Never Let Me Go escrita por ChicaSweet


Capítulo 3
Ciúmes


Notas iniciais do capítulo

Eu fiquei semanas sem postar, mas ah, é a vida neah.
Então só vou postar quando me der vontade u.u



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Mais um dia chato de escola e eu agradeci muito por hoje ser sexta-feira.

Quem não gostava da Sexta-Feira? Qualquer aluno ama a Sexta-Feira.

Cheguei à escola e encontrei com Marina. Eu estava bem melhor que ontem. Havia dormido como um anjo, ou com um anjo.

—Por que esse sorriso no rosto? -Marina perguntou ao me dar um abraço.

—Nada. Simplesmente cansei de ser aquela idiota.

—Hum... E isso é bom? Quero dizer, tipo, você mudou. Mas vai ser fria e amarga como as pessoas que mudam?

—Não exatamente.

—Como então?

—Vou ser amarga para o amor, fria com ele. Vou ignorar pessoas que me ignoram e deixarei de ser boba e idiota.

—Como chegou a essa conclusão?

—Simples. Percebi que estava sendo criança demais chorando por um cara que não está nem aí pra mim.

—Muito bem.

—Então, não vou mais me apaixonar por ninguém nem tão cedo. Meu coração está fechado para novos amores.

—Hahaha, duvido muito que você consiga.

—Vamos apostar?

—Só se for agora!

—Se eu ganhar a aposta, você vai ter que me dar o cd original de MS MR.

—Você gosta disso? Eles são chatos.

—Não são. Agora diga a sua aposta.

—Se você perder e eu ganhar, eu quero que me dê aquele vestido vermelho que vimos na vitrine da loja.

—Aquele com detalhes dourado?

—Esse mesmo.

—Garota, toda a minha mesada vai naquilo. -Espantei-me

—Ué, achei que estivesse confiante de que iria ganhar a aposta. -Sorriu.

—Ahh. Chata. -Rimos.

—Aposta feita?

—Aposta feita!

Subimos para a nossa sala e ficamos conversando. Aquela aula era chata como todas as outras.

***

Arthur era o representante de turma e líder do time de futebol. Ele era aquele tipo de cara que se acha que tem todas as garotas aos seus pés, mas que seu coração só batia por uma, qual ela nunca dava atenção. Ele era um cara legal, falava comigo, mas até hoje não sei se ele era legal por causa da Marina ou se é porque ele realmente gosta de falar comigo. Sim, ele gosta da Marina.

—E ai meninas. O que acham de fugir? -Ele disse quase sussurrando na sala.

—Não sei. Não acho que é uma boa ideia.

Marina com certeza iria concordar. Ela adorava uma "adrenalina". E Arthur sabia disso, por isso da ideia.

—Ah Carla, deixa de ser careta. Essa aula é muito chata e nem eu e nem você queremos assistir.

—É, concordo com a Marininha. -Arthur foi se chegando pra Marina. Acho que a intenção dele ao dizer seu nome em diminutivo era fazer com que ela amolecesse o coração e o deixasse abraçá-la. Mas eu acho que não funcionou.

—Anda Carla. Só hoje.

—Esta bem. E pra onde vamos?

—Bem, posso pagar sorvete pra vocês. -Disse Arthur.

—Nesse frio? -Marina bufou.

—Então, podemos ir ao shopping.

—Achei legal a ideia. -Mais uma vez Arthur fez com que Marina concordasse com ele.

Saímos da sala enquanto a professora não chegava. Ouvimos coisas como "ahh é isso ai, é esse o exemplo que o representante de turma da pra gente." "Vai fugir? Depois quer ser representante..." e outras coisas. Mas nenhum de nós ligava para esses comentários.

Conseguimos fugir e como combinado, fomos para o shopping. Eu sabia quais eram as intenções de Arthur com Marina, mas sabia também que não iria dar em nada.

Entramos em várias vitrines e por incrível que pareça Marina encontrou o vestido que havíamos apostado.

