Cartas Para Antônio Ferreira escrita por Mari


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Gnt esse capitulo mudara 3 vezes de narrador, esperamos não complicar muito rssss
Muito agradecidas pelos comentários, como muitas perceberam ainda teremos muitos desdobramentos para esclarecer, mas vamos deixar essa parte para depois e focar um uma certa lua de mel! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/386810/chapter/32

Por Laura

Fico observando o coche se afastar e pisco varias vezes para tentar refrear as lagrimas que começavam a se formar em meus olhos, talvez seja besteira minha, talvez seja apenas exagero de uma mãe de primeira viagem que não estava preparada para se afastar de sua cria... O Edgar se aproxima de mim por trás contornando aminha cintura com os seus braços enquanto os seus lábios encontravam o meu ouvido.
- Eles vão ficar bem meu amor.
- Você não tem como saber.
- Esta dizendo que a minha mãe não sabe como cuidar deles?
- Não é isso Edgar é que... Bem a Melissa já esta acostumada a dormir na vó, mas o Antônio é muito pequeno, e se ele estranhar a casa? Ou estranhar a minha ausência?
- Se isso acontecer a minha mãe ira traze-lo de volta no meio da noite se for necessário.
- Promete?
- Prometo meu amor, agora vamos entrar que como recém-casados nós temos muitos assuntos a resolver.

Eu afrouxo os braços dele ao meu redor e viro o meu corpo para ficar de frente para ele e olha-lo nos olhos.
- Edgar eu me sinto culpada por estarmos afastando as crianças para... Para ficarmos a sós.
- Hei não pense deste jeito, eles estão bem e continuaram assim entendeu?
- Mas... - Ele leva um dedo ao meu lábio para me silenciar e depois me da um beijo de leve.
- Laura nos já não tivemos nossa noite de núpcias da primeira vez, você se lembra da situação que vivíamos naquela época, éramos praticamente dois estranhos debaixo do mesmo teto... Eu não quero ter de abrir mão de viver essa experiência Laura, eu quero te dar tudo o que não consegui te dar da primeira vez, mas se você achar que não consegue se afastar do Antônio por uma noite eu ligo o carro e vou até a casa da minha mãe para buscar as crianças devota... Então meu amor o que você quer que eu faça?

Ele me encara serio, cobrando uma resposta que não tenho certeza se consigo dar, olho para a porta da nossa casa entreaberta e depois olho para a rua na direção em que o coche partiu e volto a encarar o meu marido, avalio a sua expressão seria e fico imaginando se ele ficaria muito chateado se eu lhe dissesse para pegar o carro e ir atrás das crianças, por fim eu entrelaço os meus dedos nos dele e entro na nossa casa o puxando pela mão.
- Eu vou subir para me aprontar, não suba agora esta bem?
- Eu poderia ser útil lá em cima, poderia ajuda-la com os botões do vestido.
- Não senhor! A sua ajuda não se faz necessária no momento... Prefiro que me ajude com os laços e fitas da camisola.

Ele abre um sorriso travesso em resposta e me da um beijo que quase me faz desistir das minhas intenções e solicitar a ajuda dele ali mesmo... Encontrei forças para resistir não sei bem de onde, mas o fiz e me afastei dele com um sorriso divertido nos lábios era o troco pelo que ele me fez ontem, vou em direção as escadas ignorando a mão dele que tentou segurar a minha para me deter e quando estou na metade da escada viro o meu rosto por cima do ombro para encara-lo e o provoco.
- Nada de pressa senhor Vieira eu preciso de tempo para me preparar.

...

Por Edgar

Encaro a escada mais uma vez depois de confirmar as horas, já perdi a conta de quantas vezes repeti isso, se a Laura intentava com isso me dar o troco por ontem, bem ela conseguiu, eu estava completamente louco e a minha vontade era de não esperar nem um minuto se quer, subir até o nosso quarto e toma-la para mim.

Incapaz de continuar sentado eu me levanto do sofá e começo a caminhar pela sala fingindo uma calma que não tenho, lembro-me de minutos antes, da indecisão da Laura, por um minuto pensei que ela iria pedir para que eu buscasse as crianças, o que seria normal, uma mãe sempre prefere ter os filhos por perto debaixo da sua supervisão e eu sei que pedi muito ao deixar a decisão nas mãos dela.

Encaro mais uma vez a escada e desta vez não me seguro, subo os degraus apressado e em poucos minutos estou na porta do nosso quarto a espiando pela fresta da porta totalmente fascinado por ela, me perguntava se algum dia ela deixaria de exercer tal efeito sobre mim... Estou a admirando com luxuria e sou pego de surpresa quando ela me surpreende o meu olhar de cobiça.
- Achei que tivesse pedido para o senhor esperar.
- Eu achei que a espera já tinha se estendido além da minha capacidade... Resolvi vir verificar se não aconteceu alguma coisa.
- Como pode ver esta tudo nos conformes, peço que o senhor se comporte e aguarde até que eu esteja pronta.

