Th1rteen R3sons Of Peter Pan escrita por justhannahbaker


Capítulo 17
When i’m up i’m falling


Notas iniciais do capítulo

Vcs viram a nova coleção da DOL e da ADIDASNEO da Sel? Sério, eu PRECISO daqueles TÊNIS!



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O susto pegou-me de surpresa – literalmente! Eu não estava esperando aquilo. Justamente no momento em que me sinto verdadeiramente melhor e verdadeiramente restaurada da doença. Não havia aquela intersecção de pensamentos e desordem em minha cabeça. Eu simplesmente respirei e expirei o doce fôlego da vida!

E para que? Porque, meu Deus? Eu bem sei e disse que tudo tem um motivo. Uma razão. E há sim, é a pura verdade. Mas quando eu abri os olhos lentamente fui tomada pelo pânico! Meu coração parou de bater por um segundo enquanto meus olhos vidraram em outros dois olhos verdes que traziam a floresta, o orvalho, os rios, o céu azul e toda a mágica daquela terra à tona...

Nós conversamos por alguns instantes e ele me disse que havia me tirado da mata que ficava próxima a praia e me trazido até a sua casa. Não fiz muitas perguntas, mas gaguejei demais. Afinal, era só um garoto, não era? Ele percebeu meu nervosismo e o meu medo. Mal ele sabia que ambos são apenas fruto da minha reação repentina de encontrar outra pessoa novamente.

Minhas experiências com as pessoas em minha vida não deve ter sido das mais agradáveis e em outras palavras: no mínimo ruins. Sabia disso de qualquer maneira. Senti isso. Mas não esperava que a minha recepção fosse tão ruim assim...

O menino não parecia ser mau, eu só... Não podia confiar nele. Nele e em ninguém. Ninguém. E por quê? Porque há motivos. Há razões. Sempre há. E isso é uma das coisas que perambula na minha confusa memória e que eu um dia, irei desvendar.

Ele não parecia ser mau, é bem verdade. Porém, sobretudo estranho. Estranho como aquela terra. Como não estava cem por cento sã, não o observei em demasia. Estava mais conectada com o meu mundo: minha mente, minhas memórias, meu passado.

Talvez eu devesse ser mais agradecida ao menino que me salvou da mão dos “barqueiros-fantasmas” que correram atrás de mim na floresta, mas para ser honesta, não sabia o que pensar. O menino parecia não ter mais que quinze anos e tudo bem, eu não sou tão mais velha que ele, mas ainda assim...

Eu não contei a ele que fora perseguida, porque apesar de ser apenas um garoto, eu não tinha certeza de suas reais intenções... Não pretendo ser maldosa, apenas realista. Preciso ser realista. Ser emocional demais é um convite à perdição. A morte. Sei disso muito bem. Será?

Além de tudo, quando eu fiz menção de levantar, o menino ficou uma fera!

– Fique! – ele gritou e soou mais como uma ordem. Meu susto foi tamanho que não tive remédio senão obedecer. Mas não significa que havia gostado disso. Afinal, o que faria se eu o ignorasse e me levantasse? Iria arriscar? Não.

Após isso, o garoto falou um monte de bobabens, alguma coisa sobre a floresta ser muito perigosa e algo do gênero... Coisas que eu não prestei a mínima atenção, logicamente. Poupe-me, até parece que eu não sabia disso. Grande descoberta, hein.

Mas o meu anfitrião parecia ser conhecedor daquela terra, seja lá o que for, porque ele parecia ter uma percepção selvagem de tudo ao seu redor... Seria fascinante se não fosse assustador.

Ah, me lembrei: o garoto se chama Peter. Ao menos uma coisa que prestei atenção. Um nome surpreendentemente comum para um menino que se veste de folhagem, cascas, talos e afins, que mora em uma floresta no meio do nada, como se isso fosse supernormal.

Ele me fez um grande favor trazendo frutas maravilhosas, – pois me esqueci de mencionar que eu não havia comido ainda – as maçãs vermelhas, mas cor de vinho, muito difícil de achar em um supermercado, abacaxis, jabuticabas, laranjas, peras, uvas, e morangos. Eu sabia que não tinha comido frutas dessa qualidade em lugar nenhum e pela primeira vez, estava realmente grata a Peter. Devo ter comido tantos morangos que me senti mais revigorada a cada um que saboreava. Mas eu sabia que aquele garoto estava me observando. Ele apanhou algumas frutas e foi para longe. Mas estava por perto, minha intuição dizia isso.

Isso me deixou tão desconfortável em alguns momentos que o que eu pensei em fazer foi dormir. Talvez tenha sido minha imaginação. Afinal, há uma razão para tudo. E eu não poderia suportar outra pessoa mais observadora do que eu. Ou observadora como eu. Dois estranhos no mesmo ambiente? Isso não vai prestar.

Mas preciso me certificar de que, embora eu não goste do fato, devo respostas ao garoto. Devo? Sim. Aquele menino pode ser o que for, mas salvou a minha vida. E irá cobrar a restituição do favor.


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