Love Breaks Barriers escrita por Sophia


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ^^



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  Ace acordou cedo, antes de Marco.O loiro realmente parecia cansado com aquelas olheiras enormes.Mas o moreno ainda tentava entender a atitude do outro noite passada.

#Flashback

Estava quase dormindo quando sentiu uma movimentação e percebeu algo mexendo em seus cabelos.Resistiu à tentação de abrir os olhos para ver o que era.Ficou um bom tempo recebendo esse “carinho”.

Um tempo depois do movimento cessar olhou em volta e constatou surpreso o loiro dormindo pesadamente ao seu lado.Só pela distância dava para perceber quem mexera em seus cabelos.

#Fim do flashback

  Também tinha outra coisa que preocupava o moreno.Ele sabia que tinha esquecido algo  importante, relacionado à Marco.

  Depois de ficar um bom tempo pensando e não chegar a conclusão nenhuma, resolveu passear pelas redondezas.Sabia que não podia deixar que o vissem, então resolveu ir andando pelos becos que encontrava. Mas quer saber?Tanto faz.Vão ser descobertos mais cedo ou mais tarde mesmo. Se tudo dependesse dele, sairia correndo e daria uma surra em todos esses piratas que invadiram a ilha, mas não podia arriscar a vida de ninguém e estragar os planos de Shirohige.O Pai não queria outros piratas com raiva, só que eles deixassem a ilha que devia ser seu território.

  Enquanto Ace passeava pela cidade prestando atenção em qualquer informação futuramente valiosa, Marco acordava e olhava em volta.Nada estava diferente de antes, exceto pela falta do moreno, que deixara um recado em cima da mesa avisando que iria começar a investigação. O loiro sabia o jeito de Ace.Não podia deixar- se ser influenciado pelas suas decisões precipitadas. Decidiu, então, esquecer o moreno por um tempo e ir comer algo.Também iria ajudar nas investigações, mas precisava repor mais energias.Mesmo tendo dormido por mais tempo ainda não estava em seus melhores dias.Afinal, ainda não tinha se decidido sobre Ace.Até que se decida não vai conseguir viver sossegado.

  Chegando na cidade, tentava se disfarçar ao máximo e ouvir tudo que lhe parecesse interessante. Podia facilmente se esquivar de lugares mais movimentados e se passar por despercebido. Para quem não o conhecia, ele não era tão marcante assim com a camisa cobrindo a marca de seu Pai. Não se sentia confortável a cobrindo, mas era necessário. Ace, apesar de ser totalmente contra, também tinha aceitado usar uma blusa laranja.

Andando calmamente pelas ruas estreitas e em meio às barraquinhas, encontrou quem menos tinha vontade de encontrar ( apesar de ter...ou algo assim ), Ace. O moreno carregava um pedaço de carne e olhava em volta, mas não tentava de jeito nenhum disfarçar sua presença.

—Oe, o que acha que esta fazendo? —disse o loiro e puxou o outro para um beco. —Quer que descubram a gente?

—Ahn? Vão descobrir de um jeito ou de outro.Por que se esconder?

—Ace. —começou o loiro sério.O moreno parou de comer um instante e encarou o outro. —Se não nos escondermos podemos estragar o plano.E você sabe o que significa, não é?Pessoas vão se ferir e nós teremos mais inimigos do que já temos. —terminou ele.

—Ok, eu vou “tentar” me esconder.

—Tentar não.Você vai!—disse irritado—Francamente,o que Oyaji estava pensando? —resmungou Marco.

  Já não bastava Ace incomodar estando tão perto e ainda assim tão longe, e agora ia implicar com a missão? Por que ele veio em primeiro lugar? Não era para Marco sair um pouco para pensar? Ele não conseguia nem de longe entender os motivos de Shirohige ter mandado os dois juntos nessa “viagem”.

  Depois de respirar fundo e se acalmar, Marco disse.—Você já comeu, não é? —Ace assentiu—Ok, então eu preciso comer.Você vai vir comigo. —O moreno assente enquanto come aquele pedaço imenso de carne.Mesmo estando irritado, aquela cena pareceu hilária para o loiro, que ficou um bom tempo encarando o moreno e segurando o riso.

  Os dois rumaram para o restaurante mais vazio da cidade sempre olhando em volta. Quando entraram e se sentaram, logo veio uma garçonete para coletar o pedido. Mal tinha sido servido e Ace atacara a comida. Já não havia comido?

