My Father. escrita por Anne Laurentino


Capítulo 10
Enfim... Nós!




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Fatinha o levou até o quarto dela. E deixou que Bruno a conduzisse a partir dali, naquela noite fizeram amor de uma forma terna, lenta e calmamente. Desfrutando do corpo um do outro, assim como no beijo foram matando as saudades, se acariciando, voltando a se acostumar com os corpos que muitas vezes, tinham sido aproveitados com tanta necessidade. Diferente dessa noite, nessa noite, o amor daqueles dois falou mais alto. Gritou, pedindo por mais uma chance.

O dia seguinte logo não tardou a chegar, Bruno acordou primeiro e se deu conta de onde estava com Fatinha o abraçando pelo tórax ainda num sono pesado. Ele sorriu, recordando-se, da noite que passaram ali naquela cama, unidos depois de tantos anos. Sentiu que Fatinha se mexia e aquilo o tirou de seus pensamentos.

— Bom dia! – Dissera a Fatinha, enquanto a mesma coçava os olhos. E sorria pra ele.
— Muito bom dia! – Respondeu, abraçando-o pelo pescoço. – Esta acordado há muito tempo? – Perguntou sentando se na cama.
— Não acordei há pouco tempo!
— E porque não me acordou? – Ela já havia levantando e falava desde a porta do banheiro.
— Por que, estava te admirando. Vendo o quanto você é linda! – Levantou também, foi até ela e a deu um beijo no pescoço. – Vou olhar como esta nossa filha.

Bruno foi até o quarto de Sofia, e quando abriu à porta a menina já estava de pé, ela penteavas os cabelos no mini-espelho rosa que tinha em uma das paredes, detraída. Mais quando se deu conta que seu pai estava no batente da porta a menina virou sorrindo e correu até o pai, pra dar um abraço.

— Oi papai! – Pulou no colo dele, que a recebeu e a rodopiou tirando-a do chão. – Nossa que saudades!
— Sofia, parece que não nos vimos ontem, e todos esses dias! – Sorriu, beijando o rosto da filha e a pondo no chão. – Amor, o papai quer a sua ajuda numa coisa, me socorre? – Perguntava enquanto a garotinha passava batom rosa nos lábios, independente poderia definir Sofia.
— Eu socorro! – disse ainda olhando pro espelho.
— Então hoje vamos ficar eu, você e a mamãe aqui em casa, ai eu queria uma ajuda, pra saber o que a mamãe gosta de comer. – A menina saiu da frente do espelho, sentou em sua cama e chamou o pai com as mãozinhas pra sentar junto dela. E ele fez.
— Macarrão! – Disse simplesmente. – Minha mamãe gosta de macarrão, papai. E com queijo no meio.
— Hum, então ela gosta de macarronada? – a filha assentiu – ta bom, então! Filha, vamos lá falar com a mamãe e tomar um bom café. Que o papai, vai ter que sair daqui a pouco.
— Ta! – Desceu da cama no colo do pai.

E eles foram até a copa, Fatinha já havia posto a mesa do café dos três. Eles comeram, e como Sofia, já comia sozinha foi mais rápido o desjejum. Como Bruno havia dito para a filha, ele saiu logo após o café e sem falar com Fatinha aonde ia, coisa que a deixou um tanto nervosa, confusa. Não demorou muito. Meia hora, depois ele já estava de volta. Foi até o quarto de Fatinha e viu que ela dormia, aproveitou e entrou no quarto do lado e viu Sofia desenhando. Chamou a filha e caminhou com ela, ate a cozinha.

— Vamos fazer macarrão, pai? – Sofia perguntou reconhecendo os ingredientes.
— Sim, vamos fazer pra nós e a mamãe. Ajuda a preparar? – Ele disse enquanto colocava uma panela de água no fogo.
— Claro papai, então vai logo. Que eu já estou com fome! – Ela foi fazendo as coisas que o pai pedia, mesmo sendo coisas pequenas. Nada de fogo, ou facas perto dela. Não podia. Terminaram de fazer o macarrão, prepararam batatas e uns molhos. Bruno arrumou a mesa colocando três lugares. E em cima de um prato, pôs uma caixinha vermelha. Saiu da cozinha com Sofia pendurada em seu pescoço, foi até o quarto dela, deu um banho na menina e arrumou-a em um vestido azul com babados. Deixou os cabelos da menina soltos, para que pudessem secar com mais facilidade. Saiu do quarto deixando a filha vendo TV e foi para o quarto de Fatinha, queria acorda - lá mais antes iria tomar um banho. E não tardou saiu do banheiro já vestido, com uma bermuda jeans e uma regata branca. E os cabelos levemente molhados. Foi até a beirada da cama, e passou as mãos nos cabelos de Fatinha. Ela que estava apenas cochilando, abriu os olhos lentamente, e sorriu pra ele.
— Amor! – o abraçou pelos ombros. – Ta cheiroso, que lindo. – disse enquanto roçava o nariz no pescoço dele.
— Acabei de tomar banho, e vim te chamar. Pra almoçar. Os três! – Puxou-a pra fora da cama – Venha, vamos logo preguiçosa.
— Mais eu nem tomei banho. – Indagou fazendo bico.
— Não importa. Vamos indo, da à mão – pegou novamente nas mãos dela e foi arrastando-a pra fora do quarto.

