O Baile De Máscaras escrita por Crush Instant


Capítulo 9
A Pior Noite de Todas


Notas iniciais do capítulo

Tá acabando :((((
Mas agora vão descobrir quem é o V.!!!!
Enfim, espero que gostem :)



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Descendo a rua com a Mari ao meu lado, comecei a pensar naquela noite, e no quanto ela seria importante pra mim. Ao ver as luzes da praça se aproximando, meu coração foi batendo mais forte, tão forte que pensei que a Mari pudesse escutá-lo. Continuamos andando o que me pareceu uma eternidade, e finalmente, ao atravessar a rua, chegamos ao lugar onde seria o baile. A Mari parou de súbito na entrada.
 - Aquele é o João? – ela me perguntou. – ele me disse que estaria viajando!
 - Sabe Mari, eu acho que a sua noite vai ser tão inesquecível quanto a minha. – eu disse, acenado para o João que começou a caminhar pra onde estávamos.
 - Manuela, você sabe de alguma coisa, não sabe? – me disse ela, sorrindo.
 - Aham, eu sei que devo deixar vocês dois sozinhos. Boa sorte, João. – eu digo, quando ela chegou do nosso lado.
 - Obrigada Manu, por tudo – disse ele, puxando a Mari pela cintura. Dei uma piscadela para os dois e segui meu caminho.
            Todas as árvores estavam cheias de luzes, da copa ao tronco, e todos os bancos estavam enfeitados com fitas brancas e pretas. O chão estava coberto com um tapete de plástico branco, e a pista de dança tinha um tapete igual, só que xadrez. Na frente desse último tapete, tinha a mesa do DJ, que agora estava tocando “C’mon” da Ke$ha. Várias pessoas dançavam inclusive a Mari e o João, que pareciam muito felizes, e a Bia, que apareceu com um vestido azul e uma máscara preta (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=88887778&.locale=pt-br), se agarrando com um garoto que me era familiar, mas que não era o Arthur, mesmo porque ele foi viajar. Mas que vadia! Mas eu até fiquei feliz, assim eu tirava ela de perto do Arthur, e assim ela não chega perto do V., seja lá quem ele seja. Essa curiosidade estava me matando, e a cada segundo que se passava e eu não o via, o me coração martelava mais rápido, como se fosse uma contagem regressiva.