  Depois de comer uma boa quantidade já se julgava satisfeito.

Por algum motivo, Marco se sentia desconfortável.Mas resolveu ignorar e pedir mais sakê.

XX

  O moreno percebeu que o loiro ainda ia demorar tomando sakê.Ultimamente Marco parecia sempre querer se embebedar.Então resolveu sair.Disse à Marco que ia continuar a investigação.

  Quando ia sair pela porta, foi agarrado no braço pelo loiro.

—Lembre do que conversamos.E tome cuidado. —disse o loiro preocupado.

—Por que está tão preocupado? —Mas quando se virou para sair foi interrompido novamente.Dessa vez era uma criança.Yuki.

—Oh!É você.Valeu pela cabana. Estou de saída agora, você vem? —mal assentiu o garoto e os dois já tinham deixado o estabelecimento.

  Dessa vez Ace estava realmente se preocupando com a atenção que chamava.Teve, várias vezes, que puxar o garoto para becos quando pessoas com aparência suspeita passavam. Nessa repetição, escutou uma coisa interessante.Duas pessoas conversando sobre uma tal de “base”.

—Ele quer saber todos os detalhes—disse um homem moreno e alto.

—Mas o chefe está lá? —perguntava o outro alto.

—Sim. Sobe lá na base.

—Ok. —e começou a andar em rumo a tal “base”. Ace, escutando aquilo não tinha dúvidas que o cara ia para o lugar que ele estava procurando.

—Yuki, diga ao Marco que eu estou seguindo um cara que parece suspeito.E diga que ele falou sobre uma tal de “base”. —falou o moreno apressado. Mal terminou de falar e já estava na cola do capanga.

XX

  Yuki corria o mais rápido que conseguia. Quando chegou ao restaurante, teve que recuperar o fôlego antes de falar com Marco.

—Marco, Ace pediu para avisar que ele está seguindo um capanga do Hayato.

—Hayato? —perguntou o loiro ainda um pouco tonto pelo sakê.

—Os piratas do Hayato, que controlam a ilha.

—O que!? —perguntou levantando alarmado. —Aquele idiota. —resmungou. — Arigato Yuki.  —disse correndo em direção à porta e saindo do lugar.

  Marco estava preocupado.Se esse tal de Hayato tinha invadido a ilha que era território de Shirohige ele devia ser forte. Francamente, o que Ace estava pensando em segui-lo sozinho ? Ace podia ser forte, mas era apenas um.

  O loiro decidiu que era mais fácil procurar voando e começou a usar seu poder. Procurava em todos os cantos de todos os lugares. Estava ficando desesperado.

  XX

  Enquanto o loiro procurava, o moreno já estava em frente à base. Ficou um bom tempo vigiando a entrada para passar despercebido. O que nada adiantou pois foi visto por um den den mushi de segurança. De tão concentrado em como entrar sem ser visto, não percebeu a movimentação por trás dele, e no momento em que ia entrar, foi preso por algemas. Tentou se soltar, mas percebeu serem kariouseki. Como sabiam sua fraqueza?

—Surpreso? —perguntou um cara alto com uma marreta gigante na mão. Devia ser o chefe, Hayato.O moreno não acreditava ter caído em uma armadilha. —Hahahaha...Achou mesmo que não íamos te reconhecer, Punhos de Fogo? —disse ele. —O que veio fazer aqui? Conseguir o território de volta? Você não me parece tão perigoso quanto dizem por aí. —disse ele em tom de superioridade.

—Então você é o tal de Hayato? Bom, eu ia acabar com você, mas me fizeram seguir o plano e eu acabei aqui. Agradeça a quem me parou, senão você não estaria mais nessa ilha, ou talvez nesse mundo. —disse Ace debochando do outro.

  Logo após ele terminar de falar levou um soco no estômago.

—Maldito—disse tossindo. Hayato estava se preparando para outro soco quando escutou um grito.

—Ace! —gritava o loiro, que deu um chute no capitão da marreta. Este saiu voando e bateu com força no muro que cercava a base. —Não toque nele! —gritava. Hayato não era tão forte quanto o loiro imaginava, mas tinha um plano em mente. Esse foi o problema.

—Calma, calma, Marco. Ou você quer que eu exploda seu amiguinho? — ameaçou Hayato com um controle na mão. Ele se levantava com dificuldade, apesar do seu tom de deboche. Quando ele tinha colocado aquela bomba na algema de Ace?

