Fogo Celestial escrita por Kika


Capítulo 24
Confiança


Notas iniciais do capítulo

Gennnnnnnnnnnnnnnteeeeee, eu estou FELIZZZZZZZZZZ.

Por que?

Bem, vejamos: eu recebi tantas comentários nesse ultimo capitulo, já estava me acostumando a ter poucos comentários, mas dessa vez, choveram comentários rsrsrsrsrs ok, talvez isso seja exagero, massss eu estou feliz..
E tem mais, tantas leitoras que nunca tinham comentado, deram o ar de sua graça, eu simplesmente ameiiii isso.. sejam todas muito bem vindas :)) e justamente isso foi o que me fez pensar que eu estou com saudades daquelas que comentavam lá nos primeiros capítulos, mas simplesmente sumiram.. Vocês ainda estão ai? ainda leem minha fic??
E mais, mais, mais a linda da Alice natty (Sophia) me deu uma muito fofa recomendação.. eu já disse que amo recomendações? não? bem, estou dizendo agora EU AMO RECOMENDAÇÕES, ELAS ME DEIXAM MUITO, MUITO FELIZ. Então Alice natty (Sophia) você me deixou muito feliz, principalmente por você achar que eu poderia escrever livros e que você os compraria se isso acontecesse rsrs. Obrigadaaaaa *_*

Bem, felicidade a parte, vamos ao capítulo de hoje.

Boa leitura!



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Quando Clary e Banjamin retornaram a sala, todos haviam caido em um silêncio mortal, e seria estranho, se não fosse pela modo como Jace andava pela sala como um animal enjaulado e assim cada olhar na sala estava sobre ele.

— O que tão rápido? Cuidado garotão se você não fizer direito ela pode acabar deixando você para trás. — Apesar da cena de animal enjaulado a voz de Jace era completamente plana, até mesmo um pouco brincalhona.

Os outros na sala pareciam não entendendo nada, ao que parece Jace não compartilhou o que tinha visto.

— Ela já fez. — Respondeu Benjamin silenciosamente — Não se sinta tão especial.

— Isso sera difícil de fazer.

— Sim, sim. Jace se sente especial em tudo que faz, sera que da para alguém explicar que clima é esse? — Isabelle intercedeu na não muito amigável conversa.

Jace encarava Ben, e em momento algum encontrou o olhar de Clary, ela se sentia estranha com a reação dele, mas era uma sensação que ela ainda não podia nomear.

Como ninguém respondeu a pergunta de Isabelle, Magnus limpou a garganta e disse:

— Bem, se ninguém irá pular no pescoço de ninguém, para me divertir, podemos continuar com a entediante história de ‘o que Clarissa fez depois de surtar e sumir’?

— Magnus! — Alec censurou o namorado.

— O que meu querido? Eu só acho que isso está tomando tempo de mais. Por falar nisso, você não estava indo para a Turquia? E não disse alguma coisa sobre ir rapido? — Magnus lançou suas pupilas felinas na direção de Clary.

— Sim, eu estava. Sim, eu disse.

Magnus bufou.

— Queridinha, você já foi mais esperta do que isso. Eu não estava esperando uma resposta tão direta. Esperava algo mais como o por que de você aparentemente ter desistido de ir.

Clary sorriu levemente e enquanto ia para a cozinha respondeu a Magnus.

— Eu entendi perfeitamente Magnus. Faça as perguntas certas, para as respostas certas. — Clary abriu a geladeira e apos olhar por alguns segundos, ainda com a cabeça dentro da geladeira disse: — Você não tem nenhuma comida aqui Simon?

— Jordan não está, e como você percebe eu não como.

Ouvindo o tom seco de Simon, Clary sentiu um aperto na boca do estomago que quase fez com que ela perdesse a fome, quase. Ele ainda estava magoado por ela tê-lo enganado, mas ela não o enganou, não completamente. Uma voz dentro dela, uma que ela não ouvia a muito tempo disse, que se ela não o enganou, por que então ela sentia que sim, e que isso foi uma coisa muito errada?

