Cartas Para Antônio Ferreira escrita por Mari


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Gnt pedimos desculpas pela demora em atualizar, estamos sem inspiração!
Agradecemos os comentários do cap. anterior e esperamos não decepcionar com esse!
bjsss



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Novamente desperto pelos beijos do Edgar, desta vez a claridade que entrava no quarto acusava as primeiras horas do dia, fiquei feliz por ser acordada de forma tão carinhosa isso significava que ele não tinha ficado chateado por eu ter sido tão avessa a ideia da fantasia e resolvi permanecer mais um pouquinho de olhos fechados aproveitando a sensação dos lábios dele no meu pescoço.
– Não vai acordar não sua dorminhoca? Vou ter que pedir pra minha mãe tentar distrair o Antônio de alguma forma.

Essas palavrinhas magicas foram mais do que suficientes para que eu abrisse os olhos ainda em tempo de segurar na mão do Edgar o impedindo de se afastar.
– Eles estão vindo para ca?
– Agora você desperta em senhora Vieira...
– Edgar o que houve o Antônio esta bem?
– Esta meu amor, eu não estaria tão calmo se ele não tivesse.

Solto um suspiro de alivio com as palavras dele, só a possibilidade do Antônio não estar bem já fazia o meu coração acelerar... Ele volta a se sentar na cama de frente para mim e leva a mão ao meu rosto.
– Ele esta bem, mas...
– O que?
– A minha mãe disse que ele esta inquieto, passou a noite inteira assim, por isso ela não esperou muito e o trouxe assim que amanheceu.
– Ele já esta aqui?
– Sim na sala com a minha mãe e, a Melissa, eu vim te acordar pra saber se podia trazê-lo.
– É claro que pode meu amor, nem precisava perguntar.
– Esta bem não precisa ficar brava eu vou busca-lo.

Ele me da um beijo rápido e sai do quarto, eu aproveito pra fazer uma rápida toalete e ao retornar do quarto não segurei a curiosidade em olhar na direção que ontem o Edgar empurrou a fantasia, ele estava vazio, varri o chão com os olhos e olhei até em baixo da cama, mas nada encontrei o Edgar foi rápido em sumir com o motivo do nosso desentendimento de ontem, o que me fez sentir um pouco mal, ele estava tentando me agradar de todas as formas possíveis enquanto eu era relutante na menor delas.

Quando ouço o barulho do trinco da porta me apresso a me ajeitar na cama para receber um Antônio impaciente e cheio de fome que chorou assim que o posicionei em meus braços e percebeu a barreira que o tecido da camisola fazia.
– Calminha meu amor, mamãe já vai te dar... Pronto, aqui esta não precisa ficar bravo...
– Ele mal acredita quando aproximo o meu seio da sua boca e emite um som entre uma risada e um choro que eu não soube interpretar muito bem, agarrou o meu seio com tanta ânsia que até engasgou.
– Olha só Edgar o desespero dele... Calma meu amor, a mamãe esta aqui.

Coloco-o em pé tentando acalma-lo para volta-lo ao peito logo em seguida, o Edgar se aproxima um pouco mais e leva à mão a cabecinha do nosso filho, trazia o semblante uma expressão de preocupação, claramente assuntado por ver a inquietação do filho que sempre foi tão calmo... Depois de um tempo ele vai se acalmando e para de mamar com aquela afobação e vai assumindo uma forma calma, logo vi que a sua impaciência tinha dado lugar ao soninho que se aproximava, eu deito a cabeça no ombro do Edgar e sinto ele suspirar e logo os seus músculos vão relaxando também.
– Meu amor me promete uma coisa?
– Humm?
– Não vamos repetir isso, pelo menos até ele estiver maiorzinho e não sentir tanto a minha falta.
– Eu prometo, mesmo porque tenho certeza que a dona Margarida iria se recusar a me ajudar uma segunda vez.

Não consigo deixar de sorrir com a sinceridade dele e em resposta recebo um beijo no alto da cabeça.
– Ela já foi?
– Não e por falar nisso é melhor eu descer, ela queria conversar comigo antes de sair.

...

Depois de colocar o Antônio no berço eu me dirigi até o quarto de banhos e fiquei feliz ao constatar que a Lurdes já tinha deixado tudo organizado para o meu banho, entrei na banheira agradecida pela agua morna até então não tinha notado o quanto estava cansada, depois de algum tempo na agua sinto a rigidez dos meus ombros irem embora e fecho os olhos e aproveito a sensação. Não ouvi barulho na porta e só percebi a presença do Edgar quando senti as suas mãos envolverem os dedos do meu pé, abro os olhos preguiçosamente e lhe dou um sorriso.
– Estava dormindo?
– Não só descansando um pouco... E a dona Margarida?
– Já foi.
– E a Melissa o que esta fazendo?
– Ela voltou com a minha mãe disse que quer cuidar da avó.
– A dona Margarida não esta bem?
– Fisicamente sim, mas algo me diz que tem mais alguma coisa afligindo aquele coração... Ela não foi totalmente transparente nesta conversa que tivemos.
– E pelo visto o que ela queria lhe dizer também não era muito bom.
– Problemas em uma de nossas fazendas, nada grave, mas exigia a presença do meu pai para resolve-los.
– Se não é nada grave porque ela te procurou?
– Meu pai se recusa a se afastar dos seus compromissos políticos, disse que não vai se ausentar num momento tão critico por um problema que um peão poderia facilmente resolver.
– E o que você pensa de tudo isso?
– Penso que é minha responsabilidade também, afinal aquelas terras também são minhas.
– Você esta pensando em ir resolver o tal problema?

Ele ergue os seus olhos dos meus pés e me encara com os olhos brincalhões me fazendo questionar o motivo.
– No que você esta pensando?
– Sei lá como o problema é simples de se resolver, achei que fosse uma boa oportunidade para termos nossa lua de mel.
– Edgar você esta falando serio?
– Não é uma viagem muito longa meu amor, não vai fazer mal ao Antônio e assim a Melissa também conheceria a fazenda.
– Eu não sei Edgar.
– Meu amor, o que nos impede de fazer essa viagem, de aproveita-la não só com o objetivo de ter a nossa lua de mel, mas também é uma oportunidade de uma viagem em família... E então o que me diz?


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