Império Dos Sonhos escrita por Kiwriah


Capítulo 2
Minha vida desabrochando


Notas iniciais do capítulo

Infância de Snowdrop



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Eu estava muito feliz com a minha nova marca e todo o crédito que recebia, mas principalmente com o carinho que os pôneis agora tinham por mim.

Na escola, as colegas me admiravam e não foi difícil conseguir amigas agora. Não podia deixar de pensar que elas estavam sendo interesseiras, mas fazer o quê? Minha melhor amiga era Aurora, mas também haviam a Golden Locks, Bellinha, Cutiest, Diamond Sparta... mas elas nada se comparavam à Aurora.

Um dia de inverno (meus favoritos) eu estava num lago congelado brincando de patinar com ela. Ela dizia que seu sonho era ser uma patinadora profissional e ir lá para Canterlot.

– Eu realmente acredito que vou conseguir! – dizia ela, desenhando um 8 no gelo com seus patins – Qual é?! Afinal, você conhece mais alguém que consegue fazer o ‘canto do cisne’ tão bem quanto eu? He he!

– Mas é claro que você vai conseguir! – eu dizia me esforçando para não ter que responder à pergunta dela (é que ela ficava bem exibida se descuidasse, mas na maioria das vezes ela era bem divertida).

–Observe, vou fazer a manobra de novo.

Ela pegou impulso e foi com toda velocidade em frente, pulou dando giros parecidos com balé e depois aterrissou, mas a manobra não acabava ainda... ela deu algumas voltas rápidas patinando em círculos que iam se fechando, até eu me perguntar como ela conseguia virar tão rápido. Ela, então, começava a girar em volta de si com uma perna dobrada e outra estendida e ia agachando, tomando impulso.

– Dessa vez vou voar mais alto do que um cisne consegue!!!

Apesar de Aurora ser uma pônei terrestre, ela conseguiu saltar tão alto que quase me fez acreditar que ela estivera escondendo suas asas esse tempo todo, e então começou a cantar no ar, mas quando voltou a chão, ela estava tão entretida com a música que a lâmina de seus patins caiu torta e sua bela música se transformou em um grito parecido com um grasnar e ela veio deslizando direto na minha direção.

Eu tentei desviar mas ela estava rápida demais e me levou para capotar num monte de neve fofa fora do lago. Oops. Foi então que um animal que eu não consegui identificar parou perto de nós e despois de um momento voltou.

Aurora caiu na gargalhada e eu não sabia o porquê.

– Hahahahahahahahahaha!

– Por que você está rindo?

– É que o cisne veio na minha direção, aprumou as penas e balançou a cabeça em sinal negativo! Hahahahaha!

E eu comecei a rir também, mas não era tão engraçado quanto ela achava, pois não vi com meus próprios olhos. Era horrível não poder enxergar!

– Acho que dessa vez o cisne ganhou de você, Aurora!

– Pois é! – e ela ainda se matava de rir.

– Você tem um sonho... mas eu ainda não. Me ajuda a escolher um!

– Um sonho não se escolhe, você tem.

– Quer dizer que eu tenho que sonhar com aquilo literalmente?

– Bom... eu já sonhei ser patinadora profissional, então acho que sim.

– Eu sonhei uma vez que eu era uma barata, mas não acho que queira ser isso.

– Mas você já pensou como seria ser uma?

– No meu sonho eu fui esmagada.

– Hum... acho que seus sonhos estão com algum problema, he he! Pense em alguma coisa que faz você se sentir feliz, que você gosta ou gostaria muito de fazer.

– Eu gosto de fazer esculturas de gelo para dar de aniversário para meus amigos! Eles ficam muito contentes.

– Isso! Então seu sonho deve ser trabalhar como artista de gelo. Pronto! Yes! Mais um problema resolvido facilmente!

– Não sei... não acho que queira ser uma artista.

– Ah, não complica as coisas não, vai!

– Já sei! Meu sonho é fazer as pessoas felizes! Quero fazer de todas as pessoas alegres em todas as estações do ano!

Ela arregalou os olhos.

– O que foi? – perguntei.

–Nada... é só que... bem, seu sonho é tão grandioso! O meu parece pouco importante e pequeno em comparação ao seu. Deve ser muito difícil ou até impossível conseguir o que você quer, bom, pelo menos você vai ter um objetivo para a vida toda!

Eu não sabia se ficava feliz ou triste com o que ela disse.

– De qualquer forma, eu vou sempre ir ver suas apresentações de patinação!

– Há há! Você não pode ver, sua bobinha! Mas sei o que quis dizer!

Então começou a nevar e eu fiquei caçando os flocos e brincando na neve.

– Acho melhor irmos para casa. Apesar de você gostar muito de neve, não acho que ficar aqui atolada de neve lhe irá fazer bem. Vamos!

Nós chegamos à casa que estava aconchegante e ficamos olhando pela janela a neve, até ela ser coberta pela neve. Naquele dia selamos o trato de que cada uma ia fazer o possível para ajudar uma a outra a tornar seu sonho realidade.


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