—Meu Deus, para tudo! -Fez o drama.

—O que foi dessa vez? -Perguntei entediada.

—Não acredito que vocês não estão vendo isso. Olha ali.

Assim que ela apontou o manequim na vitrine, pude entender a situação. Era o mesmo vestido vermelho que ela tinha visto na loja em que fomos semana passada. E que por mais incrível que pareça, ele estava ali também.

—O que tem demais nesse vestido?

—Arthur, não se mete porque você não entende sobre o quanto vale as mulheres. -Respondeu a patadas, Marina.

—Tudo bem. Eu fico por fora.

—Ai, olha Carla. Ele não é lindo?

—Eu não vejo graça nesses tipos de roupas. É estilo "Não sou pobre, mas me sinto uma riquinha metida.”.

—É bom você dar uma bela de uma olhada pra ele, porque eu não quero que compre o errado pra mim.

—Espera ai. Está querendo dizer que eu vou perder a aposta?

—Você já perdeu querida.

—Vá sonhando.

Saímos daquela vitrine e fomos para a lanchonete do shopping. Eu percebia que Arthur tentava todos os modos para abraçar, ou até mesmo beijar minha amiga, mas ela não cedia. Até que...

—Carla, pode ir ali buscar nossos pedidos? -Arthur teve a maior cara de pau de me perguntar isso. Levantei e fui pegar o lanche. Quando voltei percebi que Marina estava finalmente caindo na dele. Eu não sei o que me deu, mas me subiu uma raiva tremenda.

—Ei, vocês! -Consegui interromper o beijo.

—Carla, minha amiga. -Marina sorriu. Estava vermelha. Deveria estar sem graça.

—Pra isso que me pediu pra buscar o lanche? -Fuzilei Arthur com os olhos.

—Ah... É que... -Ele tentou se explicar.

—Há quanto tempo vocês estão... Ficando? -Com certeza essa não foi a primeira. Aquela vaca conseguiu me enganar direitinho.

—Carla. Eu não queria te contar nada, mas eu e o Arthur não estamos ficando.

—Ah não?

—Estamos namorando! -Ele afirmou.

Só daí, eu percebi que estava fazendo muito por nada. Por que eu estava quase gritando com eles? Por que eu estava incomodada com o relacionamento deles? Eles são meus amigos, ou melhor, Marina é minha melhor amiga. Eu deveria ficar feliz por ela ter encontrado um cara que realmente faça valer a pena.

—Desculpe Carla, por ter mentido pra você.

—Mari, eu é quem peço desculpas. Foi mal mesmo. Eu nem sei o porquê desse meu chilique. Na verdade eu queria parabenizar vocês.

—Não está brava?

—Mari, claro que não.

—Então, vamos selar nosso relacionamento pra todos.

Eles se beijaram ali na minha frente. Foi meio nojento na hora, mas depois me subiu certa... Raiva?

À tarde voltamos todos pra casa. Como quase todos os dias eu ficava na casa da Mari até minha mãe chegar, ficamos jogando UNO e bebendo cerveja.

—Então... O que você realmente achou sobre o meu lance com o Arthur?

—Eu... Eu não esperava por isso. Simplesmente.

—Desculpa não ter falado.

—Ele fazia parecer tão real.

—Como assim?

—Ele ficava correndo atrás de você como se você nunca fosse dar ideia. Ele ficava babando você o tempo todo. Você o ignorava, sempre. Não entendo por que...

—UNO! -Droga, eu perdi.

—Mari, você gosta mesmo do Arthur?

—Claro que sim.

—E a nossa promessa de não se apaixonar?

—Ei, ei. Eu não fiz promessa nenhuma. Você quem fez. Apenas fizemos uma aposta.

Pensei naquilo, eu estava incomodada com o namoro deles, com certeza era isso.

—Eu preciso ir.

—Mas já?

Larguei as cartas no chão, levantei e peguei minha mochila no sofá. Bati a porta ao sair.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo....



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