Três Reis Contra O Tempo escrita por Lord Iraferre


Capítulo 7
Ep1: Ato II: Problemas Atemporais Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouquinho mais aqui está mais uma parte...



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— Hahaha! — diz Boomer batendo palma, como que se divertindo com o que via. — Bela apresentação, rapazes, mais essa ilha já tem rei...

— Três na verdade... — diz Brady se colocando ao lado de Boomer.

— E eles não se dobrarão perante ninguém — diz Boz, expressando toda a sua masculinidade símia. — Nem mesmo a uma gata vestida de forma tão sexy e seu amigo anão de jardim.

Vários guardas de Kinkow se colocaram ao lado dos reis com seus facões a mostra, e expressões nada amistosas.

Lanne’Ara sorriu, e isso fez com que os pelos da nuca de todos os reis se eriçassem, que tipo de pessoa sorria quando três reis e a guarda a encaravam? Kayla parecia conter um choro e inconscientemente, buscando proteção, entrelaçava as mãos ao redor da cintura de Mikayla, que impressionada com o ato não conseguia falar nada, senão consolá-la.

Lanne’Ara deu um estalo com os dedos, e muitos guardas saíram do portal, eram mais que o dobro dos de Kinkow, e se vestiam de forma semelhante, embora fossem mais fortes e menos expressivos, como que alterados geneticamente.

— Puxa que legal, ela tem um clapper, só que com guardas — diz Boomer impressionado, ele olha para Mason e prossegue bravo: — Por que é que não temos isso aqui na ilha?

— Vocês podem ter quantidade, mas nós temos a qualidade — diz Brady dando um soquinho no braço de Mahuma, satisfeito.

Os guardas que saíram do portal, desembainharam seus facões, era peças diferentes de tudo o que eles viram e parecia ser até mais sofisticada. Um dos guardas deu uma estocada em Brady, o contato com a arma jogou Brady nos braços de Mikayla, seus cabelos estavam em pé e um furo fora aberto em sua roupa, no local onde a lamina eletrificada tocara.

— Ok — diz Brady tentando se recompor, o cheiro de queimado no ar. — Facões que dão choque, agora sim eu estou assustado.

Ao ver essa cena Lanny foi o primeiro a se ajoelhar.

— Essa não, ela já até enfeitiçou o Lanny... — diz Boz preocupado, puxando Lanny para o seu lado, contra a sua vontade.

— Nunca te perdoarei por isso — diz Boomer dando um passo a frente, a Rainha das Eras, porém levantou seu cajado de forma ameaçadora. Tremendo Boomer se apressou em dizer enquanto recuava para trás de Mason: — Eu... Eu sempre perdoo as pessoas mesmo.

Lanne’Ara avançou e todos recuaram um passo. Um novo e fino sorriso pontilhou seus lábios, era um sorriso frio e duro, como o fio de uma espada de dois gumes. Neste momento Mason notou com clareza o cajado na mão da Senhora das Eras:

— Tempis Temporalis!... — conseguiu balbuciar.

— Legal, nossa situação já está péssima e o Mason pelo jeito pirou de vez! — diz Brady. — Quais são as chances da nossa guarda parecer apresentável?

— Não meu pai não enlouqueceu — diz Mikayla pela primeira vez se recobrando a voz. — O cajado na mão dela, Tempis Temporalis, o cajado do Anti-Tempo.

— Que raios é você? — diz Mason ainda estacado.

Pela primeira vez Kayla se atreveu a falar:

— Ela vêm de muito alem das eras, se diz rainha de Kinkow, mas podem chamá-la apenas de bruxa!

— Bem aproveitem a vista enquanto podem — diz Lanne’Ara ignorando-os, e estendendo os braços como se quisesse abraçar o mundo. — Farei desta era, pó! Assim como farei com todas as outras, e por fim só sobrará o presente, o meu presente.

— Espere ai, este aqui já é o presente. — diz Brady confuso.

— Não, este aqui é meu passado, meu presente é o futuro de vocês...

— Mas o agora é o presente, se você está aqui não está em seu presente, assim sendo seu passado é o presente, e o que você pensa ser o seu presente é o seu futuro entendeu?

A rainha dispara um choque em Brady (AAAHHH!!) que mais uma vez é lançado nos braços de Mikayla. Indignado Brady consegue dizer:

— Hey, existem outras pessoas aqui, porque será que só eu é quem tomo as pauladas?

— Acho que é porque eu falhei em lhe ensinar a sagrada arte de fechar a boca! — diz Mikayla jogando-o no chão.

— Guardas! — gritou Lanne’Ara. — Prendam eles, quero-os para mim...

— Nunca nos renderemos! — diz Boomer. A cena gira e todos estão amarrados com algemas futuristas. — Ok, tenho que parar de tentar ser corajoso...

Lanne’Ara assume uma pose no centro do pátio e estende seu cajado em direção ao Monte Vomito, e com altos brados diz:

Grande Vômito eu ordeno

Ousa meu cajado e obedeça sem lamento

Coração da ilha, não se esqueça

Não pares de ruir até que todos PEREÇAM!

No momento em que as palavras ganharam altura, o chão de toda a ilha passou a tremer.

— Estas rimas foram muito ruins! — conseguiu dizer Brady enquanto tentava se equilibrar.

O Monte Vômito rugiu, o estrondo como de um grande trovão cobriu toda a ilha, as paredes do castelo enfraqueceram e no salão real o trono foi tomado por rachaduras até ruir. Tudo era tão terrível que todos abriam a boca mais não tinham som para descrever a tristeza e a loucura do que acontecia. Pássaros voaram, zebras correram desesperadas deixando surpresas no caminho, magma começou a jorrar do vulcão em uma torrente ininterrupta fazendo a ilha rachar em dois, e de repente o pior aconteceu... Tirando um circulo perfeito em torno dos Reis e da Rainha das Eras, tudo começou a sucumbir, em questão de minutos Kinkow não mais existia!


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Notas finais do capítulo

As vezes demoro para postar, porque escrevo esta história nos meus tempos livres, e geralmente outras centenas de histórias disputam para serem escritas também... Mas se Deus quiser, ainda esse mês eu termino a trilogia.



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