Estava totalmente despida e oferecia meigamente as suas vestes a Yukito. Pensava nas coisas que ele poderia fazer com ela ali, mas principalmente pensava na dor de Sakura e queria desesperadamente que ele partisse. Pelos seus princípios, sabia que não iria beijá-lo, mas seu coração apaixonado desejava ter seu primeiro beijo com o rapaz. Yukito lhe dava confiança e a acariciava. Coisa que ninguém havia feito com ela em todos os seus dez anos de vida. Como era bom sentir-se amada, como era bom ter alguém ao seu lado sabendo que ela se sentia só naquela mansão.

O rapaz inclinou seu corpo alto para olhar bem para a garota. Estava despida e surpreendentemente feminina sem veste alguma. Ele notou que ela andava alguns passos para lhe dar a roupa. Yukito tomou as vestes da sua mão e as cheirou, apoiou uma mão na perna de Tomoyo e, com um dedo coberto pelo tecido da camisola, ele roçou sua mão pelo sexo alvo e liso. Ela era doce demais para ser real. Yukito encostou os lábios na abertura do seu sexo e lambeu-lhe com delicadeza, penetrando a língua para ver sua reação. Tomoyo saltou uma exclamação de medo, seu corpo todo se tremia, era tão bom ter alguém como Yukito ao seu lado. Ele lambeu com avidez próximo aos seus clítores, o ar faltou para Tomoyo e ela gemeu como um filhote de gato manhoso.

-Yukito-kun? – Tomoyo sussurrou, sentia suas pernas quase cederem graças a língua do homem mais velho, seus olhos grandes e expressivos apontados para Yukito. – O que...o que estamos fazendo? – a inocência dela comoveu-o, ela falava entre gemidos contidos. Mas, depois daquela noite, Yukito jurou a si mesmo que jamais Tomoyo passaria despercebida por ele.

-Estamos descobrindo quem é a Tomoyo Daidouji. – ele sorriu e apoiou as mãos em seu ombro. – Você a conhece, Tomoyo?

Aquilo era filosófico demais para uma menina de dez anos, mas Tomoyo compreendia muito bem o que ele insinuava. De lábios entreabertos e com os olhos piscando lentamente, ela suspirou e disse:

- ...p-pode...me ensinar quem sou?

Yukito jogou-a sobre o puff da sala, transbordando em seu desejo. Ele beijou o pescoço de Tomoyo enquanto a penetrava com dois dedos. Ele ouvia seus gemidos abafados e se excitava ao roçar o quadril no quadril inquieto da pequena. Logo pôs um terceiro dedo entre o sexo da menina, ela estava úmida e aconchegante ali dentro, comprimindo-o e sugando-lhe com seu corpo infantil. Yukito abocanhou-lhe os seios pequenos e envolveu-os com a língua, sentindo o gosto de sua pele perfumada. Largando-a no chão e já com o membro rijo de expectativa, ele despiu-se rapidamente sentado no chão. Sorriu para Tomoyo e repousou a mão no seu ventre:

-Está com medo, Tomoyo-chan?

-Sim...

-Mas por que?

-Pode jurar que não irá me beijar nunca, Yukito?

-Não, jamais poderia jurar isso pois é o que desejo fazer.

-Por favor, não quero decepcionar Sakura...-uma lágrima de arrependimento rolou pela sua face. Eram palavras sinceras demais para serem ignoradas.

-Não será você, serei eu, Tomoyo. Você se preocupa em não decepciona-la, mas por que esquece tanto de você?

- Porque eu...não quero causar confusão, Yukito-kun! – Tomoyo virou o corpo e, deitada, lhe deu as costas. Yukito a abraçou por trás, estava nu e Tomoyo sentia o membro dele roçar suas nádegas no pequeno caminho que as separava. Ela gelou, era tarde demais para pedir algo a Yukito. Restava apenas encarar as conseqüências. Ele a virou e beijou seus mamilos com carinho. Tomoyo relaxou o corpo.

- Hoje a noite é sua, minha pequena...- Yukito pressionou seu quadril contra o dele, a penetrou lentamente e a ouviu ofegar no seu pescoço. Ela gemia com sua voz educada e sempre equilibrada, gemia abraçada a ele e cada vez mais deliciando-se com a penetração. Ela pensava em Sakura e no santuário de roupas da card captor que eles acabavam de macular. Jamais seria perdoada por aquele deslize, mas seu amor por Yukito havia sido aceito e ela simplesmente se sentia incapaz de recusar. Já não sentia suas pernas, Yukito rompia sua timidez e submissão a cada vai e vem de seus corpos.

-Me deixe beija-la, por favor. – ele pediu-lhe, em uma súplica carregada de emoção. Ele, que outrora era tão equilibrado e sereno, cedia ao seu encanto por Tomoyo.

Beijaram-se timidamente em um momento doce e infinito. A língua dela educadamente esperava ser guiada para dentro dele, enquanto os movimentos da penetração a deixavam exausta para impedi-lo de qualquer coisa. Yukito tirou seus óculos embaçados pelo suor de ambos e sorriu.

-Você tem...lábios doces, Yukito. – Tomoyo sorriu também. Yukito a levou para um banheiro lavou-a com carinho e partiu. Em seu coração, a ansiedade por revê-lo novamente imperava. Tomoyo suspirou com pesar antes de dormir, tinha uma dor no peito que só os apaixonados de verdade conseguiam compreender. Agora ela percebia porque em toda a sua vida havia admirado tanto Sakura, o amor que ela sentia contagiava a todos e a faziam ser admirada por onde quer que passasse. Depois daquela noite, Tomoyo seria assim, pois exalaria seu amor por Yukito para todos a sua volta.