Minecraft 2 // Maravilhoso Mundo Novo escrita por Rodrigo Elven Dos Santos


Capítulo 2
O quanto você é bom?


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, andei muito ocupado e muito preguiçoso... mais preguiçoso que ocupado (risos). Espero que gostem do segundo Capítulo.



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Nisso, Matheo se aproxima da plateia e coloca as mãos na cintura, logo após fala:

-Vocês devem saber que no meu jogo foi prometido que irá revolucionar a história dos games e isso será feito, alias...

-Com o perdão da palavra Senhor Blumini, mas acho que o senhor esta muito confiante sobre o seu game. Cansamos de ver games que prometeram a mesma coisa e apenas se tornaram famosos pelo seu fracasso em concluir aquilo que haviam prometido. Quero saber como o senhor... – Subitamente o repórter para o que estava falando e acua-se perante o olhar fixo e forte de quem ele estava indagando. Matheo Blumini o olha como se fosse ataca-lo, um olhar feroz.

-Eu tenho dinheiro, fama e honra. Tudo que um homem procura na vida, eu já tenho antes da maturidade plena... e jogaria tudo isso fora mil vezes para que esse jogo ficasse do jeito que ele esta hoje – Sua voz é calma e lenta.

-Mas...

-Você acha... ou melhor, ousa achar que eu sacrificaria tudo isso para que eu chegasse aqui com qualquer porcaria e desse aos gamers do mundo, para que ele fosse mais um jogo em que as pessoas comprem e falem “ah, legal.”? Isso é o que eu mais odeio, essas expressões fleumáticas de quem joga algo vazio e sem um trabalho digno e vem criticar a verdadeira arte que eu considero pronta! Vocês não entendem, jogos são uma arte e essa arte deve ser apreciada ao máximo e não apenas degustada por vocês, fracassos do mundo dos jogos.

Logo após, o repórter volta a sentar e todos os outros se mantém quietos, como que com medo de receberem uma resposta equivalente em rede mundial. Logo a pós arrumar sua gravata, o Sr. Blumini prossegue:

-Me desculpem pelos meus excessos. Como vocês devem ter notado, eu pedi a todo que colocassem fones de ouvidos internos, para que me possam escutar. Na verdade, isso que vocês ouvem não é uma simples dublagem na minha voz e sim, a minha voz adaptada ao seu entendimento de línguas em sua mente. Resumindo, vocês estão escutando minha voz em Francês, mas, ele chega primeiro ao fone que o readapta para a sua língua materna, apenas fazendo uma conexão entre relações mentais. Ou seja, meu aparelho detecta o que você entende e traduz qualquer coisa falada e captada pelo fone. Não se preocupem é mais simples que parece HAHAHAHA – Sua risada parece mais de desprezo do que de uma reação a uma cena engraçada. Realmente é difícil entender.

-Sr. Blumini, aqui é do The New York Times. Jogos da nova geração, por possuírem realidade virtual, acabam prendendo o jogador e causando problemas de saúde para o mesmo. Como o senhor pretende combater isso?

-Primeiro, a minha obrigação não é essa, todos os players devem manter limites em suas mentes e não exagerar em suas jogatinas. Porém, sabemos o quanto os jogos bons são viciantes e eu entendo que é bem sedutor sacrificar uma refeição ou uma aula para aumentar o XP. Mas vocês sabiam que o corpo humano consegue resistir até setenta e duas horas seguidas sem comer ou beber nada? Sim, basta apenas estimulo, por isso, me aproveitei da tecnologia atual e conectei tudo com o sistema do jogo, ou seja, se você come, corre, bebe água, luta ou se fere, todas essas informações são repassadas ao seu cérebro e são transmitidas para o corpo e assim ele começa a trabalhar para tornar as informações reais, sendo assim, você pode até ficar em forma no meu jogo. HAHAHAHAHA. Sabendo do limite de setenta e duas horas, o jogo foi programado para sair sozinho, cinco horas antes do prazo de tempo que o corpo aguenta, sem contar que o game também avisa a diminuição da taxa de energia e o estado físico do jogador, a cada hora ou quando for consultado. Logo, eu facilitei para que os jogadores tenham os cuidados necessários, mas eu não posso ser mãe deles, ou seja, eles devem ter um mínimo de consciência dentro das suas cabeças.

 -Com sua licença, Folha de São Paulo. Sabemos que o senhor vai lançar uma versão Beta do seu game daqui a alguns dias, o senhor poderia falar um pouco sobre essa versão Beta? –Pergunta uma mulher na primeira fileira.

-Bem, a versão Beta vai ser disponibilizada na próxima na terça feira as 12:00, e vai contar com quase tudo que a versão principal tem. Não terá Dungeons complexas e nem muitos NPC’s. O espaçamento do mundo também será reduzido, terá um tamanho equivalente ao Hawaii. Mas a experiência será igual ao jogo completo, não reduzimos os gráficos e nem limitamos as ações dos jogadores, esta tudo completo neste quesito e queremos que nossos amigos Gamers tenham a melhor experiência possível. Apesar de termos colocado alguns perigos adicionais nesse novo jogo da franquia, então... mantenham suas tochas acesas, elas serão de grande ajuda. –Fala Blumini, com um pequeno sorriso no rosto.

