O Destino escrita por Gabriela Duarte


Capítulo 18
Decisão


Notas iniciais do capítulo

Hoje eu vou postar dois capítulos, desculpem a demora a semana foi corrida. Espero que gostem.

Vi obrigada pela recomendação! Uma das amigas que eu fiz aqui no Nyah! Obrigada.



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- Dormiu bem?- minha mãe pergunta, eu acordei com os barulhos das panelas a minha mãe sempre faz barulho na cozinha, eu abro a geladeira e pego a garrafa de leite.

- Um pouco, estou com dor de cabeça. Como está o Austin?- eu pergunto pegando o copo no armário.

- Está melhor, daqui a pouco eu estou indo vou levar alguns brinquedos e comprar um presente para o garoto que está no quarto dele. Eu fiquei com pena, eu acho que ele e órfão e o problema dele e grave- minha mãe diz.

- Podemos ir juntos, eu só vou tomar um banho- eu coloco o copo na pia.

- Vou fazer uma coisa pra você comer- ela diz, eu assenti e subo as escadas em dois em dois degraus; eu sinto um frio na espinha quando eu passo no quarto dela, eu balanço a cabeçe e sigo para o meu quarto eu tiro a minha roupa e coloco no cesto de roupa, eu olho para o painel de fotos e como sempre a foto da Sofia “gritava” eu pego a foto.

- As coisas podiam ser diferentes- eu murmuro, nisso a minha mãe entra no quarto e eu dou um pulo.

- Caralho mãe, estou nu!- eu pego um livro que está na mesa e cubro o meu “amigo”.

- Ah, que tatuagem e essa!- seu olhos estão arregalados, eu pego o livro que está na mesa e cubro o meu “amigo”.

- Mãe eu estou nu...

- Que tatuagem e essa! Quando você fez isso!?- ela está irritada, eu dou de ombros.

- Mãe eu sou maior de idade, já tenho 21 anos e essa tatuagem e uma fênix- eu respondo calmamente, ela está com os braços cruzados- Mãe eu agora sou um homem, e eu estou nu e eu vou tomar banho- eu dou ênfase no “homem” e balbucio as palavras.

- Nicolas, eu sou sua mãe e eu conheço muito bem esse corpo. Melhor do que as garotas que ficou com você- ela ergue o olhar- E eu me pergunto, aquele sinal fofinho que você têm na virilha ainda está ai?- ela se aproxima de mim, e eu dou um passo para trás.

- Sai daqui mãe. Agente vai se atrasar desse jeito- eu resmungo, ela ri ainda mais.

- OK, estou esperando você. Eu preparei uma sopa.

Respiro aliviado quando ela sai do quarto, eu coloco o livro na mesa e vou para o banheiro. Eu tomo um banho rápido, faço a barba e coloco a minha loção e pronto! Não sou muito vaidoso, quem compra roupa pra mim e a minha mãe, por que eu não me importo com isso dando pra vestir beleza. Visto a minha blusa de manga xadrez azul e uma calça jeans preta, com o meu all star e dou uma bagunça no meu cabelo, pego a minha carteira e desço. Depois que a minha mãe quase me deu sopa na boca, ela pegou o carro e fomos para o hospital, o dia hoje não ia esquentar o que eu não gosto daqui e esse clima louco, uma hora está quente e o calor daqui e muito grande e quando está esfriando tudo fica muito úmido.

- Você vai comigo ver o Austin? Ou vai ver a Bianca primeiro?- ela pergunta quando estamos na frente do elevador.

- Eu vou ver o Austin primeiro, depois eu vejo a Bianca- respondo, eu estou com saudades dessa peste e eu sei que ele vai ficar bravo, por quê eu não fui vê-lo primeiro. Entramos no elevador e eu aperto o número três, uma musiquinha besta toca no elevador acho isso brega.

- Bom dia- eu entro no quarto, Austin está na cama do seu novo amigo eles estão brincando de jogo imobiliário, Eles sorriem.

- Nick! Trouxe presente?- ele fica procurando.

- Um presente vale mais, do que a visita do seu irmão? - finjo está magoado, o garotinho ao seu lado ri.

