Contos Medievais. A Filha Da Neve- Interativa escrita por Jenny Felton


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu falei que iria postar semana passada, mas não postei por quê estou de mudança e minha vida está uma bagunça.
Talvez eu demore para postar o capítulo 3, por que como já disse estou de mudança. E ficarei sem internet durante algum tempo indeterminado por esse mesmo motivo.
Se o seu personagem ainda não apareceu, relaxe... Uma hora ou outra ele aparece.
Muitos personagens foram citados nesse capítulo então não vou ficar mencionando qual personagem é de quem.
Podem deixar críticas, elogios e sugestões nos comentários, por que ajuda muito, falou?
Bom, é isso e tchau.



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- Sinceramente, sou péssima com tudo. – Bufou Lea ao ver que errara o alvo no arco em flecha mais uma vez. – Quase me deceparam na luta de espadas, não acertei nenhuma vez o alvo em arco e flecha e quando começou a luta corpo a corpo fui tão covarde que fugi para o meio da floresta. Não acho que eu consiga me defender. Tem certeza que sou realmente uma filha de um elemento?

- Sim, você é uma filha do elemento. Pode ter certeza. Nem todo elemento é compatível com certa arma, por exemplo, sou filha da água e não me dou muito bem com facas. – Respondeu Serena, calma. – Sério que você correu da luta corpo a corpo?

- A garota jogara dois caras enormes no chão o que você queria?

- Anne não é tão assustadora assim. Bom, às vezes.

- Quer saber? Eu desisto! – Lea falou e jogou o arco no chão, um grupo de garotas filhas do fogo estavam reunidas em baixo de uma árvore, rindo da situação de Lea. – O que é? Vão ficar aí rindo? Façam melhor.

- Não duvide que façamos. – Disse uma morena dando dois passos a frente. Corajosa, típica característica de um filho do fogo. Lea não queria arrumar briga se virou e seguiu seu caminho. – Está com medo, novata?

“Depois morre e não sabe por que” Pensou Lea, bateu os dedos algumas vezes, “Bem, o que eu tenho a perder?” suas mãos desviaram até a barra da saia, puxando para cima e revelando sua bota. Puxou de dentro da bota um punhal, banhado em prata e enfeitado com cristais. Presente do rei Cassius.

- Eu acho que quem deveria estar como medo aqui és tu. – Disse rodando o punhal e se virando para elas. – Sabes, sempre achei que fostes mais inteligente. Não se deve desafiar alguém que mal conhece não se sabe do que és capaz. – A garota franziu o cenho e se calou, Lea se virou e seguiu seu caminho.

- Sabia que não irias fazer nada, não passas de uma louca.

Lea parou de caminhar e suspirou tentando se manter calma, sussurrou algumas coisas sem sentido e se virou com certa brutalidade, lançando o punhal na direção da garota. Se ela não tivesse abaixado provavelmente o punhal que estava agora encravado na árvore estaria em sua testa.

Lea foi caminhando até ela, ignorou o fato da garota ainda estar no chão a olhando espantada e tirou o punhal da árvore. Caminhou frustrada em direção ao chalé 5, mas foi abordada no meio do caminho por uma garota histérica dizendo que Kethorin queria vê-la.

Ela girou os calcanhares e foi ao chalé 6, encontrando Kethorin frustrado tentando organizar alguns rolos de pergaminho.

- Lea, vejo que chegou. – Disse Kethorin pela primeira vez acertando o nome da garota. – A senhorita morava em Peplish, certo? – Perguntou e a garota afirmou com a cabeça. – Temos uma missão lá. Mandaremos alguns jovens para isso, e a senhorita como já conhece a cidade, mesmo sendo novata no acampamento, irá a essa missão.

- Com licença senhor, o que exatamente há nessa missão?

- Uma filha de elemento, mas não uma normal. Uma filha de um elemento secundário poderoso, uma filha do espirito. Levará dois naturais de cada chalé, certo?

- Mas no total seriam 10 jovens, senhor, o que há de tão importante nessa filha do espirito? Não consigo compreender.

- Onde ela está é bem típico encontrar bruxas, feiticeiras e macumbeiras. Por isso a missão é tão arriscada e precisa de tantos jovens. – Kethorin se aproximou de Lea com um pedaço de pergaminho em mãos. – Aqui está o endereço do local.

Peplish, vila Grazzano.

Casa da noite.

Filha do espirito: Kenneth Peruzzo.”

- Casa da noite? Não, eu não vou nessa missão. Recuso-me a entrar lá.

- A senhorita não pode recusar uma missão, e não há nada demais na casa da noite.

- Tarde demais, já a recusei. Eu sou uma dama se não sabes, eu estava comprometida, iria me casar com o príncipe Sebastian, pensaste no escândalo que seria ao me verem na casa da noite? Na casa das damas de companhia?

- Não me importas, trate logo de arranjar outros 9 jovens para lhe acompanhar. – Lea bufou e saiu batendo o pé, seria realmente um escândalo. A noiva do príncipe Sebastian vira uma espécie “demoníaca” na noite de seu aniversário, desaparece no dia seguinte e após uma semana reaparece na casa da noite.

Era inverno, a maioria dos filhos do fogo odiavam o inverno. A não ser Beatrice, que estava escondida atrás de um tronco jogando bolas de neve em qualquer um que por ali passasse. Lea se aproximou por trás, seus passos sobre a neve eram silenciosos mesmo sem intenção.

- Beatrice, já fostes em alguma missão? – Perguntou Lea, assustando a garota sem querer.

- Ai meu Deus! Desde quando você está aí? Não, nunca fui a uma por quê?

 - Ah, agora você vai a sua primeira missão. Preciso de outras oito pessoas para ir conosco, esse final de semana iremos à Peplish.

- Ok...

- Bem, é só isso. – Falou Lea e se virou para ir embora. – Hey, Beatrice, sabe de mais alguém para ir à missão?

- Tem os irmãos Devon, filhos da terra. Já foram em uma missão e a Anne é legal.

- Anne, Anne, me lembro desse nome... Ah, essa é a garota que eu fugi.

- Fugiu? Por que fugiste de Anne?

- Me colocaram para lutar contra ela. – começou Lea e Beatrice tentava segurar a risada. – O quê? Ela derrubou dois caras enormes, achas que eu teria chance? Covarde como sou, tudo o que fiz foi correr pro meio da floresta.

- Tudo bem, eu falo com Anne e Alexander se quiser.

* * *

Uma semana se passara desde que Kethorin concedera a missão à Lea. Era uma madrugada de domingo, 10 jovens se preparavam para partir à Peplish. Kashim e Lea representavam o chalé 5, afinal, nenhum dos dois tinha um chalé especifico para o seu elemento. Beatrice e Mary representavam o chalé 2, o chalé dos filhos do fogo. Alexander e Anne o chalé 3, filhos da terra. Viola e Serena, chalé 1, filhas da água. Melody e Ynys, chalé 4, filhas do ar.

Às 07h00min em ponto partiram os 10 jovens, cada um acompanhado de um cavalo. Estava programado para chegar exatamente às 20h00min em Peplish se não ocorresse nenhum contratempo no caminho.

- Todos prepararam suas mochilas e armas? – Perguntou Kethorin e todos afirmaram. Lea sabia que para chegar à Peplish o caminho mais curto era pela floresta, beirando a floresta negra. Era arriscado passar perto dos domínios de Archie, mas já chegara ao acampamento do mesmo modo então não estava tão receosa.

A viagem fora tranquila, não ocorreu nada no caminho [N/Autora: Nenhuma galinha demoníaca atacou dessa vez, oks? Comentário desnecessário esse meu, mas não resisti.] eles chegaram a Peplish às 20h30min, um pouco mais tarde que o planejado. Alojaram-se em um hotel velho na Vila Grazzano.

Lea estava inquieta e sem sono, saiu do local e se sentou em um banco que tinha em frente ao hotel. Ficou por lá mesmo, observando o movimento, não se importava mais com a hipótese de alguém a reconhecer. O hotel ficava próximo à casa da noite, damas de companhia e seus parceiros geralmente iam para lá.

Ela observava o tumulto em frente à casa da noite, os filhos de elemento só não iriam procurar a menina “Kenneth” devido ao cansaço da viagem. Lea fixou seu olhar em um homem que estava de costas, cabelos loiros que caiam aos ombros. Não poderia ser ele, realmente não poderia. Ele se virou sorrindo para conversar com uma ruiva de vestes vulgares e ela soube. Era ele. Sebastian, o príncipe Sebastian. O homem a quem ela estava comprometida desde os 13 anos.

Lea se aproximou devagar dele, queria ter certeza se não estava alucinando ou ficando louca. Mas era ele, estava ali acompanhado de duas damas de companhia, “Então era por isso que ele sumia às vezes.” Pensou.

- Sebastian? – Ela o chamou e ele se virou para ela perdendo o sorriso que havia em seu rosto. – O que fazes aqui?

- Lea?

- O lar das damas de companhia? Sério?

- Eu pensei que você havia ido à Konddol.

- E achas que isso justifica algo? Não pensastes que eu poderia voltar?

- Ei, calma aí garota. Ele não teve culpa. – Disse a mulher ruiva tentando acalmar Lea, que se virou pra ela ainda mais nervosa. Seus olhos já não estavam mais pretos, estavam azul gelo próximo do branco. Lea estava perdendo a paciência.

- Como ousa se dirigir a mim? – A ruiva colocou as mãos no pescoço tentando puxar o ar, mas aquilo parecia ser impossível. [N/A: Inverno, clima frio... Tecnicamente Lea pode fazer isso. E se não que se dane eu sou a autora e mando nessa joça.] – É impressionante o quão fútil uma pessoa pode ser. Sabes de uma coisa? Eu vou mata-la.

- Lea! – Gritou uma voz feminina, ela estava em frente ao hotel e veio correndo em sua direção. Era Beatrice, e logo atrás estavam Anne, Alexander e Kashim. – Droga. – Exclamou ao ver a cor dos olhos da garota. – O seu elemento e a fúria tomaram conta dela, não vai ser fácil controlar. – sussurrou para Anne que afirmou com a cabeça.


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