Três horas... Três horas lutando para sair alguma coisa daquela invenção e nada. A realidade é que a muito já não tinha inspiração para suas invenções, chegou a colocar a culpa disso no seu namoro, mas Marina não tinha culpa de nada.

Pensou na época da pré-adolescência em que era capaz de construir qualquer nova invenção em dias, mas parecia também que algo o motivava na época, só não entendia o que.

Se o perguntasse a invenção que mais lhe trouxera orgulho fora a Máquina do Tempo, objeto que fora criado em filmes e livros para estimular a criatividade e que ninguém nunca fora capaz de criar uma real. Mas ele foi, só que ninguém além de seus amigos sabia daquela invenção.

Era uma tortura se um gênio tão reprimido, criar e não mostrar, parecia contra a sua natureza. Era duro ser um gênio tão bom e quase ninguém saber disso.

Ele olhou para o pequeno cofre no canto de seu laboratório, quantas vezes olhou naquela direção desde que começou a trabalhar. Sabia o que tinha no cofre, e aquilo já tinha lhe trazido muitos problemas na primeira vez que o usou. Se bem que na época ele era uma criança, depois de anos já se tornou um adulto prestes a entrar para a faculdade. Por que não testar o objeto de seu maior orgulho?

O desejo por fim falou mais alto, Franja abriu o cofre, retirou os quatro elementos e em segundos conectou a Máquina do Tempo. O problema surgiu logo em seguida, quando o Franja ligou a Máquina sem ao menos ter ideia de sua real intenção, independente de qual fosse, não deveria ser trazer um pequeno ser dentinhos salientes para seu laboratório.

Ele estava ferrado!