The Flame Of The Games escrita por Miss Rogers


Capítulo 3
Colheita


Notas iniciais do capítulo

Heeey galerinha, tudo bem?
Esse é o segundo capitulo e estou tão feliz com os comentários que ando recebendo *-*
Espero que gostem desse e tenham uma boa leitura.
E antes que eu me esqueça: Viram que linda a capa que a Lady Mikaelson fez para mim?*---*
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Ela faz trabalhos lindos!



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Sou acordada pelo escaldante sol que nascia e anunciava que aquele dia seria caloroso. Eu sei que deveria me levantar e começar a preparar minha roupa para usar no dia da Colheita, mas estava tão cansada que a ideia de permanecer aconchegada naquela poltrona me agradou muito. Esse era o dia em que todos os jovens vestiam suas melhores roupas, pois caso você fosse sorteado como tributo, os patrocinadores já começariam a te observar desde agora. Possuir patrocinadores significa possuir mais chances de sobrevivência dentro daquela arena.

Levanto e vou até a cozinha lavar a caneca que eu havia sujado de leite. Tento deixar tudo o mais organizado possível, pois o terrível pensamento de que talvez eu não volte mais para casa não consegue sair de minha cabeça. Subo até o meu quarto e procuro uma pequena caixa que fica escondida embaixo de minha cama e eu a pego apenas nesse dia. Abro e retiro um lindo vestido verde que pertenceu a minha mãe, juntamente com um gasto sapato preto. Fui até o banheiro onde me lavei e coloquei calmamente minha roupa, porque ainda faltava muito tempo até a hora da colheita.

Enquanto deixava a agua tocar meu corpo de forma confortável, observei como a falta de uma alimentação regular fez com que eu me tornasse mais magra do que já era. Eu não sentia tanta fome e como o meu pai nunca estava sóbrio ou acordado para conseguir se alimentar, eu doava parte de nossos mantimentos para o Orfanato que existia no Distrito. Minha última visita a esse lugar havia sido três dias atrás e me lembrar do rosto dos garotos e garotas que teriam pela primeira vez seus nomes sendo sorteados para os Jogos. Esse tipo de pensamento me cortou o coração e me fez desejar que os Idealizadores sofressem em dobro toda a dor que os tributos mortos, nas antigas edições, passaram quando entraram naquela arena.

                Enxuguei meus cabelos e vesti o vestido verde que marcava perfeitamente minha cintura fina e deixava minha pele extremamente branca à mostra em algumas partes.  Calcei os sapatos e voltei até a sala onde me sentei novamente na poltrona para assistir na televisão reportagens especiais que a Capital estava fazendo sobre o dia de hoje. Um casal vestido com roupas extravagantes e maquiagens esquisitas faziam apostas de como seriam os tributos de hoje e qual provavelmente seria o Distrito vencedor. Mesmo que fosse demasiado cedo para dizer alguma coisa sobre isso, todas as apostas iam para os Distritos onde haviam os tributos carreiristas.

Não percebi o tempo passar de uma maneira tão rápida quando olhei para o relógio e ele já marcava onze horas da manhã. Logo mais eu e meu pai deveríamos nos dirigir até a praça para que os Pacificadores possam vasculhar todas as casas para terem certeza que nenhum morador esteja evitando ir até a colheita, por ser considerado um evento obrigatório.

Vou até o quarto de meu pai levando um pequeno copo de vidro contendo água fria. Chamo por ele diversas vezes e o cutuco nas costelas para que acorde, mas recebo resmungos em resposta. Como se fosse a coisa mais natural do mundo, jogo toda o liquido em seu rosto e observo ele se levantando assustado e furioso da cama. Seus olhos varrem o quarto a procura de seu atacante a quando me encontram ficam incrédulos.

-O que pensa que está fazendo, garota? – Pergunta ele com sua voz rabugenta e seu fedor matinal de bebida.

-Você precisa acordar e ir se arrumar. Devemos ir até a praça hoje, pois é o dia da Colheita. – Ele revirou os olhos como uma verdadeira criança e retirou as cobertas que estavam sobre seu corpo para poder sair de cima do colchão. – Esteja lá antes que os Pacificadores venham te buscar a força.

Saí de seu quarto e fui em direção à porta da cozinha que levava diretamente para a rua onde algumas pessoas já estavam indo até o local. Havia diversas crianças agarradas a seus pais ou irmãos mais velhos por todos os lados que se olhava assim como mães e pais arrasados pelo risco que seus filhos estariam expostos a partir de agora. Desejei ardentemente que houvesse uma mão para segurar a minha naquele instante e me levar, pois minhas pernas estavam estremecidas de medo.

Andei lentamente até a praça, mas me arrependi profundamente por isso. Quando mais eu observava as pessoas ao meu redor, mais ódio eu sentia da Capital por separar famílias desse jeito e jogar um membro delas para a morte quase certa. Como conseguiam ter coragem para fazer tal brutalidade com crianças?

