Violet Hill [HIATUS INDEFINIDAMENTE] escrita por Black


Capítulo 12
Espelhos


Notas iniciais do capítulo

Oi.

Acho que esse foi o bloquei criativo mais filho da p***, que eu já tive. Sério, milhões de desculpas aqui. Para terem noção eu fiquei tão mal, que cogitei a ideia de excluir o Nyah e não concluir fanfic nenhuma.
Mas vocês me tiraram dessa, cada review que eu lia me fazia chorar :/ Sério, vocês gostam disso aqui, alguns até amam e eu não me via no direito de tirar algo bom de vocês.
Isso, jamais. Violet Hill é meu bebê, que futuramente se tudo acontecer da maneira certa se tornará um livro (com narrações da Violet inclusas e mais algumas cenas bônus *-*), e a sucessora dela já está sendo escrita, e eu particularmente estou doida para postar.

Parte da minha demora foi eu estar de birra também, poxa eu pedi quinze reviews e o último veio chegar essa semana. O dedo não vai cair né? Por isso espero que gostem desse capítulo, ele está sendo dedicado a Eco (vulgo Gatenha), Lia Di Angelo, Prin, Boow (vulgo Dani) , Charlie, Mary Rios, Juliet Kiss, Nanda Evans Lovegood, BaHrose, Lunatic, Soli, Aresinha, Juliete Madeleine (vulgo Larih), ChristianaHoran e Filha de Atena.

Obrigado meninas



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Pela minha cabeça cheia de expectativas e conclusões inacabadas de um futuro próximo, nunca tinha se passado a hipótese de beijar o monstrinho. Sério, eu nunca tinha pensado nisso, até ter a avistado dentro do The Fast Night. Fora que eu me aventurei por lugares extremos essa noite, os quais eu nunca teria ido se estivesse em minha consciência plena.

Mas se eu estive em minha consciência plena, eu não teria socado os meus lábios nos do monstrinho do cabelo de repolho roxo, ou teria? Talvez se eu tivesse usado a razão no lugar da minha maldita emoção, há essa hora eu já estaria em casa, debaixo das cobertas e sonhando.

Ou não, do jeito que a minha mente era uma filha da puta irônica, seria bem capaz de eu sonhar que estava beijando Violet e acordar com o travesseiro babado e com o rosto amassado.

Mas você está beijando Violet, Evan!

E novamente eu me peguei no meio termo, em minha concepção os lábios dela estariam frios, como todo o resto do seu corpo e ela me bateria assim que eu estivesse atingido à zona vermelha de aproximação permitida.

Mas ela não fez, coisa que me deixou mais intrigado.

Talvez fosse o gosto de vodka em sua língua, ou o cheiro de nicotina que adentrava nas minhas narinas, eu só sei que deveria existir alguma explicação lógica para Trent estar com as mãos nos meus ombros e eu a puxando de encontro ao meu corpo. E sim, só algo lógico explicaria o fato de estarmos nós beijando, e não eu beijando sozinho.

Era algo quente e ao mesmo tempo insano, viciante, sem contar que Violet poderia alegar que eu me aproveitei dela em um momento de fraqueza ou ela poderia me bater, depois de friccionar seus lábios nos meus e deixá-los inchados.

Mas quem começou foi você, Sattle.

Eu sei e não me arrependo em nada disso.

– Wow - murmurei assim que desgrudei nossos lábios, eu precisava de ar.

Violet ainda mantinha as mãos em meus ombros, os apertando repetidas vezes para ver se eu era real ou não passava de uma miragem. Ela parecia só uma garotinha agora, uma garotinha da qual eu segurava a cintura possessivamente e que eu não estava a fim de soltar.

– Violet, eu... – ela não me deixou falar.

Trent colocou a mão sobre os meus lábios, soltando meus braços e pedindo silenciosamente que eu me calasse. Talvez eu tivesse sido precipitado demais, grosso demais ou desavergonhado demais, não sei ao certo, mas acima de tudo eu não queria perder esse fio de amizade que eu tinha com Violet.

– Vai...vai pra casa, Evan – disse se virando e forçando a porta.

Sabe aqueles momentos que você só queria voltar no tempo e se auto impedir de fazer uma burrada? Foi assim que eu me senti, assim que o monstrinho entrava pela porta de casa cabisbaixa e fungando. Eu nunca quis que Violet chorasse, não, eu queria e ainda quero ajuda-la e é simplesmente isso que eu vou fazer.

