Fogo Celestial escrita por Kika


Capítulo 17
Cidade fantasma


Notas iniciais do capítulo

OI, OI, OI, OI, OI, OI Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii pessoal... Eu sei, eu sei eu me atrasei novamente, me desculpem.

Massss, aqui estou eu com um super novo capítulo hsaushasauhs...

Espero que vocês aproveitem e gostem e fiquem felizes para que assim vocês comentem, porque eu estou achando que minha fic deve estar uma porcaria levando em consideração o numero de comentários que eu recebi no último capítulo ):

Obrigadaaaaaa as lindas Bru Mikaelson, Clarry Cullen, Izzy Herondale Huurano e Calla Michaelis que comentaram em meu curto mas feito com muito amor último capítulo.

Novas pessoas acompanhando a história: sejam bem vindas, e não sejam acanhadas, comentem, me deem suas opiniões.

Eu revisei o capítulo super correndo, então desculpem algum erro ou lapso.

Boa leitura!



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Luke estava saindo da biblioteca onde teve uma conversa um tanto exaltada com Maryse, ela queria que ele mentisse para Jocelyn para acobertar Clary ou seja lá como ela chamou isso e ele não gostou nem um pouco disso. No entanto ele teve de reconhecer que Jocelyn não estava sendo a mulher forte e determinada que ela costumava ser, o medo de perder um segundo filho a afetava de uma maneira que não a deixava ser razoável, por isso ele concordou em acalma-la em relação a Clary, contando o minimo que pudesse.

Isso ainda não queria dizer que ele estava gostando da situação. Clarissa simplesmente tinha que lidar com a bagunça que fez.

E foi assim saindo da biblioteca com Maryse em seus calcanhares que ele viu: Clary. Tão parecida com sua pequena Clarissa que ele viu crescer, que seu coração deu uma guinada antes de voltar a bater normalmente e fazer com que suas mãos se  fechassem em punhos.

Clary andava pelo corredor - andava descontraída e não toda cuidadosa e silenciosa parecendo uma sombra, como ele a viu pela última vez  - ao lado de quem só poderia ser o Haikai de quem Maryse falou, e sorria, um sorriso que alcançava seus olhos verdes, agora tão brilhantes. Ela parecia feliz, Luke se sentiu bem com isso, mas também sentiu uma grande irritação.

Assim que ela a viu, o brilho de seus olhos desapareceu assim como seu sorriso. Ela caminhou lentamente agora, até chegar ao seu lado, mas não muito próxima.

- Luke. – ela disse sem emoção alguma. – Jocelyn esta com você?

- Não. Eu acabei de concordar em amenizar a bagunça que você fez, por isso talvez você não terá o incomodo da sua mãe por perto.

Clary quase deu um passo para trás com a agressividade nas palavras de Luke. Ela não sabia do que ele estava falando, mas com certeza não ficaria calada ouvindo.

- Amenizar a minha bagunça? Do que você esta falando?

- Estou falando de fazer o que VOCÊ não tem coragem para fazer. Conversar com sua mãe. Fazê-la entender que ficar rastejando aos seus pés não é a melhor situação. – Seu tom de voz era ácido e furioso.

Novamente Clary sentiu o impulso de dar um passo a trás. Ele estava dizendo que ela não tinha coragem? As palavras de Luke eram como milhares de ferrões de abelhas acertando cada um de seus nervos. Ela se perguntava por que ele estava sendo tão cruel com ela? Desde que ela retornou ele foi o mais evasivo e agora o mais cruel. E Clary sempre imaginou que Luke seria o único a ficar ao seu lado, contra a Clave.

- Eu ainda não sei do que você está falando. E não lhe pedi para fazer nada. – Clary cuspiu de volta.

- Não, você não pediu. Mas parece que todos os outros estão com medo que você vá se esconder na toca como um coelhinho assustado se se sentir acuada.

Clary podia sentir sua raiva borbulhando em suas veias e a única coisa que a conteve de literalmente avançar em Luke e mostrar a ele que se ela era um coelhinho ele teria que tomar cuidado com suas garras, foi a mão de Ben que segurou seu braço, deu um passo a frente se mantendo entre Clary e Luke e falou com seu tom tranquilo e calmo.