Balançando a cabeça para espantar os pensamentos, Clary fechou a geladeira e olhou para Izzy, esta sorriu como se tivesse ganhado sapatos Louboutin.

— Eu vou pedir uma pizza — Ela disse.

— Melhor pedir cinco — Acrescentou Ben.

Magnus estalou os dedos e de repente cinco pizzas gigantes se empilhavam no centro da sala. Izzy fez um bico.

— Mas eu nem disse que sabor eu queria.

— Bem, tem cinco pizzas, aposto que você vai gostar de alguma delas, ouuuu você pode telefonar, pedir o tipo que você quiser e esparar por ela enquanto nos vê comendo. — Magnus sorriu mostrando completamente os dentes e Isabelle para não ficar para trás, mostrou a língua para o bruxo.

Clary, ainda na cozinha, se surpreendeu ao ouvir um som de riso, mas não porque fosse estranho alguém rir pelo o que aconteceu e sim porque o riso veio dela mesma. Era a segunda vez em menos de uma hora que ela se sentia descontraida o suficiente para ter reações involuntárias. E não é como se a fase de sua vida estivesse boa para isso.

No entanto, quando é que ela esteve?! Essa é a diferença, ela pensou, de você estar sozinha e de ter amigos. Os amigos não deixam que você enlouqueça com seus problemas, eles te distraem e te divertem —até mesmo sem querer — e estão sempre ali para te socorrer se preciso. Sozinha, é só você e tudo de ruim que vem junto. E isso, com certeza é enlouquecedor.

— Eu pensei que você fosse comer o sofá de Simon se a comida não aparecesse logo, e... olha, ela apareceu, literalmente. — Isabelle trouxe o pensamento de Clary novamente para a realidade, e neste momento a fome monumental que ela estava sentindo, voltou a toda também.

Enquanto todos atacavam a pizza, Jace pegou um único pedaço e se sentou no beiral da janela, os raios de sol brilhavam em seu cabelo formando uma áurea ao redor dele, era como ouro realmente, ouro derretido.

Ele havia dado uma ou duas mordidas em seu pedaço, enquanto Clary comia até a caixa, Jace parecia ter perdido completamente a fome. E embora ela estivesse concentrada em comer, ela não conseguia se concentrar somente nisso, ela não conseguia tirar os olhos de Jace. Mas alguém a salvou, trazendo a tona um assunto do qual ela teria que participar.

— Então, acho que todos já estão satisfeitos. — Isabelle deu um olhar estranho para Clary — Bem, exceto você talvez. Serio, como você pode comer tanto? Parece até uma baleia azul. Bom, deixa para lá, a questão é, que nosso querido caçador de sombras inglês estava nos contando uma história e ele disse que sempre termina o que começa e eu acho que posso falar por todos quando digo: hora de terminar.

— Bom, talvez Clarissa queira continuar — Benjamin falou meio sem jeito.

— Não, pode continuar você mesmo. Eu nem sei o que você estava contando. — Clary ainda estava concentrada em seu ultimo pedaço de pizza.

— Você não disse a ela? — Alec perguntou levantando uma sobrancelha.

— Disse o que? — Agora quem perguntou foi Clary, com a boca cheia de massa, e para sua surpresa ela viu com o canto do olho que isso arrancou um meio sorriso de Jace, ela mesma teve de suprimir um sorriso que surgia com isso.

— Eu estava contando a eles como nós nos conhecemos. E... pretendia dizer o que aconteceu depois, também. — Benjamin parecia muito apreensivo em dizer isso, e Clary teve um sentimento de alegria com isso, pelo menos ele sabia que não podia passar por cima dela sem consequências.

Entretanto dessa vez não havia nada que ela pudesse fazer — ou quisesse, para ser mais exata — Apesar de não querer contar o que ela fez até então, todos aqui queriam saber, e eles não a deixariam em paz, ela sabia disso, e ela já havia decidido que não fugiria mais, então o mais correto neste momento era mesmo contar tudo — ou quase tudo.

