Because, I Love You II. escrita por


Capítulo 3
Mudanças.


Notas iniciais do capítulo

vooooooltei, n chorem p sempre porque n sumi, só estava escrevendo um capítulo mais elaborado, UHAUAHAUHAUH tem noção de como é dificil escrever um capítulo sem ana e tony? ): é dificil UHAUAHAUAHAUH, enfim i'm back, e deliciem-se u-u



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POV Ana.

Eu estava sentada no sofá com a Alanis assistindo um filme qualquer na televisão quando ela me cutucou.

- O que? – perguntei sem tirar os olhos da teve.

- Puta que pariu Ana! – ela deu um pulo do sofá.

- O que? – eu disse séria e a encarei.

- Olha isso! – ela virou o IPHONE dela pra mim, estava no instagram, era uma foto do Tony com a Fernanda.

- Você tem o Tony? – eu disse séria.

- Cala sua boca, olha a legenda seu animal. – ela aproximou mais o celular do meu rosto, eu peguei o celular da sua mão e aumentei a tela.

Era uma foto dele e da Fernanda abraçados juntos, na legenda estava escrito “#Saudades #sol #de #SãoPaulo #i’mback.

Eu olhei para a foto de novo e aumentei, o fundo era uma grama verde... E então.

- Ele voltou? – eu perguntei baixo.

- Sim! – ela gritou e puxou o celular da minha mão. – e ainda tem mais.

Ela deu a foto para eu passar, tinha uma foto do aeroporto em que ele estava com o óculos de sol, outra que ele tirou do avião, uma foto que ele tirou da sua bolsa, e da passagem... Eu comecei a passar a fotos, uma por uma...

Meu coração começou a bater cada vez mais rápido e quando eu vi eu já estava me tremendo inteira.

- Meu Deus. – eu sussurrei encostando a cabeça no encosto do sofá.

- Calma. – ela disse segurando na minha perna, mas ainda olhando para o celular. – Ô Ana? – ela me chamou mais uma vez.

- Hum? – perguntei baixo.

- Olha essa foto aqui... – eu peguei o celular da sua mão, era uma foto de uma tatuagem escrito em Japonês “嬰兒” estava escrito na sua costela, embaixo na legenda estava escrito “Essa é pra você Baby

- Entra no google! – eu mandei, ela pegou meu celular e entrou no google, ela pesquisou como escrevia baby em japonês e apareceu exatamente a tatuagem dele.

- CARALHO! – ela gritou, eu ainda estava em choque.

- Ele fez uma... – ela me encarou.

- Tatuagem pra você. – ela sorriu e pulou em cima de mim. – QUE LINDO! – ela gritou rindo.

No segundo seguinte, ouvi passos pesados e então a voz grossa.

- O que é lindo? – era o Augusto, a Alanis saiu de cima de mim e pegou o celular.

- Oi amor. – eu disse o olhando, ele nos encarou sério, com as duas mãos nos bolso e me encarando.

- Oi, você ainda não está pronta? – ele perguntou sério.

O jantar com ele. Puta merda tinha esquecido.

- Não... Eu hãn... – mordi o lábio, ele sorriu de lado e eu levantei do sofá puxando a Alanis pra cima, eu tirei minha roupa e entrei no banho, ela entrou no banheiro comigo.

- Ele está estranho. – ela disse enquanto se olhava no espelho, coloquei a cabeça para fora do box.

- Você também notou? – perguntei surpresa.

- Sim, porque será hein? – ela virou o rosto pra mim sorrindo maliciosamente e eu me enfiei debaixo do chuveiro de novo.

- Não sei... – menti, a Alanis riu alto e abriu a porta do box colocando a cabeça pra dentro.

- Está se sentindo ameaçado, é obvio. – eu joguei água nela e ela saiu dali, eu sorri de lado.

Eu faria de tudo para não encontrar com o Tony, não podia deixar brecha para ele chegar por lado nenhum, eu sim sabia como tinha sido os últimos três anos sem ele e agora que estava tudo bem, eu não podia deixar ele estragar tudo.

Ou o meu sentimento estragar tudo.

Acabei o banho, vesti uma calça jeans, uma blusa branca transparente, soltei o cabelo e coloquei uma sapatilha clarinha para combinar com a bolsa, não passei nenhuma maquiagem porque estava calor e eu não queria sair toda borrada, passei apenas um gloss e dei um beijo na Alanis.

- Fica a vontade. – eu disse pra ela.

- Aham. – ela assentiu vidrada no notebook.

- Que bobagem a minha mandar você ficar a vontade, você mora aqui. – eu rolei os olhos, ela riu e me mandou um beijo.

- Não vá beijar a boca errada. – ela sussurrou antes de eu sair.

- Vaca! – joguei uma almofada nela, que ria descontroladamente.

Eu desci as escadas e vi o Augusto conversando algo com o meu pai, ele estava sério enquanto o meu pai estava descontraído, quase rindo, ao me ver ele ficou rígido.

- Vamos? – eu me aproximei dando um selinho nele e me abaixei dando um beijo na testa do meu pai.

- Não vou demorar. – afirmei para ele.

- Eu espero. – ele disse piscando, o Augusto me puxou para fora da casa e fomos em silêncio até o carro, eu entrei, me arrumei e esperei ele fazer o mesmo.

- O que foi? – perguntei o olhando antes dele ligar o carro.

- Nada. – ele suspirou.

Eu olhei pra frente, esperaria o momento dele me contar que o Tony tinha voltado, então fomos metade do caminho em silêncio.

Eu precisava botar meus pensamentos em ordem em relação ao Tony e ao Augusto, Tony havia sido meu passado, e Augusto meu futuro, eu deveria fazer uma distinção entre o garoto que havia partido meu coração e o garoto que havia o curado.

