O Destino escrita por Gabriela Duarte


Capítulo 37
Azul...


Notas iniciais do capítulo

Meu deus, eu comecei a escrever e acabei fazendo um capítulo enorme kkk
espero que gostem...

Minha leitora lindas eu estou escrevendo outra fic: http://fanfiction.com.br/historia/416585/Fantasmas_Do_Passado/



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Pov. Nicolas.

- Doutor Ross?- esboço um sorriso quando, a minha enfermeira preferida entra no meu consultório.

- Sim, enfermeira Ross?- ela abre um lindo sorriso.

- Trouxe esse prontuário para você assinar. – ela tentava soar profissional, mais ambos começamos rir.

- Eu não consigo você e o meu marido eu só vou conseguir ver você como meu marido, e não doutor Ross- ela coloca o prontuário em cima da mesa, ela senta na cadeira.

- Digo o mesmo, amor.

 Eu assino o prontuário, e entrego para ela. Nisso o doutor Fernando entra na sala, ele parecia ansioso.

- Doutor uma mulher entrou com um ferimento de bala, estamos esperando você na sala de cirurgia- ele avisa, eu me levanto e a Bianca faz o mesmo.

- Já estou a caminho. – ele assentiu e sai.

- O dever me chama. – antes de sair eu dou um beijo rápido.

  Como eu sou um medico residente, eu sempre estou assistindo todos os tipos de cirurgias, ontem mesmo eu assisti três cirurgias. Uma de apêndice, fígado e coluna eu estou estudando todos os dias, em pelo menos seis meses eu consigo ser um doutor por completo, antes de entrar na sala de cirurgia eu lavo as minhas mãos e coloco a roupa hospitalar, enfermeiros e os anestesistas já estavam se preparando.

- Aqui está a ficha doutor. – Michael me entrega, sempre nós falamos quando é preciso.

- Mulher de 32 anos, com 1,60m e pesa 60 kl. A região da bala foi perto da virilha, algum dano fora isso?- pergunto formalmente.

- Pelos exames a bala perfurou o útero. – ele responde, o doutor Fernando entra na sala, ele e um dos meus professores. Eu o ajudo com os equipamentos, e lhe informo os dados que recebi.

 - Vamos começar tirando os estilhaços da bala, antes de ver os danos. Em primeiro lugar e sempre pensar no paciente, a anestesia dela vai demorar duas horas mais ou menos, se passar disso a cirurgia fica complicada- o doutor começa explicando para outros médicos que estão na cirurgia.

  A cirurgia demorou uma hora e meia, e sorte que o útero não foi retirado e não houve danos maiores, eu ajudei levar a paciente para o quarto e tranqüilizar os seus familiares eu dei uma passada na cafeteria, hoje e meu dia no plantão.

- Como foi à cirurgia?- Bianca me dá um beijo casto.

- Tranqüila, apesar de ter sido um tiro foi um sucesso. – ela sorri.

- E esse tempo que eu fiquei na cirurgia, o que você fez?- pergunto, ela pega um chá Matte.

- Eu limpei vomito de uma criança, arrumei alguns dormitórios e arrumei as fichas de pacientes e examinei um ladrão. – ela dá de ombros, eu franzi a testa.

- Ladrão?

- Ou um assassino sabe lá eu não perguntei. - ela tenta fazer piada.

Ela fez uma cara feia quando bebeu o chá.

- O que foi?

- Esse chá está me deixando enjoada, eca- ela joga o chá no lixo. – Eu já tomei dele tanto, que fiquei enjoada agora.

- Pode ser isso.

- Vou indo agora, hoje você tem plantão?- ela coloca a mão em meu peito, dou um beijo na sua mão.

- Sim, quando eu chegar em casa provavelmente você vai está dormindo. – ela faz um bico.

- Até depois então. Amo você.

- Amo você também.

[...]

  Pov. Bianca.

  

   Depois de me despedi do Nick, eu fui ver o meu pai que não está mais em coma ele já está fazendo quimioterapia, e está ajudando aos poucos. Eu bato na porta e entreabro, ele está lendo um livro.

- Posso?- eu digo, ele sorri.