Depois de um longo momento olhando para Ben sem falar nada, e este esperando que ela explodisse em indignação, Clary falou:

— Então você já contou a eles como eu salvei a sua vida?

— Você salvou a minha vida?? Espera do que você está falando?

— Como assim? Do que você está falando? Eu salvei a sua vida em mais de uma ocasião seu banana. — Clary falou com um tom falso de indignação na voz e Benjamin parecia consternado em ouvir isso.

— Banana? — Benjamin arregalou ios olhos em surpresa para essa afirmação. — Eu sei que você salvou, mas eu pensei que você estivesse falando do dia em que nos conhecemos.

— E eu estou.

— Você não me salvou aquele dia! Eu salvei você! — Agora a indignação estava na voz de Benjamin, mas nesse caso ela parecia mais verdadeira. — Porque você era, é, maluca.

— Não contesto meu estado mental. No entanto você vai ter que admitir um dia que entrar na frente de uma adaga banhada com veneno de demônio para que ela não acertasse você É salvar sua vida.

— Não, ISSO, é loucura. Você impediu que a adaga me acertasse, mas ela acertou você, então EU tive que correr para salvar a SUA vida. — Benjamin dava enfase nas palavras que indicava que ele era o salvador e ela a pessoa a ser salva, Clary no entanto parecia nem escutar o que ele dizia.

Os outros na sala acompanhavam a discussão em silencio, movendo somente o olhar e as vezes a cabeça de um para outro e vise versa.

— Eu tinha uma runa.

— Eu não sabia que você tinha uma runa.

— Mas eu tinha, e isso quer dizer que você não salvou a minha vida. Isso quer dizer que eu salvei a sua vida e salvei a mim mesma.

— Isso só quer dizer que você é maluca. E não importa que você tivesse uma runa, ela demorou uma eternidade para fazer efeito o que quer dizer que se eu não estivesse lá, talvez o veneno não tivesse te matado, mas os demônios com certeza sim.

— Depois de todo esse tempo e você ainda acredita nisso Ben?

— CHEGA! — Ao que parece o silencioso Jace havia se cansado da discussão. — sera que dá para vocês pararem com essa palhaçada?! — Ele fez uma pausa, onde todos olhavam para ele, e então continuou — O que aconteceu depois que os demônios do bar estavam mortos?

Muito baixinho, mas ainda ao alcance dos ouvidos aguçados de Clary, Magnus sussurrou: ‘hum, eu estava gostando da discussão’

Com esta interrupção Benjamin pareceu retomar a consciência de onde estava e o que estava fazendo. Adotou novamente sua postura mais seria e continuou a história de onde tinha parado:

— Os demônios que estavam dentro do bar estavam mortos. Depois de Clarissa haver gritado insanamente que queria conversar com os demônios que eu taquei fogo, ela saiu correndo do bar. No começo eu pensei que ela estava fugindo, e então eu corri atrás dela. Porém quando eu sai, percebi que ela não fugia, na verdade ela corria atrás de um demônio, e este sim parecia que estava fugindo.

“Mas ele não estava, ele queria apenas leva-la para mais perto dos outros, muitos outros demônios. Eu nunca havia visto uma concentração tão grande de deles. Mas eles estavam lá, e todos ao redor dela, eram cinco, com os cinco que tinham entrado no bar, um total de dez demônios, para irem atrás de apenas um caçador de sombras, eu me lembro de achar isso insano.”

Benjamim parou e olhou para Clary por alguns segundos.

— É claro que agora eu sei que era completamente aceitável, mas naquela época eu não podia imaginar por que tantos deles juntos. Então eu corri para ela, para ajuda-la, mas como antes ela gritou para que eu ficasse de fora, para que voltasse para o bar ou que fosse embora, que aquilo não tinha nada a ver comigo, só mais absurdos eu pensei.

