A primeira coisa que eu pensei milésimos de segundo depois do meu despertar: eu estava viva. Respirei e expirei longamente como se estivesse renascendo de todas as sensações passadas. Parecia que o tempo havia desacelerado e me transformado em algo novo, apesar de eu ter a estranha sensação de que eu era velha.

Eu levanto a cabeça e me sento no chão frio. Meu cabelo me segue caindo no rosto e enfatizando a minha confusão. Coloco a mão na testa. Há alguma coisa errada no universo relacionado a mim. Imediatamente o desespero me toma como uma bola de basquete atravessa uma cesta. Um segundo.

– Onde estou? Quem sou eu? – eu indago com os pensamentos invadindo a minha mente como um monte de ideias compactadas. Como um poema. Levo um susto. Até parecia que eu já tinha dito alguma coisa assim. Talvez não com essas palavras, mas senti como se tivesse tido um flashback, um flashback de um segundo.

Eu penteio os cabelos com as mãos. Eu resolvo levantar. Está escuro. A noite me completa com mais um pensamento doloroso: eu deveria estar morta.

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