- Você ainda pede?- eu entro no quarto, sempre ver o meu pai assim tão frágil e dependendo de um cilindro de oxigênio para viver dói no meu peito, ele sabe disso, mais eu sempre me faço de forte e tento não demonstrar pena, ele ficaria magoado. Eu dou um abraço forte, eu me sinto tão pequena em seus braços eu sempre vou ser a sua garotinha.

- Como está se sentido?- pergunto, ele fecha o livro e coloca na mesinha.

- Normal, eu dormi a tarde toda e só. – ele nunca me falava se estava sentindo dor, ele tossiu, e eu vi a expressão de dor, ele sorri para mim.

- E o seu com foi?

Dou de ombros: - Muito cheio, estou exausta eu só vim aqui dar boa noite. Amanhã eu chego mais cedo e posso ficar mais tempo com o senhor. – eu pego a sua mão, seus olhos verdes estão um pouco apagados, a enfermeira entra.

- Desculpa interromper, mais e hora do remédio. – meu pai bufa.

- Já não basta eu ter dormindo a tarde toda. – ele murmura.

- Pai logo você vai voltar para casa e isso vai melhorar. – eu digo, a enfermeira coloca o remédio no tubo intravenoso, daqui a pouco ele dorme profundamente.

- Se sua mãe estivesse viva, hoje fazíamos vinte anos de casados... – sua voz ficou fraca, e ele acabou dormindo, eu enchi meus olhos de lagrimas.

- Você está bem Bianca?- Jena pergunta, eu limpo as lagrimas.

- Vou ficar, cuida dele ok?

- Claro, pode ir tranqüila.

  Eu olho para o meu pai e dou um beijo em sua testa, eu saio do quarto sem olhar para trás. O tratamento do meu pai não está como eu queria está, como o câncer dele raro não a medicamentos e sim os coquetéis, Nick está estudando o caso do meu pai e eu o admiro tanto por isso. Já se passou dois meses, e ele está na mesma, ele não pode fazer cirurgia ele não agüentaria. Quando eu estava no estacionamento, eu me lembro que esqueci a chave do carro, que está com o Nick. Quando eu penso em voltar eu vejo Michael vim em minha direção.

- Está tudo bem?- ele pergunta.

- Sim, esqueci a chave só isso. Eu vou lá pegar com o Nicolas- eu digo mais ele está na minha frente, eu franzi a testa.

- Como está o seu pai?

- Melhorando, logo ele sai dessa. Eu vou indo pegar a chave- quando eu tento sair ele pega o meu braço.

- O que isso?!- mais antes de impedi-lo seus lábios estão nós meus, eu tentei me esquivar mais ele e forte, ele não está sendo nada gentil, eu posso sentir o hálito de vodca, ele morde o meu lábio inferior, então eu dou um chute nas suas bolas e ele cai no chão. Eu estou ofegante, e me sentindo suja eu passo a minha mão na minha boca, e quando eu olho para frente Nicolas está olhando a cena com espanto. Michael ainda está no chão, Nicolas olha para ele no chão, e tudo e muito rápido eu só vi as costas de Michael batendo no carro. Nicolas estava segurando o seu colarinho.

- Eu te avisei!- ele bate a sua cabeça na testa dele, que ele fica tonto e cai em seus pés.

- Nicolas!- eu nunca o vi tão bravo, seus olhos cresceram até. Michael se levanta e dá um soco em seu rosto, Nicolas cai no chão e seu lábio está cortado.

- Bianca sai daqui- ele olha para mim, mais ele não muda a voz como ele sempre faz, ele parece mais frio.

- Parem com isso!- quando eu vi Michael tirando um canivete do bolso, e avançando em cima do Nick eu pulei na frente dele.

- Bianca!- ouvi Nick gritar.

- Parem com isso!- eu digo por final, eu estava segurando a mão que Michael estava segurando o canivete. Nick o empurra que cambaleia.

- Vai embora daqui antes que eu te mate.

 Michael olha para mim e saio logo em seguida, eu estou arfando. Nick não olha para mim, eu coloco a minha mão em seu ombro mais ele se afasta, eu senti como se fosse uma tapa na cara.

- Nicolas... – ele se vira e olha para mim.