“E quando eu já estava no circulo com ela, eu vi a adaga vindo em minha direção. Eu vi, mas já não podia fazer nada para desviar dela, ela já estava perto demais, foi ai que a maluca se jogou, e a adaga acertou logo abaixo de suas costelas. Ela a retirou assim que pode, mas a adaga a acertou com força e profundamente, quando ela ficou em pé, eu soube que tinha algo errado, ela cambaleava e esfregava os olhos. Eu não entendi de imediato, mas sabia que aquilo não era somente pelo corte da adaga.

“Os demônios começaram a avançar, e no começo ela lutava muito bem, mas em pouco tempo ela começou a levar golpes que eu sabia que ela podia evitar — pelo o que eu havia visto dentro do bar — e então ela já precisava de apoio e demorava a se levantar quando caia, até que apagou completamente. Por alguma razão eu sabia que tinha que tirá-la dali. E foi o que eu fiz. A levei para um lugar seguro até que pudesse...

— Espera. Você a levou para um lugar seguro, ok. Mas você disse que havia cinco demônios, como você escapou deles? — Isabelle parecia mesmo intrigada com isso, e ficou ainda mais quando Clary riu.

— Foi exatamente o que eu perguntei a ele quando acordei. — Disse ela.

— As pessoas tem o hábito de me subestimar Isabelle. Eu disse a você o que eu sou e o que posso fazer. Cinco demônios, foram difíceis, mas nada com o que eu não pudesse lidar. — Benjamin não tinha presunção nem orgulho em sua voz, apenas conformismo, o que tornou suas palavras sinceras para todo mundo na sala.

— Ok, então você detonou os demônios e tirou Clary de lá. Para onde você a levou e o que aconteceu depois?

— Hum, ele me levou para o lugar mais seguro que ele pode pensar!

— Não seja irônica. Como você pode perceber funcionou muito bem.

— E, onde era esse lugar? — Alec estava tão interessado em saber quanto Isabelle, só não demonstrava tanta ansiedade.

— O Instituto — Disseram Clary e Ben ao mesmo tempo.

Isso pareceu merecer a atenção de Jace, que estava muito concentrado em alguma mancha de umidade na parede.

— O que? — Disse ele.

— Eu a levei para o instituto e Londres. Além de mim, somente minha mãe e Tommy vivem lá. E não é como se os demônios pudessem segui-la até lá. Não poderia pensar em um lugar mais seguro.

— Sim, mas você com certeza esqueceu que toda a Clave estava atrás dela não é?! Porque com isso, obviamente, o instituto com certeza não seria o lugar mais seguro. — Protestou Jace.

— Não, eu não me esqueci. Como eu disse, não há muitas pessoas vivendo naquele instituto e não foi nada difícil esconde-la de qualquer um que aparecesse para passar uma noite, ou dar relatórios de como foi a procura por Clary.

— Consigo entender seu raciocínio de leva-la para lá caçador, mas eu realmente não consigo entender por que você a levou para lá.

A frase de Magnus pareceu confundir todo mundo, exceto Clary que sorria.

— Agora você está fazendo as perguntas certas Magnus.

— Isso nem foi uma pergunta.

— Não, mas é algo que lhe dará uma resposta.

— Bom, então é melhor você responde-lo, porque eu definitivamente não entendi o que ele quis dizer. — Benjamin não pareceu gostar de não entender algo.

— Infelizmente, só você pode responder isso, eu mesma ainda não sei muito bem por que você fez isso. O bruxo quis dizer que apesar de intender que me levar para o instituto me manteria segura, por que você iria querer fazer isso?

A expressão de desgosto de Ben se transformou, e se transformou em algo difícil de ler. Uma mistura de melancolia e admiração talvez.

— É difícil explicar. — Benjamin respondeu diretamente ao bruxo. — Como eu disse, eu sempre pude ler as pessoas de uma forma que me permitia... eu não sei como dizer isso.

