My Favorite Archer escrita por Bia Renner


Capítulo 9
The Mission


Notas iniciais do capítulo

Oi povo *desvia das pedradas*, eu sei que eu demorei, mas eu voltei, enfim.
Obrigado a Mila Renner e Charlotte Rodelli que recomendaram a fic ♥ Capítulo dedicado a vocês ;)
Boa leitura.



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My Favorite Archer

The Mission

–Bia.. Bia acorda! -Ouvi o Clint me acordando.

–Hã? Só mais 5 minutinhos... -Falei sonolenta.

–Acorda logo! Já chegamos. -Falou e eu resolvi abrir os olhos, e vi ele me encarando. - Bom dia flor do dia. -Disse sorrindo.-Vem. -Disse pegando minha mão carinhosamente e me levantando.

Saímos do avião e logo senti o maior frio da minha vida. Abracei o Clint tentando me proteger e ele riu da minha situação.

Ele tirou o sobretudo que usava e colocou em mim.

–Clint não precisa. -Falei.

–Precisa sim, eu posso tentar suportar o frio. -Disse sorrindo.

–Obrigada.. -Falei sorrindo. -Onde devemos ir agora?

–Para o hotel descansar um pouco...

Pegamos nossas malas, aquela coisa toda. Pegamos um taxi e o Clint falou alguma coisa em russo pro taxista que eu não entendi, suponho que o endereço do hotel.

–Você tem que começar a aprender outras línguas. -Avisou.

–Ta certo. -Falei me lembrando de coisas do passado..

–O que foi? -Perguntou.

–Estou com sono...

–Mas.. Você dormiu a viagem toda, e ainda está com sono? -Falou incrédulo.

–Ahn... Na verdade estava lembrando de uma coisa. -Falei. -De quando entrei na SHIELD.

–Eu lembro. -Disse sorrindo. -Parecia uma aluna que acaba de chegar na escola nova.

Ri.

–Sim, mas eu tava lembrando de uma coisa especial.

–E o que seria?

–De quando você me treinou pela primeira vez, e acabamos virando amigos. -Falei sorrindo levemente.

–É mesmo. -Sorriu. -Você nem sabia como segurar um arco.

–Mas você me ensinou. E muito bem.

–Sempre será um prazer te ajudar.

Ele se aproximou e me abraçou fortemente. Eu adorava ficar em seus braços.

–Você é a melhor amiga do mundo. -Falou no meu ouvido. Ele não percebe que eu quero ser mais do que isso?

–Você também é o melhor amigo do mundo. -Murmurei.

–Eu vou te proteger, para que nessa missão, ninguém ouse relar um dedo em você. -Disse desfazendo o abraço e olhando bem nos meus olhos.

–Não se preocupe, eu consigo me proteger sozinha. -Falei estrando o clima.

–Certo... Chegamos. -Avisou.

–Nossa, já?

–Já. -Riu.

Pagamos o motorista, pegamos as malas e entramos no hotel.

Ao entrar no hotel, percebi que estava lotado, cheio de idosos jogando...Bingo? Crianças correndo pelo hotel inteiro, casais brigando e apenas um recepcionista para atender toda essa gente.

–Por que você não pegou um hotel melhor? -Reclamei.

–Ai, desculpa mimadinha. Dá próxima, pego um melhor. -Falou rindo.

–Da próxima vez, é capaz de não estarmos vivos.

–Será que dá para você ser menos negativa? Já está irritando de tanto você falar isso. -Falou.

–No que posso ajuda-los? -A recepcionista perguntou assim que chegamos ao balcão.

–A senhorita fala Inglês? -Clint perguntou.

–Sim, bem.. Eu sou americana. As vezes esqueço de falar em russo. -Disse atrapalhada. -Prazer, Beth. -Sorriu.

–Prazer, Clint..

–Espera ai.. Você é o Gavião Arqueiro? -Perguntou.

–Uau, quem diria, o passarinho tem fãs gringas. -Falei entendiada.

–E mais uma vez, a onça voltou atrás de ovelha. -Clint disse.

–Seria uma pena, se a onça fosse morta pelo fazendeiro, ou por um caçador. -Falei.

–Ahn.. A senhorita não acha que está muito nervosa? -Beth perguntou.

–A senhorita não acha que está se metendo onde não é chamada? -Pensei alto.

–Nooossa, eu não deixava. -Clint provocou.

Beth revirou os olhos.

–Ela é sua namorada? -Perguntou olhando alguma coisa no computador.

