Shake The Pompoms escrita por Allie Próvier, CarolSwanCullen


Capítulo 15
14. Meu Final Feliz


Notas iniciais do capítulo

N/Carol: Depois de ameaças, e uma pequena treta não intencional, descobrindo que eu não sou a única má e vadia do grupo, aqui está o capitulo final de STP.
É com muitissima alegria que eu estou postando o meu último capitulo aqui.
Enfim. Eu vou deixar vocês lerem, e a gente se vê lá embaixo.
Boa leitura, meninas



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Pov Bella

– O que estamos fazendo em um porto? - perguntei para Edward, que tinha um sorriso irritantemente fofo no rosto.

– Você sempre quis velejar, certo?

Arregalei os olhos. Não pode ser...

Edward me abraçou pelos ombros e me virou para um enorme veleiro branco, com a palavra “Elizabeth” escrita na lateral.

– Esse veleiro é da sua família? - perguntei.

– Sim.

– E você vai me levar para velejar?

– Sim.

– Mas está de noite!

– Temos todo o fim de semana, gata.

Eu ri, e ele também. O olhei sem acreditar naquilo.

– Obrigada. - sorri, me pendurando em seu pescoço feito criança, e ele me abraçou forte.

– Não por isso. - Ele sorriu torto ao me soltar. - Vem, vamos entrar.

Edward me ajudou a subir no barco, e me deixou ali, voltando ao carro, para buscar suas coisas, eu acho.

Estava preocupada com o que iria vestir nesses dois dias. Sem condições de continuar usando esse vestido e esses saltos.

– Será que você pode parar de tentar arrancar o lábio? - Edward perguntou divertido, me assustando. - Não quero que você se machuque.

Fiz o que ele pediu, e recebi um selinho de prêmio. Nós sorrimos um para o outro, e eu percebi uma de minhas mochilas em seu ombro.

– Não achou que ficaria com essa roupa o fim de semana inteiro, achou? - Ele perguntou quando eu franzi o cenho para seu ombro. - Esse vestido é bonito demais pra ser estragado.

Eu sorri.

– Agora, vem conhecer o barco.

Edward me mostrou e explicou cada pedacinho insignificante e cada nome do veleiro, enquanto eu encarava tudo deslumbrada, até que, por fim, me levou à cabine espaçosa (para um barco) onde uma cozinha dividia espaço com uma cama de casal compacta, uma beliche estreita e uma pequena mesa com quatro cadeiras.

– O banheiro fica ali... E acabou nosso tour de apresentação. - Ele sorriu torto. Será que não estava cansado de sorrir? - Vou levantar a âncora enquanto você se troca, pode ser?

Eu assenti, e ele deixou minha mochila em cima da cama, antes de me beijar a bochecha e sair da cabine, para me dar privacidade.

Remexi em minha mochila atrás de um pijama, e sorri ao encontrar um bilhete de Tanya.

Espero que aproveitem esses dois dias sozinhos. É o meu presente de começo de namoro. Edward te pediu em namoro, né? Se não pediu, eu vou chutar as bolas dele. Não façam nada que eu não faria. XOXO, T. Denali

Gargalhei, e puxei o shorts cor-de-rosa e a blusa branca de mangas longas Victoria's Secret, agradecendo aos céus por Tanya ter lembrado de pôr um demaquilante, assim como minha escova de dentes e minha escova de cabelo, dentro da bolsa.

Me troquei rapidamente, tirei a maquiagem e desfiz o penteado, escovando os fios que caíram ondulados em minhas costas, antes de prendê-los em um coque frouxo e ir atrás de Edward.

– Por que não me contou que sua família tinha um veleiro? - perguntei, quando Edward e eu estávamos deitados em uma manta que ele havia esticado no chão do barco, com minha cabeça apoiada em seu braço, nossos dedos entrelaçados, observando o céu estrelado.

– O assunto nunca surgiu. - Senti que ele deu de ombros.

– E, qual é a história? - Sim, eu era curiosa.