— Que lhe permitia confiar ou não nelas. — Clary ajudou.

— É mais que isso, mas sim, essa pode ser uma explicação. Então por isso, apesar de tudo o que eu sabia sobre ela, e de sua atitude também não ajuda-la muito, aquela luz que eu vi nela, quando ela entrou no bar e essa “leitura” digamos, que eu fiz dela, me fez confiar que Clarissa dizia a verdade. Que ela não havia matado aqueles seres do submundo, que ela não era a traidora desvairada que a Clave afirmava e que ela não tinha um plano de destruição em massa do mundo.

— Um plano de destruição em massa? — Foi Simon quem falou dessa vez. — Isso parece mais como uma coisa de Sebastian.

— Depois que Clary traiu a Clave, eles não tem feito distinção nenhuma entre eles.

— Eu não trai a Clave Jace, você mais que ninguém deveria saber disso.

— Eu deveria? Por que?

— Não importa. — Clary não desviou o olhar do de Jace, era a primeira vez que seus olhos se encontravam desde que ela chegou a sala. — Benjamin acreditou em mim, mesmo sem me conhecer, sem saber o que eu estava fazendo ou o que ainda pretendia fazer. Ele acreditou em mim, ele não me deixou para os demônios, não me entregou para a Clave, não me deixou morrer por aquela adaga.

— Talvez ele só te achasse bonitinha e queria sua companhia por um tempo.

Clary ainda encarava Jace, mas agora com um olhar de frustração e raiva. Jace também a encarava, mas alguma coisa em seu olhar também mudou. De severo passou a neutro e calmo, mas não pacifico. Clary notou que era como se ele estivesse pedindo silenciosamente alguma coisa. Como se ele pedisse que ela o entendesse. Benjamin devia ter razão, sua mente devia estar chegando ao limite novamente. Só isso poderia explicar esse pensamento.

Por que Jace pediria que ela o entendesse? Ele é quem devia tentar entende-la. Entender o que e por que ela fez tudo o que fez. O que, pelo modo que ele a tem tratado desde de que ela voltou, ele não fazia, com certeza. Mas ainda assim, aquele olhar era diferente, Clary poderia mesmo estar enlouquecendo, mas ela poderia jurar que via naquele olhar, alguma coisa de medo.

Como ninguém mais falou nada, Benjamin continuou contando a história. Ele contou como depois de chegar ao instituto a mãe dele — Katherine — Não fez perguntas, apenas o ajudou a cuidar de Clary. Contou que depois de dois dias quando ela não dava sinais de acordar eles pensavam em procurar um irmão do silêncio, mesmo que antes eles tivessem de elaborar um plano para sair com ela dali antes que a Clave chegasse. E quando eles estavam prestes a fazer isso, ela acordou por tempo o suficiente para balbuciar as palavras “adaga” “veneno” “runa” “estou me curando” e então ele e a mãe dele, só sentaram e esperaram. Eles esperaram por mais dois dias, até que ela acordasse definitivamente.

Benjamin contou que quando Clary acordou ela pensou que estava sob a Guarda da Clave — já que estava no instituto — E apesar de não ter dito isso, planejava alguma maneira de fugir. Mas ela estava ainda fraca pelo veneno então tudo o que podia fazer era planejar. E enquanto isso ele e Katherine conseguiram explicar para Clary, que ela não estava nas mãos da Clave, que ela estava segura, e poderia ir embora assim que estivesse bem.

Depois disso Ben explicou a Clary o que ele era, e que esse era o estranho motivo pelo qual ele confiava nela, já que ela insistia em saber esse por que. Katherine também explicou que ela e o filho não eram os maiores fãs da Clave e que concordavam muito pouco com o muito que Clave fazia. Ben disse a todos que ele achava que foi sua mãe dizer isso que realmente convenceu Clary.

Ele continuou a história dizendo que Clary ficou no instituto tempo suficiente para conhecer a história deles e enquanto isso Ben era capaz de saber mais de Clary, e não porque ela dizia, mas sim porque ele sentia. E foi assim que ele sentiu essa energia pulsante dentro dela que parecia prestes a explodir.

