Por sorte o Doutor não errou o dia e hora, e conseguiu estacionar a Tardis bem em frente à casa de Artie e Angie. Tudo estava normal; A casa estava arrumada, ninguém estava morto depois da aventura... Enfim, um final feliz.
Convidei o Doutor para entrar e bebemos chá.

Doutor: Sabe Clara, você está sendo uma ótima companheira para mim. Tem me ajudado muito e acho que devo lhe agradecer.

Clara: Você acha? (disse com um pouco de raiva) Sim, também estou adorando viajar na Tardis, mas há muitas coisas que você não me conta. Em pouco menos de um mês já sabe praticamente tudo sobre mim, e eu não sei quase nada sobre você!

Ele bebeu um gole demorado de chá e olhando para baixo começou a falar, porém dessa vez não tão rápido como habitualmente.

Doutor: Clara, há muitas coisas que nunca te contei, e que raramente falo para minhas companheiras... Eu perdi pessoas, melhores amigos, que mesmo com muita intimidade, nunca souberam muito sobre mim.
Eu vejo universos se formarem e acabarem, pessoas nascendo e morrendo a todo o tempo... Eu me sinto só. E talvez por causa disso eu me feche e não demonstre o que sinto. É como se houvesse uma pedra de gelo em meus corações.
Você é especial para mim, todos foram, mas você foi a única que me acompanhou do começo ao fim. Me ajudou a escolher a Tardis certa, me salvou diversas vezes e continua salvando, e nem ao menos tive a oportunidade de agradecer.

Ele não falou mais nada, e foi se aproximando de meu rosto cada vez mais. Senti que aquele orgulho dele havia desaparecido, e que finalmente estava revelando o que sentia por mim. Seus olhos verdes olhavam no fundo dos meus, até que sua boca tocou de leve a minha. Aquele beijo significava um obrigado, e eu também me senti agradecida, não apenas por ser sua amiga, mas por todos os momentos que passei ao lado dele. Obrigada, Doutor.