– Era do meu avô. - Ele disse. - Vó Elizabeth gostava do mar, então, ele aprendeu a velejar e comprou esse veleiro para eles. Depois que meu avô morreu, Carlisle herdou o barco. Já sabia velejar, porque vô Edward havia ensinado a ele. Então, esse se tornou o hobbie da família. Carlisle mandou restaurar, porque era bem antigo, e quando Emmett e eu éramos crianças, ele costumava trazer nós dois e Esme para passar o fim de semana. Com o tempo, Carlisle e Emmett perderam o interesse, e agora, ele é praticamente meu. O que significa que nós vamos velejar bastante, senhorita Swan.

Me virei para encará-lo, me apoiando em meu cotovelo. Tinha certeza de que meus olhos estavam mais brilhantes que os de Alice ao ver bolsas Louis Vuitton em promoção.

– Está falando sério?

– Seríssimo. - Ele assentiu, e eu praticamente me joguei em cima dele, enchendo seu rosto de beijos, fazendo meu coque soltar.

– Obrigada! Obrigada! Obrigada!- Agradeci eufórica entre os beijos, e ele me puxou pela cintura para eu me acomodar direito por cima dele.

– Qualquer coisa pra te ver sorrir assim mais vezes.

Pov Edward

Eu pretendia mostrar à Bella como era o amanhecer de onde nós estávamos, em alto mar, mas ela caiu no sono antes disso.

E eu me peguei a observando dormir, deitada de bruços, com uma mão agarrada a minha camiseta, os cabelos castanhos espalhados, cobrindo meu braço já dormente, e o rosto sereno esboçando um leve sorriso de quem estava tendo um sonho bom.

Me perguntei como não havia me apaixonado por ela antes. Nathan havia.

Tanya era muito bonita, era verdade, além de ser uma ótima amiga, mas não chegava aos pés de Bella. E eu não acreditava em como não havia percebido antes, mesmo sendo seu parceiro de Biologia por tanto tempo, e a conhecendo há ainda mais tempo.

E ela me queria. Poderia soar piegas, mas eu me considerava o homem mais sortudo do mundo por esse simples fato.

Não sabia dizer por quanto tempo mais eu fiquei velando o sono de Bella, que nem se mexia, mas em algum momento da madrugada, eu sucumbi ao sono.

Pov Bella

Acordei com um sol forte na minha cara, e tateei em volta, encontrando um óculos de sol Ray Ban. Coloquei, e pude abrir os olhos, encarando em volta desorientada.

Não era um sonho, afinal de contas. Eu estava mesmo velejando.

– Bom dia, Bella Adormecida. - E com Edward. - Esses óculos ficaram bem em você.

– Isso é vida real? - pergunte debilmente.

– Bem... Sim. - Ele sorriu torto, achando graça do meu estado débil.

Então, o dia de ontem recaiu sobre minha mente. Eu "modelo de capa de revista", Tanya e Edward no casamento, a música de Edward, Nessie e sua ajuda desastrada (ou desastrosa), o veleiro...

OMG! Alguém me belisca porque eu só posso estar sonhando!

– Bella... Você está bem? - Edward perguntou, me encarando incerto.

Nenhum de nós estava preparado para minha reação. Eu atravessei o barco em um átimo, e me joguei em Edward, que cambaleou com a força do impacto. Eu me recuso a acreditar que foi por causa do meu peso. Eu era magra.

– Bom dia. - Sorri, sem me importar com o mau hálito matinal, e beijei sua bochecha.

– Isso tudo é felicidade? - ele perguntou, risonho, e eu assenti sorridente, antes de descer do colo dele.

– Vou escovar os dentes e me trocar. - Avisei, e fui atrás de minhas coisas, que ainda estavam em cima da beliche, do mesmo jeito que eu havia deixado na noite anterior.

Me tranquei no banheiro, e procurei pela próxima muda de roupas na caixinha de surpresas que era minha mochila naquele momento, encontrando um biquíni de babados azul marinho, e um shorts branco, além da muda de roupas para a escola no dia seguinte.

