My Favorite Archer 

The Lovers

Ele carinhosamente me deu um beijo rápido, um selinho, aquilo serviu pra me acalmar. Antes que eu pudesse pensar em alguma coisa ele já abria espaço entre meus lábios cerrados com sua língua quente e macia, que logo adentrou em minha boca, ele virou um pouco o rosto e nossos lábios se encaixaram com perfeição.

Começamos a nos beijar, ele explorava a minha boca assim como eu explorava a dele, calmamente, sem nenhuma pressa. Posso contar que aquele beijo demorou... Mas foi inesquecível.

Infelizmente, os nossos pulmões começaram a pedir por ar e nos afastamos um pouco.

–Se fosse preciso.. Para lhe proteger... Eu faria tudo de novo. -Disse ofegante.

–Você sabe, que não pode me proteger para sempre não é?

–Sei.. Mas sempre que eu poder, eu vou fazer. -Disse sorrindo e me dando outro beijo.

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Quatro dias se passaram, e finalmente, hoje o Clint teria alta. As coisas entre nós estavam bem. Posso nos considerar... Amantes.. Eu acho.

Fui animada até o quarto dele e chegando lá.. Ele não estava lá. Que isso produção? Ele já teve alta e ninguém me avisou? É isso mesmo?

Procurei alguma enfermeira e finalmente achei.

–Moça, com licença. O paciente Clint Barton já foi liberado? -Perguntei, ela deu uma olhada na ficha que carregava.

–Não senhora, mas ele ainda será liberado hoje. Porque a pergunta? -Falou e comecei a ficar preocupada.

–É que.. Eu fui visita-ló em seu quarto.. E ele não estava lá..

–Ai meu Deus! Me acompanhe por favor. -Falou.

Fomos ao quarto do Clint e ela confirmou que ele realmente não estava.

Várias coisas passaram pela minha cabeça. Será que ele foi sequestrado? Será que resolveu fugir? Mas não faria sentido, já que teria alta hoje.

–Ótimo, vamos ficar uma hora, procurando um cara, que provavelmente não quer ser encontrado. -A enfermeira suspirou.

Procurei no hospital todo. TODO. Até nos achados e perdidos e ninguém sequer viu ele.

Só faltava a ala de Pediatria, a onde ficava algumas crianças doentes. Mas não creio que ele esteja lá.

Ouvi umas risadas vindo de lá e fui ver logo. Chegando lá, adivinha? Ele estava lá brincando com as crianças.

–Nem tempeste, nem medo da noite.. Crianças preciso ir. O dever me chama. -Falou dando um pulo como se fosse sair voando. Fiquei encostada na porta com um sorriso bobo. -Quem de vocês roubou os meus poderes? Foi você? Você que pegou? -Perguntou para uma criança. -Ou será que foi você? -Perguntou para outra. -Mas não se preocupem, já estou me sentido forte de novo. -Disse fazendo pose. Mas, do nada ele desmaiou.

As crianças começaram a rir e eu fui ajuda-lo, ai, meu Deus, Clint necessita fazer uma dieta urgente! (Ele ta meio gordinho.)

–Acorda Clint! Não morre não! PRECISO DE ENFERMEIRAS AQUI! -Falei desesperada.

–Ei moço.. Você tem que acordar.. Pra salvar o mundo.. -Uma menininha disse se aproximando. -Eu sei que você é um super-herói de verdade.. É aquele moço que atira flechas.. -Continuou.

Ela se ajoelhou ao lado do clint e me olhou. -Ela tinha a pele bem branquinha e olhos verdes. -Quer que eu chame uma enfermeira ? -Perguntou.

–Sim por favor.. -Falei e ela saiu correndo a procura de alguém.

Uns cinco minutos depois, alguns enfermeiros chegaram e levaram o Clint de volta.

Me informaram que ele teria que ficar mais dois dias aqui, já que alguns pontos abriram.

Fui até o quarto do Clint e ele já estava acordado, apenas tonto pelo efeito do remédio.

–Feliz agora Clint? Você poderia muito bem sair daqui hoje. Mas não, preferiu dar um rolê e ficar mais dois dias aqui. -Repreendi.