- Tudo bem? Meu nome e Nicolas, mas pode me chamar de Nick- eu o cumprimento com um aperto de mão, ele parece tão frágil.

- Estou sim, eu sou Benjamin só que todos me chamam de Ben- ele diz, apesar do seu sorriso os seus olhos azuis estão cansados, seus cabelos pretos está um pouco bagunçado.

- Como a Bianca está?- Austin pergunta.

- Ela vai sair dessa, onde o papai foi?- pergunto.

- Foi comprar comida, odeio comida de hospital- ele faz bico.

- Não acredito, você não pode comer qualquer coisa Austin- minha mãe diz irritada, ele dá de ombros.

- Canja de  galinha não e qualquer coisa.

- Olá, eu vim ver a temperatura dos dois- uma enfermeira alta e ruiva, com algumas sardinhas pelo rosto entra no quarto. Acho que ela têm uns trinta anos.

- Austin vai para a sua cama, depois vocês brincam- a nossa mãe diz, eu ajudo ele sair da cama já que ele está com o tubo intravenoso na mão.

- Vamos começar pelo Austin- ela esboça um sorriso, ela limpa o termômetro com algodão e coloca em baixo do seu braço. A enfermeira tia o termômetro, pega a ficha que está ao lado da cama do Austin.

- Como ele está?- minha mãe pergunta.

- A temperatura dele está normal, desse jeito você vai sair daqui depois de amanhã- ela bagunça o cabelo dele, ele não parece muito feliz com isso. Olho para o Ben, seus olhos estão um pouco vermelhos, a enfermeira limpa o termômetro e coloca em baixo do seu braço.

- Acho que você está um pouco febril- ela coloca a sua mão na testa dele.

- Eu já estou acostumado com isso- ele diz tentando fazer piada, mais eu senti pena desse garoto.

- É eu tinha razão, você está com febre. Eu vou chamar o doutor- ela dá um beijo na sua testa e sai.

- Eu vou ver a Bianca, até depois meninos- eu digo.

- Tchau Nick- Ben acena pra mim, eu esboço um sorriso.

- Fique bem.

 Pego o elevador e tenho sorte de pegar no andar, eu clico o subsolo onde fica a UTI e o laboratório e a maldita musica toca enquanto o elevador desce, o elevador chega no andar e outras pessoas entram eu paro na recepção, eles me dão um papel para colocar na blusa está escrito “Visitante- UTI”. Meu pai está falando no celular, ele nem me vê. Ele parece muito preocupado, o que está acontecendo? Eu me escondo atrás de uma pilastra, assim eu posso ouvir o que é.

- Como assim!?- meu pai pergunta bravo- Eu sei..eu sei! Precisamos que esse bancário nós ajude, a empresa vai fali desse jeito!- a empresa? Como assim fali? Meu pai fundou a empresa, ele sempre foi um bom administrador ele continua:

- Eu sei que isso foi um golpe, mas isso a policia está investigando...eu sei disso! Andrea, meu filho vai assumir a empresa daqui algum tempo... vamos conseguir sair dessa maré de azar- ele responde, oh merda! E agora o que eu faço? Ele desliga o telefone, eu saio de trás da pilastra e ele toma um susto.

- Nick? Nem vi você chegar- ele está preocupado, a coisa e séria mesmo.

-  Pai está acontecendo alguma coisa?-eu cruzo os braços.

- Não filho...

- Pai eu ouvi a sua conversa, antes que você fale que e feio. Essas coisas que os pais sempre falam, isso eu sei- eu interrompo.

- OK, a empresa está passando por dificuldades, sabe aquele homem Jeff Stewart?- ele olha pra mim.

- Vagamente, o que tem ele?- dou de ombros.

- Ele roubou seis milhões! E esse dinheiro já estava guardado- ele faz aspas com as mãos- Para aquele projeto do hospital do câncer.

- Idiota! E agora?- maldito Jeff, se eu encontrar esse homem, eu mesmo mato ele.