- Acho que fazer acusações sem conhecer os fatos é muito fácil e completamente inútil. – Ele disse se dirigindo a Luke. – Por outro lado, se você toma uma atitude, tem que ter consciência de suas consequências. – Ele falou agora para Clary. – Você não pode ignorar sua mãe, ela é uma consequência de sua decisão, não basta ter coragem de frente com o inimigo se você permanece fugindo dos amigos.

- Hspff, Jocelyn agora é um consequência?!

Clary bufou fortemente e deu as costas para sua plateia. Não importa o quanto ela tenho gostado de conversar com Benjamin a apenas alguns minutos, não importa como ela se sentiu normal durante a noite passada e essa manhã como ela não se sentia a muito tempo, ela ainda preferia que ele voltasse para Londres. Porque ele era o único capaz de fazê-la se sentir culpada.

Clary precisava sair, precisava pensar, precisava agir, precisava saber o que fazer... e ela não sabia e ela não gostava de não saber o que fazer. Agora que não haviam mais livros desaparecidos, a única alternativa seria esperar que Sebastian viesse até ela para recuperar os livros que estavam com ela, mas somente mencionar o fato de ‘esperar’ a deixava nervosa, ela não queria esperar. E já havia se passado muito tempo desde o seu último encontro - três dias são muito tempo não são?

E nada nem um movimento de Sebastian, mas também o que ele poderia fazer com ela dentro de um instituto? Ele ariscaria ataca-la ali dentro? Talvez estivesse na hora de ela partir dali afinal.

***

Depois do encontro nada amigável de Luke e Clary no corredor, esta decidiu que queria dar uma volta pela cidade, o que estava preocupando os moradores do instituto, já que a ‘volta’ dela tinha agora uma duração de onze horas.

- Entendo que Clarissa tenha um histórico de sair e nunca mais voltar, mas acho que esse não é o caso agora.

- Há, você ACHA que não, por acaso esse é algum de seus dons? – Eram duas da manhã e Jace realmente não queria mais ver a cara do tal Haikaizinho convencido, muito menos ouvir o que ele acha.

-  Não, não é um de meus dons, apenas minha opinião. – Ben respondeu com seu inabalável tom tranquilo.

- E o que faz você ter está opinião?  - Perguntou Alec, tentando evitar que Jace soltasse mais alguma coisa.

- Ela vai voltar, porque eu estou aqui.

Jace saltou de sua poltrona pondo-se bem enfrente ao prepotente caçador londrino.

- Já chega, que tipo de relação você acha que tem com Clary para achar que ela vai voltar por você? – Apesar das palavras de Jace sua face e até mesmo sua expressão corporal não delatavam nenhuma emoção, um sorriso surgiu nos lábios de Alec por ver um pouco de seu antigo parabaita florescendo novamente.

- Eu não acho nada em minha relação com Clarissa. – Ben deu enfase na palavra acho. – Eu tenho plena certeza. E é justamente por isso que ela irá voltar, duvido que ela gostasse que eu começasse a falar.

- Por que ela não gostaria? – Agora quem parecia interessada era Maryse. Jace não se moveu um centímetro e esperava a resposta de Benjamin encarando-o, mas para sua decepção quem respondeu foi Magnus.

- Bem, me parece óbvio. Os dois ai não tiveram uma relação de apenas coleguinhas em Londres e Clarissa não quer que Jace, seu antigo amor para a vida toda, fique sabendo da sacanagem. – Este comentário rendeu a Magnus um olhar feio e de soslaio de Alec, um olhar que Magnus ignorou completamente enquanto ouvia o que Jace dizia.

- Não vejo nada óbvio aqui. E também não acho que está seja toda a história.

- Você está certo e errado Jonathan. Há uma coisa óbvia, mas que ninguém ainda percebeu. E sim, esta com certeza não é toda a história.

Enquanto Jace murmurava um: se fosse óbvio nós já teríamos percebido... ele se interrompeu abruptamente e disse:

- Ela esta aqui.

E de fato alguns segundos depois foi possível, somente para ouvidos muito atentos, ouvir os passos leves de uma pessoa pelos corredores do instituto. No entanto os passos passaram pelas portas fechadas da biblioteca sem ao menos exitar e foi diretamente para a ala dos quartos.

- Bom, parece que a preocupação acaba já que ela retornou. – Ben levantou-se da cadeira onde estava sentado e virando-se para Maryse fez uma pequena reverencia e disse:

- Com sua licença, vou me recolher agora. – E assim ele seguiu os leves passos ouvidos a pouco tempo.