– O que nós vamos fazer hoje? - eu perguntei, ao sair do banheiro.

– Primeiro, vamos comer. - ele respondeu, me segurando pela cintura e me guiando até a cabine, onde havia a pequena mesa coberta com comida.

– Onde foi que você arrumou essas coisas? - perguntei surpresa.

– Pensou que eu te arrastaria para o meio do mar e te deixaria passar fome? - ele riu. - Sente-se aí e coma tudo.

Revirei os olhos e me sentei. Edward me acompanhou e eu fiquei indecisa de por onde começar. Havia vários pãezinhos, bolo, biscoitos, torradas, suco e o melhor: rocambole.

Sorri e comecei pelo rocambole. Edward riu da minha provável cara de criança ao ver o doce.

Depois de alguns minutos, me peguei observando-o. Era estranho, sabe? Toda essa situação. Quero dizer, até ontem nós estávamos meio estranhos um com o outro. Mas Edward sempre seria o meu amigo, de qualquer forma. E pensar que agora o coração dele acelera por mim, e não mais pela Tanya, é... É bom.

Céus, eu estou muito estranha. O que foi que eu acabei de dizer? Eu estou tão gay!

Logo terminamos de comer e arrumamos as coisas, indo para a frente do veleiro logo em seguida. O dia amanheceu bonito. O céu estava bem azul e havia algumas poucas nuvens. O mar estava calminho. Coloquei o óculos escuro no rosto e estiquei os braços, sentindo o Sol na minha pele branquela.

– Bella, você é tão branca que reflete a luz. - Edward falou, sorrindo e fazendo uma careta fingida. - Está me deixando cego.

– Idiota. - murmurei, dando um soquinho em sua barriga.

Ele riu mais e me puxou pelo pulso, rodeando minha cintura e me olhando profundamente.

É impressão minha ou ele está mais másculo? Sério mesmo, ele está estranho. Quero dizer... Quando foi que ele teve tanta pegada assim?

Nunca.

– Você está feliz? - ele perguntou.

Eu assenti.

– Mesmo?

– Mesmo.

– Muito?

– Muito. - sorri. - Mas estaria melhor se fosse o Chris Evans aqui comigo. Imagina ele sem blusa, com aquele peitoral magnífico e deitadinho bem ali...

Edward revirou os olhos e me soltou. Eu ri alto e rodeei seu pescoço, ficando na ponta dos pés e roçando meus lábios nos seus. Ele suspirou e segurou minha cintura firmemente, aprofundando o beijo. Logo ficamos sem ar e separamos os lábios, mas colamos nossas testas. Edward me abraçou, e eu não sei quanto tempo ficamos assim.

– É estranho estar assim com você. - ele murmurou. - Mas é bom. Muito bom.

– É sério?

– O que?

– Isso tudo. - falei. - Foi tão rápido, Edward. Às vezes parece que foi um sonho ou algo assim. De repente você não queria mais a Tanya e se apaixonou por mim e...

Edward me interrompeu, colocando um dedo sobre os meus lábios levemente. Ele estava sério.

– Não foi rápido, Bella. Foi devagar até demais. Isso era para ter acontecido há tempos, se eu não tivesse sido tão...

Ele pareceu tentar achar uma palavra certa, e eu rapidamente falei:

– Lerdo? Idiota?

– Exato. - ele sorriu levemente. - Eu te amo, Bella. E eu perdi tempo acreditando que amava outra pessoa enquanto tive você ao meu lado durante esse tempo todo. E se não fosse por Tanya, talvez não estivéssemos aqui agora.

Sorri.

– Eu tentei juntar vocês dois, e no final, ela juntou nós dois. - murmurei. - Será que teria sido diferente se continuássemos juntos desde crianças?

Edward me olhou confuso.

