Love To Death escrita por pink unicorn


Capítulo 2
Chapter Two


Notas iniciais do capítulo

Fiquei muito feliz com os reviews! Obrigada, pessoinhas do meu S2!



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- Pai?

Então, do nada, meu pai apareceu sentado em seu trono, deixando uma névoa preta no ar, o que fez a garota (já lhes disse que não sei o nome dela?) espirrar.

- Saúde. – Eu lhe disse.

- Obrigada.

Ele olhou para a garota e depois para mim.

- O que é isso? – Ele perguntou.

- É...hã...- eu hesitei. – Essa é a... qual o seu nome?

- Faith. – Ela respondeu.

- Nome bonito. – Meu pai disse. E eu fiquei tipo “Mas o quê?”

- Obrigada. – Faith disse.

- Certo...- eu comecei, já ficando nervoso. – Eu...posso te pedir uma coisa?

- Hm...pode. – Meu pai disse, arqueando uma sobrancelha.

- Será que...dá para você fazer a Faith voltar a viver? – Eu pedi, com medo da reação dele.

- É, até que dá. – Ele disse. Por incrível que pareça, meu pai pode ser gentil as vezes. – Mas é só por que eu simpatizei com essa garota. E tem uma condição.

- Que condição? – Eu pedi.

- Vocês partirão em uma missão que lhes vai ser dada. E se cumprirem a no prazo, eu a deixo ficar viva, se não, ela morrerá novamente.

- Mas e que missão vai ser essa? – Eu pedi.

- Esperem até recebê-la. – Ele disse e acenou com a mão. De repente, as cores voltaram ao rosto e corpo de Faith, o vestido e o cabelo pararam de se fundir com o ar, como se fossem um, e eu, finalmente pude ver a cor dos olhos dela. Eram azul claro, perto das pupilas, eles tinham algumas “raízes” castanhas e contorno era um pouco mais escuro que o azul dos olhos. Ela era muito mais bonita em cores do que como fantasma. Eu ainda podia ver os ferimentos em seus braços e uma enorme mancha vermelha na área do coração. Ela tocou o peito e a mão dela ficou suja de sangue, mas de repente, o sangue começou a sumir e os ferimentos cicatrizaram.

- Que...que incrível! – Ela exclamou. Torci para que ela não lesse meus pensamentos, porque eu achava o mesmo que ela. Quer dizer, eu achava que ela estava incrível.

Ela não disse nada, então, quer dizer que ela não pode mais ler os pensamentos. Me segurei para não suspirar de alívio.

- Pronto. – Meu pai disse. – Agora vão para o acampamento meio-sangue e esperem pela missão.

- Obrigado, pai! – Eu disse.

- É, obrigada, Sr. Hades. – Faith disse, sorrindo e olhando para as mãos, como se não acreditasse que elas estavam mesmo ali.

- É, tá, tá. – Ele disse. – Agora vão.

Eu caminhei junto com ela até algum lugar onde houvesse sombra para que eu pudesse viajar nas sombras para o acampamento. Enquanto isso, eu fui conversando com ela:

- Quantos anos você tem, Faith?

- 13, vou fazer 14 daqui alguns dias. – Ela respondeu.

- Eu também. Na verdade, falta um mês. – Eu disse.

Ela pareceu pensar por um tempo e depois disse:

- Você participou da guerra?

- Sim. – Eu assenti. – Por quê?

- Ah, eu sabia que já tinha te visto em algum lugar. – Ela disse.

- Você me viu na guerra?

- Sim, você e o seu pai. Vocês...foram incríveis. Eu gostaria de ter ficado ao lado de vocês e não no dos titãs. Acho que vou me sentir culpada a vida inteira. – Ela sorriu de leve. Talvez porque ela recém havia voltado da morte.

- Não fale assim. – Eu parei de caminhar. – Vamos. Vamos para o acampamento.

- Tudo bem. – Ela enganchou o braço no meu e eu entrei na sombra, literalmente.

Eu acho que a sensação de viajar nas sombras para ela, foi bem ruim, pois quando chegamos ao acampamento ela estava meio verde.

- Você está bem? – Eu perguntei.

Ela balançou a cabeça e disse:

- Sim, mas isso foi estranho.

- Certo. Mas você está bem agora, né?

Ela sorriu. Era um sorriso encantador, senti um frio na barriga.

- Sim, estou bem.

- Vem, vamos falar com o sr. D.

Peguei a pelo pulso e a arrastei até a casa grande. Ela parecia estar achando graça nisso tudo, pois olhava em volta completamente maravilhada. Parecia Annabeth quando falava sobre arquitetura e essas chatices.

Vi Percy acenando para mim do lago de canoagem. Acenei de volta e ele gritou:

- Venha falar comigo depois!

Eu assenti e continuei o caminho para a casa grande.

- Esse é o Sr. D? – Ela sussurrou quando viu o Sr. D jogando Pinoche com Quíron.

- É. Ele é feio né? – Sussurrei de volta e ela assentiu, quase tendo um ataque de risos.