Ainda na biblioteca Jace agora não escondia sua reação e ele tinha uma careta de nojo.

- Com sua licença? Vou me recolher? Esse cara veio de Londres ou do século passado?

- Alguma coisa contra pessoas de outros séculos?- Magnus fulminava Jace e esse o ignorou rapidamente.

Maryse levantando-se e retirando-se da biblioteca respondeu a pergunta um tanto retórica de Jace.

- Isso chama-se educação Jace. Você saberia o que é se não houvesse ignorado todas as minhas tentativas de ensina-la a você. – Abrindo a porta ela hesitou por um instante, suspirou e acrescentou: - Isabelle, espero que vá diretamente para seu quatro e Alec... tranque as portas do instituto assim que acompanhar Magnus até lá.

Assim ela saiu, deixando que a porta fizesse um estridente barulho ao bater atrás de si.

- Uau, ela está zangada. O que vocês fizeram pra ela? Sem dizer que completamente desnecessário trancar aos portas do instituto. -  Jace lançou um olhar para Izzy e depois Alec imaginando qual dos dois havia irritado a mãe.

- Não olhe para mim, eu não sou o filho que passou a noite fora com o namorado. – Respondeu Alec com um leve levantar dos lábios e dirigindo seu olhar para Izzy.

- Não, não foi. Mas você já fez muito isso e nunca ouvi ninguém dizendo nada contra. Não sei... – Mas Isabelle foi interrompida por um Jace intrigado.

- Você passou a noite com aquele vampiro?

- Ora Jace não acho que minha vida pessoal seja da sua conta. – Isabelle estava esbravejando agora, não bastasse o gelo que a mãe deu nela quando ela chegou em casa ontem, ou melhor esta manhã e a encontrou esperando por ela em seu quarto, o que na verdade surpreendeu Isabelle ela não achava que sua mãe fosse perder tanto tempo somente para pega-la no flagra, agora Jace também se sentia no direito de crítica-la?! Mas alguma coisa na expressão de Jace, que Izzy não sabia definir, dizia que ele não estava indo crítica-la.

- Ele machucou você? – A pergunta surpreendeu tanto Izzy quanto Magnus e Alec, este por sua vez parecia até culpado por sequer ter pensado nisso. Isabelle percebeu que Jace discretamente analisava seu pescoço, involuntariamente ela levou a mão até ali.

- É claro que não. Do você está falando? É Simon.

- Sim. E ele é um homem que por acaso também é um vampiro.

- Ele fez alguma coisa com você Isabelle. – Alec perguntou parecendo um pouco envergonhado, ela não sabia dizer se era por estar perguntando este tipo de coisa para a irmã ou se era por não ter perguntado antes.

Isabelle irritada andou em direção a porta e imitando os passos da mãe, parou quando chegou até ela para falar.

- Simon é meu namorado e não é da conta de vocês o que acontece com a gente. – Ela deu um sorriso – Embora seja bonitinho ver vocês tão preocupados comigo. Mas Simon nunca faria nada para me machucar. – E assim ela saiu, ouvindo o bater da porta atrás de si.

***

Clary estava sonhando, ela sabia que estava sonhando, o que era muito estranho já que normalmente ela não tem consciência de que esta sonhando quando sonha.

Mas dessa vez ela sabia, e ela não podia fazer nada além de entrar cada vez mais no sonho, ela até tentou se forçar a acordar, mas não adiantou e assim ela seguiu no sonho.

Ela estava em uma cidade fantasma, haviam casas – muito estranhas, mas eram casas -  entretanto não haviam pessoas, nem animais ou qualquer sinal de civilização atual. As casas eram todas grudadas umas as outras, não haviam caminhos ou ruas entre elas e Clary percebeu que não havia portas para as casas também, ao menos não no chão. E haviam muitas casas, não era uma cidade enorme, mas era grande para uma cidade antiga, com pelo menos uma centena de casas.

Chegando mais perto Clary notou que todas as casas que estavam a sua frente tinham escadas, escadas de uma madeira que parecia muito frágil, que levava ao teto. Ela se encaminhou para uma dessas escadas e sem exitar subiu, chegando ao que ela achava que era o teto da casa ela enfim encontrou as portas e também os caminhos por onde os supostos moradores da cidade passavam. Havia uma abertura a cada cinco metros e ela supos que cada abertura daria para uma residência, e ali em cima, haviam caminhos, degraus que levavam a casas mais altas ou mais baixas pequenas passarelas por cima de pátios que eram feitos exclusivamente de areia e até mesmo alguns corrimões em declives no caminho.