- Ele estava beijando você, e você não fez nada!- ele grita comigo, eu me assusto com o seu tom.

- Não, não foi nada disso! Eu tentei mais ele é forte, eu... Que saber não vai adiantar nada, depois agente conversa. – eu pego a minha bolsa que está no chão, eu olho para ele mais uma vez e saio com pressa, eu peguei um táxi para ir para casa. Eu chorei baixinho o caminho todo, quando ele para em frente a casa eu entrego o dinheiro e nem espero o troco e saio de casa. São dez e meia da noite, Mason estava no sofá com o notebook no colo fazendo coisas do trabalho, Austin estava ao seu lado.

- Oi Bianca, tubo bem?- ele vê a minha expressão.

- Está sim, eu só vou descansar um pouco. Hoje foi um dia cheio- eu digo subindo as escadas, quando eu entro no quarto eu desabo no chão e começo a chorar, ai que ódio do Michael, que tristeza ao mesmo tempo eu comecei chorar por tudo. Esses meses para cá eu estou bipolar.

- Meu deus, o que houve?- Claire entra no quarto, e se ajoelho ao meu lado eu começo a chorar mais ainda.

- Me abraça- e o que eu peço, ela não entende nada mais faz o que eu pedi. Ela me abraça bem forte, eu fico chorando derramando toda dor e tristeza que eu estou sentindo, eu tento ser forte eu juro que eu tento mais está ficando difícil. Claire ficou acariciando meus cabelos, até que eu parei um pouco de chorar.

- Agora me diz o que aconteceu?- ela limpa meus olhos.

- O Michael me beijou a força, e nessa hora o Nick viu tudo e começou a brigar com o Michael, foi horrível depois agente começou a discutir... E tem o meu pai também, eu... Eu. – Eu começo a chorar de novo, e ela me abraça forte.

- Odeio isso, eu estou muito bipolar uns meses para cá. – eu resmungo, ela para de afagar as minhas costas.

- Sua menstruação está regular?

- Sei lá, acho que sim. – não estou com paciência para fazer calculo agora.

- Quer comer alguma coisa?

- Não, eu vou tomar um banho e dormir. – eu digo.

[...]

  Quando acordei eu olhei para o lado, Nick não estava aqui e o seu lado da cama estava frio, eu me levanto e vou ao banheiro faço a minha higiene e me visto para ir trabalhar. Eu desço as escadas com pressa, eu preciso conversar com o Nicolas. Só Austin estava na mesa tomando o seu café, ele olha para mim.

- Você está com uma cara péssima. – ele diz olhando pra mim, eu coloco um pouco de café na minha xícara.

- Cadê o seu irmão?- pergunto, ignorando seu comentário.

- Ele saio, logo cedo vocês brigaram de novo?

- Um conselho Austin, nunca case. – eu senti um enjôo e fui para o banheiro colocar o café para fora. Eu não estava sentindo fome então peguei a minha bolsa e fui para o hospital, o lindo do meu marido levou o carro.

- Que cara e essa amiga?- Miranda olha pra mim, estamos na ala de enfermeiros.

- A que eu tenho se não gostou não posso fazer nada. – respondo de mau humor, Lexi olha para mim espantada.

- Pensei que a mal humorada nessa parada era eu- ela brinca, eu coloco de qualquer jeito a minha bolsa no armário. Quando Michael entra na sala eu me aproximo dele e dou uma tapa na sua cara, todos param que estão fazendo e olha para mim.

- Nunca mais se aproxime de mim, você nunca vai ter nada de mim. – eu saio da sala sem olhar para trás, quando eu vejo Nicolas eu o chamo, mais ele me ignora. Então eu vou para a sua sala e o espero lá, eu fiquei uma hora sentada no sofá. Foi quando ele entrou.

- Agente precisa conversar- eu me levanto, ele passa direto para mim e coloca uns papeis em cima da mesa.

- Vai me ignorar mesmo?- eu fico irritada, ele olha para mim.

- Eu preciso trabalhar, e você também eu presumo. – Olá Nicolas frio como iceberg.

- Nick... – eu me aproximo dele, e de novo ele se afasta. – Chega!- eu saio da sala, eu sinto as lagrimas queimar, nisso o doutor Smith esbarra comigo.