- Um bancário, muito importante lá de Londres está vindo para cá. Ele que ver esse projeto de perto, e ajudar com ele, mas se ele souber disso estamos ferrados!- e muito difícil meu pai falar palavrão, ele só fala quando está nervoso, e os palavrões dele nem são pesados.

- Mas daqui há um tempo, você vai ser o meu sucessor- meu pai coloca a mão no meu ombro, vejo o orgulho em seus olhos. Eu não posso fazer isso, eu prometi a Bianca que vou ser médico...mas o meu pai precisa de mim, eu vou me arrepender por isso.

- Sim pai, eu vou trabalhar com você- ele me abraça forte, eu não tive como dizer não.

- Eu vou ver a Bianca, e o Austin está esperando a canja de galinha- eu digo, e ele coloca a mão na testa.

-Ah, eu esqueci! Estou indo agora comprar- ele sai com presa, eu fico respiro fundo. Isso não vai prestar eu já estou vendo. Quando chego na na ala da UTI, Adrian está conversando com o médico. Olho pelo vidro, Brian está lá no quarto com ela.

- Bom dia Nick- Adrian me cumprimenta.

- Bom dia, Adria me...

- Não Nick, a culpa não foi sua. Eu não estou com raiva de você, eu ainda estou em choque só isso- ela me interrompe, ele olha  para o quarto através do vidro- Ver a minha filha morta...e uma dor que não têm explicação.

- Eu imagino, mais ela e forte Adrian. Ela vai sair dessa- eu digo, eu olho para o quarto de novo, Brian está segurando a sua mão.

- O médico disse que o edema não cresceu, na verdade está diminuindo- ele sorri - Se ela continuar assim, amanhã mesmo ela sai do coma.

- Isso e ótimo! Deus não ia aguentar ela lá em cima- eu brinco e ele ri.

- Eu também acho.

- Quanto tempo faz que esse ai, está no quarto?- eu olho irritado para o quarto, ele está acariciando a sua face.

- Ele já vai sair, e melhor você ir se vestir- ele diz. Quando eu coloco a roupa especial, Brian já tinha saído eu entro no quarto, eu sento na cadeira ao lado da cama.

- Sabe, eu nunca pensei que eu ia disser uma coisa dessa. Mas estou com saudades das nossas brigas- eu pego a sua mão, ela não está gelada como ontem eu olho para o monitor os batimentos e a pulsação estão mais fortes, arrumo o seu cabelo que está em seus olhos.

- Bianca, eu tomei uma decisão...eu estou me sentindo um idiota falando sozinho, eu nem sei se você está ouvindo ou não- eu brinco com os seus dedos- Eu sei que você vai ficar muito puta com isso, e magoada também...mas eu preciso ajudar o meu pai- abaixo a cabeça, eu acho que essa e a coisa certa a se fazer. Eu ainda fico uns dez minutos, eu nem percebi a hora passando a enfermeira Annie que me avisou, eu assenti e sai da sala antes de me virar e ir embora eu olho para ela através do vidro.Eu não sei se o que eu vou fazer vai ser, a escolha certa mas, nem sempre na vida fazemos aquilo que queremos, e sim aquilo que os outros querem.

(...)

A lanchonete do hospital está cheia, eu vim comer alguma coisa com o meu pai ele está um pouco mais calmo.

- Esse bancário vem quando?- eu pergunto, ele olha pra mim e difícil eu falava da empresa com o meu pai.

- Depois de amanhã, a sua filha Carolina está vindo com ele- ele responde, eu tomo um gole do suco.

- Filha?-pergunto, ele assenti.

- Pelo que me contaram, e uma linda jovem. Ela vai vim com o seu pai para conhecer o lugar- meu pai estava curioso, isso era evidente. Então eu mudei de assunto.

- Quando ele chegar, eu posso participar da reunião?- pergunto, meu pai olha pra mim surpreso. Ele franze o cenho.

- Por que isso agora?- ele pergunta. Dou de ombros.

- E que eu quero começar logo, só isso- respondo rápido, ele está dirigindo seu olhar de avaliação.

- Tudo bem, você pode participar- ele responde, não tocamos mas no assunto.