– Nos conhecemos desde a infância, Edward. E por causa do colégio e todas aquelas panelinhas, nós nos distanciamos. Quero dizer, eu ainda continuei com as meninas, mas éramos mais unidos, não? Todos nós. E eu inclusive me esqueci de tudo...

– Não pense nisso agora. Estamos aqui, não estamos? E não há mais panelinhas, nem Tanya "malvada", nem ninguém. Só nós dois. - ele me abraçou a afundou o rosto em meu pescoço, dando um beijo no local.

Eu ri.

– Edward, você está planejando tirar a minha pureza? De onde saiu toda essa testosterona?

Ele riu, tanto ao ponto de ficar vermelho. Abanei seu rosto e ele balançou a cabeça negativamente.

– Chega de papo, vamos nadar!

Ele foi jogar a âncora para deixar o veleiro no lugar, caso contrário ele sairia nadando sozinho e nos deixaria no meio do mar para virarmos náufragos, e eu fiquei me preparando para pular na água.

– Está com medo? - ele perguntou.

Olhei para o seu peito desnudo e engoli em seco, desviando o olhar. Como eu não tinha notado que Edward era fortinho? Não super malhado, mas apesar do porte magro, ele era forte.

– N-Não. - gaguejei, mas ele pareceu não perceber.

– Então vem! - dizendo isso, Edward pegou minha mão e me puxou.

Dei um berro e em seguida senti meu corpo afundar na água gelada.

– QUER ME MATAR?! - gritei entre risos.

Ele riu e me abraçou. Me apoiei em seus ombros, para não correr o risco de morrer afogada.

Passamos o restante do fim de semana assim, e eu juro: Edward estava me ganhando cada vez mais.

(...)

A segunda-feira resolveu nos surpreender, e amanhecer relativamente fria, comparada com o fim de semana e com o resto do ano. O inverno estava dando as caras.

E sabe o que era melhor? Tanya só havia mandando roupas frescas para eu usar. Magnífico. Estupendo. Eu sei.

– Não vai sentir frio? - Edward perguntou, quando eu saí da cabine vestindo a blusa vermelha de bolinhas brancas, o shorts jeans e os All Stars brancos de tachas douradas em forma de estrelas.

– Tanya não mandou agasalhos. - murmurei, sombria. Sentir frio era uma coisa que eu odiava.

– Eu tenho um casaco extra no carro. - Ele me garantiu. - Agora vamos. A gente tem prova hoje.

– Nem lembre. - Revirei os olhos, e me abracei, amaldiçoando Tanya a arder nos mármores do inferno. Por que ela não colocou um agasalho para prevenir? Como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar. E ELA NÃO PREVENIU!

Cadê o “melhores amigas”? Hein? HEIN?

Edward deixou as chaves do veleiro com o responsável por cuidar dos barcos no porto, sem largar minha mão por um minuto, e me guiou até o Volvo, onde abriu o porta malas e tirou uma jaqueta de couro preta com capuz de moletom cinza.

Meu humor até melhorou ao vê-lo estender o casaco para mim, e eu sorri para ele, lhe dando um selinho.

– Obrigada. – Agradeci ao vestir a jaqueta, e saltitar até a porta do carona, nem lembrando do motivo para estar irritada antes.

– De nada? – Sua frase soou como uma pergunta, tamanha era sua confusão, mas logo ele balançou a cabeça e sorriu torto, vindo abrir a porta do carro para eu entrar.

Minha animação se elevou a níveis altíssimos quando Edward ligou o aquecedor do carro, e o rádio, dando play no CD do Bon Jovi.

Cantei desafinada durante todo o caminho até a escola, com Edward gargalhando de minha falta de talento.

Antes mesmo que Edward parasse seu carro ao lado do Porsche amarelo de Alice, minha prima já abria a porta do carona, quase me arrastando para fora do Volvo.

– Meu Deus, Alice, você quer me matar? – perguntei, respirando com dificuldade por conta da adrenalina.

– Cala a boca, e venha com a gente. – Rose apareceu ao meu lado, ajudando Alice a me arrastar até uma das mesas de piquenique que havia no pátio.