- Bianca, o seu pai... Não está bem. – eu seco as minhas lagrimas e o acompanho.

- O que houve?- eu sinto um enjôo, mais eu ignoro.

- O remédio não está resolvendo, os tumores no pulmão do seu pai só cresce. – eu sinto ar faltando, então eu sinto tudo girar. Suas mãos estão nas minhas costas.

- Você está bem?- ele pergunta preocupado.

- Não sei, e só uma vertigem e nada grave. Eu quero ver o meu pai- ele continua com as mãos nas minhas costas, e fica atrás de mim quando eu entro no quarto. O meu pai estava com a mascara de ar, eu senti as lagrimas desceram.

- Ele está acordado?- eu olho par ao doutor.

- Sim, mais demos um pouco de morfina só o suficiente para dor. Eu vou deixá-los sozinhos.

- Pai?- eu o chamo, ele abre os olhos devagar.

- Bianca, eu não quero que você me vê assim. – ele diz com a voz fraca.

- Eu sou a sua filha, não vou abandoná-lo. – ele balança a cabeça.

- Você me promete uma coisa?

- Qualquer coisa.

Ele puxa ar com dificuldade: - Quando eu parti dessa pra melhor, não quero que você chore. Eu vou ficar feliz com isso, eu jamais vou abandoná-la mesmo... Longe. – sua voz está fraca, eu coloco a minha mão em seu peito.

- Você precisa descansar, por favor, não se esforce. – eu fico nervosa, ele e teimoso e é claro que ele me ignora então continua:

- O restaurante... Você entregue para Jean ela merece, ou se preferir fique com ele. – ele esboça um sorriso. – Eu tenho muito orgulho de você, nunca se esqueça disso.

Eu balancei a cabeça, eu não vou agüentar isso.

- Você não pode desistir, eu não vou agüentar isso tudo de novo... – eu digo exasperada.

- Você é forte, muito forte minha menina. – ele respira fundo, o doutor entra no quarto.

- Ele precisa descansar Bianca, qualquer coisa você e a primeira, a saber. – ele me avisa.

- Eu vou indo pai, fique com Deus- beijo-lhe a testa.

 Ele apenas sorri.

 Quando eu estou deixando o setor eu dou de cara com o Nicolas, ele parecia preocupado quando me viu.

- Bianca. - ele começa mais eu passo direto, eu não estou a fim de ouvir sua ladinha de sempre.

 Eu passo o dia tentando me ocupar, eu andei o hospital inteiro fazendo de tudo que eu podia, em tempos em tempos eu ligava para saber do meu pai e ele estava na mesma. Quando o meu horário acabou eu fui trocar de roupa no vestiário, e pegar os meus pertences.

- Bianca?- Nicolas entra no vestiário, eu estou abotoando o meu casaco.

- O que foi? Veio me acusar de outra coisa- digo ríspida, eu fecho o meu armário com força.

- Não, eu soube do Adrian. Eu acabei de receber uma noticia dos coquetéis- ele colocou as mãos nos bolsos da calça da frente. Ele viu que eu não ia responder e continuou:

- Encontramos um no Chile, daqui a três dias vai chegar mais... Ainda precisamos estudar pelo menos um mês, antes de aplicar.

- Ele talvez não agüente. – eu murmuro, mais a esperança e a ultima que morre.

- Vamos fazer o impossível. - ele olha para mim, eu sinto uma tontura.

- Você está bem?- ele passa seu braço em minha cintura, eu engulo o bale.

- S-sim, e só que hoje eu não comi quase nada. – eu explico, sua testa franziu.

- Você precisa comer...

Eu me ajeito, me afastando um pouco dele.

- Eu vou indo.

Ele segura o meu braço.

- Não vai comigo?- ele pergunta, eu faço uma coisa que eu nunca pensei que faria me viro e dou uma tapa na sua cara.

- Depois do que você diz pra mim, e hoje quando eu quero conversar com você... Simplesmente me ignora, e assim que você resolve suas coisas! Você não passa de um garoto mimado- eu explodo, ele não diz nada a não ser olhar para mim surpreso.

- Mimado?- repete ele, eu balanço a cabeça.