– Ei - segurei seu pulso.

– Já disse, vai pra casa.

– E eu já disse que não vou à caralho de lugar nenhum – a virei para mim – Será que da pra olhar pra mim?

Talvez fosse melhor ter a deixado entrar em casa, só seus olhos azuis frios cheios de decepção, fizeram com que eu me sentisse um lixo. Mais do que eu já estava me sentindo, e repentinamente toda a minha coragem sumiu, como num passe de mágica, e novamente o sentimento de culpa se abateu sobre mim. Eu não tinha direito de exigir nada de Violet, nunca tive. Então por que essa necessidade insana de salvá-la?

Essa necessidade maluca de desvendar seus olhares sem nexo, sua mente perturbada, suas roupas pretas, tinha essa necessidade filha da puta de estar sempre ali, e provar não só a ela, mas a mim mesmo que eu conseguiria salvá-la.

Mas tenho quase a certeza que acabei de estragar tudo, como sempre faço.

– Espelhos – suspirou – Pergunte a Ian Carter sobre espelhos.

– Vi, espera – a chamei – Eu, bom, me...

– Não peça desculpas se não estiver realmente arrependido, Evan.

E você está arrependido?

Não, eu não estava arrependido de ter beijado o monstrinho. Longe disso, pra falar a verdade, agora em minha mente se passava apenas uma coisa: como os lábios de Trent se encaixavam nos meus e por que raios, Ian iria me falar de espelhos.

A deixei, virando e rumando para minha Harley. Pude ouvir seus passos silenciosos e sua força desnecessária para fechar a porta. Definitivamente Violet ia se afastar de mim, subi na moto e dei a partida, talvez eu estivesse tão perdido em meus pensamentos, que nem percebi ao certo o momento que cheguei em casa.

A lâmpada da varanda estava acesa e a porta só no trinco, assim que entrei rumei para o meu quarto. Eu beijei Violet Trent, eu beijei Violet Trent. Minha mente dava voltas ao redor dessa constatação.

Eu, Evan Sattle tinha realmente beijado Violet Trent, a garota problema de Hove.

Espelhos, pergunte a Ian Carter sobre espelhos.

Eu sabia que não conseguiria dormir, e mesmo sendo relativamente cedo, eu sabia que meu subconsciente me induziria a ligar para Ian. E eu não ia protestar se ele fizesse isso, porque convenhamos espelhos não era lá uma boa pista para nada.

E o moreno atendeu após o terceiro toque.

– Mas que droga, Evan. Eu preciso dormir cara – resmungou.

– Por que Violet Trent me mandou perguntar a você sobre espelhos – despejei.

A linha ficou meio muda e só a respiração pesada do moreno se fez audível

– O que mais Trent lhe disse? – perguntou rouco.

A julgar pela voz do meu melhor amigo, ele deveria saber muito mais desse assunto do que aparentava. Talvez por isso ele sempre me advertia em relação a ficar perto do monstrinho, mas que Violet era perigosa eu já sabia, isso Hove inteira sabia. Então o que havia a mais por debaixo de toda essa sujeira?

– Evan, você teria a coragem de empurrar sua mãe contra um espelho? – agora foi a minha vez de ficar pasmo.

– Co...como? – gaguejei.

– Espelhos – suspirou – Isso que eles querem dizer. Violet Trent matou a mãe com espelhos.

E naquele momento algo se retraiu dentro de mim, cruel foi matar a mãe, mas usar espelhos? Isso era brutal. Violet Trent era brutal e ao mesmo tempo misteriosa, a combinação perfeita para o que me atraia e sem sombra de dúvidas me levaria a loucura plena.

Isso, se eu já não estivesse nela.


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Notas finais do capítulo

Pois bem, novamente peço desculpas pelo beijo mega ruim acima e minha demora.
Continuamos com o mesmo esquema de reviews com conteúdo *-*
Ainda faltam alguns para eu responder, mas irei responder todos okey?
Recomendações são mega bem vindas u.u Vocês leitores divos são 208, vamos trabalhar galera!

Aqueles que tem whatsapp e gostariam de conversar comigo e/ou tirar alguma dúvida sobre a fanfic (spoiler também contam) me mandem uma MP com o número e vamos ser amiguinhos okey?

Aguardo vocês nos reviews *-*