Gray x Juvia

Gray estava de queixo caído. Juvia tinha sumido da guilda por alguns dias e quando voltou, não parecia aquela menina toda delicada que vivia correndo atrás dele, ela parecia mais séria e confiante, com um olhar frio de dar medo, o mesmo tipo de olhar que tinha quando ainda fazia parte da sua antiga guilda das trevas. As roupas que usava estavam mais práticas, largou os vestidos por um shorts e uma camiseta de manga comprida da mesma cor que seu cabelo. Para aqueles que conheceram a versão de Edoras da maga, diria que tinham trocado de lugar.

May ficou vigiando de longe, vendo o rapaz acompanhar Juvia com o olhar e ficar perplexo enquanto a olhava. Ela apenas foi até o painel de pedidos e pegou uma missão realmente difícil que ninguém ali queria pegar para não se arriscar tanto com uma recompensa proporcionalmente pequena. Gray se levantou no mesmo instante e se prontificou a ir com ela que apenas de ombros e saiu da guilda, seguida pelo mago como se fosse um cachorrinho.

Ponto para Juvia.

X

Gajeel viu a cena também de longe e depois foi até May, falando doce em voz baixa:

– Você não perdeu o seu jeitinho especial de trazer felicidade para as pessoas, não é pequena?

No primeiro momento ela o olhou sem entender, mas depois desistiu de manter o disfarce e riu daquela maneira suave e tranquila de quando era uma criança.

– Parece que você finalmente resolveu vir falar comigo Gajeel, fico feliz com isso.

– E parece que você está escondendo algo, quer conversar lá fora?

– É melhor.

Saíram dali sob o olhar atento de todos que se calaram com a maneira como eles estavam abraçados pelos ombros e com a expressão tranquila que era rara de se ver no rosto do Dragon Slayer. Andaram pela cidade até chegarem a floresta, ali sentaram-se em uma clareira e ficaram olhando o céu enquanto se lembravam de quando se conheceram.

Ele levou May para sua guilda onde todos riram da compaixão de Gajeel. O mestre o castigou por ter falhado em uma missão o que lhe causou bons ferimentos e sua prisão nas celas da guilda. A menina foi sua salvação, ela ia e vinha trazendo água e comida, além de usar magia para tratar as feridas dele. Além disso, parece que ela conseguiu comover o mestre a ponto dele libertar Gajeel e lhe dar uma nova chance em uma importante missão. Ele partiu sem demora, mas se arrependia por deixar a menina para trás, temia por ela.

Quando voltou levou um belo susto. May conseguira se enturmar e convencer os maiores marmanjos barra pesada de que era capaz de muito, mas não era só isso que causou surpresa ao Dragon Slayer, os outros magos da guilda também pareciam ter ficado mais amigáveis, na medida do possível, claro. Parecia até que a pequena tinha o poder de transformar a todos por onde passava, transformando aquele ambiente hostil em algo parecido com um lar.

Natsu x Lucy

Mais uma vez Lucy acordou no chão. Mais uma vez Natsu cismou de dormir em sua cama e acabou a derrubando durante a noite. Mesmo assim não conseguia negar o pedido do mago sempre que ele queria dormir ali. Na realidade, gostava do jeito que ele a abraçava sem perceber durante o sono bem como do seu cheiro, era aconchegante. Claro que nada além disso acontecia.

Ela se levantou e foi preparar o café, sabia que o Dragon Slayer de fogo acordava com bastante apetite e que uma mesa farta a prevenia de um lapso de mau humor. Tomou banho, se arrumou e quando já estava quase saindo o rapaz acordou com um sorriso no rosto e ainda falando meio mole.

–Lucy, vai não, fica aqui. – ele se levanta e a puxa para mesa, para que comessem juntos- Sabe, essa noite eu tive um sonho misturado com pesadelo, foi estranho.

– Por quê? Sonhou que tinha perdido para o Gray?

– Isso nunca aconteceria! Nem em pesadelos! Não, eu sonhei que nós éramos casados, que o Happy era nosso filho e que morávamos naquela sua casa antiga. Aquela enorme.

–Nossa, e ser casada comigo foi tão ruim assim para ser um pesadelo?

– Não, é que o Happy ficou viciado em peixes e vendeu a casa para comprar algumas toneladas, sem dizer que o Gray teve que nos emprestar dinheiro! – ele ri e depois fica sério a olhando – Ser casado com você nunca seria ruim e jamais um pesadelo.

Ele pega um pão e enfia na boca e sai correndo, pula a janela e leva Happy, que ainda dormia, consigo. Para trás deixa uma Lucy encarando sua xícara de café com um olhar perdido e um sorriso bobo no rosto.