–O que? Não! Ela é só uma...amiga.

_Que pena ,pois vão ter que dividir o quarto. -Beth deu uma chave a Clint. - Quarto 627, a direita, segundo andar, boa sorte Gavião.

–O QUE!? Diz que é brincadeira. Cadê a camêra? -Falei incrédula.

–Não é brincadeira. Da proxima vez, façam reserva. -Disse sorrindo.

Crianças gritando e correndo, Clint gargalhando como uma foca retardada, velhos gritando bingo em cada 2 em 2 segundos, minha cabeça vai explodir.

Dei um soco na cara do Clint para ver se ele ficava quieto. Isso rendeu toda a atenção do lugar para a gente. Droga...

–Oi gente, oi. Alguém quer autográfo? -Clint perguntou. Obviamente ninguém entendeu nada do que ele disse.

–Ahn, eles não lhe entendem.-Beth disse o óbvio.

–Enfim, porque tenho que ficar no mesmo quarto que ele? -Perguntei tentando ficar calma.

–Por que a maioria dos quartos estão ocupados, e reservados. Esse foi o único livre, vocês tiveram sorte.

–Ótimo, o dia não pode melhorar. -Disse irônica

–Você só vai ficar feliz de novo quando essa missão acabar não é? -Clint suspirou indo em direção ao elevador. -Obrigado Beth.

–De nada, Gavião.

–Exato, apenas quando acabar. -Falei entrando no elevador com ele.

–Entendo.. Mas você não pode ficar assim. Sem motivação. Acaba afetando o desenvolvimento da missão. -Falou.

–Filosofou agora. -Comentei.

–Sim, filosofei. Pode começar a me chamar de Clint Lispector. -Falou e eu ri. -Finalmente um sorriso.

–Desculpe... Por antes, é que...

–Está preocupada. -Clint disse. -É compreensivo. Você nunca tinha tido uma missão dessas. Aguentou meus pitis, a barulhera aqui do hotel. Afetou muito você. -Continuou.

Chegamos no segundo andar, saimos do elevador e procuramos o nosso quarto o 627, rapidamente o achamos.

Diferente do que eu achava, era um quarto bem chique, duas camas, bem arrumado.

–Ainda quer um hotel melhor? -Zombou.

–Cala boca. -Falei rindo.

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–Tem agentes da SHIELD infiltrados lá dentro. No meu sinal, eles saberão o que fazer lá dentro, como eliminar quem estiver ao redor e liberar nossa passagem. -Clint explicou.

Estavamos nos arredores da mansão do Ivan, o lugar era bem falho na segurança.

–Que sinal? -Perguntei.

–Espere um minuto.. -Falou pegando uma flecha. Mirou para mansão e atirou.

–É o que eu estou pensando?

–Ahan.. -Falou sorrindo. -Cabum! -Disse e apertou um botão do seu arco, fazendo que a flecha explodisse uma parte da missão. -Let's go baby. -Disse dando uma piscada e correndo em direção a mansão.

Corri atrás dele, caramba como o Clint corre rápido, em pouco tempo já o perdi de vista.

Atirei algumas flechas em quem estava no meu caminho, estou me sentindo uma Gaviã Arqueira. Por enquanto está até que fácil.

Por enquanto mesmo. Levei um tiro de raspão na perna, olhei para trás e vi uma mulher que aparentava ter uns 20 e poucos anos. Ela me olhava e segura uma arma tremendo.

–E-Eu não queria fazer isso, me obrigaram a trabalhar aqui. -Falou.

Quase fiquei com pena, mas me lembrei de uma coisa que o Clint havia me falado uma vez. ''Nunca confie na história de que foi obrigado a fazer aquilo. A pessoa vai te matar assim que você virar as costas.'' Dei um sorrisinho lembrando daquilo.

–Não se preocupe, não vou te machucar. -Menti me aproximando.

–Obrigado moça.

De nada, seria uma pena.. Se.. Você morresse. Segurei sua cabeça e em um movimento rápido quebrei seu pescoço.

–Nossa que crueldade. -Clint disse se aproximando. -Parabéns, aprendeu bem a lição, vai ganhar um doce.

–O que aconteceu com você? -Falei preocupada ao ver seu machucados.

–Não se preocupe mamãe, eu estou bem.

–Que bonitinho, o novo casalzinho da SHIELD. -Um cara disse.

–Cala a boca. -Falei dando um tiro na sua cabeça e voltando minha atenção ao Clint.

