Violet Hill [HIATUS INDEFINIDAMENTE] escrita por Black


Capítulo 11
Lugar Nenhum


Notas iniciais do capítulo

Oi...
Bom primeiramente eu queria pedir muitas desculpas a vocês, admito eu demorei e muito. Mas eu fui focar em Teddy, e sim essa é a minha desculpa.
Cara, eu simplesmente adorei os comentários *-* Porque vocês sabem eu amo conversar com vocês, e ver o que acham de Violet Hill.
Essa estória é muito importante para mim.
Então, leitores novos se apresentem nesse capítulo. Vou ficar muito feliz em conhecer vocês.
Ah e leitores antigos, apareçam também. Gosto de conversar com vocês.
Até lá embaixo.

Fiz uma One Original, e quem quiser pode dar uma passadinha lá. Vou amar *-*
http://fanfiction.com.br/historia/465612/Insane/



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Desde o primeiro momento que eu me vi em pé, na fila do The Last Night, em plenas três e quarenta e oito, de uma quinta feira eu soube: eu me importava com o monstrinho, muito mesmo.

Por que quem em sã consciência deixaria o conforto de uma cama quente, para ir atrás de uma pessoal instável e com uma má reputação na cidade? Somente outro maluco com sérios problemas de insônia e nada com que se preocupar no outro dia.

Ou seja, eu mesmo.

A luz neon meio rosa piscava a cada nove milésimos de segundo e para meu total desespero e infortuno a fila estava grande. E eu fiquei me perguntando o que essa casa de show / boate tinha para existir fila, em plena madrugada.

Ou o DJ era realmente muito bom, ou os amigos esquisitos da Violet fecharam o local para a convenção dos psicopatas viciados em descolorante para cabelo e órgãos de crianças, o que me remetia a outra pergunta: o que eu fazia ali.

O monstrinho Evan, o monstrinho!

Ah é, esse era o motivo.

Eu me senti um completo estranho ali, a maioria das pessoas estavam de preto, com jaquetas de couro e tinham piercings espalhados pelo corpo, sem mencionar as tatuagens de caveiras e as camisas góticas com os dizeres: Nascida para foder.

Realmente, isso aqui era a cara de Violet Trent, e foi exatamente aqui que eu a encontrei. Depois de vinte e cinco minutos na fila, e ter perdido quarenta e cinco euros para a “matiné do Rock”, eu finalmente encontrei a monstrinha do cabelo roxo.

E ela não estava em seu melhor estado.

– Você não parece á vontade Evan Sattle – sussurrou perto de mim,com um cigarro pendurado entre os lábios.

– E nem você Violet Trent – sussurrei em seu ouvido, para que minha voz sobressaísse o som e I Belive In Miracles.

Ela me olhou com seus olhos azuis gélidos, as luzes coloridas da pista de dança deram uma nova coloração para seus cabelos violetas, agora eles alternavam entre rosa, roxo e alguma coloração próxima do verde.

Simplesmente hipnotizante.

– Falou com Ian Carter? – o cheiro de vodka, proveniente de sua boca, acertou meu rosto em cheio.

– Não – estávamos tão próximos, que eu podia contar quantas sardas cobriam sua pele pálida.

E por um lapso de momento eu quis beijá-la, por um curto período de tempo eu me perguntei como seria beijá-la.

– Claro que não – sorriu, mas seu sorriso não chegou aos olhos – Te dou dois dias para fugir quando souber da verdade.

– Por que você mesma não me diz Vi? – passei o braço por seus ombros.

– Ah, mas assim não vai ter graça Evan – se afastou – Eu não preciso ver a sua cara de decepção quando descobrir. Realmente eu não preciso ver que você me acha uma maluca desequilibrada.

Eu poderia ter dito que já achava uma maluca desequilibrada, que depois da notícia de ter matado alguém nada mais me surpreenderia, mas e se eu estivesse errado? Acha que o monstrinho é realmente ruim Evan? Eu não preciso achar nada, muitas pessoas já acham isso por mim.