- Sim, você sempre teve tudo! Não precisou virar uma adulta aos 16 anos, ou aprender a cuidar da casa, e de tudo... – eu começo a chorar, ele se aproxima de mim. Mais eu balanço as mãos.

- Me deixa em paz!

- Bianca...

 Eu saio do vestiário, eu esbarrei com alguns médicos mais eu os ignorei, o vento que atinge o meu rosto e bem vindo, eu vou para o ponto de táxi. Tenho sorte quando encontro um, então eu entro.

- Para onde?- o rapaz pergunta.

- A universidade da Califórnia, na parte Norte onde fica as moradias.

[...]

- Chegamos. – ele diz, eu pego o dinheiro na minha carteira e entrego. Eu olho para o pequeno prédio, eu subo as escadas até o segundo andar e bato na porta no final do corredor.

- Já vai!- ri com isso, depois de uns barulhos ela finalmente abre a porta.

- Bianca?- ela está surpresa, eu começo a chorar.

- Me abraça. – eu peço então ela me puxa para dentro e me abraça forte.

- O que houve?- Amy acaricia os meus cabelos.

- Tudo Amy, está acontecendo tudo de ruim na minha vida eu simplesmente não estou suportando.

- Vem, você precisa descansar parece que vai desmaiar a qualquer momento. – Ela me leva para o sofá, e eu me sento.

- Já volto. – ela vai para o quarto, e trás um cobertor e um travesseiro.

- Aqui. – ela me enrola e coloca o travesseiro nas minhas costas.

- Agora me conta, com calma e do começo. – ela fica na minha frente.

- O meu pai está piorando a cada dia, os remédios não estão fazendo tanto efeito como antes... Ele está morrendo. – eu respiro fundo, Amy arruma o meu cabelo. Ela não diz nada, ela quer que eu desabafe.

- Continue me conte tudo. – ela me encoraja.

-... Ontem à noite, Michael me beijou e o Nicolas chegou na hora e foi uma briga feia. Eu tentei me esquivar dele mais ele e mais forte do que eu, então o Nick pensou que eu não quis impedi-lo. – eu pensei que ela ia me interromper mais não.

- Amiga eu acho que vou pegar a minha 38 ali na gaveta, o que esse Michael pensa que é?- ela começa a falar então ela respira fundo antes de continuar.

-... Eu sinto muito pelo tio Adrian, ele e forte amiga, e vai sair dessa. – ela acaricia o meu rosto, eu sinto as lágrimas de novo.

- Eu estou me sentindo uma pessoa horrível, sabe quando eu vi o meu pai moribundo naquela cama, eu desejei a sua morte... Mais porque eu não agüento vê-lo sofrendo tanto, e agora isso com o Nicolas ai eu estou tão bipolar.

- Percebi, vamos fazer o seguinte. Você pode ficar aqui o tempo que quiser, eu vou fazer um chá para você. – ela se levanta.

- Obrigada. – eu começo a chorar.

- Ah não, menos ok. – ela reclama, eu seco os meus olhos. – Melhor assim.

Pov. Nicolas

  Eu chego em casa e jogo o meu casaco no sofá, Austin entra na sala com um pote de mouse nas mãos.

- Que cara feia e essa?- ele pergunta.

- A única que eu tenho. – respondi, ele deu de ombros e foi para o sofá.

Subi as escadas de pressa, eu coloco os restos das minhas coisas na cadeira da escrivaninha eu olhei para a foto perto da cabeceira da cama, tiramos essa foto no dia do show Florence.

- Nicolas?- meu pai entra no quarto, eu suspirei aliviado.

- Oi pai. – conversar com o meu pai e mais fácil.

- Eu soube do Adrian, o doutor me ligou. Ele não tem mais chance?- eu olho para o meu pai, ele está aflito.

- Eu não sei pai, os médicos estão fazendo de tudo. – respondo, eu me sento na cama e abaixo a cabeça.

- Brigou de novo?

- É tão óbvio assim?

Ele senta ao meu lado, e ri.

-Ah claro, mais o que foi dessa vez? Converse com o seu velho. – ele coloca a mão em meu ombro.