–Desse jeito, você vai acabar roubando o titulo de ''Viúva Negra'' da Tasha. -Clint disse rindo. Como ele conseguir rir nesse momento? E que história é essa de Tasha?

–Vou te ignorar que é.. -Comecei, mas um tiro no braço me interrompeu. Rápidamente o Clint eliminou o autor do crime.

–Doeu? -Perguntou.

–Não magina, você não imagina a sensação boa que é levar um tiro. -Falei com dor.

–Ignore isso, é psicológico. -Disse, para ele tudo era psicológico.

–Ta com depressão? Ta parecendo uma gazela puladora. -Murmurei e ele fechou a cara.

–Vamos logo. -Falou apressado.

Lutamos mais um pouco. Apliquei uns golpes, que assumo, me inspirei na Natasha.

–Vai atrás do Ivan, antes que ele sai daqui. -Clint mandou.

–Porque eu?

–Porque eu estou mandando.

Nossa, nunca mais chamo ele de gazela puladora. Agora terei de procurar um cara que não quer ser encontrado, numa mansão gigante.

Aquele tiro no braço atrapalhava um pouco, mas não precisava me esforçar muito já que a segurança desse lugar é realmente bem fraquinha.

Eliminei mais alguns que estavam no meu caminho. Realmente, a onde aquele cara se meteu?

Ouvi palmas vindo de algum lugar olhei ao meu redor e nada vi e as palmas continuaram.

–Parabéns, foi um show impressionante. -Ouvi atrás de mim. Me virei e vi o Ivan ali. Já ia pegar uma flecha e acabar com ele. Mas Fury o pediu vivo.

–Show vai ficar melhor ainda quando você for preso.

–Hum... Você é bonita. Adoraria ter você ao meu lado, posso até esquecer o que fez com meus homens? -Falou.

–Seus homens? Desculpa, não fico com gays.

–Você é bem corajosa. Mas, eu sempre preciso acabar com quem entra no meu caminho, igual seu pai.. Bianca Moscowitz.

–Que? -Falei assustada me afastando.

–Sabe, seu pai, era um cara bacana, uma pena ele ter descoberto meus planos e ameaçar contar pro mundo todo. Finalmente ele vai ter um momento feliz, vai reencontrar a filhinha. -Falou rindo. Se aproximou e me empurrou brutalmente no chão. Agarrou meu cabelo e falou no meu ouvido. -Onde está o seu herói agora? -Disse e bateu minha cabeça no chão.

Verdade. Onde está a praga do Clint?

–Você.. É patético. -Falei me levantando com dificuldade.

–Shiu! Sou eu que falo agora! -Falou socando minha cara.

–A violencia contra a mulher é crime e é covardia. Sua mãe nunca te ensinou isso? Se é que você teve uma mãe né. -Falei me reerguendo e dando um pontapé na sua cara. -Olho por olho meu amigo.

–Quer lutar antes de morrer? Acho justo. -Falou dando outro soco bem mais forte.

–Argh.. Como eu disse, é olho por olho. Eu sou bem mais forte do que pareço sabia? -Falei dando uma cabeçada no seu nariz.

–JÁ CHEGA! -Falou me jogando na parede. -Isso acaba aqui, adoraria dizer que vai ser indolor, mas isso seria mentira. -Disse pegando uma arma e apontando para mim.

Fechei os olhos, já estava sem forças para me defender. Dois tiros foram desparados, porém, não senti dor. Abri os olhos e vi o Ivan caído no chão com uma flecha no pescoço. Teria ficado aliviada. Senão fosse o Clint ali, atigindo pelos dois tiros.

–CLINT! -Falei correndo até ele. -Porque você fez isso?

–E-eu.. Disse.. Que ia te proteger. -Falou fraco e com dor. -Bia.. Quero te dizer uma coisa..

–Diga. -Falei acariciando seu rosto.

–Eu.. Eu te.. -Começou porém não conseguiu terminar pois acabou desmaiando nos meus braços.

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Nesse momento estou no hospital onde o Clint está em coma, já estavamos em Nova Iorque. Meus ferimentos já foram cuidados, mas eu pouco me importava com eles, só queria saber quando teria o meu bebê manhoso acordo e sorridente de volta.

Fui até a recepção. Havia uma enfermeira conversando no telefone com alguém, ela era magra e loira, e usava uma maquiagem que Deus nos acuda, parecia o Coringa.

–Ahn... Com licença, poderia me informar quando acaba o horário de visitas?

