O Diário Da Assassina escrita por Luís Henrique


Capítulo 1
Prólogo - O início do fim


Notas iniciais do capítulo

Leia este pequeno trecho de diário da assassina e veja como o grande assassino age.



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Era escuro. Os dois estavam ali, quietos no meio daquele beco da rua Killenbery sujo e escuro. Aquele lugar era perfeito para aquela situação. A noite, como era agora, a rua sempre estava deserta. Ninguém passava mais por ali desde o grande incêndio que ocorrera em uma de umas das lojas dali, a vários anos. Ainda dava para ver as marcas do fogo no chão de pedra e nas paredes de concreto.

– Não, por favor - Implorou a garota. Seus cabelos louros estavam sujos com sangue, e seus olhos azuis que antes eram cheios de alegria, agora mostravam terror e desespero - Não me mate, por favor.

– Cala a porra da boca, sua putinha - O encapuzado disse. Ele usava uma máscara com a forma de um rosto de uma mulher. Ela possuía olhos azuis como o céu em um dia claro, e do jeito que suas maças do rosto haviam sido pintadas, até parecia que usava maquiagem. Também usava uma peruca com fios vermelhos escarlate.

O encapuzado mexia em sua bolsa apressadamente, como se estivesse a procura de alguma coisa. Mesmo apressado, tocava delicadamente em cada objeto. Aos poucos foi retirando da mala e colocando no chão algumas pinças e facas, e também um longo e pesado martelo, que deixou em mãos.

– Eu conheço essa voz... - A garota disse. Tentava lutar com as cordas que a amarravam, porém estavam presas tão fortes em seu corpo que fazia com que mal conseguisse se mexer – Você é...

Interrompeu sua frase com seu próprio grito. O encapuzado havia lançado um golpe forte e certeiro na tíbia de sua perna, tão forte que havia feito com que um osso ficasse exposto para fora da carne. Muito sangue saia da região.

– Eu disse pra ficar calada - O misterioso falou - E aparentemente essa máscara não abafa o som da minha voz. Tenho que pensar em algo.

A garota ainda gemia de dor. Ela chorava muito, e seus gritos eram agonizantes. Sangue escorria pela sua boca. A dor era vibrante, e passava pelo seu corpo todo. Com muita força física – e de vontade – ela levantou a cabeça para encarar sua perna, e viu que junto com uma parte de seu osso para fora, a perna agora estava em forma de 'L'.

– Por... favor - Disse fracamente e pausadamente com grande dificuldade. Em pouco tempo desmaiaria por causa de tanta dor. - Me mata logo.. E acaba... Com isso.

– Não, não, minha querida – Agora o outro admirava uma pequena pinça que segurava - Ainda tem muito mais para você sofrer. E não pense em desmaiar.

– Por que tá... - Ela tossiu sangue - Fazendo isso... E porque... Comigo?

– Você não leu o livro, não é? - Largou a pinça e voltou novamente a segurar o bastão. O objeto tinha o formato de um taco de beisebol, porém era feito com um tipo de aço muito forte.

– Que liv... - Não completou a frase, pois nesse momento ela quase desmaiou. Apenas manteve-se lúcida pois novamente foi atacada pelo encapuzado com o bastão. Agora ele acertara o taco em sua outra perna.

Dessa vez, seu grito foi realmente impactante, pois o encapuzado colocou a mão em sua boca, para abafar a voz.

– Depois de tapar a boca, o que ela fez mesmo? - Ele se perguntou - Ah, claro. Retirou os olhos daquele nojento.

"Por favor Deus, faça com que eu morra logo", pensou a garota. Porém o Deus dela não estava presente ali no momento para aliviar seu sofrimento.

– Agora, precisarei de você lúcida - Disse o encapuzado.

Segurava uma pinça extremamente fina, e agora estava ajoelhado ao lado da garota. Ela estava totalmente perturbada, estava quase desmaiando, caindo para a morte.

Muito devagar, o misterioso aproximava a pinça ao olho da garota. Ela não podia fazer nada, estavam sem forças para gritar novamente, e muito menos se mexer e lutar.

– Isso irá doer. Muito. - Falou ele, enquanto enfiava a pinça no globo ocular da garota.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo.



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