— Antes de enviar vocês ao passado. — diz o Guardião. — Eu tenho algo para lhes dar.

— Do jeito que você é masoquista — diz Boomer. — É capaz de nos dar um desafio extra...

— Cala a boca Boomer — diz Brady. — De graça, vale até injeção na testa...

— Mais espero que você não nos de uma injeção, eu odeio agulhas. — diz Boz.

— Vocês precisam de algo mais discreto — diz o Guardião com um estalar de dedos, fazendo as roupas dos reis virarem um uniforme de camuflagem, preto.

— Olha que maneiro! — diz Boomer. — Somos ninjas!

— E o mais legal é que temos cuecas limpas novamente! — diz Boz.

— E como a roupa é preta — diz Boomer. — Ninguém vai perceber quando estragarmos ela.

— Espera ai, você trocou as nossas roupas — diz Brady apontando um dedo acusadoramente em direção ao anão. — Incluindo as nossas peças intimas, sem autorização?

— Sim — diz o Guardião sem cerimônias.

— Maneiro. — diz Brady. — Se um dia você quiser ser um camareiro real, te aceitaremos com carinho... Carinho, é apenas uma expressão, porque você provavelmente ia ter que limpar as nossas roupas o tempo todo.

— Vocês terão um dia inteiro para conseguir o anel, depois de um dia vocês voltarão para cá automaticamente. — diz o Guardião. — Portanto eu sugiro que vocês cumpram os objetivos da missão o mais rápido que puderem.

— Não que eu queira ser um estraga prazer — diz Brady. — Mais meus irmãos gostariam de saber, quais são os objetivos da missão?

— Primeiro ter o mínimo de contato com as pessoas do passado — diz o Guardião irritado dando um tapa na testa. — Segundo pegar o anel. Entenderam ou eu vou ter que desenhar?

— É melhor você desenhar. — diz Lanny.

— É mais fácil falar do que fazer Guardão. — diz Boz.

— É Guardião! — diz o anão. — Venham, eu vou abrir o portal para vocês, não suporto mais isso tudo.

O guardião com um grande esforço estende as mãos, um portal azulado se abre no meio do salão.

— Esse portal é muito pequeno. — diz Brady apontando para a abertura, que tinha pouco mais de um metro de altura.

— É tamanho padrão, eu não posso fazer nada contra isso. — diz o Guardião com um sorriso maligno no rosto. — Vocês terão que rastejar.

Os três reis, a contra gosto, se preparam para adentrar o portal.

— Meus reis esperem — diz Mason dando um abraço de urso, nos três ao mesmo tempo. — Para dar sorte.

— É vocês vão precisar. — diz Lanny. — E caso tudo der errado, por favor, morram no passado, para que pelo menos os nossos últimos minutos de vida, sejam de paz.

— Eu não entendi o que você disse Lanny — diz Boz dando um cafuné na cabeça dele. — Mais vou imaginar que foi um elogio.

— Adeus meus reis. — diz Mikayla.

— Adeus Mikayla. — dizem os reis.

— Sentiremos a falta de seu jeito mandão e de seus momentos dicionário. — diz Brady.

— Ele só está sendo gentil — diz Boomer. — Porque não sentiremos falta disso não.

Mikayla pela primeira vez, por iniciativa própria, vai até Brady e beija ele na boca.

Quando ela termina, Brady puxa ar para os pulmões, sem fôlego.

— Para dar sorte... — diz Mikayla ainda abraçada a ele. — E para o caso de eu nunca mais te ver.

— Quem sou eu? — diz Brady ainda torporizado. — Eu estou no céu? Quem comeu o pote de geleia gigante?

Boz e Boomer arrastam Brady pelos braços, até o portal, antes que ele mudasse de ideia, sobre a partida.

Os três reis então se ajoelham.

— E só mais um aviso... — diz o Guardião. — Um...

— Erro e tudo estará acabado! — dizem os reis.

— Nós já sabemos disso Guardão. — diz Boomer.

— Vocês não se cansam de ficar repetindo isso não? — diz Boz.

— Mais é claro que não — diz o Guardião com um sorriso. — Essa é a melhor parte do trabalho.

Os três reis se viram novamente para o portal, e prosseguem... Um grande clarão os engole.