Olhei para Edward por cima do ombro, mexendo os lábios em um “Me ajuda”, mas o sacana do meu namorado só riu da minha cara.

Você vai arder nos mármores do inferno com o Diabo acariciando a sua bunda, Cullen, seu bastardo.

– Senta aí. – Rose e Alice me soltaram no banco ao lado de Nessie, que, assim como Tanya, encarava as duas assustada.

– O que eu fiz? – perguntei, sem saber realmente o que tinha feito.

– Tanya não iria contar o que aconteceu entre ela e Nathan depois que Nessie o fez derrubar champagne nela enquanto você não chegasse. – Rose deu de ombros, e eu arregalei os olhos.

– E por causa disso vocês duas quase me mataram, me tirando de um carro em movimento?

– Cala a boca, Bella. – Alice mandou, e virou para Tanya. – Pode começar a falar.

– Não aconteceu nada demais, já disse. – Tanya deu de ombros.

– Está mentindo. – Nessie disse. – Você tem aquele brilho ofuscante que todas nós temos tido por alguns meses.

– Tudo bem... Eu o beijei.

– Puta que pariu. – Soltei sem querer.

– Puta que pariu um bastardo de cabeça grande. – Rose arregalou os olhos.

– E ele? – Alice quicou no banco.

Tanya sorriu.

– Retribuiu. – disse. – Ele ainda gosta da Bella, mas eu estou disposta a mudar essa situação. Não se ofenda, Bee, mas você já tem Edward.

– Não estou ofendida. – Sorri para ela. – Mas, e Felix?

– Ele é quente, mas não é bem o que eu gosto.

Nessie, Alice, eu e Rose crispamos os olhos para ela. Felix era o tipo de qualquer garota. Até das que tinham namorado.

– Sério mesmo?

Ela deu de ombros, nos encarando inocente.

– Por que você não nos contou que estava a fim do Nathan? – Rose inquiriu.

– Bella ainda não havia se decidido.

Eu crispei os olhos para ela de novo.

– Sua vez, Bella. – Nessie sorriu animada.

(...)

– É uma merda ser a única solteira cercada por quatro casais apaixonados. – Tanya reclamou, ao baixar sua bandeja em cima da mesa, entre mim e Nessie.

– E quem te disse que você é a única solteira? – Nathan perguntou, baixando sua bandeja de frente para ela na mesa, entre Emmett e Jasper. Os olhos de Tanya brilharam, os meus se arregalaram enquanto um sorriso se formava em meu rosto, e Edward estreitou seu braço em meu ombro.

– Não se preocupem, vocês vão achar alguém. – Jasper garantiu.

– É, com certeza. – Tanya concordou, e nós, Alice, Rose e Nessie trocamos um olhar significativo, todas fingindo muita concentração em nossa comida, com meios sorrisos.

(...)

– O que está acontecendo? – Eu perguntei a Nessie, Rose e Tanya , ao chegar ao ginásio, puxando Edward, e encontrar todos os alunos da escola reunidos, e Alice com um megafone na mão, acompanhada por Emmett, em cima da arquibancada.

– Alice disse que tem um anuncio a fazer. – Tanya revirou os olhos.

– E, o mais estranho é que ela e Emmett estão com algum segredinho. – Rose bufou. – Nenhum dos dois quer me contar o que é. Sempre dizem “na hora certa você vai saber”, dão risadinhas, e mudam de assunto. Eu preciso saber o que os dois estão armando.

– Algo me diz que nós vamos ficar sabendo agora. – Comentei, encarando Alice andar de um lado para o outro, parecendo impaciente.

– CALEM A BOCA TODOS VOCÊS! – Ela gritou no megafone, e eu tapei meus ouvidos para não ficar surda.

O grito dela surtiu efeito, já que todos se calaram. Alice sorriu.

