare com isso ou vai ir ter uma conversinha comigo em minha sala.
– De jeito nenhum! Conversinha na sua sala? Tá louca?! – como sempre, o bruxo pensou besteira.
No mesmo instante ela grudou na orelha direita dele e o arrastou para a sala da diretoria.
– Eu não estava fazendo nada! – resmungou.
– Realmente, ao invés de ter entrado na sala de aula não, o senhor fez o favor de ir no meio do pátio chamar atenção dos seus colegas os atrapalhando também!
– Não tenho culpa que são curiosos!
Entrou sem bater uma loira baixinha na sala.
– Com licença, sou nova aqui. – disse a garota de cabelos encaracolados.
– Mocinha, não está vendo que estou ocupada? Volte outra hora.
– Não seja por isso diretora, eu deixo vocês conversarem. – o bruxo se levanta sorrindo.
– Vai ficar de suspensão por 5 dias! – a velha escreve em uns papéis e entrega pra ele. – Pode sair agora.
– Tá de brincadeira? Suspensão só porque eu estava treinando! Você é louca! – ele sai resmungando.
– Me desculpe atrapalhar... – diz a garota sentando na cadeira frente a frente com a velha.
– Sem problemas. – a encara. – Preencha esses papéis por favor.

Depois de ficar quase duas aulas preenchendo papéis na diretoria finalmente Sindy conseguiu sair da sala e ir direto para outra talvez pior ainda com alunos e professores irritados por seu atraso. Mas está parte podemos pular porque é muito chato.

Da sala de aula direto para o intervalo, Sindy fez uma amiga na aula de Matemática.
– Mabelle, me desculpe por ter te atrapalhado na aula, eu não sou muito boa na matéria. – disse a menina com cara de culpada segurando uma bandeja com um leitinho de caixinha e uma maça.
– Não tem nada Sindy, fico feliz em ajudar você. – sorri a garota com uma jaqueta rosa escrita Mc Anitta nas costas. – Olha as meninas ali, vamos lá com elas. – ela vai correndo até a mesa das amigas que usavam a mesma jaqueta.
Sindy não parava de encarar aquilo, como se algo a incomodasse.
– Meninas essa é Sindy. Conheci ela na aula de matemática e tenho certeza que pode ser uma de nós.
– É mesmo? Você gosta da Anitta? – uma ruiva praticamente pula encima dela com os olhinhos brilhando.
– E-Eu não sei quem... – ela não termina de falar graças a Mabelle que dá uma cutucada em seu braço.
– Ela gosta sim, conversamos a aula inteira sobre as músicas. – diz Mabelle com um belo sorriso amarelo no rosto. – Se quiser fazer amizades aqui vai ter que me ouvir ok? – ela cochicha no ouvido de Sindy e a pobre apenas concorda sem saber onde está se metendo.
– Vamos ver isso então. Mas ainda não merece nossa jaqueta. Sente-se aí. – resmunga uma morena baixinha de cabelos curtos mordendo uma maça.
– Mas e aí Sindy, o que fez nas férias de verão? – pergunta Mabelle se sentando do lado das amigas.
– Ah, eu conheci um rapaz... Foi tão bonito. – responde sentando ao lado.
– Amor de verão? Que coisa clichê. – a morena diz.
– Não ligue pra Natasha, daqui apouco ela se acostuma com você. – cochicha a ruiva. – Mas conte mais pra gente!

Do outro lado do pátio havia um grupo de meninos conversando.
– E aí Castiel, fez o que nessas férias? – pergunta Dajan o encarando de cima a baixo.
– Conheci uma menina. - ele responde.
– Bonita?
– Claro né? Acha que eu pego menina igual a Ambre?
– Já pegou uma pior. – murmura Lysandre.
– O que disse? – diz Castiel o pegando pelo colarinho.
– Me desculpe, só foi uma observação. Não leve a mal.
– É, continua aí.

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