Ela vira as costas e volta a sua atenção para o espelho, leva as suas mãos a cabeça e da inicio ao processo de libertar os cabelos. Eu não me movo um centímetro da onde eu estava e fico encarando a Laura de costas para mim, meus olhos a varrem dos pés a cabeça e eu me sinto incapaz de me afastar... A medida que as mão dela vão se movendo com agilidade para desmanchar o seu penteado os seus cabelos vão caindo e descendo pelas suas costas formando uma longa cascata de cachos, quando ela desprende o ultimo os nossos olhares se encontram pelo espelho, ela exibe um sorriso faceiro para mim e eu começo a caminhar em sua direção.
- Sinto muito senhora Vieira, mas estando você pronta ao não, nada me tira deste quarto.
- Tudo bem, eu posso terminar o que estava fazendo no quarto de banhos.

Ela passa por mim com a maior calma se dirigindo a porta, mas eu a detenho segurando-a pela mão e puxando-a em seguida para mim até sentir o seu peito de encontro ao meu. Meu gesto a pega desprevenida e eu sinto as batidas do seu coração batendo descompensado assim como o meu.
- Não vejo o que ainda precisa ser feito... Estou com a mulher mais linda que esse Rio de Janeiro já viu nos braços e acho que não te falta nada.
- Pois eu ainda não estou pronta, ou o senhor não sabe que para muitas mulheres a primeira noite a sós com o seu marido é extremamente assustadora.
- Ainda bem que escolhi certo então, não escolhi uma mulher comum para ser minha esposa.
- Esta querendo dizer o que com isso senhor Vieira? Acha que não tive nenhum receio de me entregar ao senhor?
- Se os teve não deixou que eles abalassem a confiança que tinha em mim... Laura eu nunca vou esquecer o dia que você foi minha pela primeira vez e quero que você saiba que pode continuar confiando em mim da mesma forma que confiou naquele dia.
- Não Edgar, tudo mudou nos últimos anos, eu nunca deixei de te amar, mas aquela confiança se quebrou e...
- Laura não fala assim eu...
- Escuta Edgar, ela foi quebrada sim não adianta negar, eu achei que não iria recuperar a confiança que tinha em você Edgar e isso doía muito, porque o meu coração queria estar perto de você e a minha razão dizia que eu iria me machucar.
- Laura eu sei que já te fiz sofrer por um erro do passado mas eu seria incapaz de fazer você sofrer novamente eu...
- Eu sei Edgar, agora eu sei e é ótimo ter essa certeza.
- Então eu quero que tenha outra certeza meu amor... Eu te amo, amo a nossa vida juntos, a nossa família que esta crescendo e se Deus quiser logo ira aumentar mais.
- Vai com calma Edgar, ainda é cedo para pensarmos em mais filhos.
- Como quiser meu amor, contanto que essa recusa não seja definitiva eu estou em total acordo, afinal também quero que sobre um pouco de tempo para mim.
- Só um pouquinho é?
- É só um pouquinho... Umas 20 horas do seu dia acho que serão suficientes para serem destinadas a mim.
- 20 horas é? Me diz uma coisa eu vou poder comer, dormir ou ler qualquer coisa durante esse período?
- Olha comer... acho que sim vou abrir uma exceção, ler eu acho que você não vai ter tempo mesmo, quanto a dormir... Acho que não, de jeito nenhum.

Ela começa a rir e eu afasto os meus lábios do seu pescoço e alcanço os seus lábios. E apesar da urgência com que queria esse momento com ela não foi com pressa que a toquei… a peguei nos braços e a levei para a nossa cama, eu procurei ser delicado em cada toque como se a tivesse descobrindo novamente, como se não conhecesse aquele corpo de olhos fechados, a amei com cuidado tentando absorver cada reação dela ao meu toque.

...

Por Laura

sabia que ainda era madrugada e que eu não havia dormido nem mesmo uma hora, mas não me importei em abrir os olhos quando senti o nariz do Edgar roçar em meu ombro e subir para o meu pescoço.
- Posso saber o que tem em mente senhor meu marido?
- Claro que pode, alias é estritamente importante que você aprove para que eu de prosseguimento com o meu plano.
- Porque será que eu acho que esse plano não envolve um beijo seguido de algumas horas de sono bem abraçadinhos.
- A parte do beijo e do abraçadinhos eu gostei, mas a do sono... Nós estamos em lua de mel, não precisamos dormir.
- Não? Então me diz o que se passa nesta cabecinha?
- Promete que tentara ser racional, me conceder o beneficio da duvida e não negar logo de cara?
- Hummm estou com a impressão que não vou gostar.
- Prometa.
 

- Esta bem, fala o que você esta aprontando?

Ele me da um beijo e depois se levanta da cama e caminha em direção ao roupeiro, eu ajeito o lençol e me sento na cama para tentar descobrir o que ele esta fazendo, e a minha curiosidade só aumenta quando o vejo retornando com uma caixa na mão.
- Edgar o que é isso? O que tem dentro da caixa?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!