Ele parou no farol e me olhou, eu o encarei.

- Ele voltou. – Augusto disse baixo, e aquelas palavras tiveram um enorme peso sobre mim. Era como que quando Alanis tinha dito, fosse uma espécie de mentira e agora com ele ali afirmando, a verdade havia se tornado absoluta. – Antony voltou.

E então passou um filme pela minha mente, como naqueles momentos clichês em filmes que você vê uma espécie de filme passar pelos seus olhos.

Eu podia ver a primeira vez que eu vi o Antony cair sobre o meu carro, o seu cartão amassado com gosto de chocolate, eu podia ver também a primeira vez que eu o vi entrar na ONG, a primeira vez que nos perdemos, e o seu elogio gritante sobre minha bunda... Podia ver quando senti ciúmes pela primeira vez, quando ele aprendeu a jogar futebol, quando Josh me traiu, quando ele apareceu para me buscar, quando foi o nosso primeiro beijo... Podia ver a Maria estragando algo que não havíamos começar, as nossas discussões, as nossas raivas, a nossa primeira vez – um arrepio me pegou da cabeça aos pés e eu podia sentir sua mão alisando minha cintura até as minhas costas, sua boca no meu pescoço... Sua voz rouca, eu podia sentir tão distante uma pessoa que me causou tanto bem e tanto mal. – podia ver o nosso começo de namoro e tudo dando certo, e depois tudo desmoronar. Tudo, absolutamente tudo.

Minha garganta fechou como a muito tempo não fazia e eu precisei me concentrar para voltar a realidade.

- Sumiu! – o Augusto disse olhando fixamente para frente, eu o olhei e depois olhei pra frente de novo.

- Eu já sabia. – sussurrei, ele me olhou.

- Já? Como? – ele sorriu, parecia mais aliviado.

- A Alanis viu pelo Instagram que ele tinha voltado. – eu sorri de lado. Ele relaxou os músculos e então eu tomei uma ultima golfada de ar antes de perguntar. – desde quando ele está aqui?

- Chegou por esses dias, faz uns dois dias mais ou menos... – meu coração bateu rápido.

- Ah sim. – eu sorri.

- Eu não sei como ele vai reagir quando souber que estamos juntos. – ele suspirou baixo e ai sim, minha expressão mudou de curiosidade para espanto.

- Como assim não sabe? Você não contou? – eu o olhei.

- Não tive coragem de contar. – ele parou o carro em frente ao restaurante. – aliás, ele vai descobrir agora. – ele sorriu de lado.

- Como assim descobrir agora Augusto? – minha voz aumentou três tons. – ele está aqui? Ele vai jantar com a gente?

- Vai querida, ele, a Fernanda, e mais alguns amigos nossos. Foi meio que um jantar de boas vindas para ele. – minhas mãos começaram a soar e eu não podia imaginar a expressão do Tony.

Ou melhor, eu podia. Podia ver a decepção nos seus olhos, a raiva, o impulso, podia ver ele cuspindo as piores palavras que uma pessoa podia proferir a outra.

O Augusto saiu do carro e foi até a minha porta abrir pra mim, eu sai automaticamente, aliás tudo em mim estava automático. Andamos até a entrada no restaurante e eu podia ver eles sentamos em uma mesa ali, podia ouvir a voz do Tony, de costas para mim, todos sorridentes, podia ver dois lugares vagos ao lado dele e da Fernanda, eu senti meu estomago girar.

- Vai indo na frente, vou usar o banheiro. – eu sorri pro Augusto e ele deu um sorriso forçado, ele sabia que eu não estava preparada para vê-lo.

Mas, não! Não era isso. Eu não estava preparada para ter o ódio do Tony como seu melhor sentimento por mim.

Eu entrei no banheiro, tranquei a porta e encostei na pia, respirei fundo duas vezes, joguei um pouco de água no rosto e me olhei no espelho mais uma vez.

- Não seja covarde. – murmurei pra mim mesma. – é só o Tony.

Só o Tony... Que idiotice, era tudo do Tony. Ele era tudo só por ser ele. Ninguém podia ter tanto efeito sobre uma pessoa depois de três malditos anos.

Limpei o rosto com papel e abri a porta pro banheiro, quando dei de cara com uma pessoa.

Eu podia sentir aquele perfume entrando pelo meu nariz, e me arrepiando todos os fios de cabelo, fechei meus olhos.

- Desculpa. – ele se afastou rindo.

Eu fiquei de cabeça baixa alguns segundos e então levantei os olhos, ele me encarava do mesmo jeito que eu o encarei quando vi ele sentado na mesa, com aquele mesmo olhar de felicidade e raiva... Cheio de duvida e de vontade de perguntar, eu podia sentir sua respiração ficando mais forte e mais rápida a medida que seus olhos iam passando pelo meu rosto, pelo meu corpo e depois pelos meus olhos, ele estava me avaliando, procurando alguma coisa que não fosse minha.

Para que não fosse eu ali.

- Ana? – ele perguntou baixo.

- Oi Tony. – respondi mais baixo ainda.

E o mundo parou por alguns instantes quando vi seu sorriso se abrir, como o de uma criança que acaba de ganhar um doce.

Um sorriso e um caminhão cheio de esperanças.

- O que você está fazendo aqui? – ele disse sorrindo e pegando na minha mão, meus olhos desceram até a sua mão.

Eu devia dizer: “Estou namorando o seu irmão, mas não me leve a mal, podemos ser amigos?”

Mas minha voz travou.

- Vim te ver. – eu sussurrei. Ele abriu o maior sorriso que eu já tinha visto e eu sorri junto.

Eu menti, menti pra não perder a pessoa que eu tinha acabado de ganhar de novo. 


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Notas finais do capítulo

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