Chegaram à sala e Sofia, já estava sentada em volta da mesa. Onde seria o almoço. Sorriu ao ver a mãe descabelada e de pijamas de florzinha, Fatinha olhou para a mesa posta com zelo, e sorriu pra Bruno que a indicou o seu lugar. Ela sentou e ele fez o mesmo, reparando que Fatinha ainda não havia prestado atenção na caixinha em cima de seu prato.

— Macarrão, mamãe! Olha – a filha apontou a travessa que continha a massa.
— Olha, que bonito que esta. Quem fez? Foi você, Sô? – Piscou pra Bruno, que riu de leve.
— Foi sim mamãe. Prova, ta muito bom o papai disse! – Apontou pro prato da mãe. E só assim Fatinha pode perceber o que estava em cima do prato. Viu a filha olhar para Bruno e sorrir cúmplice.
— O que é isso? – Pegou a caixinha nas mãos com receio de abrir.
— Abra! – Bruno disse enquanto servia o prato de Sofia.
— Vai logo mamãe, não enrole. – a menina disse ao ver que a mãe recuava para abrir a caixa.
— Calma. – Fatinha abriu aquela pequena caixa devagar, e quando a abriu por completo. Arregalou os olhos e uma lagrima caiu sem ser notada. – Oh meu Deus, Bruno. Isso é o que eu estou pensando? – Ali havia duas alianças de prata, que continham as iniciais. B M S.
— Sim! E ai, qual a sua resposta? Quer ser a minha esposa, pra sempre? Quer continuar sendo a mãe dos meus futuros filhos? Quer me fazer feliz? – Ele se levantou do seu lugar e foi até ela. Que também foi ficando de pé.
— Anda mamãe, diz que aceita logo! Aceita, aceita! – A menina batia palmas incessantemente. Enquanto sorria de felicidade.
— Sim, é claro que eu aceito meu amor! Eu não vou te deixar ir nunca mais. Nunca! – O abraçou sorrindo e o beijou por toda a extensão de seu rosto, finalizando ao encontrar a boca. Se beijaram apenas com os lábios, queriam aproveitar. Foram tirados daquele beijo ao sentir ao caindo sobre eles. Quando repararam, viram que eras pequenos pedaços de papel, guardanapo. Pra ser mais exata. Sofia tinha picado os pedaços e estava pulando em volta dos pais.

— Oh meu Deus, eu não acredito nisso! – os olhinhos dela brilhavam – os meus papais estão namorando e vão casar e tudo. Eu vou contar pra escola toda, que eu tenho um papai e uma mamãe, igual a todos eles! – Ela parou de pular e pediu colo para o pai, que a pegou sorridente. Sofia deu um beijo no rosto dos pais e encostou a cabeça no ombro de Bruno. – Amo vocês, papais! E agora tenho certeza de que não vão me deixar nunca. – Levantou o rostinho e juntou os pais para darem um único abraço nela. – E eu quero um irmãozinho hein! – Sorriu assim como Fatinha e Bruno.
— Ouviu isso Fatinha, sua filha quer um irmãozinho. Vamos deixa - lá na vontade? – Bruno riu.
— É claro que não, quem sabe daqui a alguns anos? – Piscou pra ele sorrindo feito boba.
— Não pode ser meses? – Sorriam e Fatinha assentiu.
— Eba, irmãozinho! Irrú – A menina gritou estridentemente. Então eles voltaram a se abraçar.

Lembra daquela família feliz, de comercial de margarina? Pois bem, começou longe de ser assim. Mais quem imaginou que o final não pudesse ser tão maravilhoso, quanto? Ame seus filhos, pais, amigos, irmãos. Ame, pois o amor é o único que pode mudar a vida de um ser humano.

E amo o que amas, eu te amo. Te amo por amor a dar o meu mesmo. Te amo com orgulho de querer-te. Porque para te amar eu nasci.





Amo - Axel Fernando.


Fim.


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Notas finais do capítulo

Obrigada à todas que acompanharam e elogiaram a fic! Espero que tenham gostado desse último capítulo e nos vemos em Linha Tênue.

Beijos ♥

ps: feliz dia do amigo!!! :)