            As horas iam passando, as músicas iam tocando, as pessoas iam e vinham, e ele não chegava. A cada minuto que passava, eu pensava uma coisa diferente, e imaginava o motivo de ele não ter vindo ainda, será que tinha se esquecido de mim? Ele me parecia tão apaixonado, e agora que eu me apaixonei ele desaparece
 - Faltam apenas 30 minutos para o ano novo!!! – disse o DJ, acompanhado de um coro de “uhuuuuuuuuuu!!!” da platéia. – queremos todos no meio da pista, para celebrarmos a chegada deste novo ano juntos!
            Como assim só 30 minutos? Será que ele vai vir? Ou eu só me iludi mais uma vez? Já estava sem esperanças, sentada em um dos bancos com uma bebida azul na mão, quando sinto uma mão no meu ombro.
 - Sabia que te acharia. Com máscara ou sem máscara – disse uma voz que não me era estranha. Virei-me e vi um garoto alto, de cabelos castanhos meio bagunçados, olhos castanho escuro que usava um terno preto de gravata branca com uma rosa vermelho sangue no bolso, e uma máscara preta que cobria a metade do seu rosto do nariz para cima. Ele me era muito familiar, mas não sei por que eu não consegui me lembrar quem...
 - É você mesmo? V.? – eu perguntei assustada, mas ao mesmo tempo aliviada.
 - É né – disse ele, sorrindo. – ainda não sabe quem sou? Você tem até o fim dessa noite...
 - Calma, eu tenho as minhas suspeitas, eu só quero ter certeza.
 - E como você vai ter essa certeza?
 - Me ajude. Me fala mais sobre você.
 - Mais sobre mim? Eu já te disse um monte te coisas sobre mim.
 - Mas ainda não foi o suficiente.
 - Ok então.
            Nós conversamos por um bom tempo, e a cada pergunta que eu fazia, eu sabia exatamente qual seria a resposta dele. Eu estava chegando perto de descobrir quem ele é...
 - Quer dançar? – ele me perguntou, depois de um tempo. Olhei para o meu celular, faltavam 10 minutos para a meia noite.
 - Vamos. – eu disse, já indo para a pista de dança, mas antes que eu pudesse dar algum passo, ele pegou meu braço.
 - Aqui não, vamos pra outro lugar. – disse ele, pegando a minha mão e me levando para o lado esquerdo do parque. Quando ele pegou a minha mão, foi como se mil correntes elétricas tivessem passado da mão dele para a minha. Correntes tão fortes que não me deixavam soltá-lo.
            De repente, avisto um lugar que eu não sei como não tinha percebido antes. Parecia a estrutura de um carrossel, mas sem os cavalos e todo o resto que ficava subindo e descendo, lá dentro é como se fosse outra pista de dança, com apenas dois casais, onde tocava uma música lenta, diferente da música eletrônica que tocava na outra pista de dança. Fiquei admirada quando entrei lá, parecia que estava dentro de um filme.
 - Que lugar é esse? – perguntei pra ele
 - É a pista dos casais – disse ele – aqui só toca música lenta. Quase ninguém pode nos perturbar aqui.
            Nessa hora, começa a tocar “Begin Again”, da Taylor Swift, e os dois casais saíram. Ele estendeu a mão e me disse:
 - Dança comigo?
 - Claro – eu disse, pegando a mão dele. Ele me levou até o meio da pista, colocou a outra mão na minha cintura e começamos a dançar.
            Cada centímetro do meu corpo formigava, como se aquelas correntes elétricas que começaram na minha mão se espalhasse por todo o meu corpo, e aquela era uma sensação muito boa. Ele me conduzia de uma forma impressionante, foi como se nós dois fomos feitos para dançar um com o outro. Mil pensamentos passavam na minha cabeça quando ele me olhava nos olhos, e ele me encarava o tempo inteiro, e eu não conseguia desviar o meu olhar. Coloquei minha cabeça em seu ombro e senti seu cheiro, um cheiro tão... familiar, mas eu simplesmente não conseguia lembrar da onde conhecia. Antes que eu conseguisse pensar mais, ele sussurra no meu ouvido:
 - Chegou à hora – virou-me e me abraçou por trás, pra que eu pudesse ver o céu. Todos da festa gritavam “10...9...8...7...”, a música tinha parado, e todos observavam o céu. Finalmente a contagem regressiva chegou no 0, e os fogos apareceram. Foi lindo, uma chuva de cores no céu, e todos em volta gritavam, desejavam feliz ano novo para seus amigos, namorados, faziam brindes com coca cola...
 - Feliz ano novo – disse V. no meu ouvido. Eu me virei e olhei em seus olhos castanhos
 - Me diz quem você é. Por favor – pedi. Estava muito nervosa.
            O sorriso se apagou do rosto dele.
 - Depois de todo esse tempo, depois de tudo o que eu te disse, depois de ter ouvido a minha voz, visto meus olhos, depois de hoje... você ainda não sabe quem eu sou, Manu? – foi a primeira vez que ele disse meu nome.
 - Eu sei que te conheço, você me é familiar, mas eu não consigo me lembrar... – confessei, e ele riu, irônico.
 - Não consegue se lembrar? Ou não quer aceitar? Eu sei que você ta apaixonada, eu consigo ver isso nos seus olhos, e eu, que sempre estive do seu lado, que sempre fui apaixonado por você, que sempre te olhava desse jeito que você está olhando pra mim... Você nunca percebeu. Não é fácil ver você procurando desesperadamente por um príncipe e não olhando quem está a sua volta. Você não se apaixonou por mim, você se apaixonou pelo V., alguém que eu criei pra tentar te conquistar, porque de outras maneiras eu simplesmente não consegui. Pra mim chega.
            Ele deu dois passos pra trás, se virou, tirou a máscara, jogou-a no chão e foi embora, e vê-lo embora foi uma sensação horrível pra mim. Andei até a máscara, peguei-a e olhei mais atentamente, e foi ai que percebi tudo. Ele estava certo, eu sou uma idiota por não ter visto ele esse tempo inteiro. Como eu não tinha percebido? Nunca imaginei que ele se sentia assim, e eu devia ter visto? Eu não sabia o que pensar, só sabia que isso não mudava em nada. Eu o amava. V. ou não, eu o amava. Ele é o meu príncipe.
             Afastei uma lágrima que caía do meu olho direito e fui atrás dele, empurrei todos que estavam a minha frente até chegar a ladeira que separava a minha casa do parque. E lá estava ele, mais acima, atravessando a rua.
 
- Arthur – gritei. Ele parou no meio da rua a me olhou, com uma das mãos no bolso da calça e a outra na nuca, com o rosto molhado.
            Ver ele daquele jeito me desestabilizou, fiquei em choque, só olhando pra ele, e ele olhando pra mim, e então aconteceu. Um carro em alta velocidade cruzava a rua, tão rápido que quando eu vi, ele já estava perto demais do Arthur, que continuava parado.
 - ARTHUR – gritei e ele olhou pro lado. O motorista começou a frear, mas ele estava rápido demais, perto demais...
            O carro se chocou contra o Arthur. Ele foi arremessado e caiu no asfalto duro, um metro e meio do local onde ele estava antes. 


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Notas finais do capítulo

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