Muito estranho ela pensou, estranho mesmo. Ela olhou dentro das portas nos tetos, olhou nos pátios de areia, nos caminhos, de um lado para outro, mas não havia ninguém. Então ela olhou para cima, para a vista do lugar. E era lindo, apesar de muito estranho a pequena cidade fantasma ficava a beira de um enorme rio e a direita uma também enorme montanha, completamente tomada pela vegetação, o que contrastava com a cidade que era toda de uma cor ocre e feita de areia.

A sua esquerda ela via milhas e milhas de campos planos, no entanto não parecia que tinha qualquer coisa sendo cultivada ali. Tão concentrada que ela estava em procurar algum sinal de vida que ela acabou não notando uma aproximação. Mais tarde ela se perguntaria como na realidade ela não o sentiu chegando, que não o tivesse visto ou ouvido era compreensível, mas ela também, não o sentiu, de maneira alguma.

- Lindo aqui não é mesmo? – perguntou uma voz atrás dela, a poucos centímetros de seus ouvidos. Clary sentiu seu corpo estremecer com o som da voz que ela infelizmente tanto conhecia, ela se virou para a voz não demonstrando sua repulsa.

- É bom ter você aqui comigo irmanzinha.

- Como você fez isso? – Clary perguntou naturalmente.

- O que? Você não pode me acusar pela ruína desta cidade, sabe eu não sou culpado de tudo de ruim que acontece no mundo.

Clary riu um pouco com sua resposta o que colocou um olhar de duvida no rosto de Sebastian.

- Não, você não é culpado de tudo de ruim que acontece, mas com certeza se acha responsável pela maior parte. Eu me referi a como você é capaz de estar em meu sonho?

A expressão de duvida somente se aprofundou com a nova pergunta de Clary.

- Você sabe que está sonhando? Como?

- Eu não gosto quando as pessoas respondem as minhas perguntas com novas perguntas. – Ela afirmou franzindo a testa, entretanto acabou respondendo a pergunta dele, porque de fato estava muito curiosa. – É óbvio que isto é um sonho não é?!

- Não, não verdade não é. A maioria das pessoas não sabem que estão sonhando até acordarem em suas camas e no fim acabam acreditando que foi somente um sonho, pelo menos até enfrentarem as consequências do que aconteceu aqui. Na verdade, eu nunca encontrei ninguém que soubesse que estava sonhando, você é mesmo especial não é irmanzinha?!

- A maioria das pessoas? Você já fez isso? e onde exatamente é aqui? – Ela fez um gesto com a mão abrangendo todo o espaço a sua frente e a sua direita.

- Sim, eu já fiz isso, muitas vezes, inclusive com nosso irmãozinho postiço, e aqui – Sebastian repetiu o mesmo gesto de Clary – é onde sua mente quis nos levar.

- Uma cidade fantasma no meio de sabe-se lá onde com as portas e ruas em cima das casas? Desculpe se eu não acredito em você, mas acho que minha mente não estava pensando nisso quando eu dormi.

Sebastian sorriu, um sorriso lento, que mostrou todos os seus estranhamente afiados dentes.

- Você estava pensando em mim, em onde eu poderia estar. – Clary se surpreendeu com isso, ela girou a cabeça ao redor, como que avaliando o lugar de uma maneira diferente agora.

- Você esta aqui?

- É claro que eu estou aqui. Bem na sua frente.

- Não seja estupido, não foi isso que eu perguntei e você sabe.

Sebastian não gostava do tom que Clary tinha para falar com ele agora, ela se sentia superior a ele, se achava melhor e mais esperta, quem ela pensa que é afinal para chama-lo de estupido.

- Foi o estupido aqui que quase te matou na última vez que nos vimos. Não fale comigo neste tom. – Sebastian sibilou como uma cobra para ela, mas Clary não se intimidou, era só um sonho no fim das contas, não que ela se intimidaria se fosse real.

- Exatamente. Quase. – Ela deu um pequeno sorriso para ele, o que o irritou ainda mais, e assim o fez ir direto ao ponto.

