POV Ana.

Eu comecei a andar com raiva, como ele conseguia ser idiota naquele grau? E o pior era que ele me fazia amolecer como se eu realmente fosse aquilo que estava dizendo.

– Ana! – ouvi a voz dele atrás de mim e forcei meu corpo a andar mais rápido, e quando eu ia atravessar a rua, ele segurou meu braço.

– Tira suas mãos de mim! – eu cerrei meus dentes para ele.

– Espera. – ele disse respirando pesado.

– Não! – eu disse alto e comecei a me debater nos seus braços, a verdade era que eu queria bater nele, brigar com ele, socar ele.

Para que ele fosse menos idiota e mais verdadeiro.

– Para de me bater... – ele sussurrou segurando meus dois braços.

– Me solta! – eu disse o encarando. – você não me mandou embora? Não queria que eu fosse? Não estava louco para me ver longe? – eu nem sabia mais o que eu estava falando. – me deixa ir embora, porque eu nunca devia ter ficado, foi um erro, você é um erro. Meu Deus! – eu gritei e então as lágrimas começaram a cair. – eu amo você. – sussurrei por fim.

Ele soltou meus dois braços e puxou meu corpo para o dele para um abraço forte.

– Então fica comigo? – ele sussurrou no meu ouvido.

– É tudo que eu desejei desde o inicio. – sussurrei de volta encharcando sua camisa com minhas lágrimas.

Ele me apertou ainda mais nele e nós ficamos ali, abraçados no meio da rua. E na minha opinião, era a única coisa que estava certa mediante a aquela confusão.

O Tony me levou para o apartamento dos seus pais no centro da cidade e fechou a porta enquanto eu olhava em volta, ele sorriu ao me ver.

– O que foi? – ele perguntou me olhando.

– Vamos ficar aqui pra sempre? – eu disse me abraçando, ele deu dois passos longos até chegar perto de mim e me abraçou.

– Para sempre. – ele sussurrou no meu ouvido, meus braços passaram sua cintura e ele me puxou cada vez mais forte para ele.

Nós ficamos abraçados por um tempo enquanto eu fungava o seu pescoço e então quando me senti uma drogada completamente saciada, eu me soltei dos seus braços e o chamei para a cozinha.

– Será que tem algo de comer aqui? – eu disse baixo.

Ele ficou encostado no batente da porta me olhando.

– Casa comigo? – ele perguntou baixo.

Eu me virei assustada e sorri.

– Eu já disse sim. – ele desencostou do batente da porta até onde estávamos e se ajoelhou na minha frente segurando minha mão.

Meu coração bateu tão rápido no peito que eu achei que ele poderia sair do lugar.

– Vamos para Vegas, eu compro duas passagens para o final de semana, nós entramos em uma daquelas capelinhas bobas, casamos, e voltamos para cá e contamos para todo mundo. – ele sorriu largo e depois me olhou. – casa comigo?

– Vegas? – eu perguntei baixo.

– É. – ele disse ficando sério.

– Com o Elvis Presley nos casando? – eu sussurrei baixo, ele balançou a cabeça assentindo. – acho que sim. – eu disse sorrindo largo, ele levantou rapidamente e me beijou.

E foi o melhor beijo que eu já dei em toda a minha vida.

O Tony parou o beijo sorrindo e me levantou no colo, me rodopiando no ar.

– VOCÊ VAI CASAR COMIGO BABY! – ele gritou e eu comecei a rir.

– Vai acordar os vizinhos Tony! – eu disse colocando a mão na sua boca, ele me colocou no chão e saiu correndo até a varanda.

– ELA VAI CASAR COMIGO! UHUL! – ele abriu os braços e gritou com toda a força do seu pulmão, eu fiquei na sala rindo e então ele se virou pra mim. – VOCÊ VAI CASAR COMIGO! – ele gritou ainda mais alto e então andou rapidamente até mim e me abraçou subindo comigo pro quarto.

Eu podia ouvir o meu coração bater tão rápido, minhas pernas ficarem moles a medida que o Tony olhava pra mim, como se nada mais pudesse nos separar.

Eu me sentia invencível. Nem mesmo a distancia não tinha conseguido nos manter longe um do outro. Nem mesmo as garotas, nem mesmo o Augusto.

Nem mesmo as traições.

De repente um filme começou a passar na minha mente a medida que eu podia sentir os beijos do Tony no meu corpo, comprovando que nós íamos mesmo nos casar.

Eu inverti a posição e fiquei por cima dele, nossos olhos grudados um no outro.

– Você foi a melhor coisa que me aconteceu. – ele sussurrou.

– Eu amo você muito. – eu sussurrei de volta, ele sentou na cama comigo no seu colo e aproximou os lábios do meu.

– Nada pode nos separar. – ele disse me dando um selinho.

– Nada. Nunca. – eu afirmei o que nós dois já sabíamos.

E o nosso beijo novamente tomou velocidade.

Eu era dele, ele era meu.

E se era verdade mesmo que existia almas gêmeas, ele era a minha. Com a mais absoluta certeza de que o nosso amor iria ultrapassar qualquer barreira, porque eu esperei quatro anos para estar com ele.

Não esperaria mais nenhum segundo para estar nos braços do homem que eu amava.