-E como vai ficar disponível o Beta? Todos podem ter acesso a ele? –Pergunta novamente a mesma repórter.

-Ai é que esta a parte interessante. Vou escolher apenas cem pessoas para testarem a versão Beta. –Fala ele com um semblante calmo e convencido.

-Como assim só cem? –Fala a repórter com um inconfundível tom de surpresa.

-Apenas cem, ou melhor, os cem melhores. –Matheo mais uma vez, responde de forma calma.

-Como o senhor pretende escolher esses cem? –Pergunta rapidamente outro repórter.

-Eu já escolhi e entrei em contato com eles. Como são bons profissionais, eles não revelaram nada a ninguém, com o risco de não ser selecionado novamente para o teste da versão Beta.

-Qual foi o seu critério para a seleção desses jogadores? –Pergunta novamente o repórter.

-Eu selecionei os melhores jogadores que possuem contas em redes sociais e que ajudam a divulgar a marca Minecraft e claro, os que possuem os Servers mais acessados em programas de redes. Noventa dos melhores foram escolhidos a mais de um mês e ninguém revelou nada até agora.

-N-noventa? Mas não eram cem jogadores? –Perguntou um repórter que já tinha se aproximado do palco com a surpreendente notícia.

-São cem no total, mas na verdade, eu deixei para escolher os últimos dez... bem... agora! Sim, eu vou selecionar os dez, neste exato momento eu estou selecionando os dez candidatos, os dez de cada conferencia espalhada pelos continentes do mundo. Eles serão escolhidos por mim e apenas por mim, apenas aqueles que demonstrarem uma aptidão certa.

-Senhor, isso é um tanto quanto utópico. Como você pretende manter um critério para todos os dez selecionados, se você nem ao menos pode vê-los simultaneamente. Acho os seus critérios...

-Eu sou Deus. –Fala Matheo, voltando a ter uma expressão mais séria. Assim que ele nota o choque que se passa nos rostos de quem estava na platéia, ele muda seu semblante. Volta a sorrir e relaxa a voz. –Sim, eu posso ser considerado um deus? Já que consigo ser onipresente, eu entro na classe divina?

-Onipresente? Por acaso você acha que pode se multiplicar agora? –Fala um homem qualquer na platéia, seu tom lembra alguém que julga as ações do senhor Blumini como blasfêmia.

-Bem, posso me considerar um deus trapaceiro? Bem, posso dizer que... –Prontamente, ele é interrompido pelo mesmo jovem que o interrompeu no começo do seu discurso.

-Como consegue dizer isso se nem consegue me fazer feliz? Senhor Blumini, acho que o senhor deveria primeiro se preocupar em... –Desta vez, Matheo interrompe o jovem, surpreendentemente, ele dirige a palavra a ele como se os dois estivessem no mesmo nível.

-Jovem... qual é o seu nome?

-Alberto... Luiz Alberto...

-Não, quero saber o seu nome no Minecraft.

-Crown. –Responde Alberto sem entender muito bem o sentindo da pergunta.

-Como eu disse, a sua vida vai mudar por causa desse jogo. Olhe bem para mim, eu já estou jogando. Segurança! Como o planejado, pegue sua arma e atire em mim! –Neste momento, toda a platéia fica atônita. Todos olham o homem sacar sua arma e apontar para o Sr. Blumini.

-Impossível... Deve ser de “festim”... –Surgiram no meio da multidão.

-Ati... –O claro barulho do disparo se infestou pelo local, era tão claro, que não poderia ser de “festim”. Logo após o disparo, um silêncio mórbido toma conta da sala. Alberto olha para o Matheo, em pé, como se nada tivesse acontecido e um detalhe o surpreende.

-Olhem, tem uma marca de tiro na parede, exatamente direcionada ao corpo do Sr. Blumini. –Todos olham e ficam sem entender.

-Sim, meu corpo não foi atingido... como eu disse, eu já estou dentro do jogo. Perguntaram se eu conseguia estar em vários lugares ao mesmo tempo... sim, eu consigo. Este meu “eu” não é nada mais nada menos que um holograma... mas como vocês podem perceber, eu elevei o nível gráfico para... um patamar divino. Eu estou no meu jato particular, me dirigindo para ilhas caribenhas nesse momento e dividi minha mente em dez partes, para que meus hologramas tomassem forma e eu pudesse usar esse “truque divino” de forma independente em todas as conferencias e assim selecionar os escolhidos... daqui até a data do lançamento da Beta, você, Crown, vai receber tudo que precisa para testar a Beta. Parabéns, seu olhar e sua paixão a franquia, te deram condições para se tornar a minha escolha. Eu não avisei que sua vida iria mudar?


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo chegará em breve ^^