– É o seguinte, galera. Como a maioria de vocês sabe, eu e Emmett Cullen andamos sondando vocês sobre umas coisas aí. – Eu franzi o cenho para o que ela disse. – Então... Já que o recesso de Natal está próximo, e o anuário só sai em maio, Emmett e eu resolvemos criar nosso próprio anuário, sem todos aqueles rótulos, do tipo, lideres de torcida em uma página, clube de xadrez em outra... Nós colocamos todos como alunos normais, sem nada que os tornasse “especiais” na hierarquia estudantil. Mas, nós tivemos que fazer uma eleição.

– Eleição? – Sussurrei confusa, encarando meus amigos, que também tinham o cenho franzido.

– É isso aí, cambada! – Emmett tomou o megafone da mão de Alice. – Nessa eleição, Alice perguntou para as garotas sobre os caras mais...

– Notáveis. – Alice completou, tomando o megafone de novo. – E, Emmett perguntou para os garotos sobre as garotas.

Como? Espera, eu estava ouvindo direito? O que aqueles dois estavam armando?

– E, bem. Agora eu tenho os resultados aqui.

– Por que vocês fizeram isso? – Jacob gritou, fazendo com que todos virassem para onde nós estávamos, para encará-lo.

– Porque nós ficamos curiosos para saber o que cada um acha do corpo estudantil de Jacksonville High. – Alice deu de ombros, sorrindo. – Enfim. Nós temos os resultados, divididos por área. E eles estão nesse livro que Emmett vai entregar para vocês agora. Depois que receberem, estão todos liberados. Foi maravilhoso conversar com vocês.

– Então era pra isso que Emmett queria 300 dólares... – Edward murmurou, e eu o encarei.

– Você emprestou 300 dólares pro seu irmão?

Edward assentiu.

– Ele disse que precisava juntar com a mesada dele pra pagar algo que ia nos deixar felizes. – Deu de ombros, e eu e Tanya crispamos os olhos para ele.

– E você acreditou? – Tanya inquiriu.

– Ele é meu irmão, né?

– Ai, Edward... – Eu suspirei. O que esse menino tinha na cabeça?

– Eu até agora me pergunto como isso vai nos deixar felizes. – Nessie franziu o cenho.

(...)

– Sonhos de consumo das garotas? – Eu arqueei as sobrancelhas para Alice. – Que merda você e Emmett têm na cabeça?

– Casais mais fofos de 2013. – Tanya riu. – Bem, pelo menos nós estamos bem representados.

– Que página? – Rose perguntou.

– 20.

Folheei o livro até a página vinte, e lá estavam. Eu e Edward, e Nessie e Jacob.

– Nós não éramos casais até mês passado, Alice. – Nessie disse.

– Nós ainda estamos em 2013, certo? – Alice arqueou as sobrancelhas.

– Ér... Não é muito legal saber que sua namorada é desejada, Alice. – Edward murmurou, e eu arregalei os olhos, me inclinando para o lado para olhar seu livro.

– O que eu estou fazendo nessa página? – Franzi o cenho.

– A voz do povo é a voz de Deus, Bell. – Emmett deu de ombros.

– Segundo lugar? – Rose perguntou. – Está bem, hein, branquela?

Eu levantei o dedo do meio para ela.

Jasper gargalhou, e todos o encararam.

– Mais idiota do ano. Emmett. – Leu, se contorcendo, e nós o acompanhamos nas gargalhadas. Emmett fez bico.

– Eu não concordo com isso. – Ele resmungou.

– A voz do povo é a voz de Deus, Emm. – Gargalhei.

(...)

Tanya, quando é que você vai parar de segurar vela? – perguntei, quando ela entrou no banco de trás do carro de Edward. Ela havia pedido uma carona para a festa de aniversário de Nessie, já que seu carro estava na oficina.

– No dia que eu conquistar aquele cara que ainda gosta de você. – Ela revirou os olhos. – Sério, qual é o seu segredo?

Eu sou irresistível. – Joguei meu cabelo por cima do ombro, dando um sorriso convencido.