O dia passou rápido, e bem produtivo eu fui com a minha mãe comprar a gelatina de bichinhos para o bebê dela, eu nunca vi tanta manha. Quando eu fui ficar com a Bianca ela estava em um exame, o doutor queria ter certeza se o edema está cedendo, eu ainda passei em casa e tomei outro banho e troquei de roupa eu não sei se e o destino, ou má sorte mesmo. Chamem o que quiser, mas assim que eu chego em casa uma carta da universidade de medicina, eu estava verificando as correspondências e a encontrei que bom que fui eu a procurar, há uns dias atrás eu mandei a minha inscrição para a universidade. Quando agente fica esperando uma coisa ela demora muito! Agora que eu estou confuso pra caralho, a universidade me aceita eu guardo a carta na gaveta da minha cômoda e pronto, depois eu leio com calma eu desligo as luzes o táxi já está em frente a casa. O tempo estava esfriando, apesar do tempo está esfriando, a noite está as ruas bem iluminadas eu fiquei olhando o movimento das ruas. Casais apaixonados, pais com seus filhos...e amigos se divertindo. Assim que chegamos no hospital, eu pago o taxista e ando com pressa para o hospital, e hoje o dia estava fogo assim que eu vou pegar o elevador uma mulher que está preste a dar a luz chega e eu cedo o lugar do elevador para ele, e o elevador demora uns dez minutos para chegar ao térreo, eu estava batendo os pés quando o elevador chega eu mal espero as portas abrirem e entro direito e já entro no elevador que bom que o elevador não para em lugar algum e chego na ala da UTI, vou na recepção e faço o que tem de ser feito.

- Boa noite- eu cumprimento as enfermeiras, e elas sorriem.

- Ah oi Nick, quer entrar? Eu vou tomar um café- Adrian está saindo do quarto.

- Vai lá, e os resultados dos exames?- eu pergunto, ele abre um sorriso enorme.

- Não a mais edema, ela está melhorando. Eles já a tiraram do coma, e agora e com ela- ele responde, eu estou sorrindo feio um idiota, ele da um tapinha na minhas costas- Vou tomar um café, já volto.

 Coloca roupa e entro no quarto o aparelho respiratório já não está mais, as suas bochechas já estão um pouco corada, e ela respira sem dificuldades os arranhões estão sarando e onde estava roxo está ficando amarelado, eu sento ao lado da cama.

- Agora você pode voltar, o edema já passou. Volta logo bela adormecida- eu murmuro, seguro a sua mão e dou um beijo, eu apoio meus braços ao lado da cama e fico olhando para ela. Eu fecho os meus olhos eu estou um pouco cansado, mas feliz pela recuperação da Bianca eu brinco com os seus dedos eu estou parecendo uma criança no dia do Natal, louca para saber o que vai ganhar de presente...

(...)

Quando acordo eu olho que ainda estou no quarto da UTI, olho para o relógio eu ainda tenho cinco minutos, eu tirei um cochilo de dez minutos, olho para a Bianca e ela ainda está na mesma eu dormi segurando a sua mão, quando eu sinto uma pequena pressão na mão.

- N-Nick...

Ela sussurra, ela abre os olhos devagar eu ainda estou parado sem saber o que fazer fico olhando para ela.

- Á-água- ela murmura, eu balanço a cabeça.

- Está sentindo alguma?- eu pergunto, eu me levanto da cadeira.

- S-só,água- ela abre um pouco mais os olhos, eu assenti e saio da sala.

- Ela acordou!- eu digo, uma enfermeira entra no quarto.

- Ela acordou agora?- ela chega ao seu lado, e olha para o monitor.

- Água- ela diz.

- Eu vou buscar querida, e chamar o médico- a enfermeira saí de pressa.

Eu chego mais perto, ela olha pra mim a sua boca está seca.

- V-você...está...

- Não diz nada, não se esforce a sua garganta deve está doendo não é?- eu pergunto, ela assenti.

Ela esboça um sorriso fraco, eu pego a sua mão e é era disso que eu sentia falta...desses lindos olhos castanhos...


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