- Michael um idiota beijou a Bianca, eu fiquei muito nervoso com isso. Eu queria matá-lo- eu ainda quero, pensei- Eu fiquei com raiva dela também, ela tentou conversar comigo mais eu não quis.

- A Bianca não tem culpa Nicolas, eu não entendi essa raiva. – meu pai retruca.

- Eu sei disso, eu sei. E quando fui conversar com ela, brigamos e ela me deu uma tapa na cara é tudo. – eu ri.

- Sério?

- Sim, mais eu não fiquei bravo com ela. Pelo contrario eu vi que ela precisava desabafar e ouvi umas verdades é sempre bom.

Meu pai balança a cabeça, eu gosto de conversar com o meu pai ele e na dele, quando ela acha que precisa opinar ele opina.

- Sim, e sempre bom ouvi verdades, e seja qual forem às verdades que ela disse a você. Isso só prova que ela te ama, então filho o que eu tenho que dizer e que... As mulheres sempre vão está certas, não importa a situação. – eu olho para ele, e ele sorri.

- Sei disso por experiência própria.

- Eu acho que vou ir buscá-la. – eu me levanto, ele pega o meu braço.

- Deixa isso para amanhã, ela precisa de um tempo sozinha e você também. – ele me diz, eu concordo. Amanhã eu vou buscar a minha princesa.

Pov. Bianca.

  Eu acordei no sofá da Amy, eu já perdi as contas de quantas vezes eu dormi nele. Eu adoro esse sofá, eu acordei com o cheiro de torradas. Eu amarro os meus cabelos, eu vou para cozinha.

- Ai porra- ele coloca o dedo na boca, ela olha pra mim.

- O que foi?

- Bom dia, tudo bom? O que você está aprontando ai- eu pergunto.

- Torradas, e café. – ela me mostra a jarra de café, e o meu estômago se revira e eu acabo vomitando dentro da pia da cozinha.

- Ai que nojo!- ela grita, eu ligo o jato de água com força para tirar os vestígios.

- Foi mal. – eu me viro e olho para ela, ela olha para a jarra de café e coloca na mesa.

- Você está bem?- ela parece preocupada.

- Eu não sei ultimamente eu estou enjoada. – eu respondo, coloco a minha mão na barriga.

- Eu já volto, espera aí e não abre a porta para nenhum estranho!- ela sai depressa, eu fico parada na cozinha, que louca. Eu resolvi lavar a pia, três vezes, e depois eu peguei um pedaço de torrada e tomei um suco de abacaxi que estava na geladeira, eu acabei vomitando também- mais dessa vez eu cheguei a tempo no banheiro. – faz vinte minutos que Amy sai e nada, mais e só pensar nela que a diaba entra.

- Estás viva?- ela pergunta, eu estava escovando os dentes, eu sempre ando com uma escova de dente na bolsa. Eu estou usando uma camiseta dos Yankes, que ela tem.

- Ainda sim, aonde você foi?- eu pergunto, ela joga uma sacola para mim.

- Teste de gravidez?- ela olha para mim como se eu fosse um ET.

- Pra mim e que não é, eu tenho certeza que esses enjôos e um bebê. É essa sua bipolaridade me faz acreditar ainda mais. – ela cruza os braços, eu balanço a cabeça confusa então, eu faço as contas.

- Pega a minha agenda, ali na minha bolsa. E uma vermelha. – eu peço, Amy entrega a minha agenda, eu abro na parte de calendário. Eu sempre circulo o dia que a minha menstruação vem e acaba.

- Está atrasado um mês. – eu murmuro, Amy abre um sorriso enorme.

- Eu vou ser a madrinha, agora vai ao banheiro e faz xixi ai. Eu comprei quarto testes, e a farmacêutica me disse que é um dos melhores, essa belezinha ai ela descobriu os quatro filhos dela. – eu fico meio tonta, Amy me leva para o banheiro e fecha a porta.

 Eu pego a primeira caixinha do teste e fico olhando para a pequena embalagem rosa, seja o que deus quiser, eu faço os quatro testes. Amy entra no banheiro quando eu estou colocando o moletom.

- Mais você tem vontade de ver a minha periquita mesmo em- eu brinco, ela ri.

- Eu já vi, é bonitinha. – ela revira os olhos.