– Edward, como você aguenta essa garota? - Tanya revirou os olhos.

Edward riu.

– Não tenho ideia. E olha que já foi pior. Ainda tenho alguns hematomas dos tabefes que ela me dava. - ele disse, fazendo Tanya rir.

O olhei de forma cortante e ele apenas mandou beijinho para mim. Sorri.

– Aliás, quase esqueço de avisar. - Tanya falou, dando um tapinha na própria testa. - Todos nós vamos dormir na casa da Nessie hoje, ok?

– Ué, por quê? - perguntei.

– Porque a Nessie sabe que todo mundo vai encher a cara, e é melhor ficarmos quietinhos em casa com ela. Fora que ela quer ajuda para arrumar toda a bagunça depois.

– Ah, tá explicado. - Edward riu.

– Mas eu nem trouxe roupa para trocar. - falei.

– Como se não tivesse várias roupas suas na casa da Nessie. - Tanya revirou os olhos. - Ela me mostrou uma gaveta só com coisas suas.

– Nessie é uma maníaca. - murmurei, fazendo Tanya gargalhar.

Chegamos à festa de Nessie rapidamente. A rua estava abarrotada de carros estacionados, e várias pessoas no jardim de Nessie.

Quando Edward parou o carro, Tanya foi a primeira a pular para fora do carro. Alice, Rose e Nessie estavam logo na entrada e nos receberam com beijinhos e abraços.

Logo Jacob apareceu berrando pela "loirinha" dele, e Nessie foi para os braços dele toda se querendo.

– É assim. Arruma um namorado e larga as amigas. - Tanya falou, crispando os olhos.

– Para de ficar lamuriando a vida amorosa dos outros e vai conquistar seu homem que acabou de chegar! - Alice falou.

Todos nós olhamos para a rua e, realmente, Nathan estava vindo. Arregalamos os olhos e corremos para longe, deixando apenas Tanya na linha de visão dele.

Fomos todos para dentro da casa de Nessie. Os pais dela haviam saído para que ela fizesse a festa do jeito que bem entendesse, então quase todos os móveis da sala haviam desaparecido, e no lugar ela havia montado uma pequena pista de dança. Havia algumas luzes coloridas no teto, igual aquelas de balada, e eu estava ficando meio tonta. Cada um foi para um lado, e ficamos apenas eu e Edward. Logo fomos pegar algo para beber e Edward me puxou para dançar.

– Deixa eu ficar bêbada primeiro! - pedi. - Aí se eu dançar mal posso falar para todo mundo que estava bêbada e nem lembro de nada!

Edward não deixou.

Mesmo assim, nos enfiamos no meio das pessoas e dançamos. Logo as meninas apareceram e fizemos uma rodinha de dança, e eu não lembro de ter me divertido tanto. Eu nunca havia passado por situações como aquela... Do tipo de ir para a festa com as amigas, dançar e me divertir de verdade. Elas sempre me chamavam, mas eu sempre preferia ficar em casa. Por isso, não sentia falta.

Mas ali, no meio de tanta gente, rindo a toa (a bebida estava fazendo efeito, talvez) e dançando com elas e os meninos que haviam brotado do nada, eu notei o que estava perdendo.

Um tempo depois, Tanya apareceu pendurada no pescoço de Nathan e eles começaram a dançar conosco. Ele me cumprimentou normalmente, e pelo olhar "brilhoso" dele sobre Tanya, eu vi que ela já havia conseguido.

Sorri satisfeita e feliz por eles dois.

No fim da noite, até que não precisamos chamar nenhuma ambulância, e nenhum vizinho reclamou. Cantamos o "Parabéns" para Nessie, e aos poucos todos foram indo embora. Menos, é claro, os melhores amigos aqui que teriam que ajudar a senhorita a arrumar tudo.

– Vamos dormir, amanhã nós arrumamos isso! - Nessie falou, exausta.