- Quem é essa? – Sr. D pediu, assim que nos viu.

- É a Faith. Ela...ela estava morta. – Eu disse. – Mas meu pai lhe deu uma segunda chance.

- E por que ela estava morta, exatamente? – Sr. D pediu.

- Ela morreu na guerra... – Notei que eu estava hesitante. – Ela...era do lado de...

Eu não conseguia falar. Tive medo que o Sr. D quisesse expulsá-la do acampamento.

Faith pigarreou e deu um passo a frente.

- Eu morri na guerra. Eu era do exercito de Cronos, mas me arrependi disso. Morri após ter discutido com Luke. – Ela falou de modo tão confiante, mas percebi um pouco de tristeza em sua voz.

- Luke não, era Cronos. – Sr. D falou. – Mas, mesmo assim, você pode ser uma ameaça. Sr. Di Angelo, por que a trouxe aqui?

- Sr. D! Ela não é uma ameaça. Ela se arrependeu, ela estava no Elísio. Somente heróis vão para o Elísio! – Aleguei.

Sr. D suspirou.

- Ok, ok. Eu a deixo ficar aqui. Desde que você tome conta dela. Agora, leve-a para o chalé de Hermes.

Assenti com a cabeça. Eu realmente não achava que Faith fosse uma ameaça. Ela me parecia ser do bem. E ela mesma alegou que estava com raiva dos deuses quando se juntou a Luke. E que Luke a tinha a persuadido. Olhei para ela, que caminhava ao meu lado até o lago de Canoagem. Ela mordia o lábio inferior e olhava para todos os cantos possíveis. Os cantos de seus lábios estavam levemente voltados para cima. Essa expressão a deixava incrivelmente mais bonita do que ela já era, se é que isso é possível. Ei, espera! O que está acontecendo comigo? Sacudi a cabeça e Faith me perguntou:

- O que houve?

- Nada. Eu estava só pensando.

- Pensando no que o Sr. D disse?

- Você ainda consegue ler pensamentos? – Me  assustei.

- Não, não! – Ela riu. – Eu só deduzi.

Suspirei aliviado.

- Por quê? Você ainda está pensando no quanto eu sou bonita? – Eu corei.

- Ah, não...- eu disse. – Quer dizer...não que você não seja bonita, é que eu...Ah, cara!

Ela deu o mesmo sorriso encantador de antes e nós nos aproximamos de Percy, que ainda estava no lago de canoagem.  

- Ei cara! - Eu disse. – Tudo de boa na lagoa?

Percy riu, pois ele realmente estava na lagoa.

- Sim e com... – ele hesitou. – Quem é essa?

- Faith. – Ela disse.

Ele me olhou malicioso e disse:

- Você é o que do Nico?

- amiga. – Ela respondeu.

- Ah, é...amiga, né. – Ele disse. – Eu também era só amigo da Annie.

- Percy, não começa. – Eu disse. – Aliás, onde ela está?

- Quem é Annie? – Faith pediu.

- Minha namorada. – Percy disse. – Ela está vindo ali.

Então ele hesitou e ficou olhando para Faith.

- Você me lembra de alguém. – Ele falou.

- É? – Faith pediu. – Quem?

- É! Quem? – Annabeth pediu, assustando Percy.

- Que susto, Annabeth! – Percy disse. – Você quer me matar do coração?

- Eu estou brincando, bobo! – Beijou Percy e depois se voltou para Faith.

- Quem é você?

- Faith. – Ela disse, sorrindo. – Você deve ser a Annabeth.

- É. – Ela disse. – Filha de Atena, e você?

- Eu não sei ainda.

- É, ela não sabe. Morreu na guerra contra os titãs, mas meu pai lhe deu uma segunda chance. – Eu disse.

- É mesmo? Que bom! – Annabeth exclamou. – Quer dizer, é bom que seu pai tenha dado uma segunda chance, não que ela tenha morrido.

Faith sorriu de novo.

- Você é muito gentil, Annabeth.

Eu realmente não podia entender como Faith havia entrado para o exercito de Cronos. Ela parecia tão frágil, encantadora, gentil, sorridente...enfim, é inúmera a quantidade de adjetivos para descrevê-la. Eu até diria que ela é filha de Afrodite, mas como ela me disse que sua mãe havia morrido...não poderia ser.

- Nico? – Ouvi Faith me chamar. Eu estava novamente perdido em pensamentos.

- O quê?

Ela riu.

- Nada, eu só queria saber se você ainda estava vivo.

Eu ri também.

- Bem, acho que eu devo ir para o chalé de Hermes agora. – Ela disse. – Obrigada, Nico.

E me abraçou. Eu, de início, fiquei sem reação. Acho que posso ter corado. Corado muito, pois meu rosto estava super quente. Depois ela interrompeu o abraçou e correu para o chalé de Hermes, mas não sem antes olhar para trás, sorrir e acenar. Eu apenas fiquei lá parado, como um bobo.


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Notas finais do capítulo

Aproveitem esse cap, amores! XoXo ♥



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