–Desculpa. Eu estava entediado, não tinha nada para fazer. Você não me visitou mais, me abandonou aqui. -Disse fazendo bico.

Me sentei ao lado dele

–Eu nunca te abandonei, e nunca vou te abandonar. Você não vai se livrar de mim assim tão cedo. -Falei e ele sorriu.

–Mas sério, você não veio me ver nenhuma vez ontem. Aconteceu alguma coisa?

–É que... Não sei como.. Mas o Ivan, me conhecia, e deu a entender que ele causou a morte do meu pai. -Falei apertando a mão do Clint forte, se eu apertasse mais, com certeza eu quebraria sua mão.

Ele olhou para nossas mãos e fez careta.

–Mas... Se Ivan conhecia seu pai... Seu pai deveria ser um maniaco ou coisa assim. -Disse. -Não se ofenda.

Apertei mais um pouco sua mão, só para testar.

–Ai! Não desconta sua frustração na minha mão. -Falou puxando a mão e a massageando.

–Desculpa. -Falei rindo.

–Não tem graça.

–Tem sim.. -Falei baixinho. Mas ele ouviu.

–Sabe.. Talvez seja melhor você voltar amanhã.. Prometo que não vou fugir. -Disse ficando de costas para mim.

–Sinto muito Clint. Não queria te deixar chateado. Mas já que você quer que eu vá embora... -Mal virei de costas e ele já estava me puxando de volta e sorri vitoriosa.

–Não precisa levar tudo o que eu falo ao pé da letra.

–Era só para te provocar. -Falei bagunçando seus cabelos loiros.

–Para quando é o casamento dos pombinhos? -Ouvimos uma voz irônica atrás de nós, não precisei me esforçar muito para saber quem era.

–Oi Tony. -Falei alegre acenando.

–Oi olhinhos azuis. Atrapalhei o clima?

–Se quer saber, sim, você atrapalhou. -Clint disse.

–Nhac! A gaivota ficou bravinha. -Tony falou e eu ri. -Só vim aqui porque o pirata do Caribe vulgo Fury quer falar com você. -Tony disse apontando para mim. -Ele ta meio boladinho com vocês, porque queria o carinha louco lá vivo.

–Por que ele mandou você? Podia ter mandado um agente qualquer. -Clint disse revirando os olhos.

–Sei lá cara. Agora vamos logo. -Tony disse me puxando.

–Ai! Tchau Clint! -Falei me despedindo. -Pode me soltar sabia, eu sei andar sozinho, senhor enlatado. -Reclamei.

–Desculpa senhorita ''Ninguém pode me tocar''.

Saímos do hospital e entramos no carro nada discreto do Tony que saiu em disparada. Qual o problema desses vingadores que gostam de sair em disparada?

–Tony, você está sabendo de alguma coisa? -Perguntei desconfiada.

–Quem? Eu? Claro que não, não sei de nada. -Falou sorrindo amarelo.

–Fala logo, eu sei que você está mentindo.

–Aff mulher ruim. Só sei que Fury vai te dar outra missão, pode ser boa ou ruim, depende do seu ponto vista. -Explicou.

–Entendi...

O resto da viagem foi silêncioso, não demorou muito para chegarmos na SHIELD.

–Obrigada pela carona Tony, a gente se ver por ai. -Falei saindo do carro.

–Disponha. Boa sorte e cuidado Bia. Adios.

Entrei na SHIELD meio resseosa, afinal, o que me espera dessa vez? Algo pior? Mas pode ser bom, pelo o que o Tony disse.

Bati na porta da sala do Fury e entrei.

–Com licença.

–Entre Agente Moscowitz. O Gavião já se recuperou?

–Sim senhor..

–Não quero falar sobre essa missão. Tenho uma outra para a senhorita. Creio que o Stark tenha lhe falado isso certo?

–Sim senhor, ele disse.

–Espero que ele tenha lhe falado tudo..

–Tudo o que?

–Bom.. A senhorita já ouviu falar no deus das trapaças Loki?