- Onde estão os meus livros Clarissa?

- Lá vem você novamente com ‘os seus livros’ eu não sei do que esta falando.

- Apesar do que você pensa eu não sou estupido, então não me trate como um tolo. Eu quero os meus livros e você vai da-los para mim.

- Ah, sim? – Clary continuava firme, até mesmo um pouco divertida vendo a irritação cada vez maior de Sebastian, foi quando ela sentiu a dor.

Uma dor escruciante, não se parecia com nada que ela já houvesse sentido, uma dor que vinha de dentro para fora, parecia que arrebentava cada veia de seu corpo e o sangue fazia pressão para sair pelos poros de sua pele e ao mesmo tempo todos os seus órgãos eram pressionados e esmagados dentro de si, inclusive seu cérebro, fazia seu corpo tremer e suas forças escaparem por seus dedos, fazia com que ela não fosse capaz de se mover e ao mesmo tempo fazia com que ela quisesse correr, correr para o mais longe que pudesse da dor, mas ela sabia que mesmo que corresse a dor iria com ela

E agora Sebastian ria, ria de sua dor.

- É você quem está sonhando, mas sou eu que comando esse sonho, por isso acho melhor você cooperar irmanzinha.

- Pare... de me... chamar assim. – Clary conseguiu dizer entredentes. O que só fez com que Sebastian risse ainda mais.

- Onde estão os meus livros?

- No... inferno. – Cuspiu para ele.

- Não... o inferno sera cada vez que você fechar os olhos e adormecer, porque eu estarei aqui Clary, em seus pesadelos, e não serei tão gentil como agora. Por isso sera mais fácil se você acabar com isso, agora.

Clary respirava pesadamente e estava agora de joelhos.

- Quem disse – Ela puxou uma respiração profunda – que eu gosto de coisas fáceis?

Neste momento a dor aumentou, Clary passou os próprios braços pela cintura como se tentando manter-se inteira, a pressão era insuportável.

- Ah, se você quer estes livros... venha... buscá-los pessoalmente. – Ela respirava cada vez mais superficialmente e aceleradamente, um suor frio começou a descer por suas têmporas.

- Você bem que gostaria disso. – Sebastian passou a andar pensativo enfrente a Clary e em meio a dor ela ainda conseguiu notar a diferença gritante da linda paisagem da montanha ao fundo com a feia figura de seu irmão a frente. – Porém, eu prefiro ver você em seus sonhos, você normalmente está mais bem humorada neles. Isso é claro, quando não está com dor. Você sabe, está não é a primeira vez que eu entro em seus sonhos.

Ele suspirou e se aproximou de Clary, quanto maior era a intensidade de seu olhar maior parecia ser a dor.

- Você vai me entregar estes livros. E quando eu tiver o poder você se entregará a mim. – Sebastian sussurrou quase aos ouvidos de Clary e ela não pode mais suportar, caiu ao chão e se entregou a dor.

E foi em meio a essa dor que ela ouviu uma voz, uma voz que a chamava, uma voz que ao contrario da primeira era muito bem vinda. Ela sentiu também uma pressão em seus dois braços, logo abaixo dos ombros, uma pressão que era forte, mas não machucava.

- Clary... Clary... Clary...

A voz que começou como um sussurro ficava cada vez mais forte, e quanto mais forte a voz ficava menos ela sentia a dor.

- Clary?

A paisagem da cidade fantasma começou a se borrar, seu monstruoso irmão já não estava mais ali, e de repente ela abriu os olhos para o seu quarto no instituto.

- Clary, acorde!

E o que ela viu, ou melhor quem, fez com que seu coração e sua respiração acelerasse, mas desta vez de alivio e felicidade, este era o dono da voz, que a tirou de seu pesadelo. E sem pensar, sem conseguir elaborar um único pensamento, ela se agarrou a ele, com toda a sua força e ele retribuiu, gentilmente passou os braços ao redor de seu corpo e deixou que ela apoiasse a cabeça em seu ombro. Ficaram assim até que Clary sentiu seu corpo relaxar e ao invés de dor ela sentiu conforto, um conforto que ela não sentia a muito tempo.

Um conforto que somente Jace poderia dar.


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Notas finais do capítulo

Bom é isso!

Acho que o próximo capítulo virá na quarta e não na segunda-feira, então não se espantem.

Comentários?

Bjos ^^



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