Depois de uma semana — tempo que Clary demorou para se recuperar completamente — Ela já confiava neles, talvez não o suficiente para contar tudo o que estava acontecendo, mas o suficiente para ficar por mais tempo e saber que estaria segura. E eles — Ben, Katherine e Tommy — Confiavam nela o suficiente para querer ajuda-la.

Como Benjamin insistia que havia uma energia diferente em Clary, e que ela não tinha ideia disso, porque estava claramente descontrolada e que isso era perigoso, ela mesma começou a prestar a atenção nisso e sim ela conseguia sentir algo dentro dela, ela já sentia desde o navio na verdade, mas nunca soube ou quis explicar. Agora no entanto ela sentia o que Benjamin dizia, ela podia sentir essa coisa crescendo, se expandindo, queimando dentro dela.

E quando ela resolveu contar sobre o sonho no navio, sobre as runas que ela desenhava cada vez mais e que não sabia o que a maioria delas significava, todos eles se jogaram em uma pesquisa para saber o que estava acontecendo com ela.

— E foi assim que nós chegamos ao Fogo Celestial. — Benjamin concluiu esta parte da história.

A noite já era visível no horizonte, a luz rosada do por do sol entrava pela janela lançando sombras estranhas em todos os presentes, que se sentaram imóveis por tanto tempo que pareciam estatuas.

Estatuas pasmas e incolores, coloridas apenas pelo sol poente. Estatuas que estavam neste momento revendo todos os seus valores. Estatuas que estavam pensando como uma mãe e filho do outro lado do atlântico foram capazes de desafiar a Clave e não temer as consequências, como esses dois foram para Clary o que por algum motivo eles não puderam ser, como ela confiou neles e não nos seus amigos daqui.

Mas essas estatuas róseas entendiam também que ela confiou neles porque eles se dispuseram a isso, eles fizeram exatamente o que ela fazia, desafiavam e traiam e não se importavam com a Clave, enquanto eles aqui, não tiveram essa coragem. Porque foi isso, falta de coragem, eles tiveram a oportunidade — mais de uma vez — Tiveram os motivos, tiveram tudo, exceto a coragem.

Somente Clary teve essa coragem, e agora as estatuas que lentamente retornavam a vida, entendiam isso.

O que lhes faltava entender ainda era: o Fogo Celestial.


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Notas finais do capítulo

E ai, e ai?? Gostaram? não? me contem.

Bjoss na testa e até o próximo ^^

*****
Oi gente...
Bom não sei se alguém realmente vai ler isso,masssss,aqui vou eu:
A alguns dias eu postei um capitulo de aviso - sim eu li as regras de postagens,não eu não me lembrava que eu não podia fazer isso!!!! - então eu recebi uma advertência e o capitulo de aviso foi excluído!
Peço desculpas se ofendi alguém com o capítulo de aviso.
A intenção do capítulo foi apenas justificar a minha demora em postar mais capítulos, isso por exclusivo respeito aos meus leitores. Fiz de modo errado, sim, eu admito - está nas regras - no entanto eu realmente não acho que as notas inicias ou finais de um capítulo já postado a mais de uma semana fosse o lugar ideal para deixar este aviso para que todos pudessem vê-lo. E na falta de um lugar melhor fiz um capítulo para isso. Mas bem, advertência recebida, capítulo excluído e meu problema ainda não resolvido.. É, parece que esta não é mesmo minha semana!
Para quem não viu o capítulo de aviso e tiver a sorte ou curiosidade de ver novamente estas notas finais: meu notebook está no concerto e o capítulo que postaria no final de semana está lá e somente lá.. eu estou tentando reescrever o capítulo, mas não está saindo como eu gostaria, por isso pode ser que ainda demore um pouco para mais atualizações!
Novamente desculpem-me pelo inconveniente!



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