—Maldito! —gritou Marco. Por um mísero descuido a coisa tinha ficado séria. Agora, caso o loiro se mexesse, o moreno é que sofreria as consequências. Isso foi a gota d’água para ele, não deixaria Ace se ferir mais do que aquilo. De jeito nenhum!

—Hahahahaha...Agora se renda antes que meu dedo escorregue um pouco e... —disse quase apertando o botão.

—PARE! —gritou Marco desesperado. O loiro tentou de tudo para se manter clamo, mas não conseguia. Foi então que ele pensou em uma escapatória. —Ok, eu faço.Só não aperte esse botão.

—Marco, o que está fazendo? Você vai ser pego. —dizia o moreno preocupado.O loiro apenas sorriu para o outro enquanto também era algemado.

—Hahaha Hahaha HAHAHA! —ria o capitão da marreta. —Agora eu tenho duas recompensas em mãos. Mas como o cartaz diz vivo ou morto, acho que vou me divertir um pouco. — disse ele.

  Depois de se aproximar do loiro, deu vários golpes de marreta nele.

—Você me irritou, moleque. —dizia Hayato para Marco.

—MARCO! —gritava Ace. Sabia que Marco era forte, mas ele estava levando golpes diretos de uma marreta gigante.E ainda não podia se curar com aquelas algemas de kariouseki. —Oe, agüente firme!

—Você também está irritando! — gritou Hayato para o moreno. —Também quer morrer é? —perguntou indo em direção à Ace. Estava com tanta raiva que não percebeu a aproximação do loiro.Quando estava prestes a dar uma marretada no moreno, foi mordido por Marco. O loiro usava todas as forças que ainda lhe restavam para ficar consciente.

 —AH! —gritou Hayato empurrando Marco.—Maldito!..Oe, levem os dois para a cela.Cansei deles. —ordenou ele.Os capangas pegaram o moreno e o loiro e se dirigiram à cela.

XX

  Já na cela, os capangas jogaram os dois lá e trancaram. Marco ainda estava consciente, mesmo que pouco.

—Oe, Marco. —chamou Ace. —Por que não ficou onde estava? Já não tinha apanhado bastante? O que há com você ? —falou preocupado.

—Ace...escute o que...vou dizer enquanto...estou consciente. —Marco falava com dificuldade. O que aumentou a preocupação do moreno para com ele. — Quando eu ...mordi Hayato, quebrei... o controle...da bomba. Também... consegui a chave...eles deixaram cair,—tentou uma risada e fez uma careta devido ao incômodo.—...está no meu bolso. Não...estou em condições...de fug-... -ir agora.Fuja...sozinho. —terminou com esforço. Ace ficou inconformado. Como poderia deixar um nakama para trás? E logo depois de ser resgatado? Não podia.

—O que está dizendo? Ficou maluco? Como se eu pudess—tentou dizer, mas foi cortado por Marco.

—Eu vou depois. Vá primeiro ...e traga ajuda.

—O qu—

—Ace... — Marco se esforçava para não desmaiar antes de acabar. Logo agora tinha que ter tomado coragem? —...pres-...-te atenção, eu demorei muito....para tomar coragem...e...dizer isso.—demorou um tempo para falar, mas no fim, não tinha nada a perder.—Ace, Eu te amo. —disse sorrindo minutos antes de desmaiar.       

O moreno ficou perplexo. Agora lembrava do dia que estava bêbado. Não sabia como reagir ante aquelas palavras. Não que desse, Marco já tinha desmaiado. Mas as palavras do loiro tinham o afetado tão profundamente que nem se lembrava mais de estar preso, exceto pelas algemas que não o permitiam tocar Marco.

   “As pessoas que se apaixonam se tornam tão idiotas...” sempre falava o loiro. Por isso ele tinha o protegido.Nunca pensara que o loiro fosse ser atingido pelas próprias palavras. Simplesmente não era o jeito dele, se confessar.

  O moreno estava com o pensamento tão longe que nem ouviu o barulho das explosões e só percebeu Jozu quando ele estava parado em frente à grade.

—Jozu. —disse encarando o outro confuso. Nesse momento o maior já sabia o que tinha acontecido.


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Notas finais do capítulo

Bom, não recebi nenhum comentário -.-'
Tentei deixar a luta legal, mas foi impossível ( se é que pode ser chamada de luta ). Bom, se tiver alguém lendo, comentem ^^ Só para eu saber se a fic ta boa.