- What?

- Esquece. E aí e o resultado?- ela olha para mim.

- Eu fiz os quatros, e tem que esperar cinco minutos. – eu mordo meu lábio, ela olha par ao relógio, então ela sorri.

- Deu cinco minutos, quer que eu veja?

- Sim, eu não sei se eu consigo ver. – ela pega o primeiro teste e olha para mim, e para o teste.

- Fala logo!- eu digo.

- Deu duas listrinhas azuis, parabéns amiga!- ela me abraça, eu viro estatua. Ela olha pra mim. – Bianca?

- Ah meu deus! Eu vou ser mãe... Vou ser mãe. - eu repito, Amy assentiu.

- Sim, e o que esse teste diz e os outros três ali. – ela gesticula para a bancada, eu vou até lá e olho para os testes, e todos estão com duas listras azuis.

- Bianca?- ouço a voz do Nick na sala, Amy olha para mim.

- Agora e a sua vez amiga. – ela coloca o teste na minha mão. – Eu vou sair, vou deixá-los sozinhos, mais se as coisas esquentarem, por favor, coloca uma plaquinha na porta ou coisa assim.

[...]

  Depois que Amy sai, eu ainda fiquei no banheiro, por alguns minutos, eu respirei fundo e abri a porta do banheiro. Nicolas estava na sala olhando para fora, ele se virou quando percebeu que eu estava atrás de si.

- Bom dia- ele esboça um sorriso.

- Bom dia.

- O que aconteceu ontem... Me perdoa, eu não quis... Você tem toda a razão... – ele começou a tagarelar, e eu respirei fundo.

- Estou grávida. – eu o interrompo.

Ele arregala os olhos, eu tiro o teste do bolso do moletom e o entrego. Ele pisca algumas vezes, e olha para mim.

- Esse teste, é seguro?- ele pergunta.

- Amy comprou quatro, e os quatros deram o mesmo resultado. É eu fiz as contas, estou com um mês... – ele não me deixa terminar, seus lábios estão nos meus. Eu começo a rir.

- O que foi?- ele pergunta, eu mordo o lábio.

- Eu estou com fome, eu não comi nada, ou melhor, nada ficou no meu estomago. – eu digo, ele ri também.

- Vamos ao médico ver isso, e depois você pode ir comer. – suas mãos estão em meu rosto.

- Eu posso entrar?- Amy bate na porta, eu reviro os olhos.

- A casa é sua. – eu digo, ela entra no apartamento ela fica um pouco desapontada. O que ela esperava ver?

- Já contou á ele?- ela olha para mim, eu passo o meu braço na sua cintura.

- Sim.

- Eu vou me trocar, e podemos ir. – eu dou um beijo casto em sua boa e vou para o quarto. Amy me empresta uma blusa limpa, eu pego o meu casaco e vou para a sala.

- Podemos ir?- Nick sorri.

- Sim, tchau Amy e obrigada. – eu abraço, ela ri.

- Como você está grudenta, meu deus... Você e mais do que uma amiga, você sabe disso. – ela sorri, eu tenho vontade de chorar. Ah esses hormônios, vão me deixar louca.

(...)

 - Então? A doutora confirmou?- Eu acabei de sair da sala da medica, como Nick estava nervoso eu pedi para ele ficar me esperando, ele foi de contra gosto.

- Sim, um mês certinho. - ele ficou piscando os olhos, eu seguro o seu rosto entre as mãos.

- Está tudo bem? Você está ficando pálido. – eu queria ri, nunca pensei vê-lo assim.

- Sim, eu só preciso me acostumar com isso, sei lá eu estou apavorado. Daqui a oito meses, eu vou ser pai... – ele começa a tagarelar, eu o calo com um beijo.

- Relaxa como você disse oito meses, temos oito meses para nós acostumamos. Agora vamos comer. – eu puxo a sua mão e saio do consultório. Sim, daqui oito meses um lindo bebezinho, vai entrar em nossas vidas... Nem quero nem pensar nisso.


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Notas finais do capítulo

Bjs até a próxima, adoro vocês.

Nova Fic: http://fanfiction.com.br/historia/416585/Fantasmas_Do_Passado/