Assentimos, e apenas a ajudamos a trancar a casa. Eu ajudei a arrumar a sala para os meninos dormirem. Antes mesmo de darmos os cobertores a eles, Emmett já estava roncando no sofá, Nathan na poltrona e Jacob e Jasper abraçados no tapete.

Edward pegou os cobertores das minhas mãos e os jogou com força na cara de cada um deles, e eles acordaram, xingando-o. Edward me ajudou a colocar os colchonetes no chão, - e ainda tivemos que puxar Jacob e Jasper pelos pés para ter espaço, porque mais folgado do que eles não existia - e rapidamente terminamos. Sorri e dei boa noite a todos, subindo para o quarto de Nessie logo em seguida. Todas nós dormiríamos lá.

E foi eu encostar a cabeça no travesseiro, para desmaiar.

(...)

O dia seguinte amanheceu lindo.

Menos o nosso humor.

– Eu estou com uma dor de cabeça do inferno. - reclamei. - Nessie, me dê mais remédios, por favor.

– Quer ficar dopada, garota? Logo a dor passa, vai trabalhar.

Revirei os olhos e fui terminar de catar os copos que haviam largado em todo o jardim. Tínhamos que arrumar tudo antes que os pais de Nessie chegassem, no fim da tarde.

Logo eu terminei minha tarefa, e fui ajudar as meninas na cozinha. Elas haviam inventado de fazer o almoço enquanto os garotos terminavam de arrumar o jardim e a casa.

Eu ajudei ficando sentada, observando e fazendo comentários. Logo o almoço ficou pronto, e como havia uma mesa de piquenique no jardim atrás da casa, ao lado da piscina, resolvemos servir o almoço lá. Arrumamos tudo e chamamos os garotos.

– Até que enfim, pensei que serviriam o almoço no café-da-manhã de amanhã! - Emmett reclamou.

– Senta essa bunda aí, come e cale a boca. - Rose mandou.

Emmett fez bico e rapidamente sentou. Almoçamos tranquilamente, entre risos e Edward roubando minhas batatas-fritas. Em certo momento eu me peguei observando a todos, e olhei para Edward, que ria de alguma piadinha de Jacob.

Suspirei e sorri.

Eu tinha que agradecê-lo, afinal. Talvez, se não fosse por ele, eu não teria me divertido tanto nesses meses.

Foi cansativo? Foi. Frustrante? Muito. Enlouquecedor? Demais.

Mas no fim eu ganhei uma nova melhor amiga, meus amigos de volta e um namorado. Idiota, irritante e lerdo, mas ele estava melhorando. E eu sabia que era por mim.

Ou graças a mim.

– Está como você esperava? - Tanya sussurrou no meu ouvido, me despertando do meu transe.

Olhei para ela, que sorria carinhosamente para mim. A garota que eu julgava insuportável e nojenta, e que agora, havia me ajudado e conseguir tudo aquilo. Sorri para ela. Eu não sabia à que ela se referia, mas mesmo assim, respondi:

– Não. Está melhor.

Tanya sorriu abertamente e me abraçou pelos ombros.

Definitivamente, está muito, muito melhor.


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Notas finais do capítulo

N/Carol: É, garotas... Chegamos ao fim de STP...
Foram ótimos cinco meses de ameaças, elogios, e tudo mais nessa fic que eu amo.
Eu fico super agradecida pelo carinho e pela aceitação de cada uma por mim.
Juro que fiquei super receosa de nenhuma de vocês gostarem de mim, no começo.
Mas, aí, vocês foram essas lindas, me recebendo tão bem que eu até me senti feliz.
Quero agradecer por cada mísero reviewzinho, não só nos meus capitulos, mas nos da Allie também. Eu sei que a gente não respondeu a maioria, mas é que foram muitos, mas nós lemos todos. E amamos cada um.
Obrigada por ficarem ao nosso lado por esses cinco meses maravilhosos. Eu nem tenho palavras pra expressar o quanto eu estou feliz por ter feito mais amigas (se é que vocês me consideram assim).
Beijinhos, e até a próxima fic *u*