Porque para cada dez pessoas de Hove, nove taxariam Violet Trent como uma pessoa insana, completamente perigosa que merecia estar trancafiada na camisa de força. Mas era isso que me intrigava no meio de tudo isso, por que eles tinham essa concepção dela? Afinal o que ela fez de tão ruim assim?

Você já sabe a resposta, Evan. Ela matou a mãe. Eu sei, descobri da pior forma possível à algumas horas e acho que estou até lindando bem demais com isso. Mas tudo pela ciência, eu tenho que entender Violet Trent, eu preciso entender Violet Trent.

Por que, Evan?

Porque querendo ou não, desde que eu a vi essa necessidade absurda esta presente aqui. Em cada movimento, em cada gesto. Eu tenho que entendê-la para poder deixa-la de lado.

E você acha que vai conseguir fazer isso, Evan?

Eu realmente espero que no fim, eu consiga deixa-la. Não só deixa-la, mas salvá-la. É como se fosse a minha dívida com a Ella, tudo bem que entre a Ella e a Violet são quase nulas as diferenças, mas eu já falhei uma vez e eu não preciso disso novamente.

– Trent – gritei – Vamos.

Por incrível que pareça, mesmo caindo de bêbada e fedendo a nicotina, Violet passou a mão em sua própria jaqueta de couro e me seguiu até a saída. Mesmo tropeçando em alguns locais e alegando que não precisava da minha ajuda, ela conseguiu achar a saída.

Minha Harley estava no estacionamento e assim que chegamos passei um dos capacetes a Vi. Ela o colocou e eu dei a partida, a parte mais agradável em andar de moto era que Violet tinha que se agarrar em mim, como se sua vida dependesse disso.

E eu gostava de tê-la agarrada a mim. Mais do que deveria.

– Minha casa Evan – pediu.

As ruas estavam desertas e mesmo com um moletom, eu ainda sentia frio. E eu sabia que esse frio só iria aumentar de acordo com que nós aproximássemos da casa da Violet. As árvores e a brisa do mar tornavam aquela região fria.

O que combinava perfeitamente com o monstrinho que morava ali.

Paramos da caçada, e logo em seguida ela pulou da moto. Deu um chute no portão do jardim, que rangeu ao ser arremessado conta o murro de pedras, e entrou em seguida. Praguejando baixo, algo que nem se eu quisesse poderia ouvir.

Arrumei a toca em minha cabeça, desci da moto e fiz o mesmo caminho que o ser do cabelo de repolho roxo. Só pela sua cena ao chegar a cada, eu sabia que as coisas não iam bem, nada ia bem.

– Você deveria ir embora Sattle – disse entre dentes.

– Você deveria abrir a porta – disse me aproximando e me colocando atrás dela.

Era estranho o fato de ela ser tão pequena comparada a mim, era estranho o seu cabelo roxo estar contrastando com sua jaqueta de couro, e foi estranho o modo que Violet virou a cabeça e focou seu olhar em mim.

Eu podia ver sua respiração, escapulindo em leves lufadas de ar branco, por sua boca entre aberta.

– Ian deve estar te esperando – respondeu desviando o olhar.

E em outro surto de adrenalina repentina, eu toquei seu sua bochecha com meu polegar. Ela estava fria, quase congelante, e o silêncio se fez tão presente naquele momento, que eu podia ouvir meu próprio coração martelando no peito.

– Violet, eu não vou à porra de lugar nenhum.

O frio me perturbava, o silêncio me perturbava, a situação de mais cedo me perturbava e aquela vontade insana de beijá-la estava me perturbando. E o pior era eu queria beijá-la, naquele frio mesmo e na varanda da casa dela. E sabe o pior de tudo? Foi exatamente isso que eu fiz.

Eu beijei Violet Trent.


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Notas finais do capítulo

Eu vou me exforçar o máximo para descrever um bom beijo, porque eu sou uma negação para beijos. Quem me conhece sabe.
Meta para o próximo: 15 reviews com conteúdo u.u e que tão uma recomendação? Faz muito tempo que não temos uma.
Ai vieram me perguntar: Black por que você gosta de reviews grandes? '-' Ora, porque eu gosto de conversar com vocês. E já que vocês não me chamam por MP, eu uso os reviews para falar com vocês.

Até pessoal *-*