Antes mesmo que ela pudesse responder, uma mulher loira apareceu desesperada.

–CADÊ MEU BEBÊ? CADÊ MEU CLINT?

–Bia? -Ouvi uma menina saíndo de trás da mulher. Era a Sophie. -BIIA!! -Falou me abraçando.

–Sophie, você conhece essa moça? -A mulher perguntou.

–Claro que conheço, ela é amigona do Clint. -Disse fofa.

–Ah sim, prazer. Sou mãe do Clint. -Disse estentendo a mão.

–Sou Bianca. O prazer é todo meu. -Falei apertando sua mão e sorrindo.

–Meu filho fala muito de você. Vocês são só amigos? Certeza? -Falou sorrindo maliciosa. Porque todo mundo pergunta isso?

–Sim, somos só amigos de trabalho. -Disse.

–Mas.. Vocês tão sempre juntos, dormem coladinhos.. -Sophie disse.

–Sophie! -Falei e ela se escondeu atrás de sua mãe.

–Ahn.. Desculpe.. A Sophie é muito tagarela. -A mãe do Clint disse.

–Ja sei disso. -Sorri

–Senhorita Bianca? -A recepcionista chamou.

–Sim? -Perguntei.

–O horário de visita para familiares começa agora e termina daqui duas horas, para amigos apenas a noite.

–Mas moça, ela é noiva do meu filho. Faz parte da família. -A mãe do Clint disse me ajudando.

–Erh...B em, íamos nos casar daqui alguns dias, mas infelizmente isso aconteceu. -Disse imitando um choro, a mãe do Clint me abraçou e até a Sophie entrou na onda.

–Oh... D-desculpe-me... Podem ir, é no terceiro quarto na esquerda na ala B.

–Álias, meu nome é Esther. Não quero ficar conhecida como ''a mãe do Clint''. -Riu, gostei dela.

Ri, estava alegre até lembrar o motivo de Clint estar aqui.

Chegamos até seu quarto e vimos ele ali, deitamos, com vários fios ligados a ele e uma máscara de oxigênio.

–Clint ?... -Disse Sophie se sentando ao lado de Clint, com os olhos marejados.

–Meu filhinho.. -Dona Esther também se sentando ao lado do filho e fazendo um carinho nos cabelos dele.

Ok, estou começando a se sentir mal, aliás, ele está nessa cama por minha culpa não é? Era para aquelas malditas balas terem acertado em mim, não nele.

Senão fosse por minha culpa, ele estaria bem. Ninguém ia ficar triste, e provalvelmente, ele estaria comemorando o sucesso da missão com seus amigos Vingadores.

Mas infelizmente, borracha não apaga caneta, não posso simplesmente apagar o passado.

E mais uma vez, como sempre, a culpa é minha. Porque eu nunca consigo proteger as pessoas que eu amo?

''Porque você não confia em ninguém, em nada, acha que pode tudo sozinha e acaba fazendo outras pessoas sofrerem.'' Pensei, mas logo balancei a cabeça tirando isso da mente.

Aos poucos, vi ele abrindo os olhos bem devagar. Sorri instantaneamente. Pelo menos ele não vai ficar muito tempo assim.

–CLINT! VOCÊ ACORDOU! EEEEEH! -Sophie disse animada pulando em cima dele que fez uma careta de dor.

–Sophie! Saia de cima do seu irmão. Ele ainda não está 100% bom. -Dona Esther repreendeu.

–Ahn.. Oi Clint.. -Falei e ele deu um sorrisinho.

–Que foi filho? Perdeu a voz foi?

Sophie olhou para mim e para Clint.

–Mamãe, estou com fome. -Soph disse. -Vamos lá embaixo comer alguma coisa?

–Vamos filha. Fica bem ai Clint. -Falou e em seguida as duas saíram.

Olhei para o Clint que me olhava fazendo biquinho. Ele abriu os braços devagar pedindo um abraço. Fui até e o abracei fortemente.

–Desculpe.. -Disse o abraçando e involuntariamente lágrimas escorreram.

Ele me olhou como se perguntasse o porque do pedido de desculpas.

–Por minha culpa, você está ai semi-morto.

Ele colocou a mão em minha bochecha e a acariciou limpando minhas lágrimas.

Ele aproximou nossos rostos e me olhou como se pedisse permissão para fazer oque eu imaginava que ele queria fazer. Respirei fundo e assenti. Dessa vez eu não ia sair correndo.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Deixa um review, não dói nada, não cai sua mão.
Até o próximo cap o/