Fui até a bancada em que se colocava o nome e recebia instruções de onde deveria ficar no momento do sorteio. Os mais velhos na frente e os mais novos atrás da mesma maneira que as meninas eram separadas dos meninos para manter uma organização maior. Ainda faltavam alguns minutos até que eles começassem a exibir o mesmo filme que mostravam todos os anos sobre Panem e o fim do Distrito 13. Eu seria capaz de repetir as falas juntamente com o locutor do filme se dessa vez uma sensação tão ruim não estivesse percorrendo meu corpo por inteiro. Mais e mais pessoas chegavam a todo instante até que eles decidiram começar. Agora com todos em suas posições devidas, pude observar que várias de minhas colegas mantinham o mesmo nervosismo que eu estava tendo e me perguntei se aquilo era causado pela idade.

Olho para a imensa quantidade de garotos que existe e noto que conheço poucos, já que não sou uma garota muito sociável. Não, eu não era rabugenta como meu pai e o estilo arrogante não fazia meu estilo. Apenas gostava de me manter calada e tímida como sempre fui, mas sempre respondia as pessoas com o mesmo tom que elas se dirigiam a mim. Se forem educadas e queridas, eu serei simpática e amorosa. Se forem cruéis e estúpidas, também sei pagar na mesma moeda. Meu pai insiste em dizer que isso eu herdei de minha mãe, mas com o tempo todos ao redor adquiriram a mesma maneira de lidar com as pessoas que ela tinha.

Após um longo e entediante discurso é chegada a hora em que Effie Trinket toma seu lugar ao lado de duas bolas de vidro contendo pequenos pedaços de papel com todos os nomes. As roupas daquela mulher e sua peruca de uma cor tão chamativa eram totalmente estranhas, pelo menos para nós que vivíamos em um Distrito, pois sei que na Capital aquilo seria considerado algo de última moda.

-Primeiro as damas.- Disse ela colocando a mão no interior daquelas urna, aumentando ainda mais minha tensão. Como será que ela deveria se sentir? Por mais que não fosse sua culpa a existência dos Jogos, ela contribuía para que eles ocorressem e que eram as suas mãos quem pegavam o nome da criança que viraria um tributo. Olhei de relance para meu lado e vi Madge Undersee a apenas alguns passos de mim. Ela talvez fosse a única amiga que eu tivesse, pois brincávamos juntas quando éramos menores. Madge retribuiu meu olhar e deu um sorrisinho tranquilizador, como uma irmã faria em um momento como esse. Voltei minha atenção para a mulher que já abria o papel que havia sorteado e estava prestes a dizer o nome da garota que se tornaria o tributo.

-Emma Claerkos - falou Effie Trinket. Minha garganta ficou seca e meus músculos rígidos me prenderam no lugar onde eu estava em pé, ao lado de outras das diversas outras garotas que me observavam agora. Eu não ousava acreditar que ela havia dito meu nome naquele instante. Era como se o pesadelo de todas as noites estivesse ocorrendo juntos agora em uma dose maior e mais dolorosa. Seria capaz de gritar e sair correndo daquela praça, mas nem ao menos conseguia me mover de onde estava. Isso não podia estar acontecendo de verdade, por favor, alguém me acorde desse sonho horrível.- Suba até aqui, querida.
 

Obriguei meus pés andarem em direção a onde os tributos sorteados deveriam ficar após o sorteio. Se isso tudo era verdade, eu não conseguia acreditar, apenas deixava com que meu corpo agisse mecanicamente. Quando cheguei ao lado da excêntrica mulher da Capital não sabia respirar normalmente, sentia que o ar fugia de meus pulmões. Nunca esperei que esse momento chegasse em minha vida. Havia apenas cinco pedaços de papeis com meu nome escrito, isso era muito pouco comparado a enorme quantidade de garotas que adicionaram em troca de tésseras.  A sorte realmente não estava ao meu lado.

O ensolarado dia que estava fazendo me incomodava, o vestido se tornara apertado e quente e meus olhos já não conseguia enxergar mais nada devido aos raios de sol que tampavam minha visão. Eu não sabia onde meu pai estava e como ele reagiu ao ouvir meu nome sendo chamado, mas não tinha certeza se ele ao menos se importou com isso. Talvez meu corpo cedesse ao chão, já que minhas pernas se tornaram cada vez mais moles, como se não houvesse ossos. Seria capaz de desmaiar, mas não sem antes de ouvir Effie anunciar quem seria o tributo masculino.
 

-Gale Hawthorne.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram?? Acharam uma porcaria?? Deve melhorar?? Muitos erros??
Então comentem dizendo o que acharam do capitulo e digam se estou agradando!
Vou amar receber desde criticas até receitas de bolos hahahaha
